Regime de Metas para a Inflação

Enviado por Edilson Aguiais


  1. Introdução
  2. Regime de Metas para a Inflação
  3. Bibliografia

Introdução

Após ser adotado com sucesso na Nova Zelândia, ainda em 1990, o regime de metas para a inflação se tornou um modelo interessante a ser implantado nas economias modernas. Dado o efeito de globalização que se efetiva na economia, os países têm buscado ser mais dinâmicos e estarem preparados para eventuais crises que agora são mundiais.

No final da década de 90 não se imaginava que uma crise do outro lado do mundo trouxesse reflexos para o Brasil. Foi assim na crise dos países apelidados Tigres Asiáticos que, em 1997/1998 entraram em crise, por causa do rápido e descontrolado crescimento, e atingiu economias do mundo inteiro. Visto que a economia mundial sofre oscilações constantes, o regime de metas para inflação tem sido um sucesso no sentido de convergir a taxa de inflação para níveis baixos e ditos confiáveis para economia.

O regime de metas é mostrado na sua forma institucional e apresentado as condições básicas para a existência deste regime alem de, é claro, mostrar o funcionamento, generalizadamente, nas diversas economias do globo.

Regime de Metas para a Inflação

O Regime de Metas de Inflação foi uma estratégia adotada primeiramente na Nova Zelândia que, segundo os formuladores da teoria, veio como forma de substituir as idéias friedmanianas vigentes até então. O regime consiste, basicamente, em perseguir uma meta para a variação do índice de preços pré-estabelecida e anunciada publicamente.

Após uma adoção bem sucedida desta política monetária praticamente todos os países passaram a adotar o regime de metas, implícita ou explicitamente. Dentre as economias emergentes que adotaram o regime explicito de metas de inflação citamos Turquia, México, Brasil, África do Sul, etc.

Esta teoria de política econômica se baseia no tripé: Expectativas Racionais, Taxa Natural de Desemprego e Curva de Philips. Dadas estas teorias o Banco Central tem sobre os ombros a responsabilidade de alcançar as metas estabelecidas previamente.

Para perseguir esta meta, o BC precisa ter autonomia para definir as políticas utilizadas. Este grau de autonomia é medido pelo poder que o BC tem na definição dos meios para se alcançar esta meta. A tese de independência do BC confirma esta idéia, para que o BC possa buscar atingir os objetivos do sistema de metas, é necessário que esteja livre de pressões políticas. Quanto mais independente for o Banco Central mais confiança tende a inspirar nos agentes econômicos tornando mais fácil a condução da política monetária. Pois, caso ocorram pressões políticas, essa ação podem induzir a autoridade monetária à utilização de uma política inconsistente temporalmente. Um exemplo destas políticas são as decisões eleitoreiras praticadas em certas economias com o objetivo de obter níveis de desemprego menor.

Como instrumento para o controle de preços o BC tem em mãos apenas a taxa de juros de curto prazo. Sendo assim, o BC busca o controle do nível de preços, com constantes alterações na taxa de juros básica da economia como forma de regular os choques sofridos pelo mercado. Caso ocorra um aumento na demanda, que força a inflação para cima, o BC opta por aumentar a taxa de juros retraindo a demanda e com ela a inflação.

Cabe ressaltar que o objetivo único do BC é com o nível de inflação, não se importando com o crescimento dos demais agregados como o emprego ou o crescimento. Como afirmam os defensores desta teoria, "estando a inflação sobre controle toda economia vai bem". De certa forma esta afirmação é verdadeira, visto que com o processo inflacionários todos perdem. Então, mesmo sabendo que é necessário obter crescimento para o país, o BC preocupa-se somente com a taxa corrente de inflação e a sua convergência para a meta estabelecida.

Tendo a inflação sob o seu domínio, o BC gera expectativas mais sólidas nos agentes acerca do futuro. Mas, é bom lembrar que, estas expectativas somente existem dada a existência da teoria de credibilidade do BC.


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