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A aplicação do escotismo florestal para socialização da juventude pela polícia militar de alagoas (página 3)


Partes: 1, 2, 3

XI - propor exames psicológicos e profissiográficos, visando uma melhor alocação de policiais militares, inclusive sugerindo transferências e relocações;

XII - colaborar com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Estado Maior Geral no estabelecimento de indicadores de desempenho que permitam avaliar o nível dos resultados junto á comunidade;

XIII - propor ao Comandante Geral meios a formação de uma cultura organizacional pró-qualidade, no seio da Corporação;

(LEI nº 6399, 2003)

O legislador alagoano, visando normatizar o trato dos assuntos civis, deixou claro que a PMAL deve executar ações comunitárias junto à sociedade alagoana, conforme vemos no Art. 46 da Lei N.º 6399: "– As atividades de Assuntos Civis abrangem os serviços de relações públicas, humanas, ação comunitária e ação psicológica, onde o Comandante Geral através de diretrizes, planos e ordens, disciplina o modus operandi da Corporação.".

Podemos observar que a PMAL para cumprir sua missão constitucional deve executar Programa de Relações Públicas, conforme encontramos nos Artigos 48, 49, 50 e 51 da Lei N.º 6399:

Art. 48 – O Programa de Relações Públicas da Polícia Militar de Alagoas, visa:

I – familiarizar os cidadãos nas atividades de Segurança Pública desenvolvidas pela Corporação;

II – apresentar adequadamente os trabalhos de segurança pública desempenhados pela Instituição, como parte integrante da comunidade;

III – estimular o público a cooperar e assumir responsabilidade pelo cumprimento da Lei e da ordem;

IV – demonstrar claramente as necessidades de execução das tarefas da Polícia Militar e torná-las mais fortes;

V – criar um ambiente de altivez e respeito da comunidade pela Polícia Militar do Estado de Alagoas;

VI – fomentar o espírito profissional dos policiais militares mediante o brio e a satisfação em cumprir o seu dever;

VII – desenvolver a compreensão do público no tocante aos problemas policiais militares; e,

VIII – auxiliar e atrair os melhores voluntários para os trabalhos de segurança pública, sob a responsabilidade da Instituição;

Art. 49 – A atividade de ação comunitária têm por fim cooperar com as lideranças civis das localidades e estimular o espírito comunitário dos cidadãos, a fim de prepará-los para se autoassistirem, mantendo em quaisquer situações, a normalidade da vida comunitária, em estreito relacionamento com a Polícia Militar.

Art. 50 – As Relações Humanas da Polícia Militar com a comunidade visa:

I – aprimorar o apoio e a ajuda da comunidade com relação ao controle de possíveis perturbações e desordens civis;

II – expor uma prévia de decência da Instituição, mantendo bem informada a comunidade, uma vez que está a serviço do povo;

III – traçar diretrizes bem definidas e divulgar em todas as Organizações Policiais Militares, tornando claro que existe a intenção de conquistar o apoio da comunidade em todos os escalões de comando, descendo a cada policial militar individualmente no cumprimento de sua atividade diária;

IV – convencer a comunidade de que a Corporação estabeleceu normas adequadas para evitar injustiças e o uso excessivo de força por parte de seus componentes, e que investigará imparcialmente todas as queixas e tomará as providências corretivas, quando isso se tornar necessário e justificável;

V – convencer aos cidadãos de que os policiais militares estão interessados em proteger os seus bens e direitos, indistintamente.

Art. 51 - A Ação Psicológica são operações desenvolvidas, destinadas a fortalecer o moral da Corporação e das Comunidades, influenciando os neutros, gerando emoções, atitudes e comportamentos favoráveis á preservação da ordem pública.

(LEI de nº 6399, 2003)

2.3 AÇÕES SOCIAIS DA POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS

Como foi observado, a PMAL desenvolve ações comunitárias para cumprir a missão constitucional, visando desenvolver estratégias para se aproximar da comunidade, conforme preconiza o seu Projeto Implantação de Bases Comunitárias de Segurança em Bairros de Maceió (2008):

O policiamento comunitário consiste numa estratégia organizacional que proporciona uma nova parceria entre a população e a polícia, baseada na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos, com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida na área buscando uma descentralização organizacional, uma reorientação das atividades de patrulha a fim de facilitar uma comunicação entre a polícia e o público.

No policiamento comunitário, o público e a polícia são co-produtores de segurança: os policiais não podem resolver os problemas de criminalidade sem o apoio e a assistência da vizinhança da comunidade. Os policiais devem ser os catalisadores desse esforço: devem mobilizar os particulares e as associações para a prevenção do crime.

De maneira "somatória específica", os objetivos do policiamento comunitário incluiriam o controle da criminalidade, a redução do "medo do crime", a manutenção da ordem pública e, essencialmente, a melhoria da qualidade de vida das comunidades, no tocante a sensação de segurança, especialmente quando as ações orientadas ao problema acontecem coordenadamente, de forma conjunta, somatória e integrada, unindo-se a atuação das policias e todos órgãos do Estado no favorecimento da defesa dos cidadãos.

A proposta ora apresentada compreende a construção e implementação de 04 (quatro) Bases Comunitárias de Segurança – BCS, nos bairros de maior incidência de criminalidade (homicídios) no Município de Maceió – AL, especificamente nos bairros do Benedito Bentes, Jacintinho, Vergel do Lago e Clima Bom.

(...) JUSTIFICATIVA:

Ao longo de muitos anos as instituições de segurança pública dos Estados, responsáveis pela proteção ao indivíduo e a preservação da ordem pública, têm atuado prioritariamente de forma reativa na segurança pública das cidades, dando maior ênfase no atendimento de ocorrências e urgências da comunidade, denotando uma incapacidade de aprimorar os métodos de prevenção do delito nos centros urbanos. Acabou-se por priorizar a redução no tempo-resposta a ocorrências criminosas e não-criminosas que já tenham sido levadas a efeito.

O Policiamento Comunitário, em sua essência, passa a ser uma das alternativas viáveis, visto que é uma forma de interlocução comum a todos os segmentos envolvidos no processo. Possibilita também uma intensa discussão interna a respeito da forma de realizar polícia: discutindo, analisando e questionando a sua atividade no meio social, inclusive quando se pensa em um sistema único, inter-relacionado.

Buscando-se reduzir os números de chamadas de atendimento pelo 190, concomitantemente reduzir, a médio e longo prazo, os níveis de crimes em determinados locais, melhorar a sensação de segurança em localidades determinadas, bem como interagir ativamente com a comunidade na busca de soluções personalizadas para os problemas locais, antevendo possíveis crimes ou melhorando diversos aspectos de segurança para o bairro, contribuindo para as práticas de prevenção do crime por meio de reuniões, visitas comunitárias, rondas personalizadas, criando ambiente de confiança e conhecimento, onde os atores do contexto de segurança pública, ou seja, comunidade e polícia, se conheçam e reconheçam a parceria é que se apresenta a presente proposta. Dentro desse contexto justifica-se o pleito de aquisição dos bens elencados no projeto para a adoção de agenda de implantação das seis BCS para transformação da segurança pública nos bairros em verdadeira segurança cidadã.

(PROJETO IMPLANTAÇAO DE BASES COMUNITÁRIAS DE SEGURANÇA EM BAIRROS DE MACEIÓ, (2008).

Essas ações junto a comunidade já estão apresentando bons resultado como podemos verificar na textualização do jornal on-line "Alagoas 24 Horas", que publicou em 23 de agosto de 2012 a seguinte matéria:

A base de Polícia Comunitária instalada no Conjunto Carminha, situado no Benedito Bentes, completa um ano neste sábado (25), comemorando a redução da criminalidade. Neste aspecto, houve redução significativa do índice de homicídios, que caiu 80% no período. A comemoração acontece nesta sexta (24), com a presença do governador Teotonio Vilela.

De acordo com dados fornecidos pelo comando da base e da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), entre agosto de 2011 e agosto deste ano, houve dois homicídios na localidade. Antes da chegada da Polícia Comunitária na região, a Seds registrou 10 homicídios no período entre agosto de 2010 e 2011.

"É um dado significativo, porque a redução, em termos percentuais, foi de 80%", ratifica o subtenente Fleximan Arruda dos Santos, que coordena os 16 policiais que se revezam no trabalho diário de apoio à comunidade.

Outras variáveis da criminalidade na região, como furtos, tráfico de drogas, violência contra a mulher (enquadrada na Lei Maria da Penha) e registros de perturbação do sossego alheio também sofreram redução no conjunto.

As comemorações para celebrar a data ocorrem nesta sexta-feira (24), a partir das 8h, com diversas atividades e apresentação de projetos desenvolvidos com os moradores, como o Bombeiro Mirim e o Lutando pela Paz, voltado para crianças e adolescentes na prática de esportes.

Sobre o aniversário de um ano da base, o secretário de Estado da Defesa Social, Dário César Cavalcante, destacou que, assim como o conjunto Selma Bandeira, o Carminha pontua como um divisor de águas para a segurança pública.

"É um caminho que não tem mais volta. Está provado que em todas as bases, a exemplo do Carminha, a criminalidade arrefeceu", afirmou o secretário. "Os policiais que atuam nessas localidades estão agindo com a metodologia correta e se tornaram praticamente membros da comunidade, usando a interação como forma de evitar muitos delitos e os crimes", completou.

Além do Conjunto Carminha, a base de Polícia Comunitária atende também a outrostrês conjuntos no entorno, como o Parque da Américas, o 1º de Junho e o Benício Mendes. "A estimativa é de que a polícia comunitária atenda a uma população estimada aqui de 9 mil pessoas", acrescenta Flaximan.

Polícia ocupou local e reprimiu ação de traficantes

Antes da instalação da base de Polícia Comunitária, em agosto do ano passado, a Polícia Militar realizou uma megaoperação em julho de 2011 para ocupar o conjunto Carminha e mais seis áreas residenciais do complexo Benedito Bentes II. O objetivo da operação – que contou com policiais militares do 5° Batalhão da Policia Militar, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Radiopatrulha e Cavalaria – foi prender traficantes que atuavam na área do conjunto Carminha e restabelecer a tranquilidade dos moradores da área, que temiam a onda de violência por ordem dos criminosos.

"O nosso trabalho vai além do que muita gente pensa. Não focamos só nas abordagens ou nas visitas à casa dos moradores, aos comerciantes, mas também nas questões sociais, na integração da coletividade, cujo diferencial é justamente a prevenção para que o pior não ocorra", avalia o comandante da base.

Em função disso, a polícia comunitária tem investido em parcerias e em projetos como o Bombeiro Mirins e o Lutando pela Paz, além de promover uma série de atividades como a Semana do Livro, Dia da Criança, torneios de futebol e outras ações.

População beneficiada

Após a ocupação pela Polícia Militar e, posteriormente, a instalação da base de Polícia Comunitária há um ano, os principais beneficiados foram os moradores, que atestam a sensação de segurança no Conjunto Carminha. "Antes da base, os traficantes faziam pedágio contra os comerciantes, exigindo dinheiro para financiar a compra de drogas. Hoje isso não existe mais", comemora a autônoma Walmira Alves de Oliveira, uma paulista que mora há dois anos e dois meses no conjunto." Disponível no site: < http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=131084>

ESCOTISMO FLORESTAL

3.1 CRIAÇAO DO ESCOTISMO FLORESTAL

No ano de 1995, quando este pesquisador era Tenente da Polícia Militar de Alagoas, participou do Curso Estratégias para Preservação da Natureza, realizado para Oficiais das Polícias Militares do Brasil que serviam em unidades destinadas ao Policiamento Florestal (hoje, denominado de policiamento ambiental), no Estado do Mato Grosso, promovido pela WWF-Brasil (Fundo Mundial da Natureza) e pela Polícia Militar do Mato Grosso.

Durante o curso, foi mostrado um projeto voltado para jovens tendo como objetivo realizar a educação ambiental da juventude. Esse projeto era semelhante ao movimento escoteiro criado pelo General inglês Baden-Powell e pelos escoteiros mirins, onde os jovens usavam fardamento camuflado e eram educados para defesa do meio ambiente. Como este pesquisador servia na Companhia Florestal da PMAL (hoje, Batalhão de Policiamento Ambiental) ficou interessado em criar um projeto semelhante visando desenvolver a cidadania ambientalista para a juventude alagoana.

Ao retornar para Alagoas, o comandante da Companhia Florestal foi informado da intenção da criação de um projeto ambiental para a juventude, porém não foi possível iniciar o projeto na ocasião, por questões administrativas. No entanto, a impossibilidade de ser criado pela instituição não foi empecilho para o desenvolvimento do projeto. Decidiu-se realizar uma pesquisa sobre o funcionamento de projetos similares existentes no Brasil. Começamos a pesquisa literária pela biblioteca onde foram adquiridos conhecimentos sobre o escotismo e seus princípios e tradições; foram realizadas leituras de obras sobre escoteiros, desbravadores, embaixadores do Rei e a coleção Manual dos Escoteiros Mirins. Sendo iniciado o projeto do escotismo florestal no dia 19 de novembro com a participação de 12 jovens na cidade de Maceió.

Atualmente o escotismo florestal já ultrapassou as fronteiras da capital alagoana, como foi divulgado no site jornalístico Maltanet, conforme consulta realizada no dia 10 de setembro de 2014,

Com a finalidade de desenvolver a cidadania ambientalista nas crianças e adolescentes a Organização dos Escoteiros Florestais do Brasil realizou neste final de semana (13 de setembro) uma atividade em Copacabana com crianças e adolescentes, durante a atividade os jovens realizaram visita ao forte Duque de Caxias e mantiveram contato com a fauna e a flora da região. O ponto alto foi o banho na praia de Copacabana que para muito foi a primeira vez.

"A Organização Escoteiros Florestais do Brasil criada em Alagoas no dia 19 de novembro de 1996, tem hoje Grupos em vários Estados brasileiros: Alagoas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e em outros Estados em processo de criação, todos praticando o Escotismo Florestal que é uma filosofia de vida que promove à cidadania, á liberdade, á igualdade, á cultura da paz e a pratica do bem, onde cada um procura seu desenvolvimento pessoal através de atividades em equipes, aventuras junto à natureza e a defesa do meio ambiente.

As atividades aconteceram com o tradicional espírito de aventura do Escotismo Florestal: Caminhadas, visita ao Forte Duque de Caxias, jogos atrativos. Tudo visando à cidadania ambientalista e o espirito da paz dos Escoteiros Florestais. A direção da atividade foi do Major Luiz Fidelis da Polícia Militar de Alagoas e Chefe Geral dos Escoteiros Florestais e dos Chefes Eduardo e Max dos Grupos dos Escoteiros Florestais do Rio de Janeiro.

Participaram da atividade membros das seguintes faixas etárias:

- Faixa etária de 05 aos 06 anos - Escoteirinho;

- Faixa etária de 07 aos 10 anos - Florestinha;

- Faixa etária de 11 aos 14 anos - Escoteiro Florestal Juvenil;

- Faixa etária de 15 aos 17 anos – Veteranos;

- Faixa etária de 18 aos 20 anos - Lideres.

- A partir dos 21 anos – Chefes ou Escotistas.

Disponível: < http://www.maltanet.com.br/noticias/noticia.php?id=12298>, 2014.

3.2 APLICAÇAO DO ESCOTISMO FLORESTAL

3.2.1 Aplicação do Escotismo

A prática do escotismo no Brasil, desde seu início, aconteceu por iniciativa popular com membros das Forças Armadas brasileiras. Na textualização do Professor Rubens Suffert (2008), que trata da história do escotismo brasileiro, observamos:

Em 14 de junho de 1910 é realizada uma reunião de suboficiais da Armada Brasileira, que estiveram na Inglaterra acompanhando a construção de navios para nossa Marinha, e vindo nos navios "Minas Gerais", "Bahia" e "Alagoas", fundando o Centro dos Boys Scouts do Brazil e elegendo sua primeira Comissão Diretora. A sede é na rua do Chichorro nº 13, numa casa tombada que existe até hoje. Nota sobre a fundação é publicada no jornal "A Gazeta", e assinada pela sua "Comissão Directora". Os primeiros dez uniformes vieram da Inglaterra. Em outubro chega ao Rio no encouraçado "São Paulo", José Affonso Severino Drummond, um dos inspiradores do Centro. Cada "boy scout" pagava uma mensalidade de quinhentos réis e o primeiro candidato foi o menino Álvaro Corrêa da Silva. Os acampamentos e caminhadas eram, com freqüência, realizados em direção ao hoje Instituto Osvaldo Cruz e documentados em cartões postais, remetidos para as famílias de futuros candidatos. O Centro chegou a ter um efetivo de 20 escoteiros. Disponível , 2014.

Como vemos, foi por iniciativa particular que nasceu o escotismo no Brasil, no entanto, sua prática foi incentivada por outras iniciativas como podemos ver. A Liga da Defesa Nacional – LDN, fundada em 7 de setembro de 1916, liderada pelo poeta Olavo Bilac, demonstrou a importância de fundar associações escoteiras para desenvolver o civismo na juventude brasileira, como vemos no Art.1º do primeiro Estatuto da Liga da Defesa Nacional:

Art. 1. A Liga da Defesa Nacional, fundada no Rio de Janeiro em 7 de Setembro de 1916, independente de qualquer credo politico, religioso ou philosophico, e destinada, dentro das leis vigentes do país, a congregar os sentimentos patrióticos dos Brasileiros de todas as classes, tem por fim:

f) desenvolver o civismo, o culto do heroísmo, fundar e sustentar associações de escoteiros, linhas de tiros e batalhões patrióticos, quando autorizados por lei;

(1º ESTATUTO DA LIGA DE DEFESA NACIONAL, 1916)

 

A iniciativa pública, através da Força Aérea Brasileira (FAB) oficializou apoio institucional à prática do escotismo, como vemos na Portaria nº 262 — de 6 de julho de 1951:

Ministro de Estado dos Negócios da Aeronáutica, considerando que a Federação Brasileira de Escoteiros do Ar (F.B.E.AR) é uma sociedade civil legalmente registrada e reconhecida de utilidade pública pelo Decreto n.° 28.357, de 11 de julho de 1950; que é a única entidade oficial dirigente do Escotismo do Ar no Brasil, reconhecida e sob o alto patrocínio do Ministério da Aeronáutica; que é uma instituição educacional e patriótica, cujo objetivo principal concorre para a formação moral, cívica, intelectual e física dos jovens entusiastas da Aviação; que, para uma perfeita consecução de seu programa educacional, necessita de urna intima cooperação entre as autoridades aeronáuticas militares e civis e as organizações escoteiras do ar; que essa cooperação deve visar a obtenção dum eficiente preparo e desenvolvimento dêsses jovens numa sadia mentalidade aviatória, mediante consentânea propaganda e instrução de futuros candidatos tão recomendáveis à formação das RESERVAS de aeronáutica,

Resolve:

determinar que- os Comandos de Zonas Aéreas e Diretores Gerais e de Serviços e hem assim de Estabelecimentos da Aeronáutica, prestem toda a assistência às tropas escoteiras do ar propugnando facilidades e auxilio para:

  • a) a realização de visitas às unidades e estabelecimentos de aeronáutica;

  • b) a organização de programas de demonstração e apresentação de equipamento educacional sintético, filmes de instrução e outros que mais se adaptam aos programas educacionais dos escoteiros do ar;

Os Comandos de Zonas Aéreas poderão designar Oficiais de Ligação entre os órgãos dirigentes da F. B. E. AR e aquêles Comandos a fim de melhor facilitar os entendimentos e as relações amistosas que devem existir sempre entre as tropas escoteiras do ar e a Força Aérea Brasileira, (Portaria FAB nº 262, de 1951)

Iniciativa mais recente sobre a assistência aos escoteiros por parte do Comando da Aeronáutica encontramos na Portaria nº 914/GC3, de 26 de setembro de 2003:

Dispõe sobre a assistência aos Grupos de Escoteiros do Ar.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o art. 19 da Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1999, tendo em vista o disposto no art. 63 do Decreto-Lei n 200, de 25 fevereiro de 1967, e considerando o que consta do Processo n 0003/14/03, resolve:

Art. 1 Determinar que os Comandos Aéreos Regionais acompanhem e prestem apoio, dentro de suas possibilidades, aos Grupos de Escoteiros do Ar sediados nas Organizações Militares (OM) situadas dentro de suas áreas de jurisdição, viabilizando facilidades e auxílio para:

I - a realização de visitas às OM da Aeronáutica;

II - a organização de programas de demonstração e a apresentação de equipamento profissional, filmes de instrução e outros que mais se adaptem aos programas educacionais de Escoteiros do Ar;

III - a realização de acampamentos nacionais, regionais e locais de Grupos de Escoteiros do Ar em OM da Aeronáutica;

IV - a transferência por cessão, quando possível, de material inservível para uso militar, de acordo com a legislação em vigor; e

V - a cessão de espaço em edificações ou áreas abertas localizadas dentro de OM da Aeronáutica que possam servir de sede aos Grupos de Escoteiros do Ar já instalados ou criados pela vontade de seus comandantes. Em ambos os casos, a destinação deverá ser instruída nos pertinentes processos de legalização por cessão de uso ou instrumento legal compatível. (Portaria nº 914/GC3, 2003)

Também encontramos apoio das Forças Auxiliares de algumas unidades federativas do Brasil, a exemplo da Polícia Militar do Distrito Federal de acordo com o texto retirado do Portal Oficial do Distrito Federal:

JUVENTUDE SEMPRE ALERTA

Por meio do Escotismo, a PMDF visa desenvolver valores cívicos, morais, espirituais, afetivos, ecológicos e sociais, capacitando jovens de grupos envolvidos com a criminalidade por meio de um sistema de autoeducação progressiva. O Escotismo é reconhecido como de relevante utilidade pública, pela Lei Distrital 1.267, de 21 de novembro de 1996. A proposta da PMDF parte do pressuposto de que a promoção do protagonismo juvenil por meio de lideranças juvenis positivas, proativas e socialmente engajadas constitui estratégia fundamental na construção de espaços sociais de paz. Disponível: http://www.df.gov.br/sobre-o-governo/autarquias-e-agencias/item/1169-proje tos-sociais-contra-o-crime.html, 2014.

O diploma legal do Distrito Federal, que reconhece a prática do escotismo como método complementar da educação, é a Lei nº 1.267, de 21 de novembro de 1996, que textualizou o seguinte:

Art. 1 ° O Escotismo é considerado como método complementar de educação no Distrito Federal, reconhecido como de relevante utilidade pública, devendo receber toda a assistência e auxílio do Poder Público para seu exercício.

Art. 2° Vetado

Art. 3° O Governo do Distrito Federal, por seus órgãos especializados, regulamentará, em noventa dias, a forma pela qual se processará a colaboração entre o Escotismo e o Poder Público.

Art. 4° Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.

Art. 5° Revogam se as disposições em contrário.

(Lei nº 1.267, 1996)

O Jornal Coletivo, publicado no dia 19 de novembro de 2010 mostra que a Polícia Militar do Distrito Federal realiza curso para Policiais Militares trabalharem com escoteiros:

PMDF se especializa para formar escoteiros

Cerca de 20 profissionais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizaram, nesta semana, um curso de formação para auxiliar na realização do projeto Grupo de Escoteiros Coronel Abenante. Esses PMs trabalharão com crianças e jovens, a fim de tirar os jovens do crime e ensinar atividades de interesse comunitário. O projeto, que existe há cerca de um ano, é voltado para pessoas entre 7 e 23 anos, com atividades que estimulam a parte física e intelectual. Nos encontros são ministrados os princípios do escotismo.

Os jovens escoteiros, de ambos os sexos, são incentivados a desenvolver um bom caráter, respeitando as transformações do corpo e da mente. Por meio dessas ações, todos os participantes são levados a buscar profundamente conhecimentos que serão fundamentais para a vida social de cada um. Além disso, os escoteiros participam de atividades como acampamentos, jornadas, jogos ao ar livre, desafios que trabalham a parte intelectual, espiritual, físico, social, mental e afetivo. Disponível: < http://coletivo.maiscomunidade. com/conteudo/2010-11-19/cidades/3731/PMDF+SE+ESPECIALIZA+PARA +FORMAR+ ESCOTEIROS. pnhtm>, 2010.

O Escotismo Florestal recebe apoio da PMAL para realizar acampamento na sede do Batalhão Polícia Ambiental da Polícia Militar, como podemos ver na publicação do dia 23 de abril de 2012, no site jornalístico Primeira Edição:

Reflexão sobre a importância da prática, na área de preservação ambiental do Catolé, em Satuba, comemorou o Dia Mundial do Escoteiro.

Para comemorar o Dia Mundial do Escoteiro (23 de abril), a Organização dos Escoteiros Florestais do Brasil realizou uma atividade junto a natureza no dia 21 de abril (sábado), onde fizeram uma reflexão sobre o importância da prática do escotismo para a formação dos futuros cidadãos Brasileiros, em uma sociedade que tanto precisa de Paz em todos os seus setores. Todos concordaram que o movimento escoteiro pode ser usado como uma ferramenta importante para socialização da juventude.

A atividade aconteceu com apoio do Centro de Referencia e Assistência Social Dom Adelmo Machado e da Policia Militar, através do Batalhão de Policia Ambiental, a coordenação ficou com o Chefe Fábio, Chefe Álvaro, Chefe Núbia, tudo com a liderança do Major Luiz Fidelis. A atividade contou também com um grupo de evangélicos da Igreja Batista Gênesis que viveram um dia de escoteiro.

A atividade aconteceu na Área de Preservação Ambiental do Catolé, localizada na cidade de Satuba, onde os Escoteiros Florestais plantaram mudas de árvores, soltaram pássaros, caminharam na mata e tudo utilizando técnicas pelo escotismo. Inicialmente aconteceu uma formatura onde esses heróis da modernidade fizeram uma reflexão sobre a promessa e lei do Escoteiro onde pediram a Deus para Continuarem Cumprindo seus deverem para com Ele e a pátria, continuarem com a responsabilidade na sua formação pessoal, a cidadania, defesa do meio ambiente e dizendo sempre não as drogas; fazendo tudo com espírito de aventura seguindo as tradições dos primeiros escoteiros que participaram do acampamento realizado no ano de 1907 na ilha de Brownsea – Inglaterra. Disponível: < http://primeira edicao.com.br/noticia/2012/04/23/jovens-comemoram-dia-mundial-do-escoteiro>, 2012.

O Jornal Gazeta de Alagoas (2009) registra o reconhecimento do escotismo florestal por representante do escotismo independente:

A modalidade de escotismo florestal ganhou no último sábado, em Alagoas, o reconhecimento pela Associação Escoteira Baden-Powell(AEBP), filiada à World Federation of Independent Scouts, WFIS, da Alemanha.

O escoteiro -chefe nacional, Everson Parra e o diretor presidente da AEBP, Mario Greggio, estiveram em Maceió, e participaram dos eventos comemorativos ao reconhecimento da modalidade de escotismo no Estado. Segundo ele, a difusão dos conhecimentos de escotismo florestal em Alagoas agora será acompanhada em todo o Brasil e também no mundo.

"Antes, os escoteiros alagoanos tinham as ações reconhecidas somente no âmbito local. Mas, agora, o trabalho de preservação ambiental será levado ao conhecimento de todos", disse Everson Parra. Com o reconhecimento, o escotismo florestal passa a integrar às modalidades de escotismo básico, do ar e do mar."

No estado, a Organização dos Escoteiros Florestais foi criada pelo major da Policia Militar de Alagoas, Luiz Fidélis Torres, com a finalidade de dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos em defesa do Meio Ambiente quando o oficial estava na Companhia de Polícia Florestal da PM, hoje Batalhão de Policia Ambiental.

O Escotismo Florestal tem como principais características o desenvolvimento de instruções dentro das matas por meio de caminhadas e acampamentos. Os conhecimentos são adquiridos pela experiência pessoal visando a formação da personalidade, resistência física, inteligência, o desenvolvimento de habilidades manuais, o espírito de grupo, a autossuficiência e a cidadania atuante em defesa do meio ambiente. Disponível: < http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=185932&e=6>, 2009.

Como podemos constatar o escotismo tem recebido, ao longo de sua existência, o apoio de órgãos governamentais e não tem perdido o seu foco educativo. Hoje é comum em todo o Brasil grupos de escoteiros que funcionam nas dependências de unidades militares, igrejas, associações e escolas. É comum encontrarmos grupos de escoteiros funcionando em unidades militares:

(...)

1º DF Grupo Escoteiro MORAES ANTAS

SGAN 916 -Quartel do Corpo de Bombeiros

(...)

9º DF G. E. do Ar SALGADO FILHO

6º COMAR - QI 03 c. ¾ - lago Sul

(...)

19º Grupo Escoteiro VILAGRAN CABRITA Colégio Militar 903 Norte

(...)

16º DF Grupo Escoteiro CANDANGO

Quartel da Polícia Militar Florestal – Candangolândia

Disponível < http://www.gebs.org.br/new/df.htm>, (2014)

O apoio de unidades militares para o funcionamento de grupos de escoteiros é encontrado em todo território brasileiro, vejamos o exemplo do Estado da Bahia:

(...)

005º G.E. MAESTRO WANDERLEY

AV ACM, S/N, CORPO DE BOMBEIROS IGUATEMI / SALVADOR

(...)

012º G.E. DUQUE DE CAXIAS

R SILVEIRA MARTINS, QUARTEL DO EXERCITO 19BC, CABULA / SALVADOR.

Disponível: < http://uebbahia.blogspot.com.br/p/grupos-escoteiros-da-bahia.html>,(2014)

  • MÉTODO PEDAGÓGICO DO ESCOTISMO FLORESTAL

Feitos os devidos esclarecimentos quanto à legalidade da prática do escotismo no Brasil, durante a pesquisa pudemos observar a contribuição do escotismo para a socialização da juventude, como ficou constatado durante o estudo de Pereira (2004, pag 50 e 51) que textualizou:

Conclui-se que o Movimento Escoteiro está presente em nível global, colaborando na construção de um mundo melhor, oferecendo ideias que, ao serem observadas mais profundamente, podem enriquecer o estudo pedagógico contribuindo para a descoberta de caminhos que devem ser considerados pela sociedade e pela comunidade científica e ao mesmo tempo, tendo na Pedagogia uma fonte de pesquisa e aprimoramento pedagógico. A observação de outros caminhos é importante no que toca a educação para o século XXI, onde se espera preparar a sociedade retomando valores enfraquecidos ou desejados através do tempo e das mudanças sociais, como a fraternidade, a cidadania, a criatividade, a ética, a compreensão, a amizade entre os povos e a esperança no ser humano. (PEREIRA, 2004)

Picada (2010, pág.13 e 14) vê o escotismo com seu papel importante como educação complementar:

O Movimento Escoteiro se mostra à sociedade com o importante papel de complementar a educação familiar, escolar e de outras instituições que contribuam na formação do jovem. Sua estrutura de aprendizagem diferenciada, baseada em valores, é peculiar e desenvolve importantes competências interpessoais, porque trabalha todas as áreas do ser, sendo eles: espiritual, afetivo, social, físico e intelectual. É uma instituição voltada à formação do espírito de cidadania e do serviço ao próximo, através do contato com a natureza, dos jogos e da vida em grupo. (PICADA, 2010)

Para Thomé (2006, pag. 183 e 184) as práticas dos jovens que praticam escotismo também são tratadas como educativas:

Incluímos o Escotismo em nossos objetos de investigação durante a pesquisa de doutoramento em "História da Educação Escolar na Região do Contestado", iniciada em 2002 sob orientação do Prof. Dr. José Luís Sanfelice, da UNICAMP. O breve estudo, aqui apresentado, está dentro da temática de "Práticas Educativas", tratando de uma organização de atividades extra-classe, complementar à formação humanista. (THOMÉ, 2006)

O Escotismo é um método pedagógico que há mais de um século vem servindo como modelo educacional para muitas gerações e que tem se mostrado bastante eficiente na formação dos jovens, sendo um complemento à educação formal, familiar e religiosa.

Sobre o método pedagógico do escotismo, Osvaldo Ferraz (praticante do escotismo desde 1947), em 15 de dezembro 2011, em seu blog sobre assuntos escoteiros, escreveu:

Uma das máximas do escotismo, tão importante e que BP sempre enfatizou, diz que nós chefes escoteiros, devemos fazer o tudo para que nossos monitores conduzam a própria patrulha. Quando um escotista está sempre olhando se preocupando, não deixando que eles façam sempre para aprender, é um erro e foge completamente do mais puro e mais correto ensinamento que temos.

Aprender a fazer fazendo. Hoje as escolas, organizações e até universidades usam esse método e estão tirando proveito, mais que nós escotistas cujo fundador foi o idealizador do método. E ainda tem alguns educadores que nos chamam de um movimento atrasado e ineficaz. Afinal existe maneira melhor para aprender? Errar quantas vezes for até fazer o certo?

Existem diversas maneiras para fazermos isto. Primeiro, dando a eles toda a liberdade para programar o programa, ficando a cargo da chefia somente elementos surpresas e condições físicas e ambientais. Outro dia, comentava com um jovem sênior, sobre o programa da tropa, e ele me dizia que a chefia fazia tudo. Perguntei se ele não opinava e me disse que não, pois assim havia surpresa no programa. Finalizei perguntando se no ano anterior quantos entraram e quantos tinham saído? Sua resposta – Somos somente quatro. Os demais saíram e ninguém entrou. Aí veio a realidade. Ali nunca foi dado aos seniores a liberdade de aprender a fazer fazendo. Tanto fizeram para eles que resolveram sair.

Uma guia me respondeu que nunca pensaram em fazer nada. O chefe fazia tudo, assim ficava mais fácil. Elas não tinham de se esforçar, havia sempre um ar de mistério e todos gostavam. Perguntei como sempre, - Quantos vocês eram no ano passado? O mesmo número de hoje, somos seis, claro, saíram quatro e entraram quatro. Não perdemos nada!

Como não existem bons programas que despertem seus interesses e os mantenham na ativa, ficam sempre comentando, programando, e contando os dias de alguma atividade regional ou nacional. Não tiveram outra em suas tropas que marcaram e pedem bis. Alí nessas atividades eles se realizam, não pelo programa em si, mais pela amizade e fraternidade. Ali nada farão a não ser divertir. Tudo já está pronto, até as refeições. A Direção programou tudo. Desde a chegada ao término. Tudo feito de antemão. Eles serão um Bon vivant. Ou seja, "Comemos e bebemos, a Deus agradecemos".

Sempre em toda minha vida escoteira, tentei mostrar as vantagens de deixar os jovens fazer. Seja seu crescimento individual, sua evolução técnica, e lembrava que todos, escoteiros e escoteiras tinham e tem em seus bairros ou ruas amigos de infância, que se encontravam sempre, faziam seu próprio programa e ficavam eternamente juntos. Nenhum deles jamais reclamou do programa que planejaram ou fizeram.

Em artigo aqui comentei e repisei sobre o programa da tropa. A patrulha tem condições para fazê-lo. Muito mesmo. Claro, não todo ele, mas boa parte sim. E alguns até me disseram que o programa seria ruim, e eles poderiam não gostar. Mas você já tentou? Pelo menos tentou? Agora não é somente em uma ou duas reuniões que você vai conseguir motivá-los. Isso é como se fosse uma pescaria. Tem de escolher a isca, a vara e o local onde vai pescar. Disponível < http://vado1941.blogspot.com.br/2010/06/aprender-fazer-fazendo. html >, 2011.

Fábio Siqueira, que ingressou no escotismo florestal em 1997, e hoje faz parte da Polícia Militar de Alagoas, textualizou no Manual do Escoteiro Florestal, sua experiência com esse método pedagógico:

Quando a gente é criança, nossos pais nos querem dar um atrativo, geralmente, querem que pratiquemos um tipo de esporte como uma atividade extra pra nos ocupar um pouco mais e para auxiliar na nossa educação, ou até mesmo isso é preferência de nós, crianças. E como, também, já fui criança um dia, também passei por essa fase de escolhas, que me auxiliaria na educação para que eu me tornasse um bom cidadão e dentre todas as escolhas que tive, particularmente entre: futebol, futsal, caratê... tive mais uma escolha da qual não me arrependi de ter feito, foi quando conheci o Escotismo, o Escotismo Florestal. Logo percebi que era aquilo que eu queria; que era daquilo que eu precisava, pois era a junção de todas as outras opções que eu tinha para escolher e algo mais; era educativo, era esportivo, era divertido, então decidi ser um Escoteiro, um Escoteiro Florestal, na época só tinha nove anos de idade e tudo que fazia dentro do Escotismo para mim era mágico, os amigos, as atividades que participei, tudo. A maior parte da minha vida vivi no Escotismo, e dentro do mesmo comecei a evoluir, passei de um simples membro a monitor de patrulha, com o passar dos tempos fui auxiliar de chefe e cheguei então a posição de chefe e ao passo que eu evoluía dentro do Escotismo, evoluía, também, fora do escotismo, usando tudo aquilo que tinha aprendido. Eu, igualmente a outros Escoteiros e Escoteiras Florestais, somos o fruto da missão do Escotismo Florestal, que é "formar bons cidadãos", então, hoje posso dizer com toda certeza que o Escotismo foi a melhor coisa que aconteceu em toda minha vida.

(SIQUEIRA, Fábio. MANUAL DO ESCOTEIRO FLORESTAL, 2010)

O conjunto de pontos que formam a base necessária para a aplicação do método pedagógico dos escoteiros florestais compõe-se dos seguintes pontos:

- Aceitação voluntária dos Valores que o Escotismo e a sociedade cultuam: todos os membros do Escotismo aceitam incondicionalmente cumprir e respeitar a Lei, a Promessa e os demais Valores que o Movimento, bem como a sociedade em geral, respeita;

- Vida em equipe: representada pela convivência em pequenas equipes autônomas, com as quais os jovens têm responsabilidade direta para com o seu bom funcionamento. Adota um sistema de grupos divididos em seções separadas, de cada Ramo, tendo cada uma delas número limitado de jovens e chefia própria. Utiliza o "Sistema de Patrulhas" idealizado por Baden Powell;

- Atividades dinâmicas, atraentes e variadas, planejadas com objetivos definidos: abrangendo os jogos, as técnicas de campismo, as atividades ao ar livre em contato direto com a natureza, as atividades de serviço e de integração com a comunidade, além da mística e do ambiente fraterno do Movimento;

- Aprender Fazendo: Utiliza o aprendizado pela prática e um sistema de distintivos de classes e de especialidades, como forma de garantir a preocupação com o seu próprio desenvolvimento, estimulando a iniciativa e a autonomia nos jovens;

- Acompanhamento e orientação individual: Apoio constante dos adultos visando à orientação e correção de hábitos e atitudes, levando sempre em conta o ponto de vista dos jovens, estimulando as potencialidades e trabalhando as limitações dos mesmos.

A Lei e a Promessa dos escoteiros florestais são as ferramentas fundamentais para execução do seu método pedagógico, são elas que indicam o caminho certo para os jovens alcançarem os objetivos educacionais da OEFB. Elas devem ser aceitas voluntariamente. Existem duas versões: a primeira para as crianças de 07 a 10 anos que são os florestinhas; e a segunda para os membros a partir de onze anos que são os escoteiros florestais juvenis (11 a 14 anos), escoteiros florestais veteranos (15 a 17 anos), escoteiros florestais líderes (18 a 20 anos) e os chefes e mestres (a partir de 21 anos).

No Manual do Escoteiro Florestinha (2010), encontramos sua Lei e Promessa:

PROMESSA DO FLORESTINHA

PROMETO FAZER O MELHOR POSSÍVEL PARA CUMPRIR MEUS DEVERES PARA COM DEUS E MINHA PÁTRIA, DEFENDER O MEIO AMBIENTE E OBEDECER A LEI DO FLORESTINHA.

LEI ESCOTEIRO FLORESTINHA

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A Lei Florestinha é o Código de Honra dos Florestinhas, ela é assumida voluntariamente logo que a criança ingressar na OEFB. A Lei mostra um caminho certo a seguir, cumprindo-a teremos êxito dentro e fora da nossa Modalidade.

Art. 1° - O Florestinha é inteligente e pratica todo dia uma boa ação;

Art. 2° - O Florestinha é educado e obediente;

Art. 3° - O Florestinha é limpo e alegre;

Art. 4° - O Florestinha diz sempre a verdade;

Art. 5° - O Florestinha obedece aos mais velhos;

Art. 6° - O Florestinha trata as pessoas como quer ser tratado.

Obs.: Os Membros do sexo feminino podem passar a Lei para o seu sexo.

(MANUAL ESCOTEIRO FLORESTINHA, 2010)

No Manual do Escoteiro Florestal (2010) encontramos a versão da Lei e da Promessa, usada por todos os membros do escotismo florestal com idade igual ou superior a 11 anos, com segue:

PROMESSA ESCOTEIRA DOS FLORESTAIS

PROMETO PELA MINHA HONRA:

CUMPRIR MINHAS OBRIGAÇÕES PARA COM DEUS E MINHA PÁTRIA;

DEFENDER O MEIO AMBIENTE;

TRATAR AS PESSOAS COMO QUERO SER TRATADO;

CUMPRIR À LEI DO ESCOTEIRO FLORESTAL.

...................................................................................................................................................

LEI DO ESCOTEIRO FLORESTAL

A Lei do Escoteiro Florestal é o Código de Honra de todos os membros da Organização dos Escoteiros Florestais, ela é assumida voluntariamente logo que uma pessoa ingressa no Escotismo Florestal. O seu cumprimento é muitas vezes um desafio, mas, é também um prazer e com certeza salutar. A Lei mostra um caminho certo a seguir, cumprindo-a teremos êxito dentro e fora da nossa Organização.

Art. 1° - O Escoteiro Florestal tem palavra, honra tudo o que diz;

Art. 2° - O Escoteiro Florestal pensa e age positivamente;

Art. 3° - O Escoteiro Florestal pratica todos os dias uma boa ação;

Art. 4° - O Escoteiro Florestal é amigo e irmão dos outros escoteiros;

Art. 5° - O Escoteiro Florestal é um defensor do meio ambiente;

Art. 6° - O Escoteiro Florestal é disciplinado e autoconfiante;

Art. 7° - O Escoteiro Florestal é alegre e não teme as dificuldades;

Art. 8° - O Escoteiro Florestal faz sempre economia;

Art. 9° - O Escoteiro Florestal é higiênico;

Art. 10 - O Escoteiro Florestal é educado e inteligente.

(MANUAL DO ESCOTEIRO FLORESTAL, 2010)

Como podemos constatar as Leis e as Promessas são um chamamento para o exercício da cidadania ambientalista.

Luiz Agberto no Manual do Escoteiro Florestal (2010) deixou seu parecer de como o escotismo florestal influenciou a sua vida:

Em todas as pessoas existem grandes obstáculos e um deles é a difícil tarefa de conciliar mente e corpo. Ás vezes acharmos que podemos ser suficientemente bons se possuirmos grande vigor físico seja ele para quaisquer tipos de atividade ou que tenhamos elevado poder de concentração e sabedoria. O Escotismo Florestal faz com que nosso corpo desenvolva esses dois comandos de que nosso corpo tanto precisa assim de maneira simples e dinâmica podemos entender da necessidade ter uma boa saúde mental e corporal.

Por isso afirmo que, o escotismo florestal desenvolve a educação, sucesso em todos os aspectos, corpo, mente, senso ambientalista, amizade, trabalho em equipe e coordenação apurada dos sentidos. O escotismo florestal não é uma monótona filosofia de vida, pois os praticantes estão sempre junto à natureza aprendendo e vivendo grandes aventuras.

(AGBERTO, Luiz. MANUAL DO ESCOTEIRO FLORESTAL, 2010)

 

3.4 FUNCIONAMENTO DE UM GRUPO DE ESCOTEIRO FLORESTAL

Os grupos de escoteiros florestais têm seu funcionamento com o apoio da comunidade onde estão localizados. Alguns têm sede outros fazem reuniões em associações. As reuniões acontecem uma vez por semana onde os jovens participam de atividades atraentes e se preparam para missões próprias do escotismo florestal. As reuniões têm o período médio de duas horas. No Manual do Escoteiro Florestal (2010) encontramos as sugestões para criação e funcionamento de um grupo, como observamos:

COMO É PRATICADO O ESCOTISMO FLORESTAL?

O Escotismo Florestal é praticado através do sistema de patrulha, lembrando o que Baden-Powell disse: "Em todos os casos, com um passo decisivo para o sucesso, recomendaria muitíssimo o uso do Sistema de Patrulhas, isto é, a formação de pequenos grupos permanentes, cada um sob a responsabilidade de um rapaz encarregado da chefia". Baden-Powell disse também: "Geralmente o Escotismo é praticado por um par de Escoteiros, e às vezes por um Escoteiro sozinho; se um número maior se junta para pô-lo em prática, chama-se a isto uma Patrulha".

Portanto sugiro que os chefes dos escoteiros florestais se empenhem ao máximo para desenvolver o Sistema de Patrulha.

O QUE SAO AS REUNIÕES DE ESCOTEIROS FLORESTAIS?

Cada Grupo realiza reuniões regulares, geralmente que duram em média 2 horas nas quais os membros participam em suas Patrulhas. As reuniões geralmente acontecem uma vez por semana

RELACIONAMENTO COM OUTRAS INSTITUIÇÕES?

Os Grupos dos Escoteiros Florestais tem adotado a política de "cooperação sem afiliação" com outras organizações que se interessam pela defesa do meio ambiente e pela socialização da juventude.

COMO CRIAR UM GRUPO DOS ESCOTEIROS FLORESTAIS?

O ideal é que se reúna mais de três adultos, porém dois adultos podem legalmente criar uma associação e consegue iniciar um grupo de escoteiros florestais. Reunindo no máximo 10 jovens e faça uma reunião inicial. Os grupos sempre recebem apoio dos pais, muitos deles hoje são chefes de Escoteiros Florestais. Antes de iniciar um grupo de Escoteiros Florestais os interessados devem manter contato com a Direção Nacional da Organização dos Escoteiros Florestais do Brasil visando obter a autorização para iniciar as atividades novo Grupo de Escoteiros Florestais.

DA LEGALIDADE DOS GRUPOS

Os grupos de Escoteiros Florestais são associações protegidas pela constituição federal brasileira em vigor, através do artigo 5º, inciso XVII.

QUEM RECONHECE SER UM GRUPO FAZ PARTE DA ORGANIZAÇAO ESCOTEIROS FLORESTAIS DO BRASIL.

A direção Nacional tem poderes para reconhecer se um grupo é membro da sua organização e com esses reconhecimentos todos que fazem parte serão automaticamente Escoteiros Florestais membros da OEFB.

Bastando enviar solicitação para a Diretoria Nacional deliberar a mesma.

QUAIS SAO OS REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GRUPO SER ACEITO NA OEFB?

Ter a finalidade de defender o meio ambiente e a socialização da juventude, ter caráter filantrópico e ser aceito como grupo membro da Organização Escoteiros Florestais do Brasil. (MANUAL DO ESCOTEIRO FLORESTAL, 2010)

 

Os Grupos são formados por patrulhas, ou seja, pequenas equipes. Essa formação é denominada de sistema de patrulha, sendo a base metodológica da aplicação do escotismo quaisquer que sejam suas práxis. O Cap. Roland E. Phillipps em seu livro Sistema de Patrulha escreveu:

O SISTEMA DE PATRULHAS

"Em todos os casos, com um passo decisivo para o sucesso, recomendaria muitíssimo o uso do Sistema de Patrulhas, isto é, a formação de pequenos grupos permanentes, cada um sob a responsabilidade de um rapaz encarregado da chefia".

As palavras acima citadas se encontram nas páginas iniciais da primeira edição do livro "Scouting for Boys" (Escotismo para Rapazes), publicada em 1908, num "Preâmbulo" para os instrutores.

Desde então muitas coisas têm acontecido, sendo que uma das mais surpreendentes foi o grande número de edições deste livro de Baden-Powell. E se alguém abrir a última edição, encontrará as seguintes palavras: - "Geralmente o Escotismo é praticado por um par de Escoteiros, e às vezes por um Escoteiro sozinho; se um número maior se junta para pô-lo em prática, chama-se a isto uma Patrulha".

Devemos atribuir à idéia fundamental contida nos dois trechos citados a maior parte do êxito obtido em seu trabalho pelos Chefes Escoteiros de todas as regiões do país.

As páginas que se seguem são dedicadas a uma exposição simples e prática de alguns dos processo mais elementares e mais aconselháveis de aplicar o Sistema de Patrulhas a qualquer Tropa. È necessário frisar, desde já, que o Sistema de Patrulhas não é apenas um método pelo qual o Escotismo possa ser posto em prática, mas que, na verdade, é o único método possível para praticar o Escotismo de B-P.

O Sistema de Patrulhas pode ser adotado e utilizado em maior ou menor grau, mas o essencial é que existam os pequenos grupos permanentes sob a responsabilidade de um rapaz encarregado da chefia, e que estes grupos estejam organizados como Patrulhas Escoteiras. (PHILLIPPS, Roland. SISTEMA DE PATRULHA,). Disponível https://distrito 13sp.files.wordpress.com/2013/10/sc3a9rie-ser-escoteiro-c3a9-03-sistema-de-patrulhas.pdf, 2014.

CONCLUSAO

Percebemos que a prática do Escotismo ao longo de mais de um século tem exercido a função de complementar a educação das crianças e adolescentes dadas pela família, pela escola e pela religião, contribuindo para a construção da cidadania. Sendo, portanto um método pedagógico extraescolar que desenvolve na juventude o caráter, valores e a boa cidadania. Os valores éticos são exercitados por meio da vida em equipe, da liberdade responsável e da inquietação ao aprimoramento da personalidade, seja no aspecto individual ou coletivo.

Durante a pesquisa, realizamos uma análise das atribuições das Polícias Militares no contexto nacional, e verificou-se que a Constituição Federal determina que elas devem executar o policiamento ostensivo e preservar a ordem pública.

A Polícia Militar de Alagoas tem a missão Constitucional de garantir a segurança pública em todo território alagoano, ou seja, viabilizar a tranquilidade da sociedade, executando o Policiamento Ostensivo e suas variáveis. Sabemos que a PMAL desenvolve ações comunitárias objetivando cooperar com as lideranças civis das comunidades e seus moradores visando estimular o espírito da cidadania, a fim de prepará-los para se tonarem autossuficientes na manutenção da normalidade da vida comunitária e um relacionamento estreito entre os Policiais Militares e a sociedade à qual protegem. As Relações Humanas executadas pela Polícia Militar de Alagoas com a comunidade devem sempre visar o aprimoramento do apoio e a ajuda da comunidade em relação ao controle de possíveis transgressões da segurança pública. Essa atividade junto à sociedade já conta com ações voltadas para a comunidade especificamente com as Bases Comunitárias, desenvolvidas pelos Batalhões de área e esse tipo de ação tem dado bons resultados para a segurança pública do Estado.

Observando os dispositivos legais e as fontes consultadas, percebe-se que o escotismo pode ser aplicado pela sociedade civil e apoiado pelas Polícias Militares sendo, portanto um direito disponível como preceituado na Constituição Federal. Durante este trabalho, ao ser feita uma pesquisa para melhor se compreender o conceito de ordem pública, observou-se que na atualidade o elemento sempre constante das definições de ordem pública é o bem-estar dos cidadãos, cujo pressuposto é o conjunto de condições essenciais a uma vida social adequada e pacífica. Portanto, estando as ações de socialização inseridas também neste contexto.

Quanto às ações do policial militar na manutenção da ordem pública, em cumprimento ao que determina a Carta Magna, é o exercício do poder de polícia, praticado pelas forças policiais previstos e fundamentados na preservação da ordem pública e da segurança da coletividade. Porém é de fácil entendimento que o agir do policial deve ser de forma científica e não empírica, para isso devem ser criadas estratégias para que essas ações alcancem êxito.

Pudemos observar que, a criação de uma estratégia, na Polícia Militar de Alagoas, para aplicação do escotismo florestal com o fim cooperar com as lideranças civis das localidades e estimular o espírito comunitário dos cidadãos, a fim de prepará-los para se autoassistirem, a normalidade da vida comunitária e para o exercício da cidadania, era algo já previsto na Lei n.º 6399, 2003 que trata das missões da PMAL.

Ficou constatado também, que a prática do escotismo e seus estilos ou modalidades é um direito disponível no Brasil sendo, portanto, a sua aplicação possível pela iniciativa particular ou pública. Sendo possível, inclusive, uma cooperação entre a sociedade organizada e o poder público, unidos para promover a cidadania em prol da juventude.

Ainda, da experiência nas atividades da Organização Escoteiros Florestais do Brasil com a juventude há mais de 17 anos, e pelos dados encontrados nesta pesquisa científica, acreditamos ser possível o desenvolvimento pela Policia Militar de Alagoas de um trabalho sistematizado em parceria com a comunidade para a aplicação do Escotismo Florestal visando promover a cidadania e a inclusão social da juventude alagoana.

No tocante à atuação da PMAL para se fazer mais próxima da sociedade à qual serve, percebemos que existe a necessidade de desenvolver mais estratégias de aproximação com vistas à erradicação da criminalidade. A proposta de educar crianças e adolescentes em situação de risco social e vulnerabilidade ao aliciamento de ilicitudes nos parece ser uma solução. Assim, o escotismo florestal, aplicado como método pedagógico extraescolar pela Policia Militar de Alagoas, em parceria com a comunidade, é uma potente ferramenta para a socialização das crianças e adolescentes do nosso Estado.

É perfeitamente possível montar uma proposta estratégica simples para a aplicação do Escotismo Florestal pela PMAL para este fim. Para a qual, sugerimos três linhas de ação básicas:

1. Assinatura de um termo de cooperação técnica entre a Polícia Militar de Alagoas e a Organização Escoteiros Florestais do Brasil;

2. Capacitação de policiais militares com o Curso de Chefe de Escoteiro Florestal – Visando o ensino por competência dos Policiais Militares para trabalharem com as crianças e adolescentes.

3. Criação de Grupos de Escoteiros Florestais em bases comunitárias e Batalhões de Área.

REFERÊNCIAS

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_________ Lei nº 6.082, 18 de dezembro de 1998. Considera de utilidade pública a Organização dos Escoteiros Florestais do Brasil. Disponível < http://www.gabinetecivil.al.gov. br/legislacao/leis/leis-ordinarias/1998/lei%20ordinaria-6082> Acesso em 20 de maio de 2014.

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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. de 05 de outubro de1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br> Acesso em 12 maio 2014.

_________. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 24 de fevereiro de 1891. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ Constituicao91.htm> Acesso em: 12 de junho de 2014.

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JORNAL GAZETA DE ALAGOAS (2009). Escotismo florestal é reconhecido em Alagoas. Disponível em: < http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=185932&e=6> Acesso em: 10 de junho de 2014.

JORNAL ON-LINE ALAGOAS 24 HORAS: Escoteiros Florestais no combate as drogas. Disponível em < http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=83805 > Acesso: 15 de junho de 2014.

LIGA DE DEFESA NACIONAL. (1917). 1º Estatuto Da Liga De Defesa Nacional. Disponível em < http://www.ligada defesa nacional.org.br/principal.htm> Acesso em: 15 de junho de 2014.

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PEREIRA, Ana Paula Costa. Educação Não-formal Tendo como Exemplo de Modelo Pedagógico o Método Escoteiro. Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2004, p. 51- 52.

PICADA, Gisele, A contribuição do escotismo para a formação profissional. Universidade Luterana Do Brasil. Canoas, 2010, p. 13 - 14.

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ANEXO – "A"

Reportagem do Jornal Tribuna de Alagoas, 12 de agosto de 1997.

Monografias.com

ANEXO – "B"

Jornal Tribuna Independente, 18 de setembro de 2009.

Monografias.com

ANEXO – "C"

Jornal Gazeta de Alagoas, 06 de setembro de 1997.

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ANEXO – "D"

Diário Oficial de Maceió – Alagoas, 12 de setembro de 1997.

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ANEXO – "E"

O Jornal, 11 abril de 1999.

Monografias.com

ANEXO – "F"

Jornal Gazeta de alagoas, 01 de agosto de 1998.

Monografias.com

ANEXO – "G"

Jornal Primeira Edição,Maceío/AL, 22 de abril de 2012

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ANEXO – "H"

Reportagem do Jornal Tribuna de Alagoas, 12 de agosto de 1997.

Monografias.com

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida e por mais essa vitória;

Aos professores e instrutores, pelos conhecimentos transmitidos que tanto colaboraram para a confecção deste trabalho;

Aos Oficiais e Praças do Centro de Estudo de Pessoal e Forte Duque de Caxias, pessoas que sempre estiveram presentes durante o curso e, em especial, aos meus colegas de turma, amigos que cultivei durante este período de estudos e pesquisa, e cuja lembrança levarei comigo para sempre: Cmg Bento, da Marinha de Angola; Major Marcilene, da Polícia Militar do Rio de Janeiro; Major Félix, Major Magalhães, Cap Balbino, Cap Amaral e Cap Eduardo, do Exército Brasileiro; ao Cap Acosta e Cap Galo Moscoso, do Exército do Equador; e à Cap Cecília, do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba.

À Polícia Militar de Alagoas, instituição a que tenho orgulho de pertencer desde 31 de janeiro de 1986.

Aos meus familiares e amigos pelo apoio recebido.

Aos meus irmãos de todas as associações de escoteiros do país e, em especial, aos que fazem parte da Organização Escoteiros Florestais do Brasil, razão maior da elaboração deste trabalho.

Primeiramente, a Deus, e, posteriormente, aos meus pais, familiares e amigos e em especial à minha esposa Núbia e aos meus filhos Valdemir, Fernanda, Alice e Lara. E a todos que, de uma forma ou de outra, me ajudaram a conseguir mais essa vitória.

(Fidelis)

"Onde quer que você esteja, aonde quer que você vá, aparecerá sempre o paraíso em sua volta se você mantiver acesa a luz da Verdade na sua consciência."

Masaharu Taniguchi

 

Autor:

Luiz Fidelis Torres

fidelis1996[arroba]hotmail.com

Orientador: Alexandre Souza dos Santos - Ten Cel

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇAO E CULTURA DO EXÉRCITO

DIRETORIA DE EDUCAÇAO TÉCNICA MILITAR

CENTRO DE ESTUDOS DE PESSOAL E FORTE DUQUE DE CAXIAS

CURSO DE CURSO DE COORDENAÇAO PEDAGÓGICA.

RIO DE JANEIRO

2014

Partes: 1, 2, 3


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