3
INTRODUÇÃO
Infecção Urinária
? O trato urinário normal é estéril.
? A infecção do tracto urinário (ITU) é a segunda
nas infecções bacterianas mais freqüentes em
crianças, depois das infecções respiratórias
superiores.
? Constitui a causa mais freqüente de consulta em
serviços de nefrologia infantil.
? Classicamente é definida como a invasão,
multiplicação e colonização do tracto
urinario por micro-organismos
habitualmente da região perineal.
? Têm um potencial para invadir os tecidos das
vias urinárias desde o córtex renal até ao meato
uretral e estruturas adjacentes.
?
4
INTRODUÇÃO
Deve ser confirmada pela urocultura com
crescimento de uma colonia/ml se a amostra
colhida por punção vesical, ou superior a 100.000
colonias/ml se colhida com saco colector ou jato
médio da micção em criança sintomática.
? Se o paciente é assintomático, confirma-se pelo
crescimento do mesmo microorganismo em três
amostras de urina sucessivas.
? Exceptuando-se o período neonatal, a infecção por
via ascendente do aparelho urinário, por micro-
organismos da flora intestinal, constitui o
mecanismo patogênico mais freqüente da infecção
urinaria, mas também pode ser via
hematogénica ou linfática.
? Na maioria das vezes as infecções são causadas
por bactérias, principalmente as gram-negativas,
podendo ocasionalmente estarem envolvidos
fungos e vírus.
?
?
5
INTRODUÇÃO
Infecção urinária adquirida na
comunidade
Escherichia coli (75-90%)
? Staphylococcus saprophyticus (5-20%)
? Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis,
Pseudomona aeruginosa, e Enterococcus faecalis
Infecção urinária nosocomial
Escherichia coli (menos de 50%)
? Enterococcus faecalis
? Pseudomona aeruginosa, Proteus mirabilis,
Enterobacter, Enterococcus
? Staphylococcus aureus
? Candida (doentes graves e cronicamente
algaliados ou imunodepremidos)
?
•
•
•
•
•
•
•
INTRODUÇÃO
Factores predisponentes
Sexo feminino;
Uso abusivo de antibióticos;
Obstrução ou estase nas vias urinárias;
Refluxo vesico-uretral;
Instrumentação e algaliação das vias urinárias;
Imunodepressão/ tto com imunossupressores;
Crianças não circuncisadas ou com fimose.
6
?
?
?
?
?
?
INTRODUÇÃO
A incidência real de ITU em crianças não é conhecida com
exatidão por varias razões:
Nos lactantes a clínica habitualmente não está relacionada
à via urinaria e pode ser confundida com outras doenças
febris;
- Podem ser interpretadas equivocadamente nos exames de
urina se não se considerar de forma adequada as condições
de colheita da amostra;
- Em algumas crianças a ITU pode cursar de forma
assintomática.
A prevalencia das ITU varia com o sexo e idade
RN, a incidência se estima em aproximadamente 1%
(relação H:M=3:1).
Lactantes 3 a 5% com igual proporção homem/mulher.
E em pré-escolares e escolares 2%, (H:M=1:5).
7
8
INTRODUÇÃO
Classificação
a) Infecção do tracto urinário superior (alta)
b) Infecção do tracto urinário inferior (baixa)
? A bacteriúria assintomática é a colonização da urina
por bactérias sem a presença de sintomas.
? Bacteriuria significativa, presença de mais de 100.000
colonias de microorganismos por miccção espontánea, de
qualquer crecimiento bacteriano por punção suprapúbica,
ou de 10.000 a 50.000 colonias por sonda vesical
? Não-complicadas ou complicadas
São complicadas quando associadas à alterações funcionais
ou anatômicas das vias urinárias (rim em ferradura, rim
ectópico, refluxo vésicoúretral) e não complicada quando não
associada a alterações anatômicas.
? Elas podem ser adquiridas na comunidade ou ser
nosocomial (associada a algália).
?
INTRODUÇÃO
O quadro clínico pode ser atípico, e depende
muito da idade.
? A ITU é importante causa de febre sem causa
aparente em lactentes de 1 a 3 meses, devendo
ser excluida em muitos protocolos.
? Os RN podem se apresentar com sepse neonatal e
sintomas inespecífico: choro, febre, hipoglicemia,
tremores e convulsões.
? Em crianças até os 2 ou 3 anos, as queixas
também podem ser vagas: recusa ou choro ao
urinar, dor abdominal, alteração do estado geral
e febre
9
INTRODUÇÃO
Apresentação clínica
? Infecção urinária baixa: disúria, urgência,
frequência, nictúria, hematúria, sensação de
peso ou dor na região suprapúbica e raramente
febre.
? Infecção urinária alta: dor no flanco; dor a
palpação do ângulo costovertebral ou dor
abdominal;
? Sintomas sistémicos tais como febre alta,
arrepios de frio, cefaleia, náuseas, vómitos e mal-
estar geral.
10
?
em
11
INTRODUÇÃO
A porcentagem de recorrências é elevada
? Rapazes durante 1º ano de vida, a freqüência de
recaídas é de 23% durante os doze meses
seguintes, e baixa para 3% nos anos seguintes.
? Em raparigas a recorrência é de 29%
qualquer idade.
? Quando não tratada adequadamente, a infecção
pode causar complicações que podem evoluir
numa infecção sistémica.
? As infecções complicadas e as recorentes têm
maior probabilidade de desenvolver complicações,
desde as urinárias até as sistémicas.
? Com obstrução uretral, a infecção renal pode
evoluir rapidamente para bacteremia.
SÉPSE
URINÁRIA
12
é
CONCEITOS
?
Infecção
um
fenomeno
microbiano
caracterizado por resposta inflamatória à
presença de microrganismos ou à invasão dos
tecidos normalmente estéreis.
? Bacteremia é a presença de bactérias viáveis no
sangue.
? Sepse é a resposta inflamatória sistêmica do
organismo frente ao estímulo infeccioso.
Inclui a presença de dois ou mais critérios clínicos
de diagnóstico: perfusão anormal, acidose lática,
oligúria, alteração aguda do estado mental e
hipotensão, na presença de um processo infeccioso.
13
?
CONCEITOS
Sepse grave significa sepse associada à disfunção
orgânica, hipotensão ou hipoperfusão.
? Choque séptico é caracterizado por sepse com
hipotensão arterial persistente, mesmo após
adequada reposição volêmica, associado com a
redução da perfusão, acidose lática, oligúria e
alteração do estado mental.
? Síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e
sistemas é a presença de função orgânica alterada
em pacientes gravemente doentes na qual a
homeostase não pode ser mantida sem
intervenção.
14
?
CONCEITOS
Na sepse por bactérias gram-negativas, gram-
positivas, vírus e fungos e, em doenças não
infecciosas (pancreatite, trauma, reação à droga,
doenças autoimunes, choque hemorrágico e
queimaduras extensas), ocorre uma resposts
inflmatória sistémica.
? Há lesão endotelial difusa causadas por estímulo
inflamatório persistente e comprometimento de
múltiplos órgãos e sistemas.
15
?
?
?
16
CONCEITOS
O termo Síndrome da Resposta Inflamatória
Sistêmica (SIRS) foi proposto para descrever a
reação inflamatória desencadeada pelo organismo
frente a qualquer agressão infecciosa ou não-
infecciosa.
É uma resposta importante do hospedeiro, quer em
processos infecciosos ou não, através da estímulação
de mediadores pró-inflamatórios e inflamatórios
essenciais para proteger o organismo contra a invasão
de microrganismos.
Se ocorre um excesso na resposta próinflamatória,
desenvolve-se falha circulatória grave, disfunção
pulmonar, seqüestro de neutrófilos, quimiotaxia
neutrofílica, anomalias metabólicas, ativação de
plaquetas, vasoconstrição ou vasodilatação, isquemia
intestinal e aumento da permeabilidade capilar
?
17
CONCEITOS
No início da resposta pró-inflamatória, ocorre
vasodilatação das arteríolas e aumenta a
capacidade dos vasos, levando à diminuição do
retorno venoso, do débito cardíaco e da perfusão
dos tecidos.
? Ocorre vasoconstrição dos vasos pulmonares,
causando hipertensão pulmonar e diminuição do
débito do ventrículo direito e conseqüente
diminuição da oxigenação sangüínea.
? À medida que o processo inflamatório continua, o
retorno venoso diminui ainda mais.
O débito cardíaco cai e as arteríolas periféricas
sofrem constrição grave numa tentativa de manter
a pressão sangüínea, diminuindo a perfusão dos
tecidos levando a um metabolismo anaeróbico e
acidose lática.
?
e
a
e
CONCEITOS
Há aumento da permeabilidade capilar e perda
de fluidos para o interstício levando a hipotensão,
hipoproteinemia
hemoconcentração,
aumentando
viscosidade
sanguínea
exarcebando a estase nos capilares periféricos.
? Os neutrófilos migram dos capilares para os
tecidos, libertando enzimas proteolíticas.
? As plaquetas aderem-se ao endotélio e com os
leucócitos ocluem a microvasculatura.
? Esta resposta, aumenta as necessidades dos
tecidos em oxigênio, já com um aporte muito
diminuído pelas alterações vasculares.
18
?
?
?
?
?
?
?
CONCEITOS
Caracteriticas do SRIS
Temperatura >= 38,3ºC ou <= 36ºC
Taquicárdia
Freqüência respiratória > =60 cpm
Leucocitose > = 12.000 células/mm3 ou <= 4.000
/mm3 ou >10% células imaturas
Estado mental alterado
Hiperglicemia (>150mg/dl) em não diabéticos
19
? É
à
? A
DEFINIÇÃO
Sépse urinária
? É uma complicação de ITU, particularimente as
do tracto urinário superior (pielonefrite).
uma resposta inflamatória sistêmica do
organismo a um processo infeccioso dessiminado
do tacto urinário.
? Como as crianças são susceptiveis a infecções
urinárias,
tornam-se
mais
propensas
bacteremias que podem complicar-se numa sépse.
bactéremia é comum em crianças com
pielonefrite e geralmente são assintomas, porque
as bactérias que penetram na corrente sangüínea
são rapidamente removidas pelos leucócitos.
20
?
21
DEFINIÇÃO
Algumas vezes, a quantidade de bactérias
presentes é muito elevada, impossibilitando a sua
fácil remoção, e ocorre uma sépse.
? Em alguns casos, a sépse evolui para uma
condição potencialmente letal, choque séptico.
? Assim como sépse de qualquer origem, a sépse
urinaria inclui duas ou mais das seguintes
manifestações, na presença de infecção urinária
clínica ou laboratorial:
? a) Temperatura corpórea >38o C ou < 36o C
? b) Taquicárdia
? c) Taquipnéia (FR>60/min) ou hiperventilação
? d) Leucocitose >12.000/ml, ou presença de mais
de 10% de bastonetes.
?
22
Factores de risco
Recém-nascidos;
? Prematuridade;
? Baixo peso ao nascer;
? Infecções
urinárias complicadas (rim em
ferradura, rim ectópico, obstrução do tracto
urinário, refluxo vesicouretral);
? Infecções urinárias recorrentes ou mal tratadas;
? Cateterismo das vias urinárias;
? Imunodepressão;
? Terapia imunossupressora;
? Malnutrição.
ETIOLOGIA
Micro-organismos bacilos Gram – causadores de
infecção do tracto urinário:
? Escherichia coli
? Staphylococcus saprophyticus
? Klebsiella pneumoniae,
? Proteus mirabilis
? Pseudomona aeruginosa
? Enterococcus faecalis
? Staphylococcus aureus
? Candida albicans
23
21/03/2012
SRIS
SépsisUrinária
Gulela&Mafione
FISIOPATOLOGIA
Infecção Urinária Alta (Pielonefrite)
(Bactéria, vírus, fungos, etc)
?
Becteremia
?
MOLÉCULAS DESENCADEANTES
(Endotoxinas, exotoxinas, ácido teicóico, etc)
?
MEDIADORES PRIMÁRIOS
(TNF, IL-1, C5a, etc)
?
Ativação da resposta imune celular e humoral
?
MEDIADORES SECUNDÁRIOS
(Citocinas, fatores do complemento, prostanóides,
PAF, espécies ativas de oxigênio, etc)
?
CHOQUE
?
SDMO
24
FISIOPATOLOGIA
25
? As
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS
ITU + Sépse
? Teoricamente numa sépse urinária, a criança
apresentará manifestações de uma sépse
associadas à manifestações urinárias, conforme a
idade.
manifestações da ITU podem estar
mascaradas devido a gravidade do quadro séptico
na maioria dos casos, sendo por
isso o
diagnóstico da infecção urinária um achado
laboratorial.
26
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS
Manifestações urinárias
? Disúria, urgência, frequência, nictúria,
hematúria;
? Sensação de peso ou dor na região suprapúbica;
? Dor no flanco;
? Dor a palpação do ângulo costovertebral ou dor
abdominal;
? Sintomas sistémicos: febre alta, arrepios de frio,
cefaleia, náusea, vómitos e mal-estar geral.
27
28
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS
Manifestações da sépse
? Gerais: tremores, calafrios, febre, fraquesa,
náuseas, vómitos e diarreia.
? Alterações do estado de consciência;
? Taquipnéia (hipoxemia / hipocapnia);
? Febre e leucocitose;
? Acidose metabólica (láctica);
? Intolerância periférica à glicose;
? Oligúria;
? Elevação da uréia e creatinina plasmáticas;
? Hipermetabolismo , desnutrição
29
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS
Sépse
? Febre superior a 38o
C ou inferior a 36oC
? Taquipneia ou PCO2
inferior a 32 mmHg
? Taquicárdia
? Leucocitose superior a
12000 ou inferior a
4000 ou mais de 10%
formas jovens
Mortalidade 3-10%
Sépse grave
? Queda em 40 mmHg
da PAS
? Oligúria ou creatinina
superior 2 mg/dl
? pH inferior a7,3
? NC inferior a 13
? Bilirrubina superior a
3mg/dl
? PTC inferiores a
100000
Mortalidade 26%
?
?
?
?
?
?
?
?
a)
c)
d)
DIAGNÓSTICO
Clínico: sépse + manifestações urinárias
Temperatura >= 38,3ºC ou <= 36ºC
Freqüência cardíaca >=90 bpm
Freqüência respiratória > =20 ipm
Leucócitos > = 12.000 células/mm3 ou <= 4.000 /mm3
ou >10% células imaturas
Estado mental alterado
Hiperglicemia (>150mg/dl) em não diabéticos
Hipoperfusão:
Acidose metabólica inexplicada
b)
PH < =7,3
Déficit de base > 5 meq/l
Lactato plasmático >1,5 valores normais ou
e)
Saturação Venosa de Oxigênio <70%
30
?
?
?
?
?
?
?
?
?
?
DIAGNÓSTICO
Meios axiliares de diagnóstico
Exame de urina
Urocultura
Hemocultura
Hemograma
Bioquimica
Ionograma
Função renal
Gasometria
Ultra-sonografia, TAC e RNM para evidenciar
alterações estruturais e/ou funcionais do sistema
urinário.
?
?
Cistouretrografía miccional
Urografía excretora
31
?
?
DISGNÓSTICO DIFERENCIAL
Sépse por bactérias gram-negativas, gram-
positivas, vírus e fungos de origem pulmonar,
cardíaca…
? Sépse não infecciosa: pancreatite, trauma,
reação à droga, nas doenças autoimunes, no
choque hemorrágico, queimaduras extensas
Shock séptico
? Malária complicada
? Meningite
32
COMPLICÇÕES
?
DHE
? Insuficiencia renal
? Edema agudo do pulmão
? Insuficienca hepática
? CID
? Shock séptico
? Dessiminação da infecção para o SNC
? Disfunção Multi-Orgânica Sistémica
? Morte
33
TRATAMENTO
Objectivos
? Estabilizar a criança
? Melhorar a perfusão
? Corrigir o desequilíbrio hidro-electrolíco
? Eliminar o processo infeccioso
? Eliminar o foco da infecção
? Evitar complicações
34
?
35
TRATAMENTO
O diagnóstico e tratamento imediatos da
bacteriema são essenciais, para evitar shock
séptico, morbilidade grave e morte.
? O clínico deve estar em alerta nos primeiros sinais
de bacteriemia , principalmente em pacientes
submetidos à instrumentação uretral.
? Como a bacteriemia é confirmada por
hemoculturas, o tto deve ser iniciado com a base
nos achados clínicos.
? A necessidade de diagnóstico e tto imediato não
exclui a necessidade de estudos bacteriólogicos para
confirmar o diagnóstico e identificação do agente
etiológico, sendo necessário colher as amostras
antes de iniciar a antibioterapia.
?
?
?
?
?
36
TRATAMENTO
A antibioterapia deve ser de largo espectro, de modo a
abrangir os bastonetes Gram- causadores de ITU.
Os esquemas empíricos usados comumente incluem uma
penicilina ou cefalosporina de largo espectro mais
aminoglicosídio.
Cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona,
ceftazidima) isoladamente é uma alternativa inicial de
tratamento.
Diversos estudos têm demonstrado eficácia das
cefalosporinas de quarta geração (cefepima) como agente
antimicrobiano isolado.
Geralmente a associação de ampicilina ou uma
cefalosporina
(cefazolina,
cefalotina)
com
um
aminoglicosídeo (gentamicina, amicacina) dá uma
cobertura adequada.
?
TRATAMENTO
A duração do tratamento é controversa.
? Vários
estudos de revisão demonstraram
melhores resultados com 14 a 21 dias.
? O tratamento parenteral deve ser mantido até a
melhora clínica.
? Crianças não circuncidadas, as com fimose ou
prepúcio exuberante devem ser submetidos à
circuncisão.
? Complicações como pionefrose e abscessos devem
ser tratadas cirurgicamente.
37
38
TRATAMENTO
Antibioterapia
? RN
Ampicilina 100 a 200 mg/kg/dia EV 6/6 h
+
Gentamicina 3 a 5 mg/kg EV ou IM 12/12 h
?
Lactantes
Ampicilina 100 a 200 mg/kg/dia EV 6/6 h
+
Gentamicina 3 a 5 mg/kg EV ou IM 12/12 h
ou
Ceftriaxona 100 mg/kg/dia EV 12/12h
?
TRATAMENTO
Maires de 3 anos
Penicilina cristalina 200000 a 500000 UI/kg/dia
4/4 h ou 6/6 h
+
Ampicilina 100 a 200 mg/kg/dia EV 6/6 h
ou
Ceftriaxona 100 mg/kg/dia EV 12/12h
Outras alternativas ATB
? Ciprofloxacina 15 a 20 mg/kg/dia EV 12/12 h
? Doxiciclina 15 a 20 mg/kg/dia EV 6/6h
? Vancomicina 60 mg/kg/dia EV 12/12 h
39
?
TRATAMENTO DE SUPORTE
Líquidos parenterais ( Dxt, LR, SF, sangue,
plasma).
? Corticosteroides (dexametasona, prednisolona)
? Suporte inotrópico (dopamina 2 a 5ug/kg/min sem
exceder 10ug/kg/min).
? Oxigenação (5 a 8l/min).
? Correcção do equilíbrio hidroelectrolíco
? Cirurgia para remoção de focos de infecção
(obstrução ou anomalias das vias urinárias,
colecções purulentas).
40
?
TRATAMENTO DE SUPORTE
Cuidados de enfermagem
? Sinais vitais: TA, FC, FR/sat O2, temperatura
? Aspirar secreções
? SNG
? Diurese (algaliar)
As culturas de acompanhamento devem ser
realizadas 2 a 4 semanas após interrupção da
terapia.
41
ABORFAGEM DA SÉPSE URINÁRIA
Criança suspeita de sépse
?
Garantir oxigenaçao e perfusão do tecidos
DX, corregir hipoglecemia caso haja
Algaliar, avaliar sinais vitais
Colher amostras para urinaII, urocultura e hemocultura,
bioquímica, hemograma e ionogrma
?
Iniciar ATB empirica de largo espectro conforme a idade
(penicilina + aminoglicosídeo ou cefalosporina)
?
Tto de suporte: antipiréticos, sangue, plasma, corticosteroides, suporte
inotrópico, oxigenação, correcção DHE
Cirurgia para remoção de focos de infecção
Sinais vitais (TA, FC, FR/sat O2), temperatura, aspirar secreções, SNG,
Diurese (algaliar)
?
42
?
PROGNÓSTICO
Com o diagnóstico e tratamento adequados
imediatos, o prognóstico é favorável.
? É pior nos pacientes com redução da capacidade
de produção de defesas naturais ( HIV, diabetes,
dças neoplásicas malígnas avançadas ou dças
cardiopulmonares graves)
? Nos EUA a taxa de mortalidade é cerca de 3 a
10% em pacientes com bacteremia, e cerca de
26% em pacientes com shock séptico.
43
?
?
?
?
?
?
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nelson, Tratado de Pediatria, 15a edição, vol. 2
Harrison, Medicina Interna 17a edição, vol. 2
Smith, Urologia Geral
Marconato, F; Pulz, R; Bueno, P.L; Santos, L.P;
Ghiorzi, V; Fisc, J; Costa, A; Rosa, P; Andrade, F. F:
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistémica
Bion J, Jaeschke R, Thompson BT, Levy M, Dellinger
RP. Surviving Sepsis Campaign: International
guidelines for management of severe sepsis and septic
shock 2008
Gerson Alves Pereira Júnior1, Flávio Marson1, Mario
Abeid1, Fátima M. Ostini1, Simone Hughes de
Souza2 & Anibal Basile-Filho: Fisiopatologia da Sépse
e Suas Implicações Terapeuticas
44
Autor:
Brito Gulela
bgulela[arroba]hotmail.com
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