A crise ecológica revela uma crise ética em nossos dias, uma
crise de valores, uma crise de relações humanas, e de convivência
com as demais criaturas. Daí a importância da educação
ambiental para a responsabilidade e o respeito à vida. Tal educação
afirma valores e ações que contribuem para a transformação
humana e social e para a preservação ecológica.
Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente
equilibradas, que conservam relações de interdependência
e diversidade. A educação ambiental deve gerar, com urgência,
mudanças na qualidade de vida e maior consciência de conduta pessoal,
bem como harmonia entre os seres humanos. Essa educação ambiental
está diretamente relacionada com o posicionamento das empresas em contribuir
para o desenvolvimento de tecnologias que diminuem a poluição
ambiental.
Os fatos que configuram o que se chama de crise ecológica são
conhecidos e foram objeto de muitos estudos científicos e relatórios
globais de instituições internacionais: a explosão demográfica,
o efeito estufa e o aquecimento da atmosfera, o aumento da emissão de
gases poluentes que rarefazem a camada de ozônio, a presença crescente
de elementos químicos venenosos nos rios e mananciais, o comprometimento
dos lençóis freáticos, o desmatamento e a erosão
do solo, a extinção de uma multiplicidade de espécies e
o desequilíbrio do ecossistema.
É bem provável que a consolidação dessas tendências
conduzirá ao comprometimento da qualidade de vida e da sobrevivência
de populações, bem como a lutas distributivas, nacionais e internacionais,
ampliando a violência privada, ao emprego de armas químicas e bacteriológicas
e de armas nucleares táticas, que, por sua vez, só agonizarão
a crise ecológica.
O sensível aumento da degradação ambiental no planeta pode
tornar-se ameaça endêmica ou epidêmica à qualidade
de vida humana, principalmente, no tocante, às mudanças ao clima
mundial.
O avanço científico associado às fortes evidências
de uma alteração no clima mundial efetivou uma resposta internacional
concreta que culminou na aprovação da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQMC),
durante a Convenção das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável, ocorrida no Rio de Janeiro
em 1992.
Reconhecendo a mudança do clima como "uma preocupação
comum da humanidade", os governos que a assinaram tornaram-se Partes da
Convenção, propondo-se a elaborar uma estratégia global
"para proteger o sistema climático para as gerações
futuras" (CONVENÇÃO DO CLIMA).
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