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Só para salientar que o acto da circuncisão realiza-se fora da aldeia. O circuncidado só poderá voltar a ela depôs de uma longa caminhada, durante este tempo viverá na mata. Todos os elementos dos quimbo participativamente, cada grupo tem uma função característica, as mulheres e os incircuncisos são tabu não podem ter contacto com o grupo.
Dois dias depois da caçada geral todos os rapazes que vão ser circuncidados se reúnem neste mesmo cercado, para serem submetidos a cerimónia do «KUVWAVWA VUNGA». Esta festa como a da cerveja tem também como finalidade honrar e contentar os espíritos dos antepassados.
Depois desta cerimónia, os rapazes vão todos, cada um com o seu guarda, para um lugar um pouco afastado da aldeia, onde será feita a circuncisão. O tyiluwe isto é o homem que faz a operação já lá esta com os seus ajudantes ou seja com aqueles que devem segurar os pequenos durante o acto da circuncisão. Entretanto, já os homens começam a bater nos batuques, ao mesmo tempo que as mulheres, bastante afastadas do local, cantam e berram para os incitar a cantarem e a tocarem com mais alma.
O tyiliwe começa a afiar sua faca isto é uma faca gentia e vulgar, depois coloca em volta da cabeça uma espécie de coroa feita de pelos da calda de um animal geralmente o Nguelengue espécie de búfalo. Os mais pequenos que devem ser circuncidados estão todos em fila, seguros pelos seus guardas, pois caso contrario fugiriam; cada um tem debaixo do braço ou ao colo uma galinha, um cabritinho, ou um porquinho para sacrificar.
Ao chegar junto ao Tyiluwe, o primeiro despede e senta-se num pedaço de morro de salalé. Atrás deste torrão, este espelhado um pau que tem escolhido o símbolo da circuncisão. Diante do rapaz que está sentado o Tyiluwe e os seus ajudantes executam a sua dança Própria.
Terminando a dança, o Tyiluwe coloca no cucurito da cabeça do rapaz que esta sentado numa espécie de penecho feito com o mesmo material da coroa que ele próprio tem á volta da sua cabeça. Começa então a circuncisão durante a qual as assistentes cantam os seguintes cânticos:
Cânticos do acto da circuncisão.
a) Mukendeni kanike uno a) circuncidai este pequeno
Mukendeni kenike uno a) circuncidai este pequeno
Mukendeni kenike uno circuncidai este pequeno
Mukendeni kenike uno circuncidai este pequeno
Logo depois da operação, o novo circunciso (kandada) faz o seu sacrifício matando a galinha o cabrito ou porquinho que trazia consigo, depois da uma corrida em forma de curvas para se aproximar um pouco das mulheres e levantando um braço proclama em voz forte o novo nome que recebe na circuncisão dizendo: eu sou o fulano de tal.
Quando o circuncidado e ainda muito novo, o pai ou o guarda pegam nele ao colo e fazem essa proclamação em seu nome. A cada proclamação as mulheres fazem grandes proclamações de alegria. Por este nome serão sempre conhecidos nome futuro, entre os da sua tribo. E sempre um nome de um avô falecido ou de um outro antepassado muito honrado pela família.
Depois da proclamação do seu nome, a criança desaparece do acampamento da circuncisão. Terminada essa parte das cerimónias as mulheres começam a entoar cânticos de tristeza, quase de luto, pela perda dos seus filhos que durante quase oito meses não poderão ver. Estes cânticos também serão entoados de manha e a noite, enquanto elas estão a pisar o milho para lhes preparar a comida mostrando assim que nesses momentos pensam neles. Cantam-nos ainda quando vão levar a comida ao acampamento, onde os pequenos se encontram agora e do qual devem estar muito afastados. São os guardas que recebem das mães a comida para os rapazes. Estes quando reconhecem ao longo, pelos cânticos a voz da sua mãe mostram pela sua fisionomia tê-los reconhecido, mas não o podem dizer a ninguém, nem sequer podem tentar vê-las.
Ange we, ange we, vana veto vayaye. Ai de mim, ai de mim. Não sei dos nossos filhos.
Ange we ange we, vana veto we.Ai de mim, ai de mim. Ai dos nossos filhos.
Depois de feita a circuncisão, os novos circuncisos "tundandandas" ficam reunidos num acampamento feito numa clareira aberta por eles na floresta, aproximadamente a uns 400 metros da aldeia. Esta clareira está cercada pelos arbustos já existentes, e por ramos de árvores cortados para impedir que os não circuncisado e as mulheres possam ver o que ali se passa. Ali ficarão os tundandas durante um oito meses n uma separação rigorosa da vida comum da aldeia, cada um deles receberá um Tyilombola, ou seja, um encarregado de lhe fazer os curativos e de lhe ensinar os costumes da tribo.
No 1º dia da circuncisão, ser-lhes – ao indicados por um mas velho da tribo que ao mesmo tempo, curandeiro todas as proibições ou obrigações a que estão sujeito. A estes conjuntos de obrigações e proibições os Nganguelas chamam de Vizila. Delas serão desligados pouco a pouco pelos actos rituais correspondente.
Proibições
Os tundandas (circuncidados) são proibidos de executar e participar nas actividades do kimbo. Tais proibições são:
Não podem olhar para as mulheres
Não podem lavar-se
Não podem tocar num machado, numa faca ou no fogo.
Não podem comer ovos nem carne de determinados animais.
Não podem beber de uma cabaça nem comer de um prato
Não podem comer com talheres.
Todo o que foi usado pelos tundandas (circuncidados) é por este mesmo facto impuro e consequentemente será destruído no fim das cerimónias da circuncisão. Tudo o que existir no acampamento será queimado. Os tundandas não podem dormir com manta nem por cima de uma esteira. Dormem estendidos no chão, mesmo no tempo frio que nestas terras chega a ser intenso. Cavam pequenas covas com a forma aproximada do seu corpo onde passam a noite. Se o guarda a que o circunciso esta entregue for compassivo cobre o fundo da cova com cinzas ainda quentes para que o pequeno possa aquecer-se um pouco.
5.1Alguns cânticos que ensinam obrigações e proibições
Kakule, kakule kavisamba – Toque dos paus (vikuakele)
Yanguendemba. _ Sou galo
Kakule, kakule kavisamba yanguendemba.– O mesmo toque ou som, ó Circuncidado
Yanguendemba. _sou galo.
5.2- Imbundo kusinha, kavisamba
Yanguendemba – Imbundo (nome de um peixe) é epilepsia, ó circuncidado
Yangue ndemba não o comeras ou circuncidado.
Nguevemakeka, kavisamba. Sou galo
Ndyitalemuahitandonga, Olhando para o curso da água.
Mbungueyangietó.O meu coração fica cheio de alegria
5.4 Alguns cânticos no acampamento
- MU tyanatyavalundaNa charnecas dos Lundas
Mu tyanatyavalundaNa charneca dos Lundas,
WahitamuyengovempuluQuem passou lá como Mpulo (guelengue)
Ngovempulo.Como Mpulo.
Wohita um tyanatyavalundaQuem passou pela charneca dos Lundas
-Limbuangugulikissi, e eleya -Limbuangungu ( nome de um mascarado e de um gigante)
Ó gigante eia
Tuyehandonga, likissi, e eleya Vamos ao rio, ó gigante, eia.
Tuye cuvicuni, likissi, e eleya Vamos à lenha, ó gigante eia
Tuyekumahya, likissi, e eleya Vamos às lavras ó gigante eia
Ao entoarem os seus cânticos, os tundadandas marcam o ritmo com dois pauzinhos que têm nas mãos, batendo uns contra o outro. Estes pauzitos são guardados por eles até ao fim da livamba (cerimónia da circuncisão.)
Todos os dias ao nascer e ao pôr-do-sol cantam os cânticos que chamam-se `` kuhungula litangua (saudar o sol). Esta cerimónia tem por fim saudar e venerar o sol. Nela estão voltados pelo sol, mas sem o olharem e no fim das canções atiram os pauzitos com que marcam o ritmo, na sua direcção.
1ª Noite no acampamento
Na 1ª noite da circuncisão os velhos batem o Mingongue, instrumento de música que os rapazes nunca tinham visto antes. Os mingongues não são batuques, são pedaços de troncos de árvores secos, encavados por dentro. Todos diferem-se em tamanho e grossura de modo a darem sons diferentes.
Os tocadores embora guardem todo o mesmo ritmo, batem os mingongue a velocidades diferentes. É um sinal para toda a região de que naquela terra se realiza a circuncisão.
Kusica Mingongue
Mingongue: é um instrumento de música feito de pedaços de troncos de árvores secos e escavados por dentro. Os toques destes instrumentos ouvem-se nos primeiros dias da circuncisão, à noite e de manha. Ouvem-se ainda noutros dias sempre que vêm hóspedes da mesma tribo visitar os tundandas.
O kakundyo
É um instrumento feito de duas varas muito flexíveis (espécies de verga) que juntando-se pelas extremidades ficam com a forma de duas argolas presas uma a outra, onde os pequenos enfiam as pernas até as coxas. Nesta posição os pequenos ficam impossibilitadas de se voltarem durante a noite ou juntarem as pernas. Os mais pequenos ficam com as mãos presas para não tocarem nas feridas.
Durante este tempo, os tundanda aprendem danças especiais, chamadas kuhunga.
O ensino desta dança fez parte da preparação para depois poderem participar nas danças dos Tungandzi (mascarados).
O kulondeka
Uma vez circuncisados as feridas, os tundandas ficam livres de algumas proibições ou obrigações da circuncisão. Esta libertação é dada ritualmente pela cerimónia chamada Kulondeka. Este ritual consiste no seguinte: Enquanto os mais velhos batem nos mingonges e os batuques, os tundandas, entoam os cânticos da circuncisão, que acompanham com os pauzitos que trazem nas mãos, reúnem-se a volta do curandeiro, depois dos cânticos, o circuncisado chama um por um todos os tundandas e diz-lhes:
- "Pega neste fogo"
Pegando o rapaz no fogo, o curandeiro dá-lhe uma pequena pancada com um chicote feito de um ramo que tem na mão e ao mesmo tempo lhe diz:
Desde este momento, podes pegar no fogo novamente. A mesma cerimónia se realiza para a faca o machado e para os diferentes instrumentos de música.
Nos meses seguintes os tundandas podem ir a floresta para caçar ou pescar nos rios, mas devem tomar precauções para não encontrarem-se com mulheres ou circuncisas.
Por esta razão todos gentios onde possam passar os tundandas devem estar marcados com um sinal especial, que as mulheres e os não iniciados conhecem: um feixe de lenha posto ao meio do caminho. Este sinal quer dizer que ali nenhuma mulher ou não iniciado deve passar.
5.5 Kutsimpwisa
Passados alguns tempo ou seja quando está para terminar o tempo da circuncisão, há a grande festa da kutsimpwisa. Neste dia os tundandas verão de perto e pela 1º vez na vida os Tungandzi isto é homens mascarados, bem como as danças, e descobriram que estes animais extraordinários são homens. A principio os tundandas ouvem as danças e músicas que se tocam fora do acampamento, ali os tundandas estão no acampamento e não podem ver o que se passa fora. Os guardas vendam os olhos de cada um dos seus tundandas com uma tira de casca de árvore bem batida, depôs os tundandas aproximaram do cercado do acampamento uns colocados em bichas Indianas com as pernas afastadas, e outros formam um círculo atrás deles. Depôs disto os guardas fazem uma abertura na cerca e trazem os tundandas um por um junto das pernas do 1º kangandzi, ai tiram-lhe a venda dos olhos e ao mesmo tempo obrigam o pequeno aninhar-se para passar por baixo das pernas dos tungandzi. Quando chegam ao fim da fila levantam-se mas vêm-se cercados pelos outros. Enquanto passam por baixo das pernas dos primeiros estes dão-lhes pancadas que os assustam, e ao verem os pelos que recebem as pernas do tungandzi põem-se aberrar, porque julgam-se junto de animai9s estranhos.
Tendo passado todos os rapazes o tungandzi tiram as mascaras das cabeças, é encantada acena do reconhecimento desses mascarados. As crianças ainda com lágrimas nos olhos fazem uma manifestação de alegria ao reconhecerem que aqueles monstros são por vezes o seu pai, irmão ou qualquer outro conhecido depôs os tungandzi perguntam aos pequenos quem são eles e estes respondem pronunciando os nomes de cada um dos tungandzi. Depôs destas cerimónia os tundandas voltam para o acampamento. Passado dois dias celebra-se o dia da"kuhonda mwaka" que consiste no aviso as mulheres para prepararem a cerveja, porque alguns dias depôs vai realizar-se a saída dos tundandas para a aldeia. Os homens começam a preparar o vestuário dos tundandas:
Mahumo: espécie de bordão de viagem bem esculpido.
Vikuko: espécie de largo e grande capacete feito de cascas de árvores batidas.
Malupuza: é feito do mesmo material.
Vundyombo: espécie de saia feita de casca de árvore, de cor quase preta, e uma espécie de manta compridas feitas do mesmo matéria.
Depois de todos preparados, realiza-se a saída do acampamento para a cerimónia a que chamam kulundulula.
Kulundulula: é uma cerimónia em que pintam todo o corpo dos tundanda, incluindo a cara com uma espécie de barro bronco chamado impemba, vestem as saias de que falou-se, colocam nas cabeças os capacetes, lançam pelas costas manta, da cor da saia, de modo a cobrirem o corpo, e seguram nas mãos os bordôs de viagem. Assim começa a saída do acampamento e é lançado o fogo a todo o acampamento. Os tungandzi ou mascarados aparecem novamente, bem como os tocadores de batuques, +para acompanharem os tundandas nas suas canções a caminho da aldeia.
Quando chegam a aldeia, os tundandas são recebidos e acompanhados pelo soba da tribo e pela sua primeira mulher, a única da tribo que esta iniciada nas cerimónias da circuncisão.
A recepção dos Tundadas consiste na seguinte cerimónia: O soba e a sua mulher desenham um círculo no chão, à volta dos pés de cada kandandas, significando assim, simbolicamente que são recebidos.
Entretanto, os tungandzi ou mascarados afastam-se para que as mulheres, mães e irmãs dos tundandas possam vir cumprimentar os seus familiares. As mulheres vêm acorrer dando grandes gritos de alegria e, por vezes, com as lágrimas nos olhos, a abraçar os seus filhos ou irmãos que não viam a oito meses. Trazem-lhes toda a espécie de panos e missangas que eles vestem e com o que se enfeitam por cima do vestuário próprio de andando.
Terminados os cumprimentos, começam em volta dos tundandas as danças gerais com toda a gente, acompanhadas de abundantes libações de cerveja. De tarde, aparecem de novo os tungandzi com as suas danças, desde este dia os tundandas podem lavar as mãos e a cara, mas todos os dias têm de se esfregar totalmente com barro chamado `` impemba `` até ao dia da kulomba.
Kulomba:
Alguns meses depois do regresso à aldeia, os Tundandas são chamados a reunirem-se uma vez mais na lipata, isto é casa do soba. Este dia foi já marcado com antecedência para dar tempo às mulheres de prepararem grande quantidade de cerveja. Os tundandas, vestidos com o vestuário próprio da saída do acampamento da circuncisão começam as cerimónias com as danças da kuhunga.
As mulheres e os outros homens dançam juntamente com eles, depois aparecem os tungandzi ou mascarados, fora da cerca num terreno próprio no centro da aldeia para dançar, os tundandas saem da Lipata do soba e vão se juntar a eles para ajudar os tocadores de batuques com os seus cânticos e os seus ensinamentos.
Cada kangandzi tem um cântico próprio e é chamado a dançar pelo ritmo do batuque e pelo cântico que lhe diz respeito. Segundo o sentido simbólico de representação dos tungandzi, assim a sua dança é lenta ou quase furiosa. Os tungandzi representam espíritos dos antepassados, e por isso com as suas danças querem honrá-las.
Depois da dança dos tungandzi, os tundandas voltam ao cercado da casa do soba a lipata» e reúnem-se diante de uma casinha que está lá dentro chamada Liemba.
Lomba: é o lugar onde reina o soba, onde ele reúne com os seus conselheiros onde julga os grandes delitos, e na qual só a primeira mulher do soba e os conselheiros podem entrar. Diante da Liemba, realiza-se a cerimónia do kuvwavwavunga, ou seja a repetição da primeira cerimónia, no princípio é feita para honrar e contentar os espíritos dos antepassados, agora é feita com a finalidade de agradecer. Depois da cerimónia juntam-se para a saída da lipate com os guardas que cada um tinha. Fora são esperados de novo pelos tungandzi ou mascarados para irem em procissão até um riacho próximo da aldeia, desde que aparecem os tungandzi ou mascarados as mulheres e os não iniciados desaparecem da aldeia, fechando-se em suas casas ou refugiando-se no mato.
Quando chegam ao rio, os tundandas sentam-se à beira da água e os guardas cortam-lhes os cabelos primeiro com a tesoura ou faca e depois com uma faca maior afiada, rapam-lhes o cabelo de modos a deixar desenhados dois traços de cada lado da nunca, a começar junto das orelhas, e um outro mais acima em forma de meia-lua. Depois deste trabalho, os pequenos aproximam-se novamente ao rio, o guarda enche a boca com água e lança-a sobre os kandandas, que entretanto tinha despido toda a roupa, os rapazes depois lançam-se a água e atravessam o rio, ficam um momento em pé do outro lado, e voltam de novo para se lavarem ou serem lavados, depois são esfregados pelo guarda com óleo ou banha o que lhes torna o corpo brilhante; A seguir o curandeiro, toma uma pomada e esfrega um pouco no corpo de cada kandanda, dando-lhe uma pequena pancada com o chicote, o que significa que a partir daquele momento estão desligados de todas as proibições da circuncisão.
Então, um dos velhos da tribo, que é ao mesmo tempo curandeiro dirije-se aos tundandas e diz-lhes que tudo o que fizeram, viram e ouviram no campo da circuncisão é sagrado para as mulheres e para os não circuncidados, e aquele que violar esse segredo será morto.
Todo o vestuário que traziam quando for um para o rio é lançado a água ou queimado. Após as recomendações segue uma procissão de regresso a aldeia cantando e dançando. Nestes cânticos diziam que fizeram uma grande viajem que voltam e pedem aos habitantes da aldeia que não lhes façam mal e sobretudo que não lhes envenenem. Quando chegam a aldeia os mascarados desaparecem e começam as danças gerais com velhos homens, mulheres e crianças. As libações e as danças continuarão toda a noite até de manha.
É assim que os rapazes nganguelas se iniciam nos usos e costumes da tribo nganguela.
- Os tundandas ficam durante oito meses separados da família e longe das actividades do quimbo.
As obrigações e proibições fazem com que os tundandas sejam homens fortes, corajosos capazes de enfrentarem a dor, o medo, a fome e o frio.
- Os ensinamentos dados aos tundadandas é tudo o que acontece no acampamento (vamba) não se poderá divulgar a ninguém, quem o fizer morrerá.
- O tyilombola é o homem encarregado de fazer curativo e lhes transmitir todos os costumes da tribo.
- As cerimónias especiais e rituais da circuncisão conferem aos tundandas todos os direitos da tribo e impõem-lhes todas as obrigações da mesma.
- Os tundandas, como já foi dito, dormem no chão, de costas, sem manta nem esteira.
- Para lhes impedir que se voltem durante o sono e infectem as feridas, ficam com as pernas presas por meio do kakundyo ou muyambe que é um instrumento de duas varas flexíveis que juntam-se pelas extremidades e ficam com a forma de duas argolas, onde os tundandas enfiam as pernas até a cara.
Lilunga Antonio, tyimuma verónica e kativa José
O mundo cultural dos nganguelas. Pub:2004
Autor:
Eva da Piedade S. Kayuca
CURSO: PEDAGOGIA
4º ANO
Docente: Alfredo Peña Ricardo
Ministério do ensino superior
Instituto Superior de Ciências da Educação
ISCED-HUILA
DEPATAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇAO
TRABALHO INDIVIDUAL DE TIC
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇAO-ISCED-HUÍLA
Lubango/2014
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