Pitágoras

Enviado por Elnora Gondim


  1. Introdução
  2. Pitágoras: Visão Geral
  3. Lendas milagrosas
  4. Acusmáticos
  5. Conclusão

Introdução

Pitágoras foi um pensador envolto em elementos legendários, o que faz ficar difícil distinguir nele e em seus discípulos o histórico do fantástico. Com tudo isto, ele não deixa de ser uma pessoa muito importante no desenvolvimento da história do saber.

Embora ele não tenha deixado escritos, historiadores lhe atribuem três textos trabalhados por ele que versam sobre a educação, o homem de estado e a natureza.

Desta maneira, ele é considerado um reformador moral e religioso. Algumas vezes ele é apresentado como um homem de ciência, outras como o mentor de doutrinas místicas, isto se deve ao fato dele não ter escrito nada e dos acusmáticos terem divulgado a sua doutrina. Portanto, desta maneira, ocorreu uma literatura corrente de valor, em grande parte, como testemunho histórico das doutrinas do próprio Pitágoras. Atualmente, alguns trabalhos são considerados ficções pseudônimos de origem posterior[1]

Neste sentido, nós vamos aqui tentar responder se a filosofia pitagórica pode ser considerada algo racional ou se, tal qual os retóricos,. Pitágoras tentou somente persuadir as pessoas sobre sua teoria, sendo denominado, assim, retórico, tal como Platão define no Górgias, esta classe de pessoas, ou seja:

"...a retórica é obreira de persuasão que gera

crença, não o saber, sobre o justo e o injusto...[2]"

Pitágoras: Visão Geral

1. O Número

O problema da arché é, precisamente, também, o de Pitágoras. Para ele, o número é a arché de todas as coisas. Esse é entendido tanto no sentido quantitativo, isto é, matemático, como no sentido qualitativo, ou seja, metafísico.

Nos números são distintos os pares (ilimitado) e o ímpar (limitado). Eles são entre si opostos e esta oposição se encontra em toda a natureza, explicando assim os seus contrastes. Os números, desta forma, são a razão do dever e da harmonia. Por este motivo, nas coisas há um princípio de ordem e harmonia.

2. O Cosmos

O mundo, visto como ordem e harmonia, é um Cosmos. Aqui cabe salientar que as leis da natureza podem ser ditas em termos matemáticos, desta forma, é adotado um princípio de inteligibilidade da ordem e da unidade do mundo. No entanto, no mundo há, também, um princípio de desarmonia; a matéria.

Os números são a força geradora da natureza tanto em relação ao dever quanto à harmonia, onde a harmonia das quantidades, tais como limitado-ilimitado, é o fundamental.

Os números constitutivos do Cosmos e de sua ordem têm um princípio gerador, ou seja, o Um eterno e imutável. Portanto, desta maneira, há um dualismo caracterizado por um lado o Um (princípio) e de outro os números e as coisas das quais os próprios são leis intrínsecas. A unidade se compõe de antíteses, estas sofrendo as suas mutações e se aquietando.

O Cosmos, para Pitágoras, é uno, sem partes, compacto e limitado. Ele é uma esfera vivente dotada de respiração e ao respirar, algo penetra no seu interior desagregando sua unidade, com isto se origina a pluralidade numérica das coisas, onde cada uma é igual à unidade ou a um número. Neste sentido, surge o conceito do contrário, pois ao respirar o Cosmos provoca uma dualidade no conceito de todas as coisas, provocando uma antítese de todos os elementos criados. Porém, há um vínculo que os coordena, isto é, a harmonia e os números são os princípios de todas as coisas. Sendo assim, o infinito e a verdade são a essência das coisas! Através dos números Pitágoras explica as realidades físicas e as qualidades morais, onde os números não são abstrações e sim coisas concretas.

Para Pitágoras o mundo conhecido poderia ser explicado a partir da matemática, pois o mais profundo nível da realidade é desta natureza, onde todas as relações poderiam ser reduzidas a relações numéricas.

3.A Astronomia

Em astronomia Pitágoras colocou três paradigmas:

1ª- os planetas, o Sol, a Lua e as estrelas se movem em órbitas perfeitas;

2ª- a velocidade dos astros é uniforme;


Página seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.