O presente trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica seguindo a abordagem histórico cultural, ira apresentar um estudo sobre o conteúdo de proporcionalidade e terá como objetivo, analisar os livros didáticos matemáticos utilizados pela rede de ensino, com o intuito de verificar qual a metodologia utilizada atualmente pelas escolas públicas para aplicação do referido conteúdo. Com isso, buscamos auxilio nos livros de autores matemáticos, utilizando como embasamento o conteúdo de proporcionalidade e fazendo assim uma comparação com os livros didáticos. Sempre procurando ter como objetivo primordial encontrar uma metodologia de ensino que atenda aos pressupostos da abordagem histórico cultural, com intuito de promover maior aprendizagem quanto ao referido conceito.
Palavras Chave: Proporcionalidade, matemática, comparação, livros didáticos, abordagem histórica cultural.
O presente trabalho irá apresentar um estudo sobre o conteúdo proporcionalidade das escolas de Ensino Fundamental séries finais. De modo que seu foco principal é elaborar uma metodologia de ensino que seja eficaz no sentido de construir o conhecimento lógico e pensamento matemático no educando.
Para tanto, foi necessário analisar alguns livros didáticos e matemáticos utilizados pela rede de ensino, com intuito de verificar qual a metodologia utilizada atualmente pelas escolas públicas para a aplicação do referido conteúdo. Com isso, percebeu-se que o procedimentos utilizados para o ensino de proporcionalidade eram mecânicos e regrados, de modo a não ser eficaz na construção do conhecimento.
Diante disso, buscamos auxílio nos livros de autores estudiosos matemáticos para chegar ao foco do trabalho. Assim foi necessário buscar pelos pressupostos da abordagem Histórica Cultural e nela observou-se que o conceito de proporcionalidade depende inteiramente de os alunos terem internalizados os conceitos de multiplicidade e divisibilidade.
O objetivo da pesquisa seria a elaboração do conceito teórico de proporcionalidade de modo que desenvolva o pensamento matemático no educando, e assim colocar o aluno em ação investigativa, estabelecer a relação entre os conceitos matemáticos segundo a Abordagem Histórica Cultural e elaborar situações problema que partem do geral para o particular.
Com base nos estudos realizados por Davydov (1988) na história da psicologia, muitas teorias tiveram seu início estimulado pela falta de métodos de ensino que fossem capazes de solucionar os problemas encontrados durante a produção do conhecimento. Cada teoria teve seu embasamento firmado durante as práticas educacionais e nas aplicações das mesmas. Segundo o referido autor, essas teorias podem ser classificadas em duas maneiras diferentes de conceber a forma de pensamento; a primeira, afirma que o desenvolvimento mental de cada ser humano acontece independentemente do meio em que ele está inserido, ou seja, o intelecto parte do indivíduo, não sofrendo influência do ensino e da educação. Já a segunda afirma o contrário da primeira, dizendo que há sim, grande influência do ensino e da educação no desenvolvimento mental de cada indivíduo.
Para Davydov (1988), as práticas pedagógicas realizadas nas instituições estão de certa forma, ligadas a essas teorias, na qual, os educadores práticos que se orientam por essas metodologias, tendem a realizar algumas das proposições de um ou outro destes dois grupos, influenciando diretamente no processo de desenvolvimento do indivíduo.
Sendo assim, dependendo da teoria a qual o ensino se apoia, desenvolve-se uma forma de pensamento, que de acordo com o referido autor se diferenciam em dois tipos: o pensamento empírico, que define "[...] orientado a separar e registrar os resultados da experiência sensorial", (p. 106); e, o pensamento teórico, que consiste "em revelar a essência dos objetos, as leis internas de seu desenvolvimento". (p.106).
Segundo Sforni (2004, p.29), "a escola traz arraigados modos de conduta, pensamentos e relações que se auto-reproduzem". Tais concepções como as inatistas e a ambientalistas fazem-se presente não apenas nas escolas, mas também se manifestam socialmente, transformando-se numa espécie de senso comum do que seja ensinar e aprender. (idem).
Assim, a forma de pensamento produzida por tais concepções já fazem parte das concepções do futuro professores muito antes de seu ingresso nos cursos de formação.
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