Gestão de conflitos dos alunos da 5a classe na escola 341 no municipio de Quipungo (página 2)

Manifestam-se na falta de respeito e no cumprimento de regras básicas em todos os espaços escolares e, também, em alguma permissividade na sala de aula. É uma realidade com crescente impacto e um aspecto a merecer atenção e contínua análise porque está intimamente relacionada com a fixação de diferentes crescente falência da família como pólo de orientação comportamental.

É fundamental que a ou o jovem tenham um profundo respeito pelo adulto: pai, professor, assistente, colega mais velho. Todas estas pessoas têm de ser vistas como orientadores fundamentais do seu trabalho e do seu crescimento. populações no seio da escola. No mundo inteiro, há evidências de que é pela educação que a violência pode ser evitada por uma série de medidas envolvendo indivíduos, famílias e comunidades (OMS). É preciso assumir a nossa autoridade, pois ela é consubstancial à relação educativa

Philippe Meirieu, 1997.

• Dificuldades para argumentar e explicar as decisões tomadas que a educação começa no seio familiar, onde o indivíduo desperta como pessoa e é preparado para enfrentar a sociedade. Estabelecer condições para a promoção do sucesso educativo de todos os alunos e, em particular, das crianças e dos jovens que se encontram em territórios marcados pela pobreza e exclusão social.

• Não pode explicar em todos os casos quê fazem e por quê o fazem, o aluno não pode explicar por quê tomou uma ou outra actitudes, perante ao conflito, Factores e processos que condicionam ou favorecem o insucesso escolar? Relação/interrelação; troca experiências, ideias, sentimentos, informações sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado. Qualidade que reúne várias competências emocionais e habilidade social .Habilidade social expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira directa clara, honesta e apropriada ao contexto.

• A gestão de conflito tem o modo de actuar mais comum e frequentemente utilizando parâmetros ao nível de base da profissão. Por outro, ambiente escolar tem sido caracteristicamente familiar e os poucos casos de indisciplina encontraram uma rápida solução, no entanto, tem-se verificado uma tendência crescente de indisciplina e mau comportamento no corpo discente, e que se reflecte na insegurança nas relações interpessoais dos alunos.

• Problemas de indisciplina e de participação na vida escolar

Manifestam-se na falta de respeito e no cumprimento de regras básicas em todos os espaços escolares e, também, em alguma permissividade na sala de aula. É uma realidade com crescente impacto e um aspecto a merecer atenção e contínua análise porque está intimamente relacionada com a fixação de diferentes populações no seio da escola.

• É fundamental que a ou o jovem tenham um profundo respeito pelo adulto: pai, professor, assistente, colega mais velho. Todas estas pessoas têm de ser vistas como orientadores fundamentais do seu trabalho e do seu crescimento.

• No mundo inteiro, há evidências de que é pela educação que a violência pode ser evitada por uma série de medidas envolvendo indivíduos, famílias e comunidades (OMS)

1.1.2 Fundamentação do estudo

 

Os antecedente teóricos mais próximos do estudo se situam nas teorias de autores portugueses tais como: Amado, J. Compreender e construir a (in)Disciplina. Indisciplina e Violência na Escola. 2001, p. 41.54

Azevedo, J. (1994). Avenidas da liberdade. Reflexões sobre política educativa. Porto: Asa

Azevedo, J. (2020). O fim de um ciclo? A Educação em Portugal no início do século XXI. Porto: Asa

Bolívar, A. (2003). Como melhorar as escolas. Estratégias e dinâmicas de melhoria das práticas educativas. Porto: Asa estes autores ainda com diferenças nos seus enfoques, parece ter a intenção comum de deixar estabelecidas algumas vias para o desenvolvimento de formas mais conscientes de gerir conflitos que facilite o crescimento pessoal envolvido no processo, como forma de concretizar a relação existente entre educação e gestão de conflitos.

Quanto aos antecedentes de carácter empírico, tenho a tecer que A resolução de conflitos, através da mediação, é uma prática de intervenção que acredita na resolução de conflitos sociais por uma forma pacífica e cooperante entre as partes, baseando-se num conjunto de técnicas de comunicação e de pensamento criativo, para que as pessoas envolvidas resolvam as suas diferenças relativas a necessidades e interesses e construam, por

si, soluções aceitáveis por ambas as partes Camp (1999); Schnitman & Schnitman (2000).

A introdução de estruturas de prevenção e regulação da indisciplina e consequente melhoria no registo e caracterização destas situações tiveram um impacto positivo expresso na diminuição de medidas disciplinares sancionatórias (R_TEIP, 2009/2010, p. 40) .

Os direitos e os deveres dos membros da comunidade educativa estão definidos na lei. O presente Regulamento explicita alguns desses normativos e define direitos e deveres específicos respeitando as orientações do Projecto Educativo. Todos os membros da Comunidade Educativa gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres consignados neste Regulamento. A todos é assegurado o acesso à defesa dos seus direitos.

Desenvolvimento do sentido de responsabilidade dos alunos numa perspectiva de melhorar o sucesso escolar e educativo, tendo em conta o desenvolvimento da motivação para estudar e aprender e o desenvolvimento pessoal e social.

1.2-Delimitação do estudo

A investigação aborda desde o ponto de vista didáctico a gestão de conflito como estratégias para a sua resolução no processo de ensino e aprendizagem e de intervenção, no processo de ensino e aprendizagem na escola nº341 na sala nº2 alunos da 5ªclasse, embora terá em conta os aspectos psicológicos inerentes tanto às estratégias de aprendizagem como ao processo de gestão de conflitos.

A investigação tem cenários ou âmbitos sócio-espaço-temporais para o diagnóstico e intervenção do processo de ensino aprendizagem na escola 341no Município de Quipungo.

Amostra

A amostra utilizada para o diagnóstico esteve constituída por 45 alunos uma directora da escola e um professor da referida turma. Motivar os estudantes, oferecendo-lhes um currículo não só mais prático, mas também mais adaptado aos interesses de cada um. Promover palestras com os mesmos nas quais poderá realçar a importância da participação dos mesmos no processo de ensino e aprendizagem.

1.3-Inquérito aos alunos

No presente inquérito trabalhou-se com 45 alunos sendo 30 do género masculino e 15 alunos do género feminino.

A primeira questão tem como objectivo analisar se os alunos vão à escola por gostar de estudar ou por pressão dos pais e encarregados de educação. O quadro mostra os resultados:

Respostas	Sim	Não	Respostas nulas		Total
Nº de alunos	40	0	5		45
Percentagem	92.64%	0	7.35%		99.99%

Analisando esta questão conclui-se que os alunos gostam de estudar, e não fazem-no por pressão dos pais

O objectivo da segunda questão é saber se para além das aulas têm outras ocupações. Eis os resultados:

Nº de alunos		40	0	3	2		45
Percentagem		76.47%	7.35%	11.76%	4.41%		99.99%

Analisando as respostas dos alunos conclui-se que para além das aulas os alunos têm outras actividades.

A terceira questão tem como objectivo saber a preocupação da Directora edo professor resolução e gestão de conflitos dentro da sala de aulas . Os resultados são os seguintes:

Respostas	Sim	As vezes		Sem resposta		Total
Nº de alunos	40	5		0		45
Percentagem	69.11%	20.58%		10.25%		99.9%

Fazendo análise das respostas dos alunos, conclui-se que o professor tem ajudado os alunos na resolução de gestão conflitos na referida Escola.

Com a quarta questão pretende-se saber se a escola tem promovido outras actividades recreativas para além das aulas ministradas nas salas de aulas.

Eis os resultados:

Respostas		Sim	Não	As vezes		Sem resposta		Total
Nº de alunos		42	3	2		0		45
Percentagem		61.76%	8.82%	19.11%		10.30%		99.98%

Analisando as respostas dadas pelos alunos pode-se concluir que a escola tem promovido algumas actividades recreativas para além das aulas.

A quinta questão tem como objectivo saber se a escola tem promovido actividades que envolvam a participação dos pais e encarregados de educação.

Os resultados são os seguintes:

Respostas	Sim	Não	Sem resposta		Total
Nº de alunos	40	5	0		45
Percentagem	75%	14.70%	10.29%		99.99%

As respostas dadas pelos alunos levam a deduzir que a escola tem promovido algumas actividades que tem envolvido a participação dos pais e encarregados de educação. Com a sexta questão pretende-se saber dos alunos se tem havido reuniões com os pais e encarregados de educação na escola.

O quadro espelha os resultados:

Respostas		Sim	Não	As vezes	Sem resposta		Total
Nº de alunos		35	0	10	0		45
Percentagem		79.41%	7.35%	11.76%	1.47%		99.99%

Conclui-se que a partir das respostas dadas pelos alunos tem havido reuniões com os pais e encarregados de educação.

O objectivo da sétima questão é de obter opiniões de duas actividades que cada um dos alunos almeja fazer durante os intervalos, de entre as cinco actividades propostas. Os resultados são os seguintes:

Opções das respostas				Nº de alunos	Percentagem
Jogar a bola e ler um livro de interesse				8	11.76%
Brincar garrafinha e ler um livro de interesse				21	30.88%
Jogar a bola e brincar garrafinha				11	16.17%
Jogar a bola e debater a matéria em grupos				4	5.88%
Debater a matéria em grupo e ler um livro de interesse				6	8.82%
Brincar garrafinha e debater a matéria em grupos				2	2.94%
Debater a matéria em grupos e contar cenas das novelas				2	2.94%
Ler um livro de interesse				1	1.47%
Debater a matéria em grupo				1	1.47%
Jogar a bola				1	1.47%
Respostas nulas				11	16.17%
Total				68	99.97%

Analisando as respostas dos alunos na sua maioria gostam de jogar a bola, ler um livro de interesse e brincar garrafinha.Por este facto a escola deve ter uma biblioteca com bons livros educativos para permitir que os alunos que gostam de leitura encontrem nela os livros importantes para eles consultarem. Também deve ter um campo de jogos que lhes permita realizar várias modalidades desportivas.

A oitava questão tem como objectivo obter depoimentos dos alunos sobre o seu ponto de vista no que concerne a importância da gestão de conflitos dentro duma instituição.

Respostas		Sim	Não	Algumas vezes		Sem resposta		Total
Nº de alunos		32	0	13		0		45
Percentagem		82.35%	7.35%	1.47%		8.82%		99.99%

Analisando as respostas obtidas deduz-se que a participação dos professores na gestão de conflitos nas actividades escolares é importante.

Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla- ISCED HUÍLA

1.4Inquérito ao Especialista

Caríssimo Professor: No âmbito da investigação do tema: Gestão de conflitos na Escola nº341 no Município de Quipungo, para obtenção do meu trabalho, você faz parte dos especialistas escolhidos para a avaliação da possível efectividade da proposta feita. Desde já agradece-se pela sua importante contribuição. Por favor preenche as lacunas abaixo:

• 1. Anos de experiência no trabalho docente: 20 Anos de experiência

• 2. Na Escola onde trabalha actualmente: Escola nº341

• 3. Grau académico: 13ª Classe

• 4. Cargo que ocupa: Docente

Avalia cada uma das perguntas segundo a escala apresentada abaixo, assinalando com um X.

Escala de avaliação:

C1 = (Excel) Excelente

C2 = (MB) Muito bom( x)

C3 = (B) Bom(x)

C4 = (Suf) Suficiente

C5 = (M) Mau

• 1. Como avalia a estruturação da Estratégia pedagógica para Gestão de cnflitos na Escola nº341 no município de Quipungo?

__c2__ ____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5

• 2. Como avalia a coerência dos elementos que fazem parte da Estratégia pedagógica para estimular a participação dos professores na gestão de conflitos escolares?

___c2__ _____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5

• 3. Como avalia a aplicabilidade da Estratégia pedagógica para estimular a participação dos pais na gestão de conflitos escolares?

_____ _____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5

• 4. Como avalia o conteúdo da Estratégia pedagógica para estimular a participação dos professores na gestão de conflitos na actividades escolares?

_c3____ _____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5

• 5. Como avalia as possibilidades da Estratégia pedagógica para estimular a participação dos professores na gestão de conflitos nas actividades escolares?

_c3____ _____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5

Comentários ou sugestões:_É de opinião que o professor é o Protagonista do processo docente educativo , deve sempre velar pelo comportamento dos seus aluno para haja o sucesso no processo docente educativo. Por outro é bom velar pelo comportamento de cada aluno para que não haja conflitos conforme detalha o tema ora suposto.

ANÁLISE DOS DADOS DOS PERITOS PELA ESTATÍSTICA DESCRITIVA

A análise da avaliação dos peritos levam a conclusão de que, a proposta feita pode se tornar efectiva na medida em que a moda da avaliação global é 3 (correspondente a classificação qualitativa de Bom), que comparado com a Moda da avaliação consensual de cada pergunta pelos peritos (2) equivalente a classificação qualitativa de Muito bom.

Sob o ponto de vista metodológico a investigação possui os objectivos gerais e específicos dos seus resultados.

1.5-Justificação do estudo

O nosso estudo se justifica pelas seguintes razões:

Um objectivo fundamental do processo de gestão de conflitos é que seja capaz de, no processo de intervenção psicológica(considerando um dos modos de actuação fundamentais do psicólogo),promover a constituição da subjectividade dos sujeitos necessitados, essencialmente através da orientação, nos diferentes profissionais em que este se desenvolve, com eficácia efectividade. O que significa entre outras coisas, resgatar as potencialidades individuais dos sujeitos que precisam de intervenção psicológica. Procurar áreas de interesse que julgue o conteúdo e não a pessoa

Abstenha-se de ajuizar, focalize as macro ideias Seja um anotador flexível e selectivo.

Cada procedimento na escola deve sujeitar-se aos valores democráticos:

- de justiça

- de respeito mútuo

- de livre expressão

- de interajuda solidária

- de reciprocidade nas relações de trabalho e de vida

- do direito à privacidade e à diferença, que assegura a inclusão social , Sérgio Niza, 13 Abril

Nisto consiste a relevância social aumentar o conhecimento sobre os processos que se desenvolvem no contexto escolar ampliar a compreensão sobre a realidade escolar, colocando-se ao serviço da melhoria de práticas educativas (individuais e colectivas).

Reflexão sobre as normas de comportamento e a concepção que se tem sobre elas, centrando-se no seu aperfeiçoamento ou modificação

a melhoria das práticas educativas Azevedo, J. , 2002 , p2-13.

Participação simplicidade flexibilidade pertinência exequibilidade é

Pressupostos de olhar para dentro.

O valor teórico desta investigação apontará na direcção do enriquecimento da teoria sobre a gestão de conflito e Criar uma atmosfera afectiva Esclarecer as percepções, Focalizar em necessidades individuais e compartilhadas Construir um pode positivo e compartilhado Olhar para o futuro e aprender com o passado Gerar opções de ganhos mútuos Desenvolver passos para a acção ser efectivada Estabelecer acordos de benefícios mútuos.

Promover leituras descontextuadas e indiferenciadas dos conflitos; propor respostas indiferenciadas, a atribuir a responsabilidade dos conflitos aos alunos, sem se problematizar os desafios, as exigências, possibilidades de propostas, a qualidade dos apoios ou as regras do funcionamento das salas de aulas.

Envolver os alunos de forma explícita no processo de negociação relativo aos comportamentos pretendidos e envolver também os alunos na assunção de um compromisso público e formal.

1.6-Problema de Investigação

A do expressado, o problema de investigação se define como: Os alunos da 5ªclasse na escola nº341 turma sala nº2 no Município de Quipungo manifestam insuficiências na gestão de conflitos, que lhe impedem cumprir com eficácia os objectivos desta prática.

Forma de questão:

Como facilitar o desenvolvimento de estratégias na gestão de conflitos nos alunos da 5ªclasse na escola 341 turma: A Sala nº2 para que estes possam cumprir com uma maior eficácia com os objectivos desta prática profissional?

II. Desenho teórico da Investigação

Sendo o problema de investigação, o anteriormente colocado, se define como objecto de investigação a gestão de conflitos na escola e como campo de acção a gestão de conflitos.

Consequentemente o objectivo geral do estudo é o estabelecimento de uma estratégia didáctica de gestão de conflitos e uma sequência, que contribua para o melhoramento do desempenho profissional dos alunos na gestão de conflitos para a sua resolução queira seja do ponto de vista pedagógico assim como psicológico.

Do objectivo geral derivam os objectivos específicos seguintes:

a)Dar uma resposta eficaz aos mais variados problemas apresentados pelos discentes e pelas famílias;

b)Estreitar a relação escola-comunidade;

c)Facilitar a mediação de conflitos entre alunos; alunos/docentes/pessoal não docente;

d)Sensibilizar e implicar activamente a Comunidade Educativa em programas – acção de prevenção, no âmbito do Projecto . Gabinete de Apoio ao Aluno e à família.

e)Aumentar o conhecimento sobre os processos que se desenvolvem no contexto escolar

f)Ampliar a compreensão sobre a realidade escolar, colocando-se ao serviço da melhoria de práticas educativas (individuais e colectivas

g) Construir novos modos de acção pedagógica e organizacional

h)Motivar os estudantes, oferecendo-lhes um currículo não só mais prático, mas também mais adaptado aos interesses de cada um (Et4)

i)Promover o sucesso escolar

III. Marco referencial da investigação

Os principais referentes teóricos desta investigação constitutivos do marco teórico e empírico referencial da investigação se situam em duas grandes áreas de referência: Pedagogia e psicologia.

1.1-Referentes sobre à pedagogia:

Devido à heterogeneidade de enfoques teórico existentes para abordagem deste processo, se comparte, conjuntamente com os outros autores cubanos contemporâneos, tanto no marco da profissão como no ensino da gestão de conflitos "O conflito é o percepção das diferenças de interesses entre as pessoas "(Thompson, 1998, p. 4).

J. Dewey (1922/1957) "O conflito é o agitador do pensamento. Estimula a memória e instiga para invenção"(p. 300).

March e Simon (1958, p. 112) consideram conflito um colapso nos mecanismos normais de tomada de decisão, de modo que individualmente ou em grupo, existir dificuldade em seleccionar uma alternativa.

Para Pondy (1967) o conflito organizacional pode ser entendido como um processo dinâmico subjacente comportamento organizacional.

1.1.3-Referentes sobre os pedagogos

Guillén Gestoso(2007)distingue diferentes pensamentos no estudo dos conflitos :Ponto de vista tradicional, o ponto de vista a Escola de relações humana e o ponto de vista interaccionista. Segundo o ponto de vista tradicional, o conflito é entendido numa perspectiva negativa, algo que deve ser prevido e evitado. Esta visão restringe-se apenas a algumas dimensões e aspecto do conflito. Segundo os seus defensores, o conflito deve ser evitado, centrando esforços nas suas causas e corrigindo os defeitos e as danificações dele produzido.

Segundo Rahim(2001), os conflitos foram alvo de análise pelas teorias de gestão clássica por autores como Taylor Fayol e Weber.Para estes a existência de conflito representava falta de colaboração entre os funcionários, uma falha por parte da própria organização, algo negativo que prejudica o bom funcionamento e produção de qualquer organização.

Acreditava ainda que o estabelecimento de determinada estrutura organizacionais específicas, tais como a criação de regras, hierárquicas e procedimentos bem definidos, seriam a solução para minimizar a necessidade ou ocorrência de conflitos em qualquer organização. Segundo estes autores, numa instituição bem organizada e bem dirigida, o risco de ocorrer conflitos seria quase nulo. A ausência de conflitos articulada com a cooperação e a harmonia resultariam na eficácia organizacional.

Esta perspectiva negativa continuou durante década de vinte e trinta com os estudos de Elton Mayo, na Escola de relações humanas, o qual confirmava que a ausência ou a eliminação de conflito, seria imprescindível para aumentar a eficácia de qualquer organização. Considerava que, a presença de conflito era uma prova de a organização não estava bem dirigida, ou que havia falta de competências sociais. Mais, nem todos os seguidores da Escola de relação humanas perspectivavam os conflitos de forma negativa. Outros membros consideram o conflito como sendo algo natural e inevitável num qualquer grupo ou organização. Segundo estes, o conflito pode inclusivamente ser uma forma positiva para o desenvolvimento da produtividade da organização. Nesta perspectiva, o conflito é algo natural, fruto da interacção dos grupos e das organizações, o qual não é obrigatoriamente negativo. Este faz parte do processo de evolução e crescimento e deve ser utilizado de modo positivo para um bom progresso e desempenho das organizações (Guillén Gestoso,2007).

A visão interaccionista, numa perspectiva mais avançada surgiu alguns anos mais tarde com argumento que o conflito não pode ser apenas positivo, mas que algum tipo de conflito é absolutamente necessário para eficácia do grupo ou organização(Bilhim1996). Encoraja Inclusive os gestores a cultivarem um permanente mínimo conflito do grupo, como motivação ao trabalho(Guillén Gestoso,2007.

A pesar da importância destes estudos, a metodologia seguida é hoje alvo de contestação, devido à escassa perceptibilidade conceptual de alguns conceitos básicos recrutados de estudos passados.Com base na mobilização deste conceito Lewin a partir dos anos vinte do século passado, inseriu novas dinâmicas noções no estudo dos conflitos e conceptualizou a existência de três tipos de conflitos:O conflito de aproximação-aproximação,o evitação-evitação e o de aproximação-evitação.Estudos experimentais posteriores permitiram verificar a avaliação da proposta, originando a construção de novas predições teóricas.

Estas últimas referiam-se aos efeitos individuais e grupais da cooperação e da competição, bem como aos processos psicossociais associados aqueles estratégias, originando mais tarde, uma investigação Empírica para verificação.

Esta investigação empírica é a teorização de Lewis sobre o conflito tornou-se num dos mais frutíferos temas de estudo da psicologia sociais. Este modelos caracterizam-se por dar atenção aos processos de negociação, ou seja às estratégias e técnicas mobilizadas,e à sua articulação à variedade de contexto em que estas são mobilizadas e à sua articulação à variáveis estrutura e psicológicas que se presume influenciarem na formação dessas estratégias e dessas técnicas(Jesuino,1996).

Referentes sobre a psicologia

O paradigma histórico-cultural ainda no âmbito da psicologia, destaca-se a revisão de estudos sobre o conflito, efectuados desde os anos sessenta por Deutsch(1990, citado por Jesuino,1996). Assim o conflito surge relacionado a existência de actividades incompatíveis entre as partes e o seu surgimento estruturado à presença de competições ou de divergências entre ambas as partes, ou ainda a insuficiência de recursos.

A atitude face ao conflito começou a mudar a partir de meados do século xx (Pruit Rubin, 1986). As teorias que fundamentam o conceito convergem todas numa tentativa de explicar o fenómeno. Não obstante as divergências de opiniões passou a ser encarado numa nova perspectiva.

Pain(2006) entende que por serem situações vitais de competição por bens escassos,os conflitos estão intrinsecamente ligados ao ser humano .Individuais e colectivamente, eles representam uma acção que provoca tensões e exige solução. Assim, o conflito apresenta uma janela aberta sobre as relações e os contextos sociais em que elas ocorrem. Ele capta e coloca em evidências importantes características das relações e dos seus padrões de funciomamento(Collins e Laursen,1992 citado por Carita,2005).

Pruite e Rubin(1986) interpretam o conflito como uma diferença de interesses ou de crenças, em que as exigências de ambas as partes, não podem ser atingidas simultaneamente. Assim este representa um comportamento no qual o individuo procura o avanço dos seus interesses nas relações com outros individuo(Schimidt e Kchan,1972 citado por Blhim,1996). Este processo inclui particularidades das duas partes e um contexto, no qual está inserida cada uma delas, com as suas vivências e a sua própria maneiras de pensar e agir (Caetano e vala,2002).

Burguet (2005 citado por Vinyamata,2005) realça, que é a partir dos conflitos que são vivenciados processos de crescimento. Na escola é semelhante, pois os conflitos surgem em diferentes níveis, sendo motivo de aprendizagens, nas dimensões cognitiva emocional social, etc.

Segundo Ortega e Del ( 2002) a própria actividade de ensino \ aprendizagem é intrinsecamente contraditória, pois acarreta necessidade pessoais e grulhais que tornam conflitos, os quais necessitam ser resolvidos. Assim ao dos anos o conflito vem sendo alvo de estudos de forma a ser compreendido e superado. Para além destes conflitos cognitivos, a escola é alvo de conflitos relacionais, fruto de discórdias entre aluno \ aluno e aluno \ professor.

A convivência esta intrinsecamente ligada ao conflito, esta perspectiva também caracteriza o psiquismo como essencialmente conflituoso, pois faz com que, a nível individual e colectivo originem-se mudanças, aptidões e crescimento como retrocessos ou estagnação psíquica e institucional.

Assim a nível dos estudos desenvolvidos a seca dos conflitos nas organizações instituições constatamos das perspectivas diferentes do conflito como um risco ou como uma oportunidade. Na primeira perspectiva argumentam-se que o conflito prejudica a auto-estima dos envolvidos, atenua a motivação laboral, dificulta a interacção dos membros no trabalho e limita as vias de comunicação provocando distorções na percepção as mensagens.

As mais recentes investigações ao nível da psicologia do trabalho contra põem esta visão dependendo o conflito como um oportunidade, justificando que, fomenta a reflexão sobre o trabalho dos profissionais, promove novas aprendizagens, cria novas relações entre os ambos, fomentando a coesão e a auto- estima, profissional construindo valores conjuntos a equipas (Guillén Gestoso,2007)

1.2.3- Referentes relativos à didáctica educação primária

Nosso referente mais próximo é o modelo holístico configuracional da didáctica da educação Em FREIRE, 2005, p. 84,85, Pedagogia. do oprimido:

A educação problematizadora, que não é fixíssima reaccionária, é futuridade

Revolucionária. Daí que seja profética e,como tal esperançosa . Daí que corresponda à condição dos homens como seres históricos e à sua historicidade.

Daí que se identifique com eles como seres mais além de si mesmos como "projectos", como seres que caminham para frente, que olham para frente; como seres que o imobilismo ameaça de morte; para quem o olhar para trás não deve ser uma forma nostálgica de querer voltar, mas um modo de melhor conhecer o que está sendo, para melhor construir o futuro.

O processo de pesquisa participante pode criar nas pessoas uma consciência

maior de seus recursos e incita-las a desenvolver uma confiança maior em si

mesmas.

Trata-se de um método de pesquisa científica, no qual a participação da

Colectividade organizada -no processo de pesquisa- permite uma análise objectiva e autêntica da realidade social em que o pesquisador é participe e aprendizcomprometido no processo. (Brandão,Streck, pesquisa participante. O saber da partilha.p.113)

A escola como um sistema de processos conscientes, que se desenvolvem na estrutura espaço temporal em que transcorre o processo docente educativo, através da interacção dos componentes académico, laboral e investigativo no que se figuram as categorias problema, objecto , conteúdo , e os resultados do processo.

A aplicação deste modelo nos estudos do processo de gestão de conflito em particular na sua dinâmica (Alvarez ,1999), revela a necessidade de aperfeiçoar o processo através de estratégias didácticas , que promovam um maior nível de independência e criatividade nos estudantes para enfrentar os problemas profissionais.

IV. Bases teóricas do estudo

Conforme o objectivo geral da investigação para dar solução ao problema pretende-se estabelecer uma estratégia didáctica de gestão de conflitos e uma sequência didáctica, que contribuam para o melhoramento do desempenho na gestão de conflitos por partes dos alunos.

Tendo em conta os referentes antes explicitados e as nossas próprias elaborações teóricas, tanto a estratégia didáctica como a sequência didáctica estão baseadas numa concepção teórico metodológicas das estratégias didáctica na gestão de conflitos.

4.1-Ideias básicas da concepção teórico-.metodológica.

Uma nova concepção do processo de ensino aprendizagem que favoreça o desenvolvimento de uma atitude consciente tanto do aluno como do profissional durante a pratica da gestão de conflito na sala de aula.

• O conflito é o percepção das diferenças de interesses entre as pessoas "(Thompson, 1998, p. 4).

J. Dewey (1922/1957) "O conflito é o agitador do pensamento. Estimula a memória e instiga para invenção"(p. 300).

March e Simon (1958, p. 112) consideram conflito um colapso nos mecanismos normais de tomada de decisão, de modo que individualmente ou em grupo, existir dificuldade em seleccionar uma alternativa.

• Para Pondy (1967) o conflito organizacional pode ser entendido como um processo dinâmico subjacente comportamento organizacional.

4.2-Ideia a defender

Uma estratégias didáctica que é síntese das estratégias de ensino do professor e as estratégias de aprendizagem dos alunos construída desde uma sequencia didáctica assente: no princípio de conscientização;na relação entre método clínico, configuracional e de modelação, e nas regularidades das estratégias de aprendizagem dos alunos no processo de gestão de conflitos na escola nº341 Município de Quipungo.

V. Desenho metodológico da investigação

• Definição do enfoque metodológico da investigação

• Definição da opção metodológica: se trata de uma investigação aplicada que pretende resolver um problema da prática profissional do psicólogo aplicando certos referentes teóricos para a construção de uma concepção teórico metodológico que serve de suporte teórico ao instrumento elaborado para resolver o problema colocado

5.1-Métodos de investigação

Métodos empíricos

Método documental, na revisão das fontes e documentos entrevista e inquéritos a alunos e professores e a observação no diagnóstico do problema.

Observação e o registo das interacções no grupo de discussão, assim como a análise dos produtos da actividade (informes finais realizados pelos alunos.

5.2-Métodos teóricos

• Histórico lógico, no estabelecimento das tendências históricas na gestão dos conflitos.

• Analise sínteses, na caracterização do objecto e do campo de acção, assim como na sistematização da informação procedente das diferentes fontes.

• Método de modelação em enfoque holístico configuracional na modelação da concepção teórico-metodológica da gestão de conflitos.

Conclusão

No tange a gestão ao conflito na escola nº341 no Município de Quipungo tenho a tecer que, o ambiente escolar tem sido caracteristicamente familiar e os poucos casos de indisciplina encontraram uma rápida solução, no entanto, tem-se verificado uma tendência crescente de indisciplina e mau comportamento no corpo discente, e que se reflecte na insegurança nas relações interpessoais dos alunos. É fundamental que a ou o jovem tenham um profundo respeito pelo adulto: pai, professor, assistente, colega mais velho. Todas estas pessoas têm de ser vistas como orientadores fundamentais do seu trabalho e do seu crescimento.

A resolução de conflitos, através da mediação, é uma prática de intervenção que acredita na resolução de conflitos sociais por uma forma pacífica e cooperante entre as partes, baseando-se num conjunto de técnicas de comunicação e de pensamento criativo, para que as pessoas envolvidas resolvam as suas diferenças relativas a necessidades e interesses e construam, por si, soluções aceitáveis por ambas as partes Camp (1999); Schnitman & Schnitman (2000).

Valores fundamentais Integração social e igualdade de oportunidades Respeito pelos outros e aceitação da diferença Disciplina, limpeza e hábitos saudáveis Responsabilidade Solidariedade e cooperação .Hábitos de estudo e trabalho Leitura como fonte de conhecimento;Trabalho em equipa Autonomia Curiosidade intelectual e espírito crítico.

A escola é a instituição que tem o encargo de educar segundo programas e planos sistemáticos, os indivíduos nas diferentes idades da sua formação. As escolas não devem cometer o erro adaptando relações autoritárias com as famílias.Deve haver comunicação contínua para a construção do processo educacional dos filhos, levando os pais a abrirem a mão para as suas responsabilidades, promovendo o desenvolvimento.

Pretende-se uma comunidade educativa constituída por alunos, professores, pessoal não docente, pais/encarregados de educação e representantes dos poderes locais que, com as suas características específicas seja capaz de se auto-organizar e responder adequadamente aos seus problemas num clima de cooperação e inter-ajuda com vista a melhoria da qualidade educativa em particular.Quando a comunicação é saudável a escola acaba por formar um aluno corrigido do mau comportamento social.As notas baixas, a apatia do aluno e o seu comportamento, podem ser corrigidos na escola com a cooperação da família. Por isso, os pais e as escolas necessitam de uma aproximação, pois constituem as duas margens de um riu de emoções e vivências ocorridas na infância e na adolescência de seres especiais em formação.

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Autor:

Jacinto Neto Jundo Pedro

jacinetopedro[arroba]gmail.com