Este artigo, pesquisa bibliográfica objetiva discutir o bullying na escola. De origem inglesa, a palavra bullying corresponde às atitudes de violência física e/ou psicológica que ocorrem nas escolas. Tipo de agressão intencional, que ridiculariza, humilha e intimida. Algumas crianças, diferentes de seus colegas sofrem intimidações constantes. Discriminados em sala de aula, as vítimas de bullying normalmente sofrem caladas. As consequências podem ser desastrosas: repetência, evasão escolar, isolamento, depressão e em casos extremos, suicídio ou homicídio. Segundo Barbosa (2010) como as crianças impliquem entre si, se apelidem e briguem vez ou outra, nem sempre é fácil identificar o problema. Por isso, é preciso que pais e professores estejam atentos para perceber quando brincadeiras se tornam verdadeiros atos de violência e perversidade ou quando alguns se divertem à custa dos que sofrem calados.
Palavras-chave: Bullying; Escola; Socialização.
Quando apenas alguns se divertem à custa de outras pessoas que sofrem na escola, isso ganha outra conotação, bem diversa de um simples divertimento. Nessas situações específicas utiliza-se o termo bullying escolar, que abrange todos os atos de violência (física ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos, impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas.
Será apresentado aqui um estudo teórico a partir do conceito de bullying, onde se buscará apresentar esta prática nociva que muitas vezes passa despercebida, por conta da vulgarização da violência em nosso cotidiano.
O Estado de Santa Catarina possui legislação própria de combate ao bullying escolar, mas cabe a cada um agir de forma que tal situação passe por princípios éticos e a forma mais elementar de ética é não proporcionar aos outros, aquilo que não gostaríamos que acontecesse conosco.
Esperamos conhecer um pouco mais sobre o tema para com isso contribuir para a minimização do fantasma do bullying, principalmente no ambiente escolar, onde se contribui grandemente na formação do caráter de nossa gente.
A violência contra criança e adolescentes tem se tornado cada vez mais presente nas diferentes esferas da sociedade. Considerado como um grave problema mundial que ameaça o bem estar físico e mental apesar de muitas vezes ser ignorado ou considerado como parte de um comportamento social aceitável (SILVA, 2010).
O termo originado do Inglês Bully (valentão), segundo Houaiss (2001) indica a palavra bulir como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros...
Este conceito formal sintetiza todo tipo de violência quer seja em forma de agressão física, assédio ou verbal, que normalmente acontecem sem motivação evidente, exercidos por um ou mais indivíduos e sem possibilidade de defesa.
Barbosa (2010, p. 21) reforça a fala do parágrafo anterior ao afirmar:
Ainda que seja por uma questão circunstancial ou por uma desigualdade subjetiva de poder, por trás dessas ações sempre há um bully que domina a maioria dos alunos de uma turma e "proibe" qualquer atitude solidária em relação ao agredido.
O abuso de poder, a intimidação, prepotência são estratégias adotadas pelos praticantes de bullying para impor sua autoridade e manter as vítimas sob total domínio. Muitas vezes a vítima de bullying se torna também um praticante sob o pretexto de se vingar das humilhações sofridas.
Ainda que ocorram discussões em ambiente escolar que terminem em conflitos entre docentes e seus alunos, casos assim ao são considerados bullying.
É necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas em ambiente escolar ou no trabalho), levando ao entendimento de que nem toda agressão deva ser considerada como prática de bullying.
Fonte: A Turma da Mônica em: o Estatuto da Criança e do Adolescente (2011, p. 3)
Telma Vinha, docente na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em entrevista para a revista Nova Escola (2010), afirma que "para se caracterizar o bullying, a agressão apresenta características comuns: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa".
Fonte: A Turma da Mônica em: o Estatuto da Criança e do Adolescente (2011, p. 9)
2.1 VARIAÇÕES DO BULLYING
Determinadas atitudes em detrimento ao ser diferente podem se configurar em diferentes maneiras de prática do bullying. A pessoa que se torna vítima acaba sendo alvo de uma série de atitudes que configuram em maus-tratos, que normalmente são demonstrações públicas de preconceito.
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