Aspectos do sistema da resultabilidade sob a ótica do neopatrimonialismo

Enviado por Werno Herckert


  1. O lucro e os enfoques doutrinários tradicionais
  2. Resultado e a influência ambiental endógena
  3. Resultado e a influência ambiental exógena
  4. Mutação do resultado
  5. Distribuição do resultado
  6. Influência do resultado no entorno
  7. Conclusão
  8. Bibliografia

O LUCRO E OS ENFOQUES DOUTRINÁRIOS TRADICIONAIS

O normal da resultabilidade é dar vitalidade e prosperidade à célula social e é isto o que todo empresário deseja para seu patrimônio.

A atividade econômica da empresa está voltada para que a azienda tenha lucro.

A diversos doutrinares da Contabilidade esta relação atividade/proveito foi a que os motivou.

Assim, a corrente doutrinária Reditualista da Alemanha no inicio do século XX ensinava que o objetivo principal da azienda era a lucratividade e que este era o fenômeno básico a ser observado.

Eugen Schmalenbach, por outro lado, defendia que o êxito ou o insucesso de uma empresa dependia do lucro que ela poderia auferir. Entendeu ele, também, que o resultado não dependia só da dinâmica patrimonial, mas das pressões do ambiente externo onde a mesma estava inserida. Ele também refletia sobre o que a azienda podia oferecer a sociedade. Tinha uma visão social da empresa.

Leitner, enfocando a mesma matéria, aceitava o lucro como a condição essencial da vida da empresa mas dava prioridade a maximização do lucro. Defendia a compra ao mais baixo preço e a venda ao mais alto preço.

Rieger dizia que o rédito é a coisa de maior significação e desprezava a concepção social da azienda.

Hoffmann tinha como objeto de estudos a obtenção dos lucros.

Zappa (Apud Sá, 1997, p. 118) do aziendalismo, também atribuiu importância ao rédito. Mas de uma forma peculiar. "Admite que não só o capital é fonte de rédito: sobrepõe-se a ele a inteligência diretiva e o montante de forças, aptas a cumprirem o trabalho por meio do qual a autoridade eminente consegue a materialização dos fins que justificam a própria existência da azienda".

Na conceituação de Franco (1978) o "Rédito é a variação patrimonial aumentativa ou diminutiva, originada da atividade econômica da empresa, que sempre tem por objetivo o lucro, ou seja, o aumento do patrimônio".

E segundo o Prof. Lopes de Sá: "O rédito é um fenômeno que provém da ação humana, da natureza, do capital, pois muitos são os fatores endógenos e exógenos que influem sobre o capital é inequívoco, mas para o patrimonialismo ele é um fenômeno do capital".

RESULTADO E A INFLUÊNCIA AMBIENTAL ENDÓGENA

O rédito é um termo mais abrangente que o lucro, abrangendo tanto o lucro quanto a perda. Se na atividade aziendal há variação de aumento de capital temos o rédito positivo que é lucro ou se na atividade econômica há variação de redução da riqueza temos o rédito negativo que é a perda. O lucro é resultado positivo da atividade aziendal. Não existe lucro negativo. O valor conceitual de rédito é, portanto, mais amplo que o de lucro. Podemos dizer que o lucro é rédito, mas o rédito nem sempre é lucro. O conjunto lucro é menor que o conjunto rédito.

Também podemos dizer que rédito é uma variação algébrica da dinâmica patrimonial pois teremos um resultado positivo ou negativo ( + ou - ).

Atualmente usa-se o termo Resultado que significa lucro ou perda.

O resultado é influenciado por pressões internas que advém da direção e do pessoal.

O resultado da atividade econômica da azienda depende da capacidade intelectiva, de conhecimento da gerência e do pessoal.

E sobre isto nos ensina Sá (2001), sabemos todos, que um mesmo valor de capital, em um mesmo ramo de negócios, em uma mesma localidade e em um mesmo tempo pode produzir diferentes resultados se acionado por "Inteligências e Culturas diferentes".

A riqueza por si só não se movimenta. Isto é axiomático. É necessária a influência ambiental endógena ou exógena para ocorrer o movimento do patrimônio. Esta transformação vai tanger a resultabilidade e poderá aumentar ou diminuir o capital. Uma direção e pessoal competente influenciarão de uma forma positiva a atividade econômica e assim a resultabilidade.

Cada vez mais os estudiosos preocupam-se com os valores imateriais de capacidade intelectiva, cultural, que dinamizam o patrimônio e que gera o resultado.

A capacidade intelectiva e de conhecimento leva o capital à prosperidade como a incapacidade intelectiva e de conhecimento leva o patrimônio à falência.

Uma direção e pessoal competente poderá anular influências ambientais exógenas negativas.

O que importa para a Contabilidade é saber o que ocorre com o patrimônio, este em movimento, sobre a influência da força intelectual.

O registro dos fatos contábeis, em seu conjunto, não espelha a realidade da dinâmica do capital porque vários fenômenos patrimoniais não são registrados.

O importante é saber porque acontece o fenômeno patrimonial.

A Contabilidade de há muito já não é só registro do fato contábil, com o foi em seus primórdios (o mesmo que sucedeu com a Química e que no começo foi só mistura de coisas). A informação decorrente do registro continua relevante, sim, mas o mais importante, todavia, é saber o porque dos fatos que acontecem com a riqueza das células sociais as conseqüências pertinentes.


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