O que não dizem sobre a crise financeira (DE ALGUNS)



  1. Sumário
  2. O que não dizem sobre a crise financeira (de alguns)
  3. Bibliografia consultada

SUMÁRIO –

A atual crise financeira tem provocado ansiedades, medos, perdas, desemprego, e muita, muita conversa de doutores explicando a crise que passou. Todos comprometidos em esconder ou ignorar as enormes emissões de dólares feitas pelo FED pouco antes dos anúncios e efeitos percebidos da crise. Cansado de ouvir falsos caminhos procurei investigar as reais causas que poderiam causar a quebra de tantas organizações e o desemprego de milhares de inocentes. A resultante foi este texto onde se afirmam mais uma vez a falsidade das teorias econômicas e as fantasias construídas por seus defensores e profissionais. A questão maior não foi respondida – não importa que o governo Obama faça uma cópia tamanho gigante das mesmas medidas tomadas por Eisenhower e por Kennedy nas suas crises. O que necessitamos saber é o que devemos fazer para evitar outras. Sabemos que as crises são inerentes a este modelo de capitalismo. Haverá algum governo com coragem e vontade suficientes para afrontar o poder financeiro manipulador das crises e deixar a economia produzir os bens necessários.

Cansado de ouvir as inverdades explicadas por economistas sobre a crise financeira, fui buscar outras fontes na história e isto gerou este texto.

Adm. Graccho Maciel

O QUE NÃO DIZEM SOBRE A CRISE FINANCEIRA (DE ALGUNS)

As crises não surgem por acaso, nenhuma delas. Todas trazem na origem alguma intenção gananciosa de tirar proveito além do que seria considerado justo. E para servir de pano de fundo a todas elas, o capitalismo incentiva a especulação considerando como lucros os ganhos de comerciantes e banqueiros, que ganham com a produção alheia, arbitrando preços e juros muito acima do que seria considerado justo. Quando este nível de ganância chega a alturas desmesuradas a crise se instala.

A "crise" atual tem sua origem há muitos anos, desde a criação do Banco Central americano, o FED, e seu monopólio de imprimir moeda – ou emitir, como gostam de dizer. Até o uso da palavra emitir em lugar de imprimir fornece a pista do golpe.

Imagine que você preenche uma folha do seu talão de cheques fornecido pelo banco onde tem conta que lhe custa –suponhamos – um dólar. O cheque tem o valor de 100 dólares e cm ele você paga sua compra. O vendedor usa seu cheque e o de outros para pagar a um fornecedor, e este faz o mesmo com outros. Assim, seu cheque está circulando. E se você não tiver dinheiro em sua conta para cobrir o cheque você estará fazendo o mesmo que os governos fazem quando imprimem dinheiro sem o valor correspondente em algum metal precioso ou lastro.

Imprimir papel moeda sem lastro é o mesmo que passara tinta num pedaço de papel especial. O custo de fazer isso não passa de alguns centavos por impressão, o que significa que uma nota "vendida" – posta em circulação pelo valor de face por 100 dólares - custa ao FED para imprimir, suponhamos, 10 centavos, gerando um lucro fabuloso conforme abaixo:

99,90 por uma nota de 100 dólares; 49,90 por uma nota de 50 dólares;19,90 por uma nota de 20 dólares, e assim por diante. Sabendo-se que cada nota é impressa aos milhares, pode-se fazer a conta do fantástico lucro que tem o Banco Central.

E mesmo que o custo de impressão fosse muito maior, por exemplo, 5 dólares, o ganho de impressão de notas maiores que este valor daria um lucro fabuloso. Não era por acaso que circulava o dito popular que o melhor negócio do mundo era fabricar dinheiro.

Substituir o metal por títulos, papéis onde o emitente se obriga a pagar aquele valor acrescido de juros, também não é suficiente porque, em algum momento, ele pode não pagar nem mesmo o valor inicial do título, seja ele governo ou empresa privada. Os casos na ocorridos são tantos que não podemos duvidar desta afirmação. Basta ler a história das crises financeiras ou mesmo um bom resumo delas para se convencer – um bom caminho seria o livro de Edward Chancellor, Salve-se Quem Puder. Até o Império Britânico, mostra as marcas da irresponsabilidade de gananciosos por terras e sua exploração – o caso da South Sea é um exemplo disso. Coincidentemente ou não, a ocorrência de crises financeiras se intensificou a partir da publicação de teorias econômicas que, em tese, serviriam para impedi-las. Lamentavelmente, o que se vê hoje são "brilhantes doutores em economia" deitarem larga verborragia na TV e por escrito "sobre a crise que passou". Não conseguiram antecipar seu acontecimento, nem na de 1929 nem nesta.

No Brasil um outro detalhe foi fortemente incentivado: interessava a toda a mídia televisada, falada e escrita destruir a popularidade do Presidente Lula, passaram a fazer intensa campanha de que a crise estava instalada, até as crianças no colégio deviam falar dela, para que houvesse uma retração na produção e no crédito com conseqüente piora dos indicadores econômicos. Setores que se opõem ao governo diminuíram sua produção e demitiram mão de obra, supostamente os eleitores de Lula. Os bancos receberam dinheiro do governo para repassar às empresas em dificuldade, MAS estocaram o dinheiro e não distribuiram provocando fortes reclamações até do Presidente.


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