Página anterior | Voltar ao início do trabalho | Página seguinte |
A vulnerabilidade dos animais às condições do tempo e ao clima está bem documentada. Seu desempenho e mesmo a sobrevivéncia são fortemente influenciadas pelos efeitos diretos das condições climáticas (HAHN, 1981).
3.2.1- CLIMA
O clima é um dos componentes ambientais que exerce efeito mais pronunciado sobre o bem-estar animal e por consequéncia, sobre a produção e produtividade. Representa um conjunto de fenómenos meteorológicos, de natureza complexa e que, atuando isolada ou conjuntamente, constitui-se em componente decisivo no comportamento animal (PEREIRA, 2005)
Dentre os fatores que afetam o comportamento dos bovinos, destacam-se o clima, a alimentação e o sistema de produção adotado. Para as vacas em lactação, a produção, o horário e o número de ordenhas são condições determinantes em seus padrões de comportamento (GRANT e ALBRIGHT, 1995).
3.2.2- TEMPERATURA
A vaca em lactação para desempenhar com eficiéncia suas atividades fisiológicas, deve encontrar em um ambiente uma temperatura que esteja em torno de 18º C, fora desse limite terá as suas funções produtivas prejudicadas em favor da sua sobrevivéncia (NEIVA, 1998).
O mesmo autor reportou ainda que, deve-se manter a produção de leite do rebanho em ambientes que não ultrapassem a temperatura de 24º C e umidade relativa de 50%, para que se possa conseguir maior eficiéncia produtiva. Temperaturas excedentes a esta citada influenciarão o processo produtivo para a redução no consumo e aproveitamento alimentar (NEIVA, 1998).
A zona de termoneutralidade para a produção de leite está entre: 5°C e 21°C para vacas Holandesas (JOHNSON et al.,1962 e BERMAN et al., 1985,), sendo ligeiramente maior, 24°C para raças Jersey (JOHNSON, 1965) e raças tropicais, esse limite atinge 29°C (WORSTELL e BRODY,1953).
A vaca leiteira é um animal homeotérmico com temperatura corporal interna de 38,5°C, essa temperatura sofre uma pequena variação durante o período do dia, sendo mais alta no final da tarde (HEAD, 1995).
3.3- CONSUMO DE ALIMENTOS E INGESTÃO DE ÁGUA
A principal razão para o decréscimo na produção de leite em climas quentes é a redução no consumo de alimentos, sendo uma tentativa do animal de minimizar o balanço térmico e manter a homeostase (YOUSEF e JOHNSON, 1995, citado por LIMA et al.,2005).O consumo de alimentos diminui quando a temperatura ambiente ultrapassa 26ºC (PEREIRA, 2005).
A ingestão de água depende da temperatura ambiente, da qualidade do alimento e da distribuição da água. A evaporação da água em forma de suor, com finalidade de termorregulação, em climas quentes, aumenta a necessidade de água pelos animais. Para maximizar a utilização da água os bovinos ao invés de reduzirem o volume urinário, eliminam urina mais concentrada e fezes mais secas (PEREIRA, 2005).
O consumo de água é maior quando aumenta a temperatura ambiente e a disponibilidade de água (ARNOLD e DUDZINSKI, 1978).
Os horários de ingestão de água estão relacionados com os padrões diurnos de pastejo e descanso, e a frequéncia de ingestão, para vacas, está em torno de cinco vezes ao dia, variando de uma a seis vezes (ARNOLD e DUDZINSKI, 1978).
3.4- ESTRESSE
O estresse é um termo que se aplica a qualquer mudança no ambiente suficientemente severa para induzir respostas que afetam a fisiologia, comportamento e produção do animal (BEARDEN e FUGUAY, 1980). O estresse pode ser tanto de origem interna (fisiológica) ou externa (ambiental), de acordo com (BREAZILE, 1988).
Quando um animal está em estresse, fazem-se necessários ajustes anormais ou extremos em sua fisiologia ou comportamento para adaptar-se a aspectos adversos do seu ambiente e manejo (FRASER et al., 1975). Essa adaptação envolve uma série de respostas neuroendócrinas, fisiológicas e comportamentais que funcionam para tentar manter a homeostase, o equilíbrio de suas funções e a integração desses trés sistemas (BORELL, 1995).
Os agentes estressores podem ser de natureza mecánica (traumatismos, cirúrgicos ou não, contenção), físicos (calor, frio, eletricidade, som), químicos (drogas), biológicos (estados de nutrição, agentes infecciosos) e psicológicos (exposição a um ambiente novo, manuseio), (BACCARI JR.2001).
A situação de estresse, comprovadamente, tem influéncia no desenvolvimento de processos fisiológicos normais do organismo, como o processo da descida do leite nos bovinos durante a ordenha. Já em situações estressantes que podem ocorrer antes ou mesmo durante a ordenha, induzem a secreção de adrenalina pela glándula supra-renal, e esta tem ação contrária da ocitocina, assim promovendo a retenção do leite, predispondo então a ocorréncia de quadros de mastite, pois favorece a proliferação de germes no leite retido (BREAZILE, 1988).
O estresse caracteriza a soma dos mecanismos de defesa do organismo em resposta a um estímulo provocado por um agente agressor ou estressor, externo ou interno, para manter a homeostase. Há respostas comportamentais, fisiológicas e imunológicas à agressão do organismo em sua totalidade (BACCARI, 2001)
3.5- EJEÇÃO DO LEITE
Recebe o nome de descida do leite a resposta ao estímulo da mamada do bezerro ou massageamento manual dos tetos ou com equipamento mecánico. Trata-se de uma resposta involuntária, inerente ao animal. Esses estímulos são importantes porque eles produzem pulsos nervosos que chegam ao cérebro e ordenam a liberação do hormónio ocitocina, esta ação tem uma curta duração, de 5 a 7 minutos, daí a importáncia de colocar as teteiras o mais rápido após ter ocorrido o estímulo, caso contrário o efeito hormonal desaparece, deixando leite residual (MARLICE et al., 2005).
Quando a vaca é estimulada pelo toque na pele do úbere, pelo som do equipamento de ordenha ou pela visão de um bezerro, impulsos nervosos passam para o hipotálamo no cérebro, de acordo com a Figura 1. O hipotálamo estimula a glándula pituitária posterior a liberar ocitocina. O sangue carreia esse hormónio às células mioepiteliais que circundam o alvéolo. A contração das células mioepiteliais força o leite para dentro do sistema de ductos e da cisterna da glándula. Excitação ou dor inibem o reflexo de ejeção do leite (RONALDO,2007).
Fonte:http://ronaldosistemanervosoronaldo.blogspot.com/2007/05/estresse-nos-impulsos-nervosos.html
Figura 1: Reflexo de ejeção do leite
Durante a ordenha e no ato de mamar, receptores nervosos existentes na pele da teta, sensíveis a pressão, são ativados. Esta estimulação mecánica emite impulsos para a glándula pituitária, localizada no cérebro, que libera o hormónio oxitocina. Este hormónio é transportado para o úbere através da corrente sangüínea (DELAVAL, 2005).
Para a ejeção do reflexo do leite de acordo com a Figura 2, ocorre a estimulação dos tetos (1), causado pela força da transmissão do impulso via cordão espinhal (2) para a glándula pituitária (3) onde a oxitocina é produzida e então transportada para o úbere através do sangue (4) (DELAVAL, 2005).
Fonte:http://www.delaval.com.br/Dairy_Knowledge/EfficientMilking/Milking_Technology.htm
Figura 2 - Esquema do processo do reflexo para a ejeção do leite.
A produção máxima de oxitocina ocorre quando os tetos da vaca são estimulados durante a preparação para a colocação das teteiras. A manipulação dos tetos desencadeará a produção de oxitocina e o estímulo para a descida do leite. Tém-se demonstrado que a manipulação manual dos tetos, e o esguicho de água morna em cada teto melhora o nível de estímulo e a descida do leite e, portanto, a velocidade e eficiéncia da ordenha. A produção de oxitocina continua depois do estímulo, por um período de aproximadamente quatro a oito minutos (SERSAM, 2001).
Apenas pequena parte do leite é removida por força mecánica e o leite acumulado nos alvéolos precisa ser impelido por células mioepiteliais que envolvem os alvéolos. A contração das células mioepiteliais depende da produção de ocitocina que também é desencadeada pela sucção (NEIVA, 1998).
Na glándula mamária, o hormónio provoca a contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos fazendo com que o leite que está no seu interior seja pressionado, fluindo para os dutos condutores e destempera a cisterna, demonstrado na Figura 3, (DELAVAL, 2005).
Fonte:http://www.delaval.com.br/Dairy_Knowledge/EfficientMilking/Demands_On_The_Milking_Equipment.htm
Figura 3- Desenho de um alvéolo contraído
O tempo entre o início da estimulação e a ejeção do leite ("descida do leite") é em torno de 30 a 60 segundos, mas varia de vaca para vaca e também depende do estágio de lactação em que a vaca está. Este fato também depende do número de vezes em que a oxitocina é momentaneamente secretada e sua liberação ocorre uma vez durante a ordenha. Pesquisas recentes tém, no entanto, indicado que a oxitocina é liberada totalmente durante o processo de ordenha (DELAVAL, 2005).
O reflexo de ejeção de leite pode também ser inibido. Há diferentes tipos de inibição, oriundos do cérebro ou do próprio úbere. Um dos fatores que podem causar a inibição do reflexo é o maltrato no manejo das vacas, desconforto durante a ordenha causado pelo equipamento de ordenha, ambientes estranhos à vaca e gerenciamento incorreto. Para se estimular o reflexo da ejeção do leite e, não inibi-lo, é muito importante tratar as vacas da forma mais adequada tanto antes e durante a ordenha (DELAVAL, 2005).
Em situações de inibição, o leite não é liberado dos alvéolos e somente uma fração pequena pode ser coletada. Impulsos nervosos são enviados à glándula adrenal quando eventos incómodos ocorrem durante a ordenha (dor, excitação ou medo). O hormónio adrenalina, liberado pela glándula adrenal, pode induzir a constrição dos tecidos sanguíneos e capilares no úbere. O fluxo sanguíneo reduzido diminui a quantidade de ocitocina enviada ao úbere e a adrenalina parece inibir diretamente a contração das células mioepiteliais no úbere (RONALDO, 2007).
3.6- MANEJO DE ORDENHA
Manejo abrange todas as tarefas desempenhadas diretamente com os animais no intuito de criá-los, manté-los e fazé-los produzir (OLIVEIRA, 1987).
O tempo ideal de uma ordenha deve ser de 4 – 5 minutos, tempo necessário para que a própria vaca favoreça a "descida do leite" (NEIVA, 1998).
3.6.1- ESCOLHA DE UM DOS LADOS DA ORDENHA
Os efeitos da ordenha nos lados não preferidos pelas vacas não estão, ainda, bem esclarecidos. Em trabalho com vacas (HOPSTER et al., 1998) evidenciaram que as vacas estavam menos confortáveis quando ordenhadas no lado não preferido. Contudo (PARANHOS e BROOM, 2001) não encontraram qualquer evidéncia de prejuízo ao bem-estar dos animais.
Os coeficientes de contingéncia associados aos indicadores comportamentais que tém sido citados e relacionados ao desconforto animal foram baixos e não significativos (ROSA, 2002); sendo eles: ruminação (FREITAS, 1997), micção (MUNKSGAARD et al., 2001), reatividade nos procedimentos de ordenha (BREUER et al., 2000) e tempo para fixação das teteiras (PARANHOS e BROOM, 2001).
Vacas leiteiras ao escolher o lado na sala de ordenha e ao manterem, incluiriam os seus aspectos neurológicos de desenvolvimento (TANNER et al., 1994), as interações dos humanos com as vacas no desenvolvimento das rotinas diárias, o comportamento social (HOPSTER et al., 1998) e a previsibilidade do manejo das rotinas diárias (GRANT e ALBRIGHT , 1995).
3.6.2- RELAÇÃO HUMANO x ANIMAL
Os bovinos são animais que gostam de rotina e que possuem boa memória. São capazes de discriminar as pessoas envolvidas nas interações, apresentando reações específicas a cada uma delas em função do tipo de experiéncia vivida. Vários pesquisadores tém registrado a associação dos animais para as ações de manejo e às pessoas que as desenvolvem (LEWIS e HURNIK, 1998)
A boa relação entre humanos e animais depende muito do interesse de quem desenvolverá as atividades no ambiente de criação. Sempre deverá estar atento ao comportamento e às necessidades fisiológicas, de segurança e comportamentais. Quanto às necessidades fisiológicas, a deficiéncia ou o excesso de um determinado recurso ou estímulo pode contribuir para o estresse, ocasionando a redução da produtividade (HEMSWORTH e COLEMAN, 1998).
O tipo de interação retireiro-vaca no momento da ordenha pode causar mudanças comportamentais da vaca na ordenha, uma vez que interações negativas entre retireiros e vacas resultaram numa maior reatividade da vaca durante a ordenha, apesar da produção de leite não ter sido alterada (HEMSWORTH e COLEMAN, 1998).
Os resultados obtidos por (HEMSWORTH et al., 2000) mostrou que a interação negativa (retireiro e vaca), durante a ordenha, foi significativa e negativamente correlacionada com a produção de leite, teores de proteína e gordura, e foi significativa e positivamente correlacionado com a concentração de cortisol, o que indica a possibilidade de aumentar a produtividade da vaca através de interação positiva retireiro-vaca (BREUER et al., 2000).
O trato do ordenhador na sala de ordenha (o apalpamento ou carícia com as mãos pode encorajar as vacas a entrarem mais facilmente na sala de ordenha e apresentarem menos estresse, o que por sua vez reduz a inibição da ejeção de leite). O uso da voz também influencia a produção da vaca. Tém-se observado que rebanhos de alta produção contam geralmente com funcionários que "falam" muito mais com as vacas, comparado a rebanhos de baixa produção (DELAVAL, 2005).
3.7- EQUIPAMENTO DE ORDENHA
A bomba ou fonte de vácuo é responsável por extrair continuamente quantidade de ar necessário para manter o vácuo parcial ao nível de 50 Kpa. Onde se tem o vacuómetro que indica o nível de vácuo no sistema, que deve ser pocisionado de tal modo que permita fácil visualização ao operador (NEIVA, 1998).
O princípio do equipamento de ordenha difere do princípio da ordenha manual ou de sucção. Durante a ordenha manual, o leite é pressionado para fora, enquanto que na sucção o leite é principalmente pressionado e até certo ponto sugado. Na ordenha com a ordenhadeira mecánica, o leite é sugado para fora por uma diferença de pressão entre a parede interna do úbere e o insuflador (DELAVAL, 2005).
A manutenção do nível de vácuo constante é feita pelo regulador de vácuo. Este deve apresentar capacidade de captar qualquer entrada de ar no sistema e agir com rapidez, admitindo a quantidade exata de ar para a continuidade da operação de ordenha. A variação nos níveis de vácuo reduz o desempenho do equipamento alterando as pulsações, provocando na vaca uma sensação de desconforto e comprometendo a saúde do quarto mamário (MARLICE, 2005)
Se a teta é exposta a uma sucção constante, teremos um acúmulo de sangue. Por isto a ordenhadeira mecánica é construída de tal forma que a sucção é interrompida por movimentos rítmicos (abertura e fechamento) do insuflador. A conseqüéncia disto é que a teta recebe massagem e evita-se a lesão do esfíncter (DELAVAL, 2005).
Recomenda-se a colocação da teteira logo após o estímulo, (aproximadamente um minuto após o início da preparação das vacas) (NEIVA, 1998).
A importáncia de uma teteira estável tem sido demonstrada através de muitas pesquisas em rebanhos experimentais e de observações de campo. As infecções induzidas pelo equipamento são resultantes mais provavelmente de flutuações de vácuo transitórias e agudas que ocorrem na teteira durante os períodos de baixo fluxo de leite. Os deslizamentos de teteira, a ordenha vigorosa pelo equipamento e a retirada abrupta e violenta do conjunto são causas potenciais de flutuações agudas de vácuo (MEIN, et al., 2004).
A teteira deve ser fabricada para suportar estresse extremo. A pulsação ocorre uma vez por segundo, mais de 400.000 vezes por més, e ao mesmo tempo ela é esticada 20% ou mais de seu formato. Por isso, reposições regulares são recomendadas para assegurar a excelente elasticidade da teteira (DELAVAL, 2005).
O nível de vácuo adequado para os diversos tipos de equipamentos de ordenha são os seguintes para linha alta (48 a 50 kPa): fica acima de 1,25 metros do piso do animal, ou seja, acima do úbere da vaca na sala de ordenha, para Linha intermediária (45 a 47 kPa): a linha de leite fica até 1,25 metros de altura do piso do animal e para Linha baixa (42 a 44 kPa): fica abaixo do úbere da vaca descendo por gravidade, permitindo que o nível de vácuo seja mais baixo (MARLICE, 2005).
De fato, há diversos fatores influenciando a penetração da teta na teteira. Estes fatores estão relacionados à teta, ao vácuo, a teteira, a unidade de ordenha e a fricção entre a teteira e a teta. Uma penetração ideal é obtida quando todos estes fatores interagem cooperando uns com os outros. O movimento da teteira durante um ciclo de pulsação resulta na extração do leite e na massagem do úbere. Recomenda-se uma pressão nas tetas de aproximadamente 10 kPa, onde a diferença de pressão é de 50 kPa (DELAVAL, 2005).
As medidas preventivas são formas de controle da mastite e requerem manejo minucioso por parte do proprietário, envolvendo conforto animal, manutenção do ambiente limpo e seco, práticas corretas de ordenha e manutenção do equipamento de ordenha (HEAD, 1996).
3.8- DEFECAÇÃO E MICÇÃO
As atividades de alimentação e ingestão de água e suas conseqüéncias como defecação e micção, são indispensáveis a nutrição e deste modo, cruciais para a produção animal (PEREIRA, 2005).
A micção é o processo pelo qual o organismo efetua a extracção da urina, via bexiga após o sangue passar pelos rins. Podemos dividir em duas etapas: a primeira é o processo de enchimento vesical onde a bexiga acomoda quantidade crescentes de urina sem aumentar a pressão no seu interior, note que a urina não vem do rins na forma de uma corrente constante e sim gotejando. Na segunda fase é denominada fase miccional, ato própriamente dito de urinar, ao seu término reinicia-se o ciclo da micção (GNU, 2007).
A defecação das vacas nas pastagens varia em função das condições climáticas, da natureza e quantidade do alimento ingerido e das características inerentes ao próprio animal, alterando o volume excretado e a freqüéncia com que ocorre a defecação (FRASER,1980).
Segundo (HAFEZ e BOUISSOU 1969), não há locais específicos para defecação, embora haja uma tendéncia de concentração de placas de fezes nas áreas de descanso ("malhadouros"), áreas de sombra e nas proximidades de aguadas e porteiras, em função do maior tempo de permanéncia dos animais nesses locais.
Vacas alimentadas no cocho defecam com menor freqüéncia (4 vezes ao dia) se comparadas com aquelas em pasto (9 vezes ao dia). A eliminação da urina é, assim como a defecação, um ato involuntário nos bovinos, e da mesma forma também é determinado principalmente, pelo tipo de dieta. A freqüéncia de micção pode variar de quatro a 10 vezes por dia (DELAVAL, 2005).
Os bovinos defecam com uma freqüéncia média de 11 a 13 vezes por dia. Entretanto, há relatos de outros trabalhos indicando valores de 2 a 16 vezes/dia, caracterizando uma grande variabilidade nessa atividade. A variabilidade também é notada em relação à quantidade total de excremento diário. De acordo com (FRASER,1980), vacas holandesas podem defecar até 40 kg por dia, enquanto que vacas Jersey defecariam por volta de 28 kg/dia. (MASSA,1989) registrou o posicionamento que os bovinos defecam, evidenciando que 56,6% da ocorréncia foi na posição em pé parado; 31,5% pastejando; 7,9% em pé ruminando; 2,8% andando; 1,1% deitado ruminando e 0,1% deitado. Relatou também haver diferença individual dentro da mesma raça (Holandesa) quanto à consisténcia das fezes, estando os animais recebendo o mesmo tipo de alimentação (ARNOLD e DUDZINSKI, 1978).
3.9- VOLTAGEM PERDIDA "STRAY VOLTAGE"
Stray voltage, chamada no Brasil de voltagem perdida, é na realidade, um pequeno escape de corrente elétrica. A vaca é um animal capaz de perceber quantidades muito baixas de "stray voltage", o que pode desencadear estresse, redução da ingestão de matéria seca, distúrbios durante a ordenha, redução da produção de leite, afetando também a sanidade dos animais. (BUCKLIN, et al, 2003).
Stray Voltagem é uma estranha tensão que aparece em aterrada superfícies em edifícios, capoeiras e outras estruturas. É classificada como uma forma de baixa frequéncia condutora de EMI. Os agricultores precisam selecionar equipamentos elétricos, incluindo iluminação, que não irá gerar excessivas correntes no terreno. Iluminação, motores elétricos, transformadores, são fontes primárias de fugas mesmo quando estão aprovados e funcionando corretamente. Todos os equipamentos elétricos necessitam de ser testado para fuga antes que seja instalado (BASS, 2001).
Os sintomas que indicam a presença de "stray voltage", são vacas que não entram com facilidade na sala de ordenha, hesitam ou fogem, vacas que não saem com facilidade da sala de ordenha hesitam vacas que permanecem irrequietas durante a ordenha, vacas que urinam ou defecam com freqüéncia na ordenha (comportamento incomum), vacas que interrompem a descida do leite, levando mais tempo para serem ordenhadas. (BUCKLIN et al., 2003)
As vacas as mais sensíveis (menos de trés por cento) começam a perceber níveis de tensão do contato de aproximadamente 1W que faz com que 1 miliampère (medido como o rms) da corrente elétrica de 60 hertz corra através da vaca. Os estudos numerosos documentaram comportamentos da variáncia na escala de 3 a 6 miliampères da corrente que correm através da vaca. Esta resposta supõe que a vaca no contato com objetos que tém tensões diferentes e que esta tensão faz com que a corrente suficiente corra através da vaca. Os autores recomendaram que a tensão do contato da vaca estivesse mantida abaixo de 0,2 – 0,4W para impedir respostas adversas (DOUGLAS, 2003).
A reação dos animais à "stray voltage" varia de acordo com a quantidade de voltagem perdida. É importante destacar que os sintomas abordados são muito semelhantes aos sintomas de um equipamento de ordenha com problemas, falta de higiene do cocho de alimentação ou do bebedouro. Por isso, é indicado que quando houver suspeita de "stray voltage", seja realizada uma mensuração da voltagem perdida. Uma "stray voltage" menor que 0,5W é considerada normal (BUCKLIN et al., 2003).
O "stray voltage" compromete o comportamento da vaca, onde elas se lembram das áreas nas quais sofreram experiéncias desagradáveis.
Após a redução dos problemas de "stray voltage" de certas áreas, as vacas podem continuar a evitar o local, por certo período de tempo. Com alterações do comportamento durante a ordenha. Há aumento da incidéncia de mastite. Com a redução do conforto e o estresse causado pelo freqüente contato com a "stray voltage" podem ocorrer redução do consumo de água e de alimentos onde haverá comprometimento da produção de leite (BUCKLIN et al., 2003).
Este trabalho foi executado nas dependéncias do Departamento de Zootecnia da Universidade Católica de Goiás, localizada na cidade de Goiánia, Goiás, com latitude 16°44'27.58"S e longitude 49°12'53.15"O no período de julho a agosto de 2007.
Foram avaliadas treze vacas leiteiras, conforme a Tabela 1, durante dois períodos com duração de dez dias cada , onde a Fase 1 é caracterizada sem alunos e Fase 2 caracterizada com alunos.
TABELA 1: Características dos animais da Universidade Católica de Goiás
Animais |
Grau de Sangue |
Data do último parto |
Quantidade de partos |
|||
1 |
15/16 |
19/05/07 |
1 |
|||
2 |
Jersey |
16/01/07 |
1 |
|||
3 |
15/16 |
07/04/07 |
4 |
|||
4 |
3/4 |
22/12/06 |
1 |
|||
5 |
15/16 |
13/11/06 |
4 |
|||
6 |
7/8 |
27/03/07 |
1 |
|||
7 |
15/16 |
07/08/06 |
4 |
|||
8 |
15/16 |
04/01/06 |
5 |
|||
9 |
15/16 |
29/09/06 |
4 |
|||
10 |
15/16 |
10/03/07 |
4 |
|||
11 |
15/16 |
15/01/07 |
1 |
|||
12 |
15/16 |
20/05/07 |
2 |
|||
13 |
7/8 |
17/03/07 |
3 |
Durante a ordenha fornecia-se concentrado no cocho dentro da ordenha, a alimentação era fornecida após a ordenha, onde por ser em época da seca era somente silagem com a proporção de 20 Kg para cada animal, e.
O manejo era realizado nos períodos da manhã e da tarde, fornecia-se no cocho concentrado, demonstrado na Figura 4, sendo utilizado somente um dos lados da sala de ordenha, com entrada de 4 animais por vez.
Figura 4: Cocho com concentrado
Os funcionários eram adequadamente uniformizados e com vínculo empregatício com mais de cinco anos na Instituição. Os animais eram imobilizados nos lugares específicos, sendo o úbere lavado com água corrente e secado com papel toalha para a realização do teste da caneca. Eram colhidos os primeiros jatos em uma caneca telada com objetivo de detectar algum processo infeccioso. Após o teste, instalavam-se as teteiras e após o repasse (esgotamento máximo do úbere) as teteiras eram removidas e os tetos eram emersos em uma solução desinfetante (pós-dipping) e após soltava-se as vacas, não se usava o manejo de pré-dipping.
Figura 5: Vacas sendo ordenhadas
A sala da ordenha é composta por oito baias de contenção com cocho de concreto, totalizando uma área de 8m de comprimento por 6m de largura.
Figura 6: Sala de ordenha da Universidade Católica de Goiás
Os animais foram submetidos à observação visual para a avaliação do comportamento, sendo observados durante as ordenhas ver ANEXO 1 onde foram utilizados os seguintes materiais:
A produção de leite foi estimada diariamente emergindo-se a régua graduada dentro dos baldes, desprezando-se a espuma.
Figura 7: Régua graduada utilizada para a medição de leite
A cada período de ordenha foi observada visualmente o nível de pressão do equipamento, através do vacuómetro.
Figura 8: Aparelho de medição de vácuo (Vacuómetro)
Verificou-se em cada teteira através do Voltímetro digital uma possível "Stray voltage", medida duas vezes em cada etapa.
Figura 9: Voltímetro digital usado para medir as voltagens nos animais
Para a avaliação do ambiente térmico, foi feita a medição semanal através do termómetro instalado antes da entrada dos animais na ordenha, permanecendo até o final.
Figura 7: Termómetro utilizado para a medição de temperatura da sala de ordenha
Para a análise comparativa entre as variáveis empregou-se o test T de Student.
Durante o período de avaliação do comportamento as médias das temperaturas ao longo do experimento, máxima e mínima foram respectivamente de 26ºC e 19,1ºC no més de julho, e 26,6ºC e 18ºC em agosto. De acordo com NEIVA (1998) a temperatura não deve ultrapassar a 24°C, pois podem influenciar o processo produtivo. Para vacas Holandesas a zona de termoneutralidade para a produção de leite está entre 5°C e 21°C e para raça Jersey 24°C, citado por Johnson (1965).
A pressão de vácuo obtida durante a avaliação foi de 42 kPa, indicando que a pressão se encontrava normal de acordo com MARLICE (2005) para linha baixa de ordenha abaixo do úbere da vaca é indicado de 42 a 44 Kpa.
Os valores da energia medida nas teteiras "Stray Voltage" encontrados estavam entre 0,12 W e 0,25 W, sendo assim, menor que 0,5 W deste modo, foram considerados normais de acordo com os trabalhos de BUCKLIN et al. (2003) e DOUGLAS (2003) entre 0,2W – 0,4 W, não afetando a produção.
As médias de produção individual de leite e a média total na fase 1 (sem aluno) e na fase 2 (com aluno) estão descritas na Tabela 2.
TABELA 2: Comparação da produção de leite individual na fase 1 (sem alunos) e fase 2 (com
alunos) e a média total do rebanho.
Animais |
Média de produção fase 1 |
Média de produção fase 2 |
1 |
19.3 a |
15.6 a |
2 |
8.2 ns |
7.6 ns |
3 |
14.4 b |
12.3 b |
4 |
5.5 c |
4.2 c |
5 |
9.6 b |
7.5 b |
6 |
9.9 b |
6.9 b |
7 |
9.0 ns |
8.6 ns |
8 |
12.4 ns |
11.2 ns |
9 |
12.2 c |
9.3 c |
10 |
15.0 c |
12.6 c |
11 |
11.5 b |
8.0 b |
12 |
14.7 b |
12.5 b |
13 |
17.3 c |
14.9 c |
Produção a : considerado extremamente significativo
Produção b : considerado muito significativo
Produção c : considerado significativo
Produção ns: Considerado completamente não significativo
Na Tabela 2 e demonstrado no Gráfico 1, pode-se verificar que houve diferença significativa individual (p>0,10) entre a fase 1 e 2, isso ocorreu devido à presença de alunos no local, que causou uma queda na produção de leite, demonstrado também no Gráfico 1. Estes resultados estão de acordo com os relatos de LEWIS e HURNIK (1998) que os bovinos possuem boa memória e são capazes de discriminar as pessoas envolvidas nas interações, apresentando reações específicas, e segundo RONALDO (2007) quando evento incómodo ocorre durante a ordenha como dor, medo ou excitação, o reflexo de ejeção do leite pode ser inibido e através dos relatos de BREAZILE (1998), situação de estresse tem influéncia no processo da descida do leite nos bovinos durante a ordenha.
Não se obteve diferença na produção de leite entre os animais devido ao fato de ser primípara ou multípara.
GRÁFICO 1: Média de produção de leite por fase.
De acordo com a Tabela 3 os valores encontrados não foram significativos, podendo ser observados no Gráfico 2. Contudo concernente com BREUER et al. (2000) pode-se obter um aumento de produtividade por vaca através da interação positiva retireiro-vaca.
TABELA 3: Comparação da produção de leite individual e a média total do rebanho entre os ordenhadores 1 e 2 na fase 1 (sem alunos) do experimento.
Animais |
Média de produção Ordenhador 1 |
Média de produção |
Média total de produção |
Média total de produção |
||||
Ordenhador 2 |
Ordenhador 1 |
Ordenhador 2 |
||||||
1 |
20.6 |
18 |
7 |
9 |
||||
2 |
7.4 |
9 |
9 |
10 |
||||
3 |
14.4 |
14.4 |
10 |
8 |
||||
4 |
6 |
5 |
11 |
14 |
||||
5 |
8.8 |
10.4 |
11 |
13 |
||||
6 |
9.8 |
10 |
14 |
14 |
||||
7 |
10 |
8 |
15 |
15 |
||||
8 |
11.2 |
13.6 |
10 |
10 |
||||
9 |
11.4 |
13 |
21 |
18 |
||||
10 |
14.8 |
15.2 |
16 |
18 |
||||
11 |
10.6 |
12.4 |
11 |
12 |
||||
12 |
15 |
14 |
15 |
14 |
||||
13 |
16.4 |
18.2 |
6 |
5 |
Todos os valores considerados não significativo.
GRÁFICO 2: Média de produção de leite por ordenhador na fase 1 do experimento
Como mostra a Tabela 4, as médias de produção de leite não obtiveram diferença entre os ordenhadores, assim como foi demonstrado na Tabela 3.
TABELA 4: Comparação da produção de leite individual e a média total do rebanho entre os ordenhadores 1 e 2 na fase 2 (com alunos) do experimento.
Animais |
Média de produção |
Média de produção |
Média total de produção |
Média total de produção |
|
Ordenhador 1 |
Ordenhador 2 |
Ordenhador 1 |
Ordenhador 2 |
||
1 |
15 |
16.2 |
7 |
8 |
|
2 |
7.8 |
7.4 |
7 |
8 |
|
3 |
12.2 |
12.4 |
9 |
9 |
|
4 |
4.2 |
4.2 |
12 |
10 |
|
5 |
7.8 |
7.2 |
10 |
9 |
|
6 |
6.2 |
7.6 |
12 |
12 |
|
7 |
8.6 |
8.6 |
13 |
13 |
|
8 |
10 |
12.4 |
8 |
6 |
|
9 |
8.6 |
10 |
16 |
15 |
|
10 |
12.6 |
12.6 |
16 |
14 |
|
11 |
7.6 |
8.2 |
8 |
8 |
|
12 |
12.4 |
12.6 |
13 |
12 |
|
13 |
14 |
15.8 |
4 |
4 |
Todos os valores considerados não significativo.
Os dados da avaliação do comportamento de defecação e micção estão apresentados na Tabela 5.
TABELA 5: Frequéncia de defecação e de micção nas fases 1 (sem aluno) e 2 (com aluno) do experimento.
Animais |
Defecação fase 1 |
Defecação fase 2 |
Micção fase 1 |
Micção fase 2 |
|||
1 |
0,1 |
0 |
0,3 |
0,3 |
|||
2 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|||
3 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|||
4 |
0,1 |
0,1 |
0,1 |
0,6 |
|||
5 |
0,1 |
0,2 |
0,3 |
0 |
|||
6 |
0,2 |
0,4 |
0,3 |
0,2 |
|||
7 |
0 |
0 |
0 |
0,1 |
|||
8 |
1,6 |
0,7 |
0,4 |
0,2 |
|||
9 |
0 |
0 |
0 |
0,1 |
|||
10 |
0,3 |
0 |
0 |
0,2 |
|||
11 |
0 |
0 |
0 |
0,1 |
|||
12 |
0 |
0 |
0,1 |
0 |
|||
13 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|||
TOTAL |
2,4 |
1,4 |
1,5 |
1,8 |
De acordo com a Tabela 5, na fase 1 do experimento teve-se maior número de defecções e de micções, como foi citado por (FRASER, 1980), a defecação varia em função das condições climáticas e da quantidade de alimento ingerido, na fase 1 a temperatura encontrada foi de 26°C e na fase 2 de 26,6°C, quanto mais baixa a temperatura maior a ingestão de alimentos e menor o consumo de água, melhor interpretado pelos Gráficos 3 e 4.
GRÁFICO 3: Frequéncia de defecações nas fases 1 e 2 do experimento.
GRÁFICO 4: Frequéncia de micções nas fases 1 e 2 do experimento.
Observando as Tabelas 6 e 7, não obteve diferença significativa nos resultados sobre a freqüéncia de micção e defecação entre os ordenhadores, podendo estar correlacionado com a rotina de ordenha, ao tipo de vestimenta utilizada pelos funcionários, ao tempo de serviço dos mesmos e de acordo com o relato de LEWIS e HURNIK (1998), os bovinos são animais que gostam de rotina.
TABELA 6: Frequéncia de defecação e micção entre os ordenhadores na fase 1 (sem aluno) do experimento.
Animais |
Ordenhador 1
|
Ordenhador 2
|
||
|
Defecação |
Micção |
Defecação |
Micção |
1 |
0 |
0,1 |
0,1 |
0,2 |
2 |
0 |
0 |
0 |
0 |
3 |
0 |
0 |
0 |
0 |
4 |
0 |
0,3 |
0,2 |
0 |
5 |
0,1 |
0 |
0 |
0 |
6 |
0,2 |
0,1 |
0 |
0,1 |
7 |
0 |
0,1 |
0 |
0,1 |
8 |
0,7 |
0 |
0,8 |
0 |
9 |
0 |
0,1 |
0 |
0 |
10 |
0 |
0 |
0,3 |
0,1 |
11 |
0 |
0,1 |
0 |
0 |
12 |
0 |
0,2 |
0 |
0 |
13 |
0 |
0 |
0 |
0 |
TOTAL |
1,0 |
1,0 |
1,4 |
0,5 |
TABELA 7: Frequéncia de defecação e micção entre os ordenhador na fase 2 (com alunos)
do experimento.
Animais |
Ordenhador 1
|
Ordenhador 2
|
||
|
Defecação |
Micção |
Defecação |
Micção |
1 |
0 |
0,3 |
0 |
0 |
2 |
0 |
0 |
0 |
0 |
3 |
0 |
0 |
0 |
0 |
4 |
0 |
0,3 |
0,1 |
0 |
5 |
0,1 |
0,2 |
0,1 |
0,1 |
6 |
0,2 |
0,3 |
0,1 |
0,2 |
7 |
0 |
0 |
0 |
0 |
8 |
0,2 |
0,1 |
0,6 |
0,1 |
9 |
0 |
0 |
0 |
0 |
10 |
0 |
0 |
0 |
0 |
11 |
0 |
0 |
0 |
0 |
12 |
0 |
0 |
0 |
0,2 |
13 |
0 |
0 |
0 |
0 |
TOTAL |
0,5 |
1,2 |
0,9 |
0,6 |
De acordo com a avaliação de todos os animais, o animal 8 foi o que mais constou número de defecções e de micções, apesar de estar na média de produção do rebanho. De acordo com as suas características demonstradas na Tabela 1 é o animal mais velho do rebanho.
Em relação à produção de leite, somente a presença de alunos durante a ordenha reduziu, não ocorreu influéncia dos ordenhadores na produção e na freqüéncia de defecação e micção, onde somente a temperatura pode ter sido responsável pelo aumento na freqüéncia de defecação e micção. A pressão de vácuo avaliada estava no padrão normal, a energia medida "Stray Voltage" encontrada não afetou a produção e obteve-se uma temperatura fora da zona de termoneutralidade para os bovinos leiteiros.
ARNOLD,G.W.; DUDZINSKI, M.L. Ethology of free ranging domestic animals. Amsterdan: Elsevier Scientific Publishing Company, 1978. 198p.
BACCARI JÚNIOR, F. "Manejo ambiental da vaca leiteira em climas quentes".Londrina,UEL, 142p, 2001.
BANKS, E. Behavioral research to answer questions about animal welfare. Journal of Animal Science, Champaign, v.54, n.2, p.434-455, 1982.
BASS ASSOCIATES INC. On line. Disponível em: http://translate.google.com/translate?hl=pt-R&sl=en&u=http://www.bassengineering.com/SV_Cause.htm&sa=X&oi=translate&resnum=2&ct=result&prev=/search%3Fq%3Dstray%2Bvoltage%2B%26hl%3Dpt-BR Acesso em: 28 de outubro de 2007
BEARDEN, H. and Fuquay, L. The estrual cycle. Applied Ani. Reprod. p 53-84, 4a ed., Boston Publish. Com., Virginia,1980.
BERNAM, A. et al., " Upper critical temperatures and forced ventilation effects for high-yielding dairy cows in a subtropical climate". J. Dairy Sci. 68:1488-1495,1985.
BREAZILE, J. E.. The Physiology of Stress and Its Relationship to Mechanisms of Disease and Therapeutics. Phipadelphia:Saunders Company, 1988.
BREUER, K.; HEMSWORTH, P. H.; BARNETT, J. L.; MATTHEWS, L. R.; COLEMAN, G. J. Behavioural response to humans and the productivity of commercial dairy cows. Applied Animal Behaviour Science, v. 66, p. 273-288, 2000.
BORELL, E. Van. Neuroendocrine integration of stress and significance of stress for the performance of farm animals. Applied Animal Behaviour Science, Saskatoon, v.44, p.219-27, 1995.
BUCKLIN, A.; Talbot, M.T.; Becker, W.J.; Bray, D.R. Stray Voltages In Dairies. Agricultural and Biological Engineering Department, Florida Cooperative Extension Service, Institute of Food and Agricultural Sciences, University of Florida. Original publication date 1986. Revised 1992. Reviewed June 2003. Visit the EDIS Web Site at http://edis.ifas.ufl.edu.
CURTIS, S. E. 1993. Animal well-being and animal care. In: PRICE, Edward O. The veterinary clinics of north america. Philadelphia , Farm Animal Behavior, v. 3, n. 2, 1993. p. 369-382.
DELAVAL On line. Disponível em: http://www.delaval.com.br/Dairy_Knowledge/EfficientMilking/Milking_Technology.htm Acesso em: 17 de setembro de 2007.
DELAVAL On line. Disponível em: http://www.delaval.com.br/Dairy_Knowledge/EfficientMilking/Demands_On_The_Milking_Equipment.htm Acesso em: 17 de setembro de 2007.
DOUGLAS J. Reinemann, Ph.D.Professor of Biological Systems Engineering, University of What Do We Know About Stray Voltage?,Wisconsin – Madison March 28, 2003.
FRASER, A.F. Comportamiento de los animales de granja. Zaragoza (España): Ed. Acribia, 1980.
FRASER, D.; RITCHIE, J.S.D.; FRASER, A.F. The term "stress" in a veterinary context. British Veterinary Journal, Newmarket Suffolk, v.13, n.1, p.653-62, 1975.
FREITAS, J.C.M. Efeito da temperatura e da umidade do ar sobre o pH, o nitrogénio amoniacal e a população de protozoários do rúmen em ovinos corriedale. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciéncias Agrárias e Veterinárias, UNESP, Jaboticabal, 1997, 89 p..
GRANT, R.J.; ALBRIGHT, J.L. Feeding behaviour and management factors during the transition period in dairy cattle. Journal of Animal Science v.73, n.9, p.2791-2803, 1995.
GNU Free Documentation License On line. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_mic%C3%A7%C3%A3o Acesso em: 23 de outubro de 2007.
HAFEZ, E.S.E.; BOUISSOU, M.F. The behavior of cattle. In: E.S.E.Hafez (Ed.) Behaviour of domestic animals. London: Bailliere,TINDALL & COX, p. 203 – 244, 1969.
HAHN, G. L. Housing and management to reduce climatic impacts on livestock. J. Anim.Sci. 52: 175-86, 1981.
HEAD, H. H. Management of dairy cattle in tropical and subtropical environments. In: Congresso Brasileiro de Biometerologia, Anais, SBBiomet, Jaboticabal, 1995.pp.26-68.
HEAD, H. H. Manejo de animais em sistemas de estabulação livre visando maximizar conforto e produção. In: Congresso Brasileiro de Gado Leiteiro,2., 1996, Piracicaba. Anais.Piracicaba: FEALQ, 1996.p.41-68.
HEMSWORTH, P. H.; Coleman, G. J. Human-livestock interactions: the
stockperson and the productivity and welfare of intensively farmed animal.Cab International, 1998.
HEMSWORTH, P. H.; COLEMAN, G. J.; BARNETT, J. L.; BORG, S. Relationships between human-animal interactions and prodctivity of commercial dairy cows. Journal of Animal Science, v. 78, p. 2821-2831, 2000.
HOPSTER, H. et al. Side preference of dairy cows in the milking parlour and its effects on behaviour and heart rate during milking. Appl. Anim. Behav. Sci., v.55, p.213-229, 1998.
JOHNSON,H.D.; RAGSDALE, A.C.; BERRY,I.L.; SHANKLIN, M. D."Effects of various temperature-humidity combiantions on milk production of Holstein cattle".Mo. Agric. Exp. Sta. Res. Bull. n.791,1962.
JOHNSON,H.D."Environmental temperature and lactation (with special reference to cattle).A review". Int. J. Biometeorol. 9:103-107,1965.
LEWIS, N. J.; HURNIK, J. F. The effect of some common management
practices on the ease of handling of dairy cows. Appl. Anim. Behav. Sci., v. 58,p.213-220, 1998.
MASSA, G.A.D. Aspectos do comportamento eliminatório (defecação e micção) em vacas holandesas em pastagens tropicais. 1989. 50f. Monografia (Trabalho de Graduação em Zootecnia) - Faculdade de Ciéncias Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 1989
MARLICE T.R., Armando C. C. , Ordenha e refrigeração. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_70_21720039240.html. Acesso em: 31 de outubro de 2007.
MARLICE T.R, Armando C. C., Ordenhadeira mecánica. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_67_21720039240.html. Acesso em: 01 de novembro de 2007.
MARLICE T.R, Armando C. C., Equipamento e componentes de vácuo. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_60_217200392359.html . Acesso em: 01 de novembro de 2007.
MEIN, Graeme; Reinemann, Douglas; Shuring, Norman and Ohnstad, Milking Machines and Mastitis Risk: "A Storm in a Teatcup". Ian. NMC Annual Meeting Proceedings 2004 Ian. NMC Annual Meeting Proceedings, 2004.
MUNKSGAARD, L. et al. Dairy cows' fear of people: social learning, milk yield and behaviour at milking. Appl. Anim. Behav. Sci., vol. 73, p. 15-26, 2001.
NEIVA, ROGÉRIO SANTORO, Produção de bovinos leiteiros – Larvras: UFLA – 534 P. 1998.
OLIVEIRA, B.L. Informação pessoal – ESAL, Larvras, MG, 1987.
PARANHOS DA COSTA, M.J.R.; BROOM, D.M. Consistency of side choice in the milking parlour by Holstein-Friesian cows and its relationship with their reactivity and milk yield. Appl. Anim. Behav. Sci., vol. 70, p. 177-186, 2001.
PEREIRA, Jonas Carlos Campos, Fundamentos de bioclimatologia aplicados à produção animal, Belo Horizonte: FEPMVZ, 2005.
RONALDO (UNIUBE), Estresse nos impulsos nervosos. Disponível em: http://ronaldo-sistemanervoso-ronaldo.blogspot.com/2007/05/estresse-nos-impulsos-nervosos.html. Acesso em: 01 de novembro de 2007.
ROSA, M. S. A Interação entre retireiros e vacas leiteiras na ordenha. Jaboticabal, SP: Faculdade de Ciéncias Agrárias e Veterinárias - UNESP, 2002. 52p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Faculdade de Ciéncias Agrárias e Veterinárias- Universidade Estadual Paulista, 2002.
SERSAM, Paul, Uma boa preparação do úbere é vital para a obtenção de um leite de qualidade. Revista Hoad"s Dairyman em espanhol, maio de 2001.
SILVA, M. R. C. - Modernização da pecuária leiteira em Goiás concentra renda e não beneficia trabalhadores, 2004.
TANNER, M.; GRANDIN, T.; CATTELL, M.; DEESING, M. The relationship between facial hair whorls and milking parlor side preferences. J. Animal Sci., vol. 72, Sup. 1, p. 207, 1994
WORSTELL, D. M.; BRODY, S. "Comparative physiological reactions of European and Indian cattle to changing temperatures". Mo. Agric. Exp. Sta. Res. Bull. n. 515, 1953.
Autora:
Nayara Arianne de Souza
Orientadora:
Prof.ª MSc Marilma Pachéco Chediak Corréa
Goiánia-GO
2007
Universidade Católica de Goiás
Departamento de Zootecnia
Data de realização: junho a agosto de 2007
Página anterior | Voltar ao início do trabalho | Página seguinte |
|
|