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RFID – identificação por radiofreqüência

RFID – identificação por radiofreqüência (página 3)


Partes: 1, 2, 3

Os resultados abaixo são baseados a partir de pesquisas realizadas pelo Auto-ID Center do MIT:

  • Redução de 10% nos índices de ruptura nos centros de distribuição do varejo e do fabricante.

  • Aumento de 3% a 12% na produtividade da força de trabalho.

  • Redução de 18% a 26% nas perdas de inventário.

  • Redução de 10% no custo de manutenção do estoque.

  • Redução de 2% a 5% nos retornos.

  • Redução de 10% nos níveis de estoque.

  • Redução de 10% nos itens de baixo giro.

O mercado brasileiro contém algumas especificidades em relação a outros mercados, como a escala de produção, valor unitário médio dos produtos, custo da força de trabalho serem considerados baixos em relação a outros mercados; porém, o custo da tecnologia e o custo do capital são considerados alto no Brasil, o que tende a ser um fato inibidor.

Os resultados obtidos no caso brasileiro mostram que o resultado final pode variar por categoria, tipo de produto, que por sua vez pode variar de acordo com fatores como valor unitário médio e índice geral de perdas de inventário.

Em resumo ficou provado que os benefícios do uso do RFID são mais significativos nos processos de gestão da cadeia de suprimento e na geração de demanda do que nos ganhos de eficiência operacionais, fato já comprovado nos pilotos realizados nos Estados Unidos e Europa.

Para este projeto, foi concluído que as expectativas são favoráveis, pois é crescente o número de iniciativa de grandes varejistas internacionais, o RFID/EPC no Brasil se tornará viável à medida que grandes concentradores de mercadorias e empresas exportadoras adotem a solução. (Grupo Pão de Açúcar, 2007)

5.3 - Biblioteca da PURCS

Sistema de auto-atendimento instalado e em fase de testes no Brasil é o produzido pela ID Systems.

A biblioteca é a da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e o software de circulação é o Aleph, comercializado pela empresa Ex-Libris.

Este sistema de auto-atendimento emprega uma exclusiva tecnologia que o torna compatível para operação com qualquer sistema de segurança eletromagnético, ou seja, oferece desativação/reativação das etiquetas protetoras de padrão internacional. Além disso, o equipamento possui design ergométrico, o que facilita sua instalação na biblioteca.

A utilização do sistema é apresentada numa tela de monitor com instruções pormenorizadas, passo a passo. Inicialmente, o usuário deve identificar-se através de um dos seguintes tipos de leitores: magnético, código de barras, proximidade, smartcard RFID ou biométrico.

Nesta fase inicial, a identificação será feita através do software já utilizado na automação da biblioteca, sendo necessário para isso que o mesmo ofereça uma interface apropriada para auto-atendimento.

Depois de identificado e autorizado o usuário, o item objeto de empréstimo deverá ser posicionado no local designado e um scanner ótico (ou leitor de RFID) lerá o código de barras (ou a etiqueta de RFID), que o identifica.

Para empréstimos de itens de mídia magnética (fitas de vídeo, áudio, disquetes, etc) existem modelos específicos que permitem operar tais mídias sem nenhum risco de danos às mesmas.

Uma vez identificado o item e autorizado o empréstimo, o item terá sua proteção desativada e o empréstimo será efetuado.

O sistema é programável possibilitando à biblioteca definir parâmetros como: limite para itens emprestados, prazo de devolução, critérios para empréstimo e renovação, emissão de multas, dentre outros.

Estes parâmetros são os mesmos normalmente já oferecidos pela biblioteca. Ao concluir o processo de empréstimo, o usuário retirará o item já emprestado e o seu cartão de identificação.

A seguir receberá um comprovante impresso com data e hora da operação além de informações como data de devolução, mensagem da própria biblioteca, avisos de quota de empréstimo ultrapassada, dados bibliográficos sobre o item.

Também é oferecida uma opção chamada Status que possibilita ao próprio usuário conferir sua atual situação com a biblioteca. Outra opção é Idioma, onde o usuário pode escolher em qual idioma deseja que estejam as instruções. (Santana, 2005)

5.4 – Pão de Açúcar - Loja Iguatemi

Pão de Açúcar denomina o ponto como "loja diferenciada", a nova unidade fica dentro do shopping Iguatemi, nos Jardins, em São Paulo.

Uma das características da loja é o uso de carrinhos PSA (Personal Shopper Assistent). Os carrinhos têm recurso de navegação, que ajuda o usuário a se localizar dentro da loja e a encontrar mais rapidamente os produtos que procura.

A tela LCD do carrinho disponibiliza um teclado virtual para o usuário escrever o nome do produto que procura, usando uma conexão sem fio, o carrinho consulta num banco de dados onde está localizado tal produto e o aponta num mapa da loja disponível no display do carrinho.

A loja implementará o sistema de triangulação de antenas, o que permitirá ao carrinho além de apontar onde está o produto exibir onde o usuário está e traçar a rota para chegar até o item procurado.

O PSA computa os itens adicionados ao carrinho, permitindo ao consumidor prever o valor total de sua compra.

Ao longo dos 940 m² de área de vendas, o Pão de Açúcar distribuiu quiosques digitais desenvolvidos pela IBM, onde o cliente pode digitar o nome de um item que procura e descobrir sua localização, preço, características, receitas que levam este item e outras informações relacionadas.

Todos os vinhos vendidos na adega da loja estão acompanhados de etiquetas RFID. Os chips permitem que o caixa leia o preço destes itens à distância, dispensando o comprador de retirá-los do carrinho.

As etiquetas contêm ainda informações sobre procedência do vinho, tipo de uva usada, safra, preço, etc. Para visualizar as informações, o consumidor deve aproximar a garrafa de um dos quiosques multimídia da loja.

A rede também implementou novos recursos no check-out. As esteiras do caixa são capazes de ler etiquetas RFID e códigos de barra dos itens, mesmo quando eles estão em movimento, o que agiliza o pagamento. No balcão de cada check-out haverá dois monitores, um voltado para o operador e outro para o consumidor.

Segundo a rede, R$ 3.9 milhões foram investidos na unidade. Para implementar os recursos de TI, o Pão de Açúcar comprou soluções da Microsoft, IBM, Unisys, Bematech/Gemco, Megamídia, Toledo, Intermeq RR Etiquetas, Cisco, Itautec, Software Express, Vertigo, VituralGate e CA. ( Zmoginski, 2007)

5.5 – Vantagens e Desvantagens

RFID como qualquer outra tecnologia possui vantagens e desvantagens que serão expostas nos próximos itens.

5.5.1 – Vantagens

Segundo Nogueira Filho (2005), os maiores benefícios da utilização de identificadores RFID são:

  • Rapidez e confiança na transmissão dos dados aumentam as vendas e reduzem as faltas;

  • Elevado grau de controle e fiscalização aumenta a segurança e evita furtos;

  • Possibilidade de leitura de muitas etiquetas de RFID de forma simultânea e captação de ondas à distância evita perdas com manuseio do produto;

  • Identificação sem contato nem visão direta do produto, possibilita a leitura desta identificação em ambientes hostis;

  • Simplificação dos processos do negócio permite a redução da força de mão de obra com transferência dos atuais empregados nestas atividades para atividades mais nobres;

  • Rastreabilidade de produtos (controle de inventário) e de informação (ciclo de vida) acarretam uma melhoria nas operações de gerenciamento e controle;

  • Leitura e escrita criam a possibilidade de constante atualização dos dados recebidos.

Acima estão os principais benefícios da utilização de RFID.

5.5.2 - Desvantagens

Segundo Nogueira Filho (2005), as principais desvantagens da utilização da tecnologia RFID são:

  • Monitoramento indevido de pessoas (quebra de privacidade ou assaltos).Uma alternativa é a criação de um mecanismo que desligue a etiqueta de RFID após a compra, ou que seja facilmente removível;

  • Dependência da orientação para efetivar leitura. Uma alternativa é o desenvolvimento de sistemas de leitores múltiplos que cubram todas as orientações;

  • Bloqueio de sinal por substâncias metálicas, líquidas ou corpo humano. Uma pessoa ou algum metal pode interromper o sinal de radiofreqüência impedindo um leitor de buscar informações em um identificador;

  • Alto investimento, porém, com a adesão das grandes corporações, a tendência é ter os preços dos componentes do sistema em queda;

  • Padronização falta ainda um padrão mundial para o EPC a ser aceito e adotado em todas as regiões.

Estão destacadas as principais desvantagens da tecnologia RFID e algumas vezes são citadas soluções para evitar o problema.

CONCLUSAO

RFID é uma abreviação de radio frequency identification que significa identificação por radiofreqüência, ou seja, é uma tecnologia que utiliza freqüência de rádio para identificar objetos, pessoas e animais.

O sistema RFID é formado basicamente por três componentes: identificador, leitor e middleware, porém outros componentes também podem integrar o sistema, como: banco de dados, sistemas de manipulação de dados e sistemas gerenciais.

O campo de utilização da tecnologia é muito amplo, permitindo a aplicação da tecnologia desde a identificação animal até sistemas de pagamento automático. O desenvolvimento da tecnologia está permitindo a redução de custos e facilitando a aplicação em maior escala. Apesar de somente agora este tema ter grande destaque e o custo estar reduzido, a tecnologia já vem sendo utilizada em dia-a-dia sem ser percebida há algum tempo. Por exemplo: em lojas de departamentos (Lojas Americanas, Lojas Pernambucanas, Hipermercados Extras, entre outros) os produtos são identificados com identificadores RFID para evitar que clientes saiam da loja sem pagar, ou nas praças de pedágio do estado de São Paulo também pode ser vista a utilização de identificação por radiofreqüência no sistema de pagamento automático (SEM PARAR). Contudo para aplicação em produtos individuais de baixo valor, ainda não é financeiramente viável a utilização de RFID.

Com a realização deste trabalho, baseando-se em bibliografias respeitadas e fontes confiáveis de informação verificou-se que a tecnologia de identificação por radiofreqüência está se disseminando em diversos segmentos de mercado no mundo. As vantagens são reais e todas as experiências realizadas obtiveram sucesso, seja para reduzir custos, agilizar processos ou para localização de objetos ou animais. No Brasil as empresas que testaram a tecnologia na cadeia de suprimentos conseguiram resultados positivos. A facilidade na identificação e a rapidez na consulta de dados que a tecnologia possibilita está motivando os órgãos públicos a adotar RFID. Um programa firmado por representantes do estado de São Paulo, da prefeitura

municipal de São Paulo e de um grupo de empresas privadas, estabelece que os carros licenciados no estado em 2008 deverão instalar um identificador RFID com o número do RENAVAM, placa e outros dados do veículo, para realizar uma checagem eletrônica da frota.

Apesar de RFID apresentar grandes vantagens e motivações para a utilização, ainda são necessárias algumas melhorias para chegar ao clímax. Os principais fatores que emperram uma disseminação ainda maior da tecnologia são os custos, que ainda são altos e as divergências nos padrões. Entretanto esses problemas já estão muito próximos de serem solucionados.

Segurança e privacidade são barreiras éticas que envolvem a utilização de RFID, mas com o desenvolvimento de tecnologias voltadas à segurança e um conhecimento, por parte dos cidadãos, a respeito da tecnologia extinguirão os mitos que envolvem o uso de identificação por radiofreqüência.

Finalizando RFID é uma tecnologia que proporciona grandes vantagens a quem utiliza e pode ser aplicada em diversos ramos empresariais. Com a resolução dos problemas que ainda não foram solucionados, será indispensável no futuro devido às facilidades que traz consigo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BIBLIOGRAFIA

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PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Disponível em: Acesso em: 11 set. 2007.

SEVERINO, A. J. RFID Metodologia do Trabalho Científico, 22. ed. Cortez, 2002.

SUN Software Solutions – EPC and RFID. Disponível em: Acesso em: 27 set. 2007

Glossário

ALE (Application level events): Aplicação em nível de eventos.

API (Application Programming Interface): Interface de programação de aplicações.

Bluetooth: Padrão de rede sem fio de curto alcance.

Business Inteligence (Inteligência em negócios): Sistemas que auxiliam na administração de empresas, processando dados e gerando informações.

Chip: Pequeno circuito eletrônico.

Ethernet: Padrão de rede local como conexão física através de cabeamento.

EPC (eletronic product code): Código eletrônico de produto. É um número único anexado a um item da cadeia de suprimentos através de um identificador RFID

EPCGlobal: Organização global mantida por indústrias, que trabalha na regulamentação do código eletrônico de produto.

EPCIS(EPC information service): Repositório de eventos RFID EPC.

Firewalls: Software de proteção contra invasões.

Framework .NET: Plataforma de desenvolvimento de software da Microsoft.

HF: Alta freqüência.

IDs (identification): Sigla em inglês utilizada para fazer referência à identificação única.

Interface: Ligação comum a dois tipos de aplicação.

ISM (Industrial-Scientific-Medical): Industrial-Científica-Médica.

Java: Linguagem de programação orientada a objeto.

Layout: Formato físico.

LF: Baixa freqüência.

Microchip: Pequeno circuito eletrônico.

Microsoft: Grande empresa desenvolvedora de sistemas.

ONS (Object naming service): Serviço de nomeação de objetos. É um serviço da EPCGlobal Inc que funciona na tradução de um código EPC para informação de um produto.

Security working group: Grupo que trabalha na segurança dos sistemas RFID EPC.

Sniffer: Ferramenta que busca por dispositivos conectados a rede.

Software: Programa de computador.

Tag: Etiqueta RFID, também chamada transponder.Transponder: Derivada de transmiter / responder porque sua função é justamente responder a comandos que chegam através da portadora de radiofreqüência.

UHF: Ultra-alta freqüência.

Wireless: Tecnologia onde não há utilização de fios, comumente chamada "sem fio".

ZigBee: Protocolo de controle de acesso a mídia e físico para comunicação de baixa latência e energia com sensores e dispositivos de controle. Padrão 802.15.4 da IEEE.

Dedico,

Aos meus pais, minha namorada

e a todos os amigos que me deram

apoio para realizar este trabalho.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pela força, saúde e disposição.

A Profª. Thais Maria Yomoto Ferauche, por sua competência, dedicação, ajuda e disponibilidade como orientadora.

A Prof. Ms. Cybelle Croce Rocha, por sua dedicação, compreensão e atenção aos alunos durante a realização do trabalho e aos amigos da faculdade por todos os momentos vividos durante a realização do curso.

A todos os professores do curso de Informática para gestão de negócios que colaboraram com minha formação.

 

Autor:

Joel Andrelo Junior

joelviajei[arroba]gmail.com

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE PRAIA GRANDE

INFORMÁTICA PARA GESTAO DE NEGÓCIOS

ORIENTADOR: PROF.(A) THAIS MARIA YOMOTO FERAUCHE

Praia Grande

Dezembro, 2007

Monografia apresentada à Faculdade de Tecnologia de Praia Grande, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Tecnólogo em Informática para Gestão de Negócios.


[1] Wireless- Não há utilização de fios, comumente chamada "Sem fio'.

[2] Tag - Também chamada Transponder , é a etiqueta RFID.

[3] IDs ( Identification) - Sigla em inglês utilizada para fazer referência á identificação única.

[4] Transponder: é derivada de TRANSmitter / resPONDER porque sua função é justamente responder a comandos que chegam através da portadora de radiofreqüência

[5] Padrão de rede local com conexão física através de cabeamento.

[6] Padrão de rede sem fio de curto alcance.

[7] Protocolo de controle de acesso a mídia e físico para comunicação de baixa latência e energia com sensores e dispositivos de controle. Padrão 802.15.4 da IEEE.

[8] Linguagem de programação orientada a objeto.

[9] Sniffer - Ferramenta que busca por dispositivos conectados a rede.

[10] ONS - object naming service - serviço de nomeação de objetos. é um serviço da EPC Global Inc que funciona na tradução de um código EPC para a informação de um produto.

[11] EPCIS - EPC Information Service é um repositório de eventos de RFID EPC.

[12] O Security Working Group da EPCglobal é um grupo que trabalha na segurança dos sistemas RFID EPC.

Partes: 1, 2, 3


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