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A forma como lidamos com aquilo que passa a ser o nosso lixo, é tratado como um ritual; um tabu. No artigo científico "Coleta Seletiva de Lixo Domiciliar – Estudo de Casos", os autores descrevem que o "rejeito passa por um processo de exclusão"; ele é desprezado e depreciado sendo associado a "sujeira, repugnância, pobreza, falta de educação e outras conotações negativas." Esse sentimento pejorativo em relação quilo que deve ser excretado cria em nós uma certa necessidade de realizar rapidamente as tarefas inerentes ao escatológico do lixo. Para que os rejeitos cumpram suas funções e tenham destinação, é necessário que sejam devidamente acondicionados em sacos e em locais; sejam separados e reconhecidos como "um conjunto heterogêneo de elementos..." que é possível ser reaproveitado.
Para que o lixo passe a ser mais que lixo e possa ser classificado como reciclável é importante que seja visto como tal. Se observado com cuidado veremos que o lixo não é uma massa indiscriminada de materiais, mas sim um composto que necessita de manejos diferenciados. Por essa diferenciação o lixo pode ser classificado de diversas formas, como seco e úmido. O lixo seco seria aquele a ser reciclado, como por exemplo, o papel. O lixo úmido seria composto por restos orgânicos de fácil decomposição na natureza, como as cascas de frutas. Pela NBR /ABNT 10.004(2004) os resíduos assumem Classes. Os de Classe1 são os perigosos. Os de Classe2 são os não perigosos. Essas classes ainda se dividem como os de Classe2A que são os não inertes como os biodegradáveis e os de Classe2B que são os inertes como a borracha e alguns tipos de plástico. Quanto a sua origem o lixo pode ser domiciliar, publico, da saúde, industrial, agrícola, etc. Alguns tipos podem ser mais perigosos que outros, como os resíduos radioativos e os rejeitos químicos industriais, mas o descarte inadequado de solventes e de tintas da pintura de uma casa podem se equivaler aqueles, assim como a destinação inadequada de pilhas, medicamentos vencidos e da inocente lâmpada domestica.
Os materiais eletrônicos assumiram recentemente um destaque muito importante junto aos debates conservacionistas. Uma miniaturização cada vez maior e uma grande variedade de tipos de aparelhos disponíveis anualmente fizeram com que muitos equipamentos ficassem obsoletos mais rapidamente. Com isso ficou praticamente impossível uma casa que não tenha um eletrônico aposentado em um canto e que fatalmente acabará misturado com o lixo comum um dia desses. Estimativas dizem que só no estado da Califórnia (EUA), diariamente seis mil computadores são descartados e apenas 11% é reciclada. Os compostos como o chumbo dos tubos de imagem e o cádmio das placas e circuitos são altamente tóxicos nesses aparelhos e devem receber destinação segura.
O conceito de lixo no Portal Reciclagem Net (http://www.compam.com.br/) diz que é " todo e qualquer resíduo proveniente das atividades humanas ou gerado pela natureza de aglomerações urbanas. No mesmo portal é exposto ainda:
"Comumente, é definido como aquilo que ninguém quer. Porém, precisamos reciclar este conceito, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. Grande parte dos materiais que vão para o lixo pode (e deveria) ser reciclada. A quantidade de lixo produzida semanalmente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg. Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores. Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados existir, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas, etc. Em torno de 88% do lixo doméstico brasileiro vai para o aterro sanitário. A fermentação gera dois produtos: o chorume e o gás metano. Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Isso acontece porque reciclar é mais caro do que simplesmente jogar o lixo em aterros. A título de comparação, o percentual de lixo urbano reciclado na Europa e nos EUA é de 40%."
Quando o assunto é lixo o Brasil ainda deixa muito a desejar. A temática somente foi levada a serio recentemente e as estatísticas sobre o assunto existem, mas como o assunto é lixo as pessoas preferem passar ao largo. Segundo dados do Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem, (WWW.CEMPRE. ORG.BR) do ano de 2008, somente 7% dos municípios brasileiro pratica a coleta seletiva do lixo urbano. Isso porque os custos para a coleta seletiva "é cinco vezes maior que a convencional." Segundo o CEMPRE "esta relação poderá ser alterada desde que se implante um modelo operacional adequado às nossas condições sociais". O quadro seguinte compara os resultados obtidos em dois modelos diferentes de gestão e operação da coleta seletiva do lixo urbano. Como se vê, diferentes formas de operação da coleta seletiva podem trazer também resultados bastante diferenciados com relação aos custos da atividade e, como conseqüência, à extensão da parcela dos resíduos que podem ser objeto desta ação.
Dados CEMPRE 2006 - SNIS 2005 |
Média 4 Importantes Capitais |
Londrina - PR |
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População Atendida (%) |
70% |
100% |
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Custo da Coleta seletiva (R$/ ton.) |
R$ 450,00 |
R$ 37,00 |
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Total Coletado (ton. / mês) |
1635 ton. |
2600 ton. |
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Relação entre total da col. Sel. e Resíduos Domiciliares |
3% |
21,80% |
A experiência desses municípios permite afirmar que a composição dos resíduos geralmente denominados secos e que podem ser reciclados é aproximadamente como indicada no quadro que se segue:
Tipo do Material |
Composição em % no lixo |
Alumínio |
1% |
Embalagem Longa Vida |
3% |
Diversos |
3% |
Metais |
9% |
Vidros |
10% |
Rejeito |
13% |
Plásticos |
22% |
Papel e Papelão |
39% |
Total |
100% |
O quadro é bastante loquaz se for associado a valores. O kg do cobre vale R$ 11,00 a preços de Agosto de 2010. O alumínio vale R$ 6,00 e o papel por volta de R$ 3,00[3]Se aplicado ao que é reciclado o montante é significativo, porém se o fizermos naquilo que vai fora aí sim, nos sentimos como verdadeiros idiotas. Os valores são enormes.
Como resolver o problema do lixo? Um caminho para a solução dos problemas relacionados com o lixo é apontado pelo Princípio dos Três Erres (3R"s) – reduzir, reutilizar e reciclar. Fatores associados com estes princípios devem ser considerados, como o ideal de prevenção e não-geração de resíduos, somados à adoção de padrões de consumo sustentável, visando poupar os recursos naturais e conter o desperdício. Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade. Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as embalagens. Exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou outros materiais. Reciclar envolve a transformação dos materiais, por exemplo, fabricar um produto a partir de um material usado. Podemos produzir papel reciclando com papéis usados. Papelão, latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados.
Para facilitar o trabalho de encaminhar material pós-consumo para reciclagem, é importante fazer a separação no lugar de origem – a casa, o escritório, a empresa, a fábrica, o hospital, a escola etc. Esse cuidado é fundamental e pode fazer toda a diferença na hora de se calcular custos. A separação dos materiais é o maior custo enfrentado pela reciclagem. Essa tarefa pode inviabilizar bons projetos já implantados, fazendo que se caminhe atrás nesse assunto. Isso é o "modelo operacional adequado a nossa realidade social" a que se referia à pesquisa anterior. Para isso não existe outra maneira de se trabalhar senão envolvendo a conscientização das pessoas quanto àquilo que elas estão consumindo. A educação sobre a reciclagem e conservação, tratada com as crianças em fase escolar e com os adultos no ambiente de trabalho pode mudar esse jogo em que todos perdem inclusive as empresas. Os Assistentes Sociais com a sua bagagem e experiências podem facilmente aí se inserir.
No documento "Avaliação da Estrutura e Organização de Cooperativas de Reciclagem de Resíduos Urbanos no Município de Campinas – SP", do 2º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos realizado em julho2009, os autores falam sobre a:
".preocupação em relação à gestão social e ambientalmente correta do lixo urbano que (sic) se faz cada vez mais presente nos debates públicos e organizações da sociedade civil. Nos atuais moldes de consumo é grande a quantidade de alimentos industrializados, o que aumenta o número de embalagens, principalmente plásticas e de papel, destinados para o lixo. Nesse contexto, têm merecido destaque a importância da coleta seletiva e a inclusão dos catadores, organizados em cooperativas, visto que esse material precisa ser administrado, proporcionando vantagens ambientais, sociais e econômicas. Neste contexto, este trabalho apresenta e discute aspectos relacionados à organização e funcionamento de cooperativas de reciclagem de lixo, de forma a propiciar uma discussão sobre os benefícios das mesmas."
Os autores também salientam a importância das cooperativas: "são uma ótima alternativa para a disposição do lixo doméstico, além de outras como o uso da ferramenta dos 3 Rs para a busca de soluções que antecipem e/ou previnam a geração do lixo." Outro aspecto é o lado social, já que as cooperativas proporcionam uma alternativa de emprego para pessoas que normalmente estariam fora do mercado de trabalho, seja por falta de escolaridade ou por falta de qualificação.
A correta orientação é necessária para o descarte adequado de resíduos perigosos. Lixo é um problema de saúde publica. Observe o quadro seguinte:
O lixo e as doenças.
Vetores |
Formas de transmissão |
Enfermidades |
Rato e pulga |
Mordida, urina fezes e picada |
Leptospirose, Peste Bubônica Tifo, Murino |
Mosca |
Asas, patas, corpo, fezes e saliva |
Febre Tifóide, Cólera, Amebíase, Giardíase, Ascaridíase |
Mosquito |
Picada |
Malária, Febre Amarela Dengue, Leishmaniose |
Barata |
Asas, patas, corpo e fezes |
Febre Tifóide, Cólera, Giardíase |
Gado e Porco |
Carne contaminada |
Ingestão de Teníase Cisticercose |
Cão e Gato |
Urina e fezes |
Toxoplasmose |
IBGE. Pesquisa nacional de saneamento básico – 1989. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1989.
Um documento importante divulgado em janeiro desse ano (2010) deixa claro que as grandes empresas multinacionais estão pensando seriamente em gerir seus negócios com competitividade e sustentabilidade. A Cisco e a BT em conjunto com instituições de negócios e de ensino respeitadas na China, Cingapura, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, oferece aos líderes empresariais, conselhos práticos baseados em casos de sucesso - como o da Cemex (cimento), da Marks & Spencer (Loja de departamentos) e da Shenzhen Water (empresa de água e saneamento) - e no pensamento acadêmico predominante sobre o tema. O documento também indica os passos necessários para que as empresas se tornem inovadoras a partir da sustentabilidade:
"As empresas que desejam crescer com rentabilidade no futuro devem centrar seus esforços em beneficiar os acionistas, a sociedade e o meio ambiente simultaneamente. Concentrar-se em qualquer uma destas áreas em detrimento das outras duas pode comprometer o sucesso do negócio a longo prazo. O enfoque na sustentabilidade é a melhor maneira de implementar esta estratégia, em três vertentes de forma simultânea, permitindo que as organizações inovem, consigam se diferenciar e sejam bem-sucedidas."(S2AVE)
Este novo enfoque, que foi denominado S²AVE (Shareholder and Social Added Value with Environmental Restoration – algo como: "Empresas e Sociedade somando valores com recuperação ambiental) e destaca o papel da sustentabilidade na hora de desenvolver a inovação no negócio e defende que, mais que um objetivo, a sustentabilidade deveria ser uma estratégia. Entre as estratégias apontadas destaca-se: Criar um comitê com responsabilidade sobre as questões ligadas à sustentabilidade e Utilizar o poder das pessoas; e nesse item: "Assegurar que a sustentabilidade seja um valor claramente estabelecido em cada passo do processo de gestão de pessoal, tanto no que diz respeito a informações para os empregados, contratação, distribuição de lucros, remuneração ou promoção. Criar um departamento de formação que dê ênfase à criatividade e à inovação por meio da sustentabilidade" (grifo).
Todavia na grande maioria das empresas brasileiras e também em muitos países a atenção dada aos assuntos voltados para as áreas sociais e da ecologia ainda é tratado como um assunto menor. Deter a atenção assim é visto como perda de tempo tanto para executivos como para os funcionários burocráticos. O excesso de foco e de eficácia leva a um direcionamento absurdo, onde tudo o mais deixa de ter alguma importância: vale a competição e a disputa a qualquer preço.
O surgimento de problemas sócio-ambientais como ameaçadores à sobrevivência da vida na terra, é um fenômeno recente. Em sua série Cadernos de Educação Ambiental a UNESCO e o UNICEF alertam que: "à medida que o ser humano se distancia da natureza passou a encará-la não mais como um todo em equilíbrio, mas como uma gama de recursos disponíveis, capazes de serem transformados em bens consumíveis." O modelo já dava claras mostras de não ser sustentável: recursos finitos para crescentes demandas. O modelo também era ilusório, pois "só é vivido por uma pequena parcela da população, a maioria apenas luta pela sobrevivência." Alem disso essa sobrevivência é ameaçada pela poluição causada pelo próprio modelo econômico. Populações inteiras dependem cada vez mais de ações pautadas pelo social e pelos poderes públicos que buscam paliativos para uma situação que não é atacada em seu ponto nervoso, mas sim vista como ativo político. Como mediador dessa questão, os Assistentes Sociais devem posicionar-se como defensores dos ganhos coletivos e na defesa de um espaço social que seja também ecologicamente correto. É impreterível que a profissão se volte também para as demandas da natureza, haja vista ser nosso planeta também um lócus de ação em todas as suas esferas, concomitantemente as interdisciplinaridades.
Uma empresa que consome e polui, invariavelmente está fadada ao declínio. E isso pode ser espontâneo ou ser conduzido e apressado pela comunidade e poderes instituídos, ainda que para isso se fechem postos de trabalho. Uma ação demorada nessa área inevitavelmente vai custar cada vez mais caro e expor o restante da comunidade a riscos crescentes. Para as boas empresas, que desejam se engajar em um esforço de sustentabilidade e conservação, muito trabalho com certeza as espera. Uma mudança de mentalidade e pequenas ações diárias darão inicio a um caminho sem volta e de repercussão positiva. O que primeiramente será notado é o custo de operação, onde é possível ver que para se fazer o mesmo se gasta menos ou se gasta melhor.
Estatísticas dão conta que áreas sem saneamento e coleta de lixo expõem às pessoas a contaminação e a doenças e isso gera uma pressão no Sistema de Saúde e um excessivo número de faltas e afastamento do trabalho. Também deixam o trabalhador mais vulnerável em suas atividades diárias o que pode ocasionar acidentes mais freqüentes e mais graves. Segundo dados do Ministério da Previdência Social em seu Anuário Estatístico de Acidentes no Trabalho – AEAT/2006, naquele ano ocorreram 2.717 óbitos e 8.383 incapacitações permanentes. Para o levantamento foram computadas somente as 30 maiores incidências dentro da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE. Uma rápida vista no documento aponta os maiores vilões: Indústria de transformação (frigoríficos, usinas de álcool, madeireiras, cimentos, concretos e móveis) com 603 óbitos e 2383 incapacitações permanentes; Comercio (de autopeças, combustível, bebidas, supermercados e de materiais de construção) com 486 óbitos e 1015 incapacitações permanentes e Transporte (de passageiros urbanos, não urbanos e rodoviários em geral) com 450 óbitos e 586 incapacitações. Outras áreas também são representadas e mesmo com números menores não são menos responsabilizadas, pois uma morte apenas já seria demais.
Os números apresentados na pesquisa podem suscitar outra analise. Os setores onde aconteceram os acidentes são historicamente de grande rotatividade de mão de obra e com grande competitividade. Também são setores onde a média salarial não é das maiores e os ganhos restringem as pessoas em suas opções de moradia, saúde e bem estar. Essas áreas também não se destacam quando o assunto é preservação e conservação. Pouca ou nenhuma atenção é dada para a sustentabilidade e a adequação de rejeitos, que fica relegada aos catadores que seriam como que "empregados informais" da limpeza, e ao descarte desordenado como simples forma de repassar a batata quente. Essa atitude irresponsável acaba por expor toda a sociedade aos mais diversos riscos e problemas e ainda responsabiliza as gerações futuras na busca de uma ação cada vez mais distante das solução.
Outra observação ainda cabe. Estados com baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, com pouco acesso ao emprego e a saneamento, apresentam números parecidos com estados mais desenvolvidos deixando claro uma conexão: os números tendem para o mesmo lado, ressalvadas as devidas proporcionalidades. Estados da Região Norte onde acontecem altas extrações de madeira e de degradação da natureza bem como áreas de garimpo estão entre as campeãs em casos fatais e mutilações de trabalhadores.
Nessa busca por um ambiente mais protegido o tamanho da empresa não a responsabiliza mais ou menos. Uma pequena somada a muitas outras faz um rombo bem grande na Natureza. Os pequenos têm a vantagem de se saírem melhor com ações menores e mais pontuais. Todavia se cada um der sua contribuição o somatório será benéfico ao coletivo.
2.2 - A lógica do capital.
O Capitalismo não é moral e nem ético. Seus ideais são voltados para outras paragens e assuntos não objetivos não entram facilmente na pauta. Quando se tem que pagar a conta e a dor é no bolso, melhor que sejam os outros a arcar com o ônus. Porem uma verdade também diz que qualquer organização ou empresa somente existe porque as pessoas estão lá diariamente lhe servindo de estofo. São pessoas comuns que moram, que tem família, que sonham e que vivem; essas pessoas são acessíveis ao raciocínio lógico e a bons argumentos e também podem ser sensibilizadas para assuntos da natureza. Emerson Sena da Silveira em seu artigo: Prejulgamentos Sociais nas Organizações, diz que é possível ensinar lições de ética nas organizações capitalistas:
"Todas as exigências que passaram a integrar as organizações (eficiência, competência, competição, eficácia) podem ser uma marcha obsessiva adiante, simplesmente para se chegar adiante. O problema é que ela deixa um rastro terrível atrás de si: os sujeitos não se tronam auto-conscientes.
O mundo não é geométrico e não pode ser comprimido.Porem o produto natural dessa mente moderna são os refugos. O lixo é o refugo da produção industrial, as ruas feias são refugo do planejamento urbano,...As realidades sociais e humanas não são redutíveis às variáveis matemáticas passíveis de manipulação."(Silveira: p54)
O autor ainda relata que a humanidade está derrotada quando elege valores transitórios em detrimento a própria vida e quando permite que preconceitos quaisquer empobreçam as relações interpessoais, bem como sentencia a derrota de administradores e empresários que "julgam administrar coisas e não pessoas". A vida cotidiana moderna estabeleceu certos padrões inconseqüentes para a manutenção da dignidade humana e que estes padrões podem ser reconfigurados, transformados, ressignificados. O consumismo é o único valor aceito em uma sociedade regulada pela "ditadura" da acumulação de bens materiais e essa atitude se reproduz dentro das organizações regidas pelo Capitalismo. Perceber que essa estrutura de racionalidade está falida e assumir essa falência como "nova fonte portadora de sentido" é como despertar de um pesadelo.
"A esperança deve resistir em uma ação que aspira pelas orientações da ética, da cidadania e de uma ciência a serviço do homem na realidade do mundo. . É necessário a conscientização daqueles que perderam a capacidade de estranhamento e que aceitam os preconceitos como parte imutável da realidade.dentro e fora das organizações. Para se combater essa ideologia, somente o livre pensamento, assumindo a responsabilidade pelo discurso ético.(Silveira: p54)
O autor finaliza dizendo que "o outro me ensina que o mundo não se reduz aos vizinhos ou a família e que sempre há algo para se aprender", porem essa relação somente acontece e tem sentido se for com liberdade e consciência que fará refletir e se questionar sobre o que é realmente essencial.
O Serviço Social nasceu com o capitalismo. Ele foi o gérmen da profissão, que cresceu alienada em um sistema institucionalizado e legitimado numa sociedade consumista e excludente. A profissão produziu e reproduziu a lógica capitalista nas relações e nas sociedades nas mais diversas expressões da profissão. Passou para a história como uma profissão de caridade e serviu como respaldo das mais diversas ideologias.
Historicamente o Serviço Social é descrito como ".um tipo de especialização do trabalho coletivo dentro da divisão social do trabalho peculiar à sociedade industrial." (Relações Sociais e Serviço Social no Brasil - Carvalho e Iamamoto: p71), porem a profissão é muito maior do que uma definição pode cobrir. Ela ultrapassa qualquer definição que se dê. Envolve aspectos sociais, jurídicos, religiosos, artísticos, filosóficos, de relação, de consciência, enfim da "totalidade do processo social e do modo de vida."(p72). A profissão se reveste do antagonismo em que se baseia o modo de produção capitalista e na dialética nem sempre pacifica do salário/capital, proletariado/burguesia; e conforme os autores citam é "uma totalidade concreta em movimento, em processo de estruturação permanente"(p 73). Isso é posto, pois o Serviço Social caminha ao par com as conjunturas históricas a que está vinculado bem como as dinâmicas das relações sociais. A prática profissional somente existe quando está inter- relacionadas, e coloca o profissional dentro do horizonte dos interesses das classes trabalhadoras. (p 75)
Com o florescimento do Capitalismo no período da Revolução Industrial, um contingente muito grande de trabalhadores busca trabalho nas fábricas. As condições desses trabalhos nem sempre eram condizentes com uma realidade revolucionaria como o nome do período pode sugerir. As cidades inchavam com uma população que crescia rapidamente e cujo contingente essas cidades não tinham como absorver. Muitos trabalhadores moravam dentro das próprias fábricas em condições insalubres. Famílias inteiras residiam sem o mínimo de conforto e privacidade. As tensões sociais por vezes explodiam e se tornavam impossíveis de conciliar. Ouve a necessidade de se pensar uma estrutura que fosse capaz de suprir as empresas de mão-de-obra e o trabalhador com alguma dignidade. Leis se fizeram. Estatutos nasceram. Códigos internacionais proclamavam a urgência em descrever o que seria uma definição para termos que até então não recebiam tanta atenção. Alguém tinha que intermediar essas relações. Nesse período o Serviço Social era envolto com uma aura messiânica.
Com o passar do tempo a modernidade aparece nessas sociedades. As leis se firmam. O estado se apresenta. As instituições desenham uma nova estrutura do capital e do dinheiro. O próprio trabalhador desenvolve um novo perfil, porem ainda alijados de consciência, e de direitos nem sempre respeitados. As necessidades sociais se complexificam e com isso os Assistentes Sociais necessitam ser mais especializados para o trato com essa nova realidade. A expansão urbana trás a reboque a profissão do Assistente Social, que se desenvolve graças a divisão social do trabalho. Esse fracionamento do trabalho assalariado, o aporte de poder e repressão do Estado e a hegemonia do Capital financeiro, numa busca pela supremacia de forças dentro das sociedades, gesta a questão social.
A Questão Social segundo Carvalho e Iamamoto, "é a manifestação do cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia,.."(p 77). Essa classe de operários ingressa no cenário político e exige ser reconhecida como classe por parte dos Empresários e por parte do Estado.
O Estado passa a intervir nas relações profissionais regulamentando juridicamente o trabalho. As condições de vida não podem ser ignoradas e as políticas sociais dão sustentação ao poder de classe dentro da sociedade. Todavia essa intervenção do estado não resolve todos os problemas e nem envolve toda a população. Um contingente muito grande permanece pauperizado e a dominação do capital por parte das empresas parece não suprir toda a sociedade do bem-comum apregoado pelo empresariado, que administra essa população como excedente ou como reserva industrial estratégica.
Esses abandonados não têm como sobreviver e pela lógica capitalista não são estratégicos, pois não podem consumir. Quem se ocupa deles é a sociedade que deve mover fundos para suas demandas. O Capitalismo também é chamado a compartilhar dessa ação, porem tenta desincumbir-se desse ônus. O Estado tenta resolver paliativamente a situação através das políticas sociais, onde o Assistente Social se insere como profissional capacitado para entender essas relações e defender os ganhos coletivos e a população ao qual se reverte essas necessidades que representa o seu objeto de trabalho. A profissão do Assistente Social se transforma da mesma maneira como se transformam as relações sociais e os cenários sociais onde essas relações acontecem.
Essa mudança constante do perfil do objeto de trabalho do Assistente faz com que mesmo as definições acerca do escopo e da alçada da profissão ensejam discussões acerca de sua definição. Juridicamente a profissão é tida como liberal, todavia o maior empregador da classe ainda é o Estado e as organizações patronais, bem como as ONGs e entidades de classe modernamente. A demanda do serviço não parte do alvo da atuação (trabalhador), mas sim daquele que paga o salário do Assistente Social (patrão): o trabalhador fica exposto a um aparato jurídico e institucional, cabendo a ele decidir se aceita ou não aquele serviço daquela forma impositiva.
Essa caracterização singular da profissão que vincula financeiramente o profissional com a classe hegemônica e coloca como objeto de intervenção a classe trabalhadora, toma proporções interessantes de analise. Isso permite "um espaço de atuação técnica abrindo a possibilidade de se orientar a forma de intervenção, conforme a maneira de se interpretar o papel profissional. " Isso também trás um traço peculiar: "a indefinição e a fluidez do que é e do que faz o Serviço Social, abrindo ao Assistente Social a possibilidade de apresentar propostas de trabalho que ultrapassem meramente a demanda institucional." (Carvalho e Iamamoto:p80)
Com esse argumento os autores encontram uma faceta interessante da profissão. Um Assistente com boa formação pode encontrar diversos lócus de atuação e de reinvenção de suas atividades. A possibilidade de verificação do cenário histórico e da adaptação do profissional a esse cenário e suas novas demandas possibilita um refazer de si mesmo, permite se reinventar e moldar-se ao novo tempo que exigira essa nova roupagem. Apesar dessa plasticidade que a profissão detém a que se ter cuidado para não se perder de vista suas bases profissionais sob pena de ruir pela falta de identidade. Dessa forma o profissional justifica a sua atuação dentro da sociedade e sua importância social nas instituições, bem como a relevância da profissão junto às interdisciplinaridades necessárias ao bom andamento da sociedade.
Uma dessas demandas passíveis de serem absorvidas pelos Assistentes Sociais são aquelas que dizem respeito à conservação da natureza. Qualquer sociedade que exista no planeta somente subsistira se o espaço onde ela está inserida oferecer um mínimo de condições aos seus habitantes. A degradação desse espaço fatalmente levará ao fim desse grupo ou a sua migração para outro espaço, o que será um problema, pois espaços dessa ordem estão se reduzindo drasticamente. Muitas vezes a mudança de uma cidade inteira é completamente inconcebível, porem talvez aconteça um dia.
Inúmeros são os países onde as condições de vida estão cada vez mais difíceis e o embate por espaços é cada vez mais freqüente. As áreas agricultáveis sofrem com o aumento da população e são requisitadas ao extremo para suprir de alimento a todos. Quando existem as áreas falta à água para irrigar. A degradação do meio ambiente também é responsável pela escassez de água. Inúmeros são os trabalhos publicados focando esse ponto: a retirada das matas ciliares (que margeiam os rios e córregos) causa o seu assoreamento, que é o acúmulo de sedimentos na calha desses rios e mananciais. Isso também leva a uma erosão mais acelerada. A erosão remove o solo fértil que por sua vez expõem as camadas mais profundas desse solo onde se encontram os lençóis freáticos que abastecem os rios. A degradação do solo e a diminuição do seu teor de umidade interferem na vegetação. A interferência na vegetação reduz a fertilidade desse solo e em suas características físicas: microorganismos, macro organismos, textura, nutrientes, aeração, erosão vertical, etc. Com menos matas e umidade ocorre uma interferência no regime normal de chuvas, pois a mata e a umidade criam as condições para esse fenômeno, dependendo das regiões. Uma interferência no regime normal de chuvas pode ocasionar uma desgraça: chuva demais quando não se necessita e falta dela quando seria necessária, agravando ainda mais o problema.
Como se pode ver não existe nada que aconteça de forma isolada. Todas as coisas estão relacionadas e interligadas a ponto de gerar uma reação em cadeia quando somente um dos seus componentes é afetado. Se entendermos essa seqüência profunda e complexa e participarmos de alguma forma na sua manutenção, certamente estaremos pendendo a balança a nosso favor.
Aliado aos problemas ecológicos temos os problemas do lixo. Os rejeitos humanos sejam eles domésticos, urbanos, industriais, agrícolas ou de qualquer outra ordem, somente agravam o delicado equilíbrio do meio ambiente. Sua deposição de forma desordenada em áreas cada vez maiores lança na natureza um montante passivo de reuso que sai de uma classe para entrar em outra: de reciclável para contaminante. O acumulo de lixo gera gases e líquidos altamente contaminantes, justamente onde existe um grande numero de pessoas: as cidades e suas cercanias. Estudos ainda demonstram que uma pequena parcela do lixo realmente é lixo, por volta de 13%, e que somente este é que deveria ser descartado na natureza, pois seria o único que voltaria ao ciclo de degradação e renascimento típico da vida nesse planeta.
Áreas que serviram como lixões depois de recuperadas não se prestam a mais nada. Mesmo que sejam recompostas com a mata nativa o nível de contaminação no solo ainda pode ser prejudicial às pessoas. Se forem usadas para agricultura podem passa essa contaminação para os alimentos ali produzidos. Se forem usadas para a edificação podem expor seus moradores aos gases tóxicos liberados do solo e a água que por ali exista certamente será imprópria ao consumo. É uma área que será eternamente tabu.
Seja por esses motivos ou ainda pelo alto custo de simplesmente recuperar as áreas, ou pelo alto custo de se dar destinação correta aos rejeitos do lixo, ou ainda pelo alto custo de perdas com os materiais que seriam passivos de reciclagem e são simplesmente contaminados pelo descaso com a sua correta adequação; em qualquer hipótese, uma intervenção multidisciplinar é prerrogativa fundamentada sob qualquer aspecto. Professores em sala de aula, instrutores em cursos de qualquer área, demais profissionais em suas atuações, trabalhadores em seus turnos e pais em suas casas: todos são responsáveis. Os Assistentes Sociais são peças fundamentais nessa nova demanda.
Aqueles que estão na área da saúde deveriam se deter na correta adequação do lixo ali produzido. Aqueles que estão na área burocrática também deveria se incumbir de vigiar sua cota de contaminação. Aos que estão em empresas da iniciativa privada cabe também vigiar pelos rejeitos diários. A busca por resultados efetivos nessa frente de atuação será demorada. Muitos esforços serão envidados antes que se colham números expressivos. Mas os resultados sejam quais forem sempre serão importantes, pois não temos outro planeta na esquina para aportarmos.
A Revolução Industrial foi um marco de paradigma para o Capitalismo, para a profissão do Serviço Social e para a degradação do planeta e geração de lixo. Inserido como agente de legitimação o Assistente Social faz a intermediação entre essas forças antagônicas. Carvalho e Iamamoto afirmam em seu livro Relações Sociais e Serviço Social no Brasil:
"Em caráter preliminar, poder-se-ia afirmar que o Serviço Social não é uma profissão que se inscreva, predominantemente, entre as atividades diretamente vinculadas ao processo de criação de produtos e de valor. Embora não ocupe uma posição na produção stricto sensu, como o que ocorre com outras profissões de caráter técnico, isto não significa seu alijamento da produção social em seu sentido amplo.caracterizada como um trabalho improdutivo, figurando falsamente como custo de produção, participa da tarefa de implementação de condições necessárias ao processo de produção no seu conjunto,.." (Carvalho e Iamamoto: p 86)
Os autores citam ainda que embora não gere valor, sua interferência faz com que o trabalho seja mais eficiente e produtivo, reduzindo o limite negativo que sobra ao capital gerando lucro. Mais adiante atribuem ao Assistente Social à condição de "intelectual", pois ele é o organizador, o dirigente técnico que coloca sua capacidade a serviço da criação de condições favoráveis à classe que se encontra vinculado. Ele envolve-se diretamente na vida cotidiana como "organizador, construtor, persuasor permanente".
Como profissional que atua na questão social, cabe ao Assistente Social atuar em toda a questão social. Sendo a questão social uma expressão do momento vivido pelo capitalismo em sua trajetória e que envolve a reprodução diária das relações entre esses agentes, todos os aspectos fazem parte do objeto de intervenção. O consumismo e a produção de bens em massa são aspectos diretos do estilo de vida capitalista, e esse estilo de vida contribui vorazmente para a degradação e a contaminação da natureza. A profissão somente existe por que se insere como mediador das questões sociais e acredito fielmente que não existe expressão mais social do que a preservação e o consumo consciente no atual momento histórico. Dessa forma não podemos excetuar as condições ecológicas onde os agentes se inserem. A preservação do meio ambiente, a reciclagem, o consumo consciente, a destinação de rejeitos ou qualquer outro aspecto desse cotidiano são relevantes.
Os estoques de matéria prima são considerados estratégicos pela indústria. A boa gestão deles depende do sucesso do resto da cadeia produtiva. Se esgotarmos a natureza não haverá estratégia que de jeito. A defesa da vida, dos direitos sociais, da cidadania, da liberdade, etc., são expressões concretas do direito do cidadão. Concreto também é a necessidade de um meio ambiente que ofereça os mínimos sociais para a manutenção da vida.
Como guardião intransigente dessa sociedade, cabe a categoria na condição de profissional e de cidadão engajar-se como motivador e defensor de uma ecologia igualitária, democrática e limpa.
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Autor:
Célio Alexandre Brasil
Acadêmico do Serviço Social – curso EAD Univali.
[1] Os estágios foram realizados na Celesc, Agencia Regional de Concórdia/SC, durante o curso de Serviço Social. As atividades de estágio aconteceram junto ao Projeto Social Reciclagem de Lixo - Energia do Futuro durante os anos de 2009 e 2010.
[2] A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
[3] Os preços de referencia são aqueles praticados pelos compradores de recicláveis da cidade de Concórdia á época do trabalho.
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