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-Alinha comportamentos organizacionais com os valores operados.
-Desenvolve a consciência e a sensibilidade ás demandas éticas.
-Integra diretivas éticas ao tomar decisões.
-Estrutura mecanismos para resolver dilemas éticos.
-Facilita a avaliação e atualizações diárias aos programas.
-Ajuda a convencer os empregados que a atenção á ética não é apenas uma reação mecânica feita para sair de um problema ou para melhorar a imagem pública.
Mas as organizações devem tomar precauções ao se estabelecer um programa ético global aplicável nos negócios, o International Business Ethics Institute -IBEI (1994) chama a atenção para os dez erros mais comuns que as organizações cometem ao desenvolverem programas globais sobre ética:
1-Falta de consenso nos objetivos para a internacionalização do programa.
2-A equipe internacional não integrada no desenvolvimento do projeto.
3-Não contar com a importância de promover o programa como uma vantagem competitiva sobre os competidores.
4-Políticas da companhia baseadas em exigências legais do mercado doméstico (nacional).
5-Não estabelecer escritórios ou recursos voltados para a ética em posições internacionais.
6-Colocar na equipe para assuntos éticos apenas funcionários nacionais, isto é, empregados não-internacionais.
7-Materiais oferecendo treinamento somente em inglês[2].
8-Usando a palavra "ética" extensivamente em materiais do programa.
9-Traduzir o código sem traduzir o significado do código.
10-Focar bem em poucas diferenças culturais do que reconhecer melhor muitas similaridades culturais.
As organizações podem colocar em risco todo o seu patrimônio destruindo sua imagem e perder clientes e parceiros se adotarem comportamentos condenáveis perante a sociedade. Ao assumir certas posições ou tomar partido de situações deve-se lançar mão de valores sociais para uma decisão que possa ser revelada ao público quando necessário sem constrangimentos, aliás, clareza e postura aberta as questões sociais fazem parte destes princípios reputados como bons.
Como as empresas são organizadas por pessoas é no tecido social da organização que se devem dar os bons exemplos e assim serem seguidos pelos demais. é sobre estes princípios que a organização estará praticando a responsabilidade social (SEBRAE, 2004).
As organizações não podem jamais negar seu papel dentro da sociedade, elas mudam o ambiente e as comunidades em torno de si. Quando mais éticas forem as ações da empresa melhor será o balanço social na região e o relacionamento com a comunidade será positivo.
Este relacionamento positivo se reflete nos negócios e nos empregados, uma empresa socialmente responsável é bem vista e as pessoas manifestam o desejo de participar desta organização. Este sentimento faz com as vagas sejam preenchidas na sua grande maioria por pessoas comprometidas com a organização e surge o retorno destas ações diretamente sobre os negócios (McNAMARA, 1999).
Esta visão, um tanto cíclica, é limitada, mas na maioria das vezes serão positivos os resultados destes esforços.
Da prática interna dos princípios e das decisões "cidadãs" nascem naturalmente as necessidades de comunhão. Não se pode delegar as empresas o imenso fardo social de uma nação, este compete ao Estado, mas nos domínios regionais onde a organização esta instalada é possível não só amenizar como também resolver alguns problemas.
Por exemplo, uma empresa que se instala em uma determinada região não atendida por ruas pavimentadas faz coro e reforça os apelos locais dos moradores, pois está interessada em ter fácil acesso aos transportes, mas ao inserir e perguntar para os líderes locais sobre as necessidades a empresa pode usar seu peso nas negociações e buscar melhorias na comunidade, gerando um relacionamento positivo.
Além de o próprio Poder Público, a imprensa, as Organizações Não Governamentais, os Investidores e os Consumidores, todos eles, estão cada vez mais críticos as posturas adotadas pelas empresas, portanto seguir valores éticos não é apenas uma necessidade de satisfação social, em último caso é questão de sobrevivência.
International Business Ethics Institute, The. Top 10 Mistakes that Organizations Make in Developing Global Ethics Programs. Estados Unidos da América; Washington, DC: The International Business Ethics Institute -IBEI, 1994. Disponível na rede global em: http://www.business-ethics.org/top10.html. TOP 10 MISTAKES, 1994.
FREIRE, Paulo. ética, Utopia e Educação. Petrópolis: Vozes, 2001.
JACOMINO, Dalen. Você é um profissional ético? São Paulo: VOCÊ S/A (revista). Ano 3, n.25,7p., julho 2000.
McNAMARA, Carter. Complete Guide to Ethics Management: An Ethics Toolkit for Managers. Estados Unidos da América; Minneapolis: Authenticity Consulting -LLC, 1999. Disponível na rede global em: http://www.mapnp.org/library/ethics/ethxgde.htm. Carter McNamara, PhD, 1999.
PETROBRAS, Brasil. Código de ética do Sistema Petrobras. Petrobras. Disponível na rede global em: http://www2.petrobras.com.br/Petrobras/portugues/eticas/eti_petrobras. Acesso em 26/12/2004. A Petrobras, Códigos de ética, 2004.
RIOS, Terezinha Azeredo. ética e Competência. São Paulo: Cortez, 2001.
SEBRAE. Respeito á ética do Mercado. Disponível na rede global em: http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/desenvolvasuaempresa.asp. Home. Desenvolva sua empresa. Respeito á ética do Mercado, 2004.
SROUR, Robert Henry. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Jundiaí, 28 de Dezembro de 2004.
Autor:
Reinaldo Toso Júnior
tosojr-prof[arroba]yahoo.com.br
Wisconsin
International University
Doutorado
Administração De Negócios
Ética No Trabalho
W1027
[1] Carter McNamara. Complete Guide to Ethics Management: An Ethics Toolkit for Managers. Disponível em: http://www.managementhelp.org/ethics/ethxgde.htm.
[2] A língua oficial do IBEI é o inglês, poderia ser qualquer outra.
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