A questão do emprego continua no século XXI

Enviado por Reinaldo Toso Júnior


  1. Resumo
  2. Objetivo
  3. Desenvolvimento
  4. Conclusão
  5. Referências bibliográficas

RESUMO

Abordam-se alguns aspectos da formação da mão de obra técnica e do desemprego como preocupação maior do Estado capitalista. Confronta-se a realidade do trabalhador com a tendência de se preferir mão de obra do nível superior e se discute a baixa remuneração da mão de obra técnica. Conclui que não é só responsabilidade do Estado a manutenção de programas de capacitação profissional, mas também a criação de meios que gerem mais empregos por meio do desenvolvimento.

O final do século XX foi marcado por inúmeras preocupações quanto ao futuro, entre todas as preocupações a que mais assustou e ainda assusta é a questão do emprego, visto este ser a fonte direta para renda e sustento da maior parte da população no mundo.

A relação capital-trabalho nunca foi pacífica. A preocupação com o emprego não ocorre apenas no Brasil, ocorre em todo o mundo e inclusive nos Estados Unidos, apenas para citar uma das mais poderosas economias globais.

A partir de 1996, conforme levantamento do IBGE, Pesquisa Mensal de Emprego 2001, o desemprego aumentou bastante no Brasil e vem se mantendo em tendência alta apesar dos sinais de recuperação.

Enquanto que no passado o desemprego ocorria em ondas e em regiões, nos dias de hoje afeta o planeta de maneira geral em menor ou maior grau.

Nos países pobres a situação não muda e é até agravada pelos déficits sociais dos governos. O desemprego é uma ameaça constante que preocupa trabalhadores, organizações não governamentais, governos e estudiosos. Os problemas sociais que a falta de renda acarreta são agravados pelo Estado omisso, seja a omissão por falta de verbas e recursos ou causada por políticas de desenvolvimento equivocadas.

Esta realidade é muito próxima de cada brasileiro, se alguém não ficou desempregado por um longo período ao menos tem algum conhecido. Esta é uma estatística fora dos levantamentos, um dado empírico e subjetivo, mas bem real.

OBJETIVO

O objetivo deste artigo é analisar a questão do desemprego, no sentido de capacitação, ocupação e atividade remunerada. Tratando-se de assunto polêmico e ainda não consolidado apenas alguns aspectos serão abordados.

DESENVOLVIMENTO

As atividades remuneradas humana possuem vários nomes, entre eles: trabalho, emprego e ocupação. As regras que regem as relações do trabalho mudam de país para país e na era da globalização de bloco para bloco.

Enquanto os países industrializados passavam por uma grande atividade industrial nas primeiras décadas do século XX, quase que uma segunda revolução industrial, o Brasil, por razões históricas e políticas, passava por sua própria revolução industrial tardia.

Enquanto os países industrializados já se alinhavam e desenvolviam seus mercados globais usufruindo do avanço tecnológico que eles próprios geraram, o Brasil necessitou alinhar suas políticas conturbadas dos anos 60 e 70 e superar parcialmente suas dificuldades econômicas agravadas na década perdida (nos anos 80), para somente nos anos 90, promover a abertura de sua economia e fazer os ajustes necessários na economia para atuar no cenário global (CASTELLS 1999, PRAXEDES e PILETTI 1997).

O desemprego nos países industrializados nasce das necessidades do rearranjo mundial orientado para blocos econômicos, com mudanças setoriais que afetam os padrões existentes desde o início do século XX e que eram voltados para as economias nacionais (HARVEY 1993). Também existem os conflitos por causa do emprego da tecnologia em larga escala e que substitui pessoas por dispensarem a intervenção humana constante (RIFKIN 2002), e sem contar a competitividade natural ou forçada por subsídios entre os mercados mundiais.

No Brasil os aspectos do desemprego são muito particulares e se distanciam da realidade dos países industrializados. é interessante a contestação de REVEL (2002) sobre a afirmação de OFFE (1989) de que o tempo dedicado ao trabalho vem diminuindo. A esta contestação talvez se possa explicar a diferença de contextos sócio-econômicos entre o Brasil e qualquer outro país desenvolvido.


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