A escola e o fenômeno do Bullying



  1. Introdução
  2. Conceito de bullying
  3. Gênese psicológica e social do bullying
  4. Formas e consequências do bullying
  5. A educação como saída
  6. Considerações finais
  7. Referências bibliográficas
  8. Anexos

Introdução.

Atualmente entrou em discussão, sobretudo, nos meios de comunicação e ambientes educativos, entre outros, o fenômeno denominado bullying, que está fazendo com que pessoas sofram a cada dia no ambiente escolar e fora dele, diferentes tipos de violência.

No decorrer deste trabalho, veremos como o bullying pode destruir vidas e fazer com que indivíduos carreguem esse sofrimento por anos, influenciando em suas vida, profissional, familiar e social. Nesse sentido, iremos mostrar como a educação pode ser uma saída no combate a esse mal, conscientizando todo ambiente escolar e fazendo com que os alunos edifiquem o respeito às diferenças, amor ao próximo, tornando-se melhores cidadãos.

Portanto, iremos iniciar este trabalho conceituando o fenômeno bullying, analisando o porquê ele é um perigo ao ser humano. Mostraremos sua gênese, psicológica e social, além das várias formas de bullying. Também abordaremos o bullying no âmbito escolar, tentando mostrar como essa prática de violência pode afetar nossos jovens.

O bullying é uma violência ao ser humano e pessoas já perderam sua vida devido ao bullying, porém algumas conseguiram supera-lo, tornando-se indivíduos de sucesso, dando esperança àqueles que com ele sofre. No decorrer do trabalho vamos relatar algumas histórias de vida dessas pessoas e como elas conseguiram superar o bullying.

Por último, iremos colocar a educação como uma possível saída a esse tipo de violência, já que ela é vista como formadora de futuros cidadãos mais conscientizados.

Conceito de Bullying.

Bullying: em busca de uma definição conceitual.

Para a psicologia, a violência física faz reinar a lei do mais forte, oprimindo indivíduos ou grupos mais fracos. Na perspectiva econômica ou quantitativa em psicanálise, Sigmund Freud descreveu "a violência intrapsíquica por excelência, aquela que a pulsão, pela força de seu impulso, exerce sobre o aparelho psíquico e, mais particularmente, sobre o ego/eu do indivíduo. E isso, seja qual for a natureza da pulsão". Violência é um comportamento que causa dano à outra pessoa, ao ser vivo. Invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado.

Atualmente, apresenta-se à sociedade uma prática violenta que passou a ser chamada de Bullying. Esse termo deriva da palavra inglesa bully, que, enquanto substantivo, significa valentão, tirano e, como verbo, brutalizar, tiranizar, amedrontar. É utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully <> ou <> ) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Compreende, pois, toda e qualquer forma de atitude agressiva executada dentro de uma relação desigual de poder, sendo o desequilíbrio de poder presente nessa relação, uma característica essencial, que torna possível a intimidação da vítima.

Pode-se perceber o bullying em variadíssimas situações como: colocar apelidos, perseguir, intimidar, excluir, aterrorizar tiranizar, bater, chutar, quebrar objetos particulares, entre outras. Segundo GUARESCHI (2008), o bullying pode se manifestar de quatro formas diferentes: física, verbal, psicológica e como cyberbullying. Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão e evitam voltar a escola (fobia escolar), quando nada se faz em sua defesa.

O fenômeno bullying é tão antigo quanto a própria escola e acontece em escala mundial. Quantos alunos já presenciaram o famoso cantinho do burro ou, para os mais velhos, a antiga palmatória. Até o início da década de 1970, pouca importância foi dada a esse tipo de violência e foi justamente nessa época que se iniciou um grande interesse da sociedade por este problema, assim como pelas consequências que dele decorrem. A Suécia foi o país pioneiro nesta mobilização, que logo se estendeu para os outros países escandinavos.

Na Noruega, o bullying já é há muito tempo motivo de preocupação por parte de professores e pais, além de estar constantemente nos meios de comunicação. Em 1982, um jornal noticiava o suicídio de 3 jovens noruegueses com idades entre 10 e 14 anos. Este fato atingiu a mídia norueguesa e a população em geral, e em 1983, O Ministério da Educação da Noruega realizou uma campanha nacional sobre problemas existentes entre agressores e vítimas.


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