A atual crise financeira tem provocado ansiedades, medos, perdas, desemprego, e muita, muita conversa de doutores explicando a crise que passou. Todos comprometidos em esconder ou ignorar as enormes emissões de dólares feitas pelo FED pouco antes dos anúncios e efeitos percebidos da crise. Cansado de ouvir falsos caminhos procurei investigar as reais causas que poderiam causar a quebra de tantas organizações e o desemprego de milhares de inocentes. A resultante foi este texto onde se afirmam mais uma vez a falsidade das teorias econômicas e as fantasias construídas por seus defensores e profissionais. A questão maior não foi respondida – não importa que o governo Obama faça uma cópia tamanho gigante das mesmas medidas tomadas por Eisenhower e por Kennedy nas suas crises. O que necessitamos saber é o que devemos fazer para evitar outras. Sabemos que as crises são inerentes a este modelo de capitalismo. Haverá algum governo com coragem e vontade suficientes para afrontar o poder financeiro manipulador das crises e deixar a economia produzir os bens necessários.
Cansado de ouvir as inverdades explicadas por economistas sobre a crise financeira, fui buscar outras fontes na história e isto gerou este texto.
Adm. Graccho Maciel
As crises não surgem por acaso, nenhuma delas. Todas trazem na origem alguma intenção gananciosa de tirar proveito além do que seria considerado justo. E para servir de pano de fundo a todas elas, o capitalismo incentiva a especulação considerando como lucros os ganhos de comerciantes e banqueiros, que ganham com a produção alheia, arbitrando preços e juros muito acima do que seria considerado justo. Quando este nível de ganância chega a alturas desmesuradas a crise se instala.
A "crise" atual tem sua origem há muitos anos, desde a criação do Banco Central americano, o FED, e seu monopólio de imprimir moeda – ou emitir, como gostam de dizer. Até o uso da palavra emitir em lugar de imprimir fornece a pista do golpe.
Imagine que você preenche uma folha do seu talão de cheques fornecido pelo banco onde tem conta que lhe custa –suponhamos – um dólar. O cheque tem o valor de 100 dólares e cm ele você paga sua compra. O vendedor usa seu cheque e o de outros para pagar a um fornecedor, e este faz o mesmo com outros. Assim, seu cheque está circulando. E se você não tiver dinheiro em sua conta para cobrir o cheque você estará fazendo o mesmo que os governos fazem quando imprimem dinheiro sem o valor correspondente em algum metal precioso ou lastro.
Imprimir papel moeda sem lastro é o mesmo que passara tinta num pedaço de papel especial. O custo de fazer isso não passa de alguns centavos por impressão, o que significa que uma nota "vendida" – posta em circulação pelo valor de face por 100 dólares - custa ao FED para imprimir, suponhamos, 10 centavos, gerando um lucro fabuloso conforme abaixo:
99,90 por uma nota de 100 dólares; 49,90 por uma nota de 50 dólares;19,90 por uma nota de 20 dólares, e assim por diante. Sabendo-se que cada nota é impressa aos milhares, pode-se fazer a conta do fantástico lucro que tem o Banco Central.
E mesmo que o custo de impressão fosse muito maior, por exemplo, 5 dólares, o ganho de impressão de notas maiores que este valor daria um lucro fabuloso. Não era por acaso que circulava o dito popular que o melhor negócio do mundo era fabricar dinheiro.
Substituir o metal por títulos, papéis onde o emitente se obriga a pagar aquele valor acrescido de juros, também não é suficiente porque, em algum momento, ele pode não pagar nem mesmo o valor inicial do título, seja ele governo ou empresa privada. Os casos na ocorridos são tantos que não podemos duvidar desta afirmação. Basta ler a história das crises financeiras ou mesmo um bom resumo delas para se convencer – um bom caminho seria o livro de Edward Chancellor, Salve-se Quem Puder. Até o Império Britânico, mostra as marcas da irresponsabilidade de gananciosos por terras e sua exploração – o caso da South Sea é um exemplo disso. Coincidentemente ou não, a ocorrência de crises financeiras se intensificou a partir da publicação de teorias econômicas que, em tese, serviriam para impedi-las. Lamentavelmente, o que se vê hoje são "brilhantes doutores em economia" deitarem larga verborragia na TV e por escrito "sobre a crise que passou". Não conseguiram antecipar seu acontecimento, nem na de 1929 nem nesta.
No Brasil um outro detalhe foi fortemente incentivado: interessava a toda a mídia televisada, falada e escrita destruir a popularidade do Presidente Lula, passaram a fazer intensa campanha de que a crise estava instalada, até as crianças no colégio deviam falar dela, para que houvesse uma retração na produção e no crédito com conseqüente piora dos indicadores econômicos. Setores que se opõem ao governo diminuíram sua produção e demitiram mão de obra, supostamente os eleitores de Lula. Os bancos receberam dinheiro do governo para repassar às empresas em dificuldade, MAS estocaram o dinheiro e não distribuiram provocando fortes reclamações até do Presidente.
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