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Identificam-se os autores e averigua-se que mais escreveram, mesmo quando as obras nada em aparência tenham a ver com a investigação. Muitos cientistas e exploradores são militares, membros de governo, sacerdotes e escritores. é imprescindível estabelecer o conjunto de interesses de cada um, para se compreender a situação social em que o discurso científico se exerce. Por vezes aparecem marcas esotéricas, o que exige alargamento da pesquisa a esse campo. Não fazemos qualquer discriminação entre a origem dos textos: manuscrito ou publicado, literário ou científico, profano ou sagrado.
No caso do bloco, Maria Estela foi ao Brasil. Além de ter participado numa exploração no município da Cachoeira, promovida pelo Museu Geológico da Bahia, destinada a averiguar mais uma vez se havia indícios de jazidas de cobre em locais mencionados pelas fontes como local de proveniência do bloco - Cachoeira, Santiago do Iguape, riacho Mamocabo, Santo Amaro, Nazaré (vide anexo C) -, também fez pesquisa no Arquivo Público da Bahia, de onde trouxe vários manuscritos. Publicamos agora um (anexo A), dos outros damos notícia na bibliografia.
Parte-se do princípio de que o objecto científico é estável dentro de certos limites, ou não seria possível á ciência identificá-lo, descrevê-lo e ainda menos ter a pretensão de estabelecer as leis da Natureza: a altitude de uma montanha, a menos que haja um cataclismo, não pode ser agora uma e daqui a nada outra; uma ilha não pode desaparecer do mapa como se nunca tivesse existido; os caracteres de uma espécie não podem mudar de colheita para colheita, a menos que se trate de híbridos artificiais, monstros ou quimeras; um explorador não pode ter dezenas de nomes, várias nacionalidades, morrer várias vezes vezes e coligir antes de nascido.
O espaço em que trabalhamos é o da veridicção, mas revelem-se os factos verdadeiros ou falsos, nunca há propriamente mentira e a verdade também não é dado indiscutível. A tarefa mais árdua para nós é saber quais as margens de erro em cada campo científico, para separar o lapso da informação deliberadamente fantasista, e para isso há que estudar o assunto e pedir auxílio a pessoas competentes. Nesta altura raramente ele aparece, e o mais natural é o especialista, certamente sem querer, iludir o problema com uma série de interpretações: o bloco pode ser um meteorito, pode ter sido arrastado num glaciar, pode ser uma pepita, pode provir de um filão, etc.. Também pode ser, nesse caso, um presente das fadas ou uma bola com que brincam os seres incandescentes que vivem no centro da Terra, quando vêm á superfície respirar. O pode ser e o parece não ajudam, quando provêm do sector científico cuja competência é justamente a de dizer o que o bloco é. Por isso há que agradecer a Isabel Cruz que, sem pestanejar com as incongruências documentais, não só explicou o processo de cementação como fez uma demonstração pública, tal como narra na sua comunicação a este Congresso.
O Pico de Santa Isabel, em Fernando Pó, tem várias altitudes, compreendidas entre 1400 e 10000 metros; a Chioglossa lusitanica e o Dodó mudam de tamanho e cor, a sua terra típica varia, são endemismos mas ao mesmo tempo espécies que aparecem muito longe do seu habitat. No caso do Dodó, dois autores - Damião Peres e Fontoura da Costa - declaram que a ilha Rodrigues, um dos seus habitata, só existiu na ardente imaginação dos navegadores portugueses do século XVI. O naturalista Francisco Newton, antes de nascido já coligira em Timor, nas Celebes e em Java, é tratado por nomes como Frank, Mewton, Reesetán, etc., morreu em Matosinhos duas vezes e pela terceira quinze anos mais tarde, em S. Tomé.
Para que serve então a pesquisa o mais possível exaustiva de documentos? - para comparar descrições e relatos, a ver se os factos anómalos de discurso são fortuitos ou sistemáticos. O Pico de Santa Isabel tem cerca de 3300 metros de altitude. Números á roda disso podem considerar-se erros devidos a falhas de instrumentos, mas os disparatados 1400 e 10000 só existem para comprovar que todos os dados altimétricos fazem parte de um sistema único de comunicação, a gaia ciência. é este sistema o objecto do nosso estudo: a dado conto, cada autor acrescenta seu ponto, de modo que o conjunto de textos se revela por fim uma paródia colectiva, em que nada bate certo excepto a paródia como facto de comunicação.
Que interesse têm os autores em exibir gralhas espalhafatosas? Foi neste momento que a distinção de Kuhn entre ciência normal e ciência extraordinária se revelou de grande utilidade - o discurso da segunda, ou gaia ciência, tem por fim ocultar, revelando, ou vice-versa. Os disparates enunciados sobre o bloco revelam que ele é falso enquanto cobre nativo, mas verdadeiro enquanto obra de arte. De modo geral, o próprio discurso fornece as soluções dos problemas, nós é que nem sempre estamos preparados para as descobrir.
O discurso das gralhas passa pelas mutações ortográficas, que constituem um sistema, por só incidirem na nomenclatura - nomes de pessoas, de espécies e de lugares; passa pelos cálculos matemáticos absurdamente errados; pela subversão da historiografia; pela criação de seres e locais imaginários, etc.. Para exemplo de sistema de anomalias, apresentamos um mapa com díspares informações sobre o bloco de cobre (anexo C). Não só se contradizem como Vandelli, nas quatro vezes em que fala dele, nas quatro presta informações diferentes, quanto ao peso, dimensões e distância a que foi encontrado de São Salvador da Bahia. O mesmo se diga das dimensões, que variam de texto para texto. Ora a imagem que passa para o leitor, nestas circunstâncias, não é a de um objecto inanimado. O que cresce e mingua quando algo o anima é o orgânico.
Um dos pontos de discordância entre os autores é o nome do Juiz de Fora da Cachoeira. Ora aparece como Marcelino, ora como Manuel da Silva Pereira. O segundo não é uma personagem, existiu de facto, e em aparência teve acidentes na vida iguais aos de Marcelino, o que abre um novo campo de pesquisa, que não explorámos.
Faz parte do gaio método não só o estudo possível do assunto científico como o teste da veracidade da informação. Quando não verificamos, ou quando não nos ocorre testar o que julgamos saber, o mais natural é cometermos erros enormes. Verificar a informação consiste em movimentos simples como ir a um dicionário ou enciclopédia averiguar o que significa a palavra esparrado - o bloco de cobre estava esparrado em um dos cantos de um pedaço tirado de uma ou duas libras de peso, reza um dos manuscritos -, ou identificar um tal capitão Boteler, cujas cartas das ilhas do Golfo da Guiné contêm erros notáveis. No caso do bloco, fazia parte da verificação saber se na Cachoeira havia minas de cobre ou qualquer outro tipo de jazida cuprífera. Há minas de cobre no norte e no sul do Estado da Bahia, não porém na região chamada recôncavo baiano, imediações de São Salvador, onde se localiza o município da Cachoeira.
Verificar explica por vezes a paródia. Há várias classes de motivos para ela - chamar a atenção da comunidade científica para experiências que estão em curso e é necessário proteger com o segredo, ou para problemas políticos, religiosos ou sociais.
Comparar e verificar conduzem a uma terceira fase do método - a tentativa de reconstituição do cenário, o que exige estudos de História e naturalmente uma exegese. Da tentativa decorrem acerto e erro. Há erros que vamos corrigindo ao longo do percurso, outros, nem sempre. Quando acontece divulgar-se um erro, o último passo do gaio método é a errata.
Maria Estela interpretou o caso do bloco de cobre como chamariz para obrigar o Poder a enviar naturalistas para as colónias - no lugar onde aparecera uma pepita tão grande, por força tinham de existir minas fabulosas. Como sugere o Intendente Câmara (Mendonça), não era boa política a de cultivar cana sacarina no recôncavo baiano, quando, a avaliar pelo imenso bloco, debaixo dos pés de cana deviam correr inesgotáveis filões de cobre. Na verdade, debaixo dos pés de cana o que existe é uma terra chamada maçapé, negra e untuosa, muito rica em húmus, excelente para o cultivo da cana, como a descreve José da Silva Lisboa.
Basta reparar nos manuscritos inseridos na bibliografia, para se notar que as nomeações para a exploração da inexistente mina de cobre da Cachoeira só podem significar que a expressão mina de cobre é um código. Se investigamos os designados, o que nos aparece são pessoas como José da Silva Lisboa, um dos patriarcas da independência do Brasil, o Intendente Câmara, irmão de um dos implicados na Inconfidência Mineira, ou Francisco Agostinho Gomes, conectado com a Inconfidência Baiana.
Eu, Maria Estela, persisto nesta exegese - era preciso enviar técnicos para o Brasil, que assegurassem a autonomia fabril, comercial, política, etc. do novo país. Os três documentos fundamentais para compreender a história são a memória de Vandelli de 1782 e duas cartas anexas, uma para Martinho de Melo e Castro e outra para a Rainha, com o mesmo conteúdo - solicitar autorização para reger todos os anos no Real Jardim Botânico da Ajuda um curso de História Natural Económica, aplicado á agricultura, ás artes, á medicina e ao comércio. Foi aqui que os naturalistas se treinaram. Partiram em 1783 para as colónias, logo após a recepção do bloco, quando o projecto de os enviar para procederem ao levantamento dos recursos naturais datava da reforma da Universidade, uns dez anos antes, e sempre fora adiado. Por isso os naturalistas que partiram não eram os indigitados no primitivo projecto. Um dos que devia ter partido era o próprio Vandelli.
Os naturalistas do século XVIII eram todos brasileiros, todos eles desejosos de independência. O real interesse na sua partida devia-se á necessidade de os integrar como peritos nos grupos independentistas, caso de Maciel, aliado de Tiradentes, que devia fabricar pólvora para a guerra que decerto se travaria com os portugueses da metrópole (Guedes, 1998a). O engodo da riqueza é ofuscante, e viu-se que funcionou, dobrando quem tinha os olhos postos na independência dos Estados Unidos da América, sabia que os naturalistas a tinham fomentado, não tendo por isso interesse em lançar achas á fogueira que já ardia no Brasil.
Eu, Maria Estela, declaro no entanto mea culpa, por ter deixado escapar nos panfletos distribuídos aos visitantes da CulturaNatura um erro de interpretação. Consistiu ele em considerar que a vítima da paródia do bloco de cobre era o ministro da Marinha, Martinho de Melo e Castro, a cujas ordens vão obedecer os naturalistas - Feijó em Cabo Verde, Ferreira no Brasil, Galvão da Silva no Brasil e em Moçambique, Donati em Angola. Com que fundamento o avaliei assim? Nenhum, eis o pior dos erros. A respeito de Martinho de Melo, julgava eu já saber tudo, quando na minha cabeça não havia conceitos, só preconceitos. Porque era padre, tinha para mim que era um santo, incapaz de uma maldade. Porque sucedera a Pombal, tinha para mim que a sua política era oposta á de Pombal. Porque exercia o seu ministério durante a viradeira, tinha para mim que era o braço direito de Pina Manique, no ódio deste ás Luzes naturalísticas ou maçónicas. Em resumo, era um reaccionário da pior espécie, donde a necessidade de o convencer, atirando-lhe á cabeça com nada menos que um bloco de cobre que se diz pesar á volta de uma tonelada.
Leituras recentes, entre elas o livro de Fernandes Loja e a releitura do Diário de William Beckford, obrigaram-me a reconhecer a triste figura que fiz: a viradeira está a ser reavaliada pelos historiadores, que a não pintam como movimento retrógrado, sim como continuação natural da política pombalina; Martinho de Melo era um admirador de Pombal e continuou a sua obra, e aqui repita-se que a data do bloco é a da morte de Pombal. O ministro fora julgado pelos seus crimes, condenado á morte, com pena comutada para desterro a trinta léguas da Corte. Martinho de Melo era um homem suficientemente ilustrado e progressista para ter ajudado Beckford, caído em desgraça social por homossexualidade. Finalmente, referindo-se aos naturalistas ou maçons, escreve o autor de uma carta da época (Loja): ele é um dos deles. Isto é, Martinho de Melo e Castro não foi aliado de Pina Manique, pelo contrário.
Feita esta errata, resta que Vandelli não é o principal responsável pelo caso do bloco de cobre, limitou-se a ser cúmplice de Martinho de Melo e Castro. E então a cabeça á qual se arremessa o bloco não é a do ministro, sim as duas, coroadas, que vêm mencionadas na inscrição em latim, de uma forma tão equívoca que se podia ler imperadores onde se escreve imperantibus. D. Maria I e D. Pedro III não foram imperadores. O primeiro Imperador do Brasil é o seu neto, D. Pedro I do Brasil, IV de Portugal.
1. Descrições, Notícias e relatos do achamento do Bloco de Cobre
1.a. Textos publicados
AZEVEDO, P. (1922) - Geoffroy Saint-Hilaire em Lisboa. Boletim da Classe de Letras, Academia das Ciências de Lisboa, XIV.
CALÓGERAS, João Pandiá (1905) - As Minas do Brasil e Sua Legislação. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro.
CARVALHO, Wilton (1998) - Fulguritos. A Tarde, 14 de Junho, S. Salvador, Bahia.
CARVALHO, Wilton (1998) - Cobre de Cachoeira. A Tarde, 15 de Novembro, S. Salvador, Bahia.
CASAL, Aires de [1817]- Corografia Brasílica. Tomo II. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1947.
ESCHWEGE, W.L. von (1833) - Pluto Brasiliensis. G. Reimer, Berlin.
ESCHWEGE, W.L. von [1944] - Pluto Brasiliensis. Traduzido por Domício de Figueiredo Murta. Companhia Editora Nacional, São Paulo, s/d.
FERREIRA, Francisco Ignacio (1885) - Diccionario Geographico das Minas do Brazil. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro.
FERREIRA, J. Bettencourt (1893) - O museu de historia natural de Lisboa. Revista de Educação e Ensino, Anno VIII (7): 301-306.
GUEDES, Maria Estela (1999) - Natura ou Cultura? Exposição CulturaNatura, Museu Nacional de História Natural, Lisboa. Folheto oferecido ao público, relativo ao bloco de cobre.
LEONARDOS, Olivero H. (1938) - Cobre no Estado da Baía. Mineração e Metalurgia. Brasil.
LINK (1805) - Voyage en Portugal. Paris.
MAWE, John (1812) - Travels in the interior of Brazil, particularly in the gold and diamond districts of that country, by authority of the Prince Regent of Portugal. Printed for Longman, etc., London.
MENDONÇA, M.C. (1958) - O Intendente Camara. Companhia Editora Nacional, São Paulo, Brasiliana, v. 301, 2ª ed..
MOURÃO, José Augusto; JANEIRA, Ana Luísa & GUEDES, Maria Estela (1997): A paixão do coleccionador. Encontro sobre Alcipe e as Luzes, Fundação das Casas Fronteira e Alorna, Lisboa, 14-16 de Maio.
MOURÃO, José Augusto (1999) - Floresta de enganos. Exposição CulturaNatura, Museu Nacional de História Natural, Lisboa. Folheto oferecido ao público, relativo ao bloco de cobre.
NEVES, José Accursio das (1811) - Historia geral da invasão dos francezes em Portugal e Restauração deste Reino. Officina de Simão Thaddeo Ferreira, Lisboa.
POTSCH, Waldemiro (1955) - O Brasil e suas riquezas. 27ª ed.. Livraria Francisco Alves, Rio de Janeiro.
RIBEIRO, José Admário Santos (1995) Cobre. In: Frederico Lopes Meira Barboza e Alfredo C. Gurmendi (coorden.) - Economia Mineral do Brasil. Estudos de Política e Economia Mineral, 8, Brasília.
SPIX, Joh. Bapt. Von & MARTIUS, Carl Friedr. Phil. von (1828) - Reise in Brasilien auf Befehl Sr. Majestät Maximilian Joseph I. Königs von Baiern in den Jahren 1817 bis 1820. München. Vol. III, págs: 714; 746.
SPIX, Joh. Bapt. Von & MARTIUS, Carl Friedr. Phil. von [1828] - Viagem pelo Brasil, 1817-1820. Vol. II, Livro Sétimo. Edições Melhoramentos, 2ª edição. Brasil, s/d.
VANDELLI, Domingos (1789a) - Memoria sobre algumas producções naturaes das Conquistas, as quaes ou saõ pouco conhecidas, ou naõ se aproveitam. Memorias Economicas da Academia Real das Sciencias de Lisboa, I: 187-206.
VANDELLI, Domingos (1789b) - Memória sobre as produções naturais do reino, e das conquistas, primeiras matérias de diferentes fábricas, ou manufacturas. Memórias Económicas da Academia Real das Ciências de Lisboa, I: 223-236.
VANDELLI, Domingos (1797) - Cobre nativo do Brazil. Memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa, I: 261.
VANDELLI, Domingos (1994) - Aritmética Política, Economia e Finanças. Banco de Portugal, Lisboa. Introdução e direcção de edição de José Vicente Serrão.
VILHENA, Luiz dos Santos (1922) - Cartas de Vilhena - Noticias Soteropolitanas e Brasilicas. Imprensa Official do Estado. Bahia.
VILHENA, Luís dos Santos (1969) - A Bahia no Século XVIII. Vol. 3 - Carta XX - Riquezas naturais. Editora Itapuã, 1801.
1.b. Manuscritos
Instrumentos em pública forma dos termos de declaração e sequestro de uma pedra de cobre de 30 arrobas, achada em Nazaré. Cachoeira, 1782. II - 33, 20, 16. Obs.: Este dactiloscrito acompanha os dois documentos seguintes. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Secção de manuscritos. Documentos Diversos sobre a Bahia, Nº 436). Anais da Biblioteca Nacional, 68, 1950, doc. 436.
Instrumento em pública forma com o teor de um termo de declaração que fez o alferes de Henriques Dias António Machado da Trindade.
Instrumento em pública forma com o teor de um mandado de sequestro em ofício da Justiça e termo de sequestro.
Lista das cartas que se remeteram pelo navio da invocação Santíssima Trindade e Santo António, de que é mestre Basílio de Oliveira Vale, que partiu em 8 de Junho de 1782. Nºs. 1º. Acompanha a remessa que se faz de uma porção de cobre com o peso de 81 arrobas, e 24 arrates, que foi achada no termo da Vila da Cachoeira. Arquivo Público do Estado da Bahia. Cartas do Governo á Sua Majestade. 1778 á 1783. Secção de Arquivo Colonial e Provincial. Maço 136, pág. 286/181.
Carta de Manuel Galvão da Silva para Júlio Mattiazzi. Bahia, 16 de Junho de 1783. Arquivo histórico do Museu Bocage, CN/S-26.
Carta do Marquês de Valença para Martinho de Mello e Castro. Bahia, 31 de Janeiro de 1783. Cartas do Governo á Sua Majestade. 1778 á 1783. Secção de Arquivo Colonial e Provincial. Maço 136. Arquivo Público do Estado da Bahia.
História da Cidade da Cachoeira, por Francisco Melo. Dactiloscrito, inédito.
1.c. Resumo de manuscritos publicados em catálogo
Officio do Juiz de fóra Marcellino da Silva Pereira para o Governador Marquez de Valença, sobre a descoberta do cobre. Cachoeira, 11 de março de 1782. Extracto. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.024.
Officio do Governador Marquez de Valença para Martinho de Mello e Castro, em que participa o apparecimento de uma grande porção de cobre nuns terrenos pertencentes ao termo da Villa da Cachoeira, que remette, juntamente com algumas pedras e terra do logar em que fôra encontrado para serem devidamente examinados e analysados, pois seria da maior utilidade a exploração da mina, que por ventura se descobrisse. Bahia, 4 de junho de 1782. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.023.
Carta do notavel naturalista e Director do real Jardim Botanico de Lisboa, Domingos Vandelli (para Martinho de mello e Castro), pela qual apresenta e recommenda Antonio Ramos da Silva Nogueira para proceder ás pesquizas das minas de cobre e ferro, que se suppunha existirem nas serras da Cachoeira. Extracto. Bahia, 28 de agosto de 1782.. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.460.
Carta de Domingos Vandelli (para Martinho de Mello e Castro), na qual se refere ao resultado das analyses chimicas que fizera sobre o cobre remettido da Bahia e procedente da Cachoeira e á creação de um curso de historia natural economica, applicada á agricultura, ás artes, á medicina e ao commercio que elle pretendia reger todos os annos no Real Jardim Botanico, e pede a protecção de Martinho de Mello para o bom exito da sua iniciativa. Lisboa 4 de setembro de 1782. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.461.
Requerimento do Dr. Domingos Vandelli, Director do Real Jardim Botanico de Lisboa, em que pede á Rainha autorização para reger todos os annos no mesmo Jardim um curso de Historia Natural Economica. (Anexo ao n. 11.461). Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.462.
Officio do Marquez de Valença para Martinho de Mello e Castro, relativamente á descoberta de cobre e ouro em terrenos pertencentes á comarca da Villa da Cachoeira. Bahia, 4 de junho de 1783. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.240.
Analyse das amostras de cobre e ouro remettidas da Cachoeira e a que se refere o officio antecedente. Bahia, 26 de maio de 1783 (Annexo ao n. 11.240). Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.241.
Memoria sobre o cobre virgem ou nativo da Capitania da Bahia, descoberto no anno de 1782 (por Domingos Vandelli). Anais da Biblioteca Nacional, 32, 1914. Extracto. Doc. 11.463.
Carta de José da Silva Lisboa para Martinho de Mello e Castro, na qual relata as explorações que fizera nas serras da Cachoeira para descobrir a mina de cobre que se suppunha ali existir. Extracto. Bahia, 15 de junho de 1783.. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.247.
Carta de José da Silva Lisboa, em que dá conta das pesquizas a que procedeu nas serras da Cachoeira para a descoberta da supposta mina de cobre, cuja existencia as suas investigações deixaram muito duvidosa. Bahia, 19 de janeiro de 1784. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11. 472.
Carta particular de Antonio de Amorim e Castro (para Martinho de Mello e Castro), em que lhe participa ter chegado á Bahia e que brevemente iria tomar posse do seu logar de Juiz de fóra da Cachoeira, onde desde logo se occuparia diligentemente da exploração da mina de cobre. Bahia, 28 de março de 1787. Anais da Biblioteca Nacional, 34 (1912), 1914, doc. 12.489.
2. Linguagem das Aves
ANES, José Manuel (1997) - A Língua dos Pássaros e a Quinta da Regaleira. In: Vítor Mendanha entrevista José manuel Anes. O esoterismo da Quinta da Regaleira. Hugin, Lisboa, 1998.
FULCANELLI (1964) - O Mistério das Catedrais. Edições 70, Lisboa.
FULCANELLI (1977) - As Mansões Filosofais. Edições 70, Lisboa.
KHAITZINE, Richard (1996) - La Langue des Oiseaux. Quand ésoterisme et littérature se rencontrent. Dervy, Paris.
3. História geral e da ciência
3.a. Textos publicados
ALBUQUERQUE, A. Tenório d" (s/d). A Maçonaria e a Inconfidência Mineira. Gráfica Editora Aurora Limitada, Rio de Janeiro.
AMARAL, Brás do (1940). Pródromos da independência e da República do Brasil. Publicações do Congresso do Mundo Português, XI (3) II (2), Lisboa.
BECKFORD (1988) - Diário de William Beckford em Portugal e Espanha. Série Portugal e os Estrangeiros, Biblioteca Nacional, Lisboa.
CABRAL, Alfredo do Valle (1881). Vida e Escriptos de José da Silva Lisboa, Visconde de Cayrú. Typographia Nacional, Rio de Janeiro.
CALMON, Pedro (s/d). Historia da Bahia. Resumo Didactico. Comp. Melhoramentos de São Paulo.
CALÓGERAS, J. Pandiá (1945). Formação Histórica do Brasil. Companhia Editora Nacional, São Paulo, etc..
GOMES, M. (1975). A Maçonaria na História do Brasil. Gráfica Editora Aurora Limitada, Rio de Janeiro.
GUEDES, Maria Estela (1997). João da Silva Feijó, viagem filosófica a Cabo Verde. Asclepio, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Madrid, XLIX (1).
GUEDES, Maria Estela (1998a) - José Álvares Maciel, romântico e naturalista. O Escritor, Revista da Associação Portuguesa de Escritores, Lisboa, 10: 129-139.
LISBOA, José da Silva [1784] - Carta para Domingos Vandelli. Bahia, 19 de Outubro de 1784. Anais da Biblioteca Nacional, 32, 1914.
LOJA, António Egídio Fernandes (1986) - A Luta Pelo Poder Contra a Maçonaria. Quatro perseguições no Séc. XVIII. Imprensa Nacuional-Casa da Moeda, Lisboa.
MATTOS, Florisvaldo (1998). A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates. Assembléia Legislativa do Estado da bahia, Salvador.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da (1986). O Império Luso-Brasileiro, 1750-1822. In SERRÃO, Joel & OLIVEIRA MARQUES, A.H., Nova História da Expansão Portuguesa. Vol. VIII. Editorial Estampa, Lisboa.
SCHOBBENHAUS, Carlos & COELHO, Carlos Eduardo Silva (coord.) (1988) - Principais Depósitos Minerais do Brasil. Departamento Nacional da Produção Mineral, Ministéria das Minas e Energia, Brasília.
SOUSA, Gabriel Soares (1938) - Tratado Descriptivo do Brasil em 1587. Notas de Francisco Adolpho Varnhagen. Companhia Editora Nacional, São Paulo, etc..
VIANNA FILHO, Luiz (1938) - A Sabinada (A Republica Bahiana de 1837). Livr. José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
3.b Manuscritos
Carta do Marquês de Valença para Martinho de Mello e Castro. Bahia, 8 de Março de 1783. Cartas do Governo á Sua Majestade. 1778 á 1783. Secção de Arquivo Colonial e Provincial. Maço 136. Arquivo Público do Estado da Bahia.
Carta do Marquês de Valença para Martinho de Mello e Castro. Bahia, 4 de Junho de 1783. Cartas do Governo á Sua Majestade. 1778 á 1783. Secção de Arquivo Colonial e Provincial. Maço 136. Arquivo Público do Estado da Bahia.
3.c. Resumo de manuscritos publicados em catálogo
Carta de Manuel da Costa de Carvalho para Martinho de Mello e Castro em que se refere desfavoravelmente ao Juiz de fora Marcellino da Silva Pereira. Bahia, 13 de setembro de 1782. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.141. Resumo.
Requerimento do Bacharel Marcellino da Silva Pereira, Juiz de fóra da Cachoeira, em que pede a nomeação de um ministro para lhe tirar a sua devassa de residência. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.975.
Requerimento do Padre Manuel da Costa Carvalho no qual pede se lhe conceda provisão que o autorize a demandar o Dr. Marcellino da Silva Pereira, Juiz de fóra da Cachoeira. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1914), doc. 11.976.
Carta de José da Silva Lisboa para Martinho de Mello e Castro, na qual relata as explorações que fizera nas serras da cachoeira para descobrir a mina de cobre que se suppunha ali existir. Bahia, 15 de Junho de 1783. Anais da Biblioteca Nacional, 32 (1910), doc. 11.247.
4. O gaio método
GUEDES, Maria Estela (1990) - Memórias do lagarto cabo-verdiano. O Escritor, segunda série, 1, Associação Portuguesa de Escritores, Lisboa.
GUEDES, Maria Estela (1994). Criptometáforas em Zoologia. In: Professor Germano da Fonseca Sacarrão (1914-1992). Museu Nacional de História Natural, Lisboa.
GUEDES, Maria Estela (1997). Eu sou a Baronesa do Castello de Paiva. In: A Festa da Sciencia. Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa.
GUEDES, Maria Estela (1997). Cândidos animais transmudando-se. Releitura de Herberto Helder. O Escritor, Revista da Associação Portuguesa de Escritores, 9, 1997.
GUEDES, Maria Estela (1997). Entre a fauna exótica de Cabo Verde, o grande scinco do Levante. In: Xosé A.Fraga (ed.): Ciencias, Educación e Historia. Publicacións do Seminario de Estudos Galegos, A Coruña.
GUEDES, Maria Estela (1998b) - Evoé ou Relato da Viagem ao Brasil: 7-21 de Novembro de 1998. Relatório enviado á Fundação Para a Ciência e Tecnologia, divulgado aos membros do Centro Interdiciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa, bem como a investigadores do Museu Nacional de História Natural e do Museu Geológico da Bahia.
GUEDES, Maria Estela (1999) - Do Dodó á Fénix - Parte I
III: Transmutação no discurso científico. Comunicação apresentada ao Colóquio Discursos e Práticas Alquímicas. CICTSUL. Biblioteca D. Dinis, Odivelas, 16-17 de Julho.
GUEDES, Maria Estela (1999) - O naturalista como criador - o enigma da mensagem na garrafa. Comunicação apresentada ao Colóquio Internacional Museus, Arte e Ciência: Que Culturas para o Século XXI? CICTSUL. Museu de Ciência, Lisboa, 11-13 de Outubro.
GUEDES, Maria Estela (-). A ciência como arma de guerra. Asclepius, Madrid. Em publicação.
GUEDES, Maria Estela & PEIRIÇO, Nuno Marques (1998a) - Carbonários, Operação Salamandra - Chioglossa lusitanica Bocage, 1864. Contraponto, Palmela.
GUEDES, Maria Estela & PEIRIÇO, Nuno Marques (1998b) - Ficções da Ciência. Comunicação apresentada á Reunión Científica Internacional - Ciencia y sanidad en España y America Latina; RIHECQB; Facultad de Farmacia, Universidad Complutense de Madrid, 14 de Julho. Boca do Inferno, Cascais, 3: 187-191.
NIETSZCHE (1984) - A Gaia Ciência. Guimarães Editores, Lisboa.
PEIRIÇO, Nuno Marques (1999a) - Do Dódó á Fénix - Parte II: Transmutação na iconografia científica. Comunicação apresentada ao Colóquio Discursos e Práticas Alquímicas. CICTSUL, Biblioteca D. Dinis, Odivelas, 16-17 de Julho..
PEIRIÇO, Nuno Marques (1999b) - O Fim da Ciência e a creatividade do discurso. Comunicação apresentada ao Colóquio Internacional Museus, Arte e Ciência: Que Culturas para o Século XXI? CICTSUL. Museu de Ciência, Lisboa, 11-13 de Outubro.
ANEXOS Anexo A -Instrumento em pública forma com o teor de um termo de declaração que fez o alferes de Henrique Dias António Machado da Trindade:
Saibam quantos este público instrumento dado e passado em pública forma do ofício de mim tabelião virem que sendo no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos oitenta e dois, aos vinte dias do mês de Fevereiro do dito ano nesta Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, pelo Doutor Juiz de Fora Marcelino da Silva Pereira me foi mandado pusesse em pública forma o termo de declaração que fez o alferes de Henriques Dias António Machado da Trindade, ao que satisfiz por reconhecer por verdadeiro o dito termo cujo teor é da forma seguinte. Aos dezanove dias do mês de Fevereiro de mil setecentos oitenta e dois anos nesta Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira em pousada do Doutor Juiz de Fora de órfãos e do geral do crime e do cível, e Provedor da fazenda dos defuntos dos ausentes das capelas e dos resíduos Marcelino da Silva Pereira donde apareceu o alferes de Henriques Dias António Machado Trindade morador nesta mesma vila e o próprio de que se trata, declara que - no lugar chamado Mamo cabo freguesia de Santiago do termo da Vila e num lugar não cultivado entre um roçado novo do Padre João Gonçalves na parte do sul e da parte do norte nas cabeceiras de um sítio de Manuel Lopes Falcão em terras do capitão António Gonçalves de Aguiar e Sousa em distância desta vila duas léguas e meia mais ou menos em um riacho que fica no alto do monte e descendo por ele abaixo vai desaguarno rio Paranáossû que é o mesmo desta vila achara uma pedra grande de cobre que terá o comprimento de cinco palmos mais ou menos em parte terá dois de largo e em parte um e meio, e bem parece ser criado naquele lugar, por não ter vestígios alguns de ser fabricado e ali posto, a deixou no mesmo lugar que não examinou se havia mais alguma outra; e só vem denunciar esta achada para se fazerem os exames precisos das diligências para averiguar se haverá mais e sua quantidade o que fazia como fiel vassalo de Sua Majestade Fidelíssima que Deus guarde e para constar mandou o ministro fazer este termo que assinou com o dito e eu Jerónimo José Antunes Pereira escrivão o escrevi "Pereira" António Machado da Trindade.
O qual instrumento eu Luiz Caetano Moniz Barreto tabelião público do Judicial e notas nesta Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira fiz tirar bem e fielmente do próprio termo a que me reporto e com ele e outro oficial da Justiça este conferi subscrevi concertei e assinei em público esta e os seguintes. Eu Luiz Caetano Moniz Barreto tabelião subscrevi
Em testemunho da verdade
Cónego Conferido por mim tabelião
Manuel ilegível Luiz Caetano Moniz Barreto
Anexo B - Memoria sobre o cobre virgem ou nativo da Capitania da Bahia, descoberto no anno de 1782, por Domingos Vandelli:
"A rarissima peça de cobre nativo, que o Exmo. Sr. Martinho de Mello fez pôr neste Real Museu, merece toda a estimação pelo seu tamanho e pela sua mistura com huma mina de ferro, o que serve para explicar hum phenomeno particular da natureza. Esta massa de cobre nativo pesa arrateis 2619; he de figura rhomboidal com a superficie irregular causada por varias pequenas cavidadedes e protuberancias. A sua altura he de 3 pés e 2 pollegadas de Paris, a maior largura he de 2 pés e 1/2 e a grossura 1/2 pé, 4 pollegadas e 2 linhas.
A côr externa he avermelhada escura, com algumas nodoas e particulas azuladas e verdes produzidas da ocra ou ferrugem do mesmo cobre. Internamente he de côr vermelha como o melhor cobre purificado e como elle malleavel e ductil. Não contém ouro, porque a agua fervente o dissolve perfeitamente e por ter a sua origem no vitriolo de cobre.
Foi descoberta esta massa de cobre nativo na Capitania da Bahia, sepultada em huma argilla muito fina de côr amarella, misturada com mica talcosa, côr de ouro, disposta em camadas produzidas das deposições das aguas do rio... que desce da Caxoeira, longe 2 legoas da Bahia
Em differentes paizes da Europa e da Asia, se encontra cobre virgem cristallisado, granulado, capillar, folliaceo, como tãobem no Brazil, ha alguns annos, na Capitania de Piauhy se descobriu hum pedaço de 30 e mais arrateis de cobre nativo com matriz espatosa, o qual se conserva neste museu, além de outro folhaceo, que eu descobri em grande abundancia no Ducado de Modena, entre estractos ou bancos de argilla, as cujas montanhas são abundantes de minas de cobre pyriticoso, pelo que he muito provavel que nos montes superiores á dita Caxoeira, donde se achou esta massa, se encontrem muitas outras sepultadas na argilla e riquissimas minas de cobre pyriticoso, de cuja decomposição se formou o vitriolo, que deu origem a esta cementação; além de riquissimas minas de ferro, que pelas superficies das mesmas, transportadas pelo rio, claramente vem indicada.
Mas até agora não se descobriu em parte alguma massa tão grande e assim circumstanciada de ser produzida pela cementação, como he esta da Bahia, a qual serviria para enriquecer o mais rico museu da Europa..."
IN: Actas do Congresso Luso-Brasileiro "Portugal-Brasil: Memórias e Imaginários", volume II, Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 489-501, 2000
MARIA I ET PETRO III
IMPERANTIBUS
CUPRUM NATIVUM MINERAE FERRI MIXTUM
PONDERIS LIB. MMDCLXVI
IN
BAHIENSI PRAEFECTURA
PROPE CAXOEIRAE OPPIDUM
DETECTUM
ET IN
BRASILIENSIS PRINCIPIS
MUSAEO
P.
MDCCLXXXII
Autor:
Maria Estela Guedes & Nuno Marques Peiriço
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