Neste trabalho procura-se, de forma simples e objetiva, dar ao pequeno transformador uma visão ampla de como gerenciar os desperdícios de tempo que trazem como consequência uma incapacidade competitiva frente aos seus concorrentes. Discute-se, de modo incisivo, como se deve proceder para que os desperdícios não diminuam seu lucro em operações sem valor. Apresenta-se o Setup como vilão, que em toda indústria transformadora é sempre complexo obter resultado positivo, falando de maneira simples e com uma linguagem do chão de fábrica, indicam-se algumas opções para que esta operação se realize com maior proveito do tempo produtivo. Foram mostradas formas de como proceder na virada de produção e reduzir o tempo de setup e desperdícios. A maioria das técnicas usadas tem sido difundida há muito tempo, porém sua aplicação, especificamente na pequena indústria transformadora de termoplásticos injetados ainda não se tornou algo definitivo. Dentro de uma mescla de sistemas existentes como SMED e TRF, apresenta-se um estudo de caso que traz justamente o que falta para a pequena indústria: uma aplicação das técnicas em locais apropriados. São apontados os primeiros passos que se deve dar para realizar a implantação do sistema como um todo. Observa-se, neste estudo, que a atitude inicial de colocar em prática, já trará excelente resultado com um pequeno investimento e treinamento de conscientização dos colaboradores internos.
Palavras-chave: Setup, SMED, TRF, Virada de Produção
Um valor de custo agregado ao produto, que não traz melhorias e diminui o resultado, está relacionado às paralisações de máquina.
No processamento de termoplásticos, a competição é bastante acirrada e torna impossível sobreviver sem a redução de tempo de paralisação (setup) que, em geral, não é considerada, trazendo uma grande perda para a empresa.
Alguns métodos para analisar e melhorar o desempenho foram desenvolvidos e aplicados na indústria com bastante eficiência.
Por vezes, a preparação pode tomar muito tempo da capacidade produtiva significando sérios desperdícios. A virada de produção significa, algumas vezes, perda de capacidade produtiva, em especial na retomada das operações após o setup.
Durante o período de retomada – segunda fase após o setup até que o sistema produtivo volte a operar com capacidade produtiva esperada – o sistema pode se situar muito aquém da capacidade ótima, porém não ser computado como perda produtiva.
A troca rápida de ferramentas (TRF) é uma metodologia para redução dos tempos de preparação de equipamentos, possibilitando a produção econômica em pequenos lotes, com fácil aplicação prática.
O tempo gasto em paradas de produção não pode ser evitado, porém deve ser amenizado para que o produto, com tenha condições de competir no mercado.
A intenção deste trabalho será identificar pontos em que as paralisações possam ser reduzidas e apresentar métodos de análise que já foram desenvolvidos e aplicados na indústria com resultados eficientes, direcionando a processos seriados (injeção de polímeros), onde o autor possui maior familiaridade.
1.1 Tema: Paralisação de Produção
O motivo da escolha deste tema foi dar uma ideia de como se pode evitar o desperdício de tempo em setor de injeção de termoplásticos, tornando mais competitivas as pequenas empresas com estrutura fabril limitada em recursos e conhecimentos.
1.2 Problema
Como aplicar os métodos de redução do setup na pequena indústria transformadora? Será possível usar as propostas já desenvolvidas no mercado?
Estas são as questões centrais que o trabalho pretende responder, apresentando propostas já utilizadas no mercado.
1.3 Objetivos
O propósito do trabalho é propor um método de classificação dos elementos do período de setup que ocorre na virada de produção, identificando-os entre fatores de projeto ou organizacionais.
O estudo direciona-se às pequenas empresas, com estrutura fabril limitada incentivando sua utilização para que se tornem mais competitivas.
Procurar-se-á, de forma simples, expor a essa modalidade de empresa, que ao colocarem em prática esses conceitos, proporcionarão melhor ambiente de trabalhos aos seus colaboradores, além do ganho com a redução de resíduos de processo e insumos.
1.4 Motivação
Como formulado por Shingo (2000), a operação interna e externa do setup está focalizada na identificação e separação das operações do setup que podem ser realizadas com o equipamento em operação, antes da parada para início de nova operação e compreendida em quatro estágios conceituais de melhoria.
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