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Produção de leite, consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes, pH e concentração de amônia ru (página 2)

Daniele Rebouças Santana Loures; Rasmo Garcia; Odilon Gomes Pereira; Paulo

 

O pH ruminal é um importante parâmetro a ser avaliado, pois reflete diretamente as características da dieta, além de afetar não só produtos finais da fermentação, mas também a taxa de crescimento das bactérias e dos protozoários, podendo, dessa forma, ocorrer variações nos microrganismos predominantes no rúmen (LAVEZZO et al., 1998).

A diminuição do pH reduz a degradabilidade da proteína, celulose, hemicelulose e pectina, embora seus efeitos sejam menores sobre a digestão do amido (HOOVER e STOKES, 1991). Caso ocorra redução moderada no pH ruminal, até aproximadamente 6,0, a digestão da fibra decresce moderadamente, embora o número de microrganismos fibrolíticos não seja normalmente influenciado. Quando o pH atinge a faixa de 5,5 a 5,0, ocorre a redução do número de microrganismos fibrolíticos, bem como suas taxas de crescimento, podendo causar inibição na digestão da fibra (HOOVER, 1986). O pH do fluido ruminal pode variar entre 5,5 e 6,5, para dietas concentradas, e 6,2 e 7,0, para dietas constituídas exclusivamente de volumosos. Segundo HOOVER (1986), a faixa de pH ideal para a ótima digestão da fibra varia de 6,2 a 7,0. Entretanto, VAN SOEST (1994) sugere que este valor seria de 6,7.

Trabalhos realizados com fenos de capim-elefante, rama de mandioca, e palha de arroz com alto conteúdo de parede celular, suplementados com proteína e, ou, energia, não apresentaram variações no pH, que se manteve em torno de 6,7 (GOMES, 1991; AMARAL, 1994).

O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a produção de leite e seus teores de proteína bruta e gordura, o consumo e as digestibilidades aparentes dos nutrientes, o pH e a concentração de amônia no líquido ruminal, em vacas lactantes recebendo rações contendo silagem de milho e fenos de alfafa e de capim-coastcross, como fonte de volumoso.

4. Material e métodos

O experimento foi conduzido no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, Minas Gerais. Foram usadas 10 vacas lactantes, entre a 3a e 6a lactações, com grau de sangue variando de HPC a mestiço Holandês x Zebu (1/2 HxZ a 15/16 HxZ), peso vivo médio de 540 kg e, em média, 55 dias de parição, distribuídas em delineamento experimental em switch-back reduzido, constituído de dois blocos, segundo LUCAS (1956), no qual cada período obteve duração de 21 dias e cada seqüência de tratamento correspondeu a um animal.

Foram avaliadas cinco dietas, adotando-se relação volumoso: concentrado de 60:40, na base da matéria seca, utilizando uma ração concentrada para cada volumoso. Os volumosos foram constituídos de feno de alfafa (FA), feno de capim-coastcross (FCC), silagem de milho (SM), 50% de feno de alfafa + 50% de silagem de milho (FA+SM), e 50% de feno de capim-coastcross + 50% de silagem de milho (FCC+SM). As dietas totais, foram calculadas para conter aproximadamente, 16,0% PB, de modo a atenderem os requerimentos de proteína para uma vaca de 540 kg de peso vivo, produzindo 22 kg de leite, corrigido a 4% de gordura, segundo o NRC (1989). A composição percentual dos ingredientes das rações concentradas encontra-se na Tabela 1 e as composições bromatológicas dos volumosos e concentrados, na Tabela 2. Na Tabela 3, encontra-se a composição bromatológica das dietas experimentais.

A alimentação foi fornecida em duas refeições diárias, às 7 e 15h30, ad libitum, de modo a proporcionar sobras em torno de 10%. Durante o fornecimento da alimentação, efetuou-se manualmente a mistura de concentrados e volumosos, no comedouro.

Os animais foram mantidos em baias individuais, cobertas com piso cimentado, contendo comedouros e bebedouros individuais. O piso era limpo (rapado), quando necessário, e lavado todos os dias, às 23h, quando os animais eram levados a um curral, próximo às baias, cimentado, com água à vontade, onde passavam a noite, para se exercitarem e descansarem, retornando para suas baias às 6h do dia seguinte.

A pesagem dos animais foi realizada após a ordenha da manhã, no início e no final de cada período experimental. Para a produção de leite, foram considerados os dados obtidos do 8o ao 21o dia, em cada período, referentes à composição do leite (gordura e proteína) e ao consumo e à digestibilidade dos nutrientes. No 21o dia, coletou-se amostras de líquido ruminal, para medição do pH e da concentração de amônia.

A pesagem do leite foi realizada diariamente, sendo coletadas amostras de 400 mL no 16o, 18o e 20o dia de cada período, as quais foram analisadas logo após as ordenhas da manhã e da tarde, para determinação da densidade, por meio de termolactodensímetro, e da matéria gorda do leite, pelo método de Gerber (BEHMER, 1984). As amostras da manhã e tarde, oriundas do 18o dia eram misturadas proporcionalmente e analisadas quanto ao teor de nitrogênio total pelo método micro Kjeldhal (SILVA, 1990).

No 21o dia de cada período experimental, foram realizadas coletas de líquido ruminal, utilizando-se a técnica da sonda esofágica, segundo ORTOLANI (1981), para determinação do pH e da concentração de amônia, no tempo zero (antes da alimentação) e 2, 4 e 6 horas após a alimentação matutina. Logo após, determinou-se o pH, por meio de um peagâmetro digital. Em seguida, realizou-se a filtragem do mesmo em quatro camadas de gaze, sendo retirada uma alíquota de 40 mL, para cada animal e tempo de coleta e adicionado 1 mL de ácido sulfúrico a 50%, sendo, então, acondicionado em vidros identificados, que foram armazenados em congelador a -5oC, para determinação da concentração de amônia (N-NH3) ruminal.

As amostragens dos alimentos fornecidos e das sobras foram feitas diariamente, durante o período de coletas, e acondicionadas em sacos plásticos, devidamente identificados e armazenados em congelador, a -5oC, para posteriores análises.

Para cálculo da matéria seca fecal excretada e estimativa da digestibilidade dos nutrientes, utilizou-se como indicador externo o óxido crômico (Cr2O3), embrulhado em papel, administrado em duas doses diárias de 10g cada, por animal, pela manhã (7h) e à tarde (16h30), entre o 6o e 20o dia de cada período experimental, segundo SILVA e LEÃO (1979):

As coletas de fezes foram realizadas nos três períodos, diretamente do reto, segundo metodologia descrita por ZINN e OWENS (1993), do 17o ao 20o dia de cada período experimental onde as amostras foram acondicionadas em sacos plásticos, identificadas por animal e período experimental e guardadas em congelador a -5oC. Ao final de cada período experimental, foram descongeladas à temperatura ambiente, homogeneizadas manualmente e colocadas em pratos de papel alumínio, procedendo-se à pré-secagem em estufa de ventilação forçada a 65oC, por 72 horas. A seguir, foram moídas em moinho tipo Willey, com peneira de 1 mm e homogeneizadas, para a confecção de amostras compostas por animal, com base no peso seco, para cada período, e armazenadas em vidros com tampa de polietileno, devidamente identificados.

As análises de matéria seca, nitrogênio total, fibra detergente neutro, extrato etéreo e cinzas dos alimentos fornecidos, das sobras e das fezes e de nitrogênio total do leite foram determinadas conforme SILVA (1990). Para a estimativa da proteína bruta total do leite, utilizou-se o fator de conversão de 6,38. O teor de cromo nas fezes foi determinado segundo WILLIAMS et al. (1962), usando-se o espectrofotômetro de absorção atômica.

Os teores de carboidratos totais (CT) dos alimentos fornecidos, das sobras e das fezes e os nutrientes digestíveis totais (NDT) consumidos foram calculados segundo SNIFFEN et al. (1992): CT = 100 ¾ (%PB + %EE + %CINZAS); NDT = (PBing - PBfecal) + (CTing - CTfecal) + 2,25(EEing - EEfecal), em que: PBing = proteína bruta ingerida; CTing = carboidratos totais ingeridos; e EEing = extrato etéreo ingerido.

Para a corrigir o leite para 4,0% de gordura (LCG), utilizou-se a equação do NRC (1989): LCG = 0,4(kg de leite) + 15(kg de gordura).

Para a determinação do nitrogênio amoniacal (N-NH3), foi realizada centrifugação das amostras a 10.000 rpm, por 15 min., utilizando metodologia segundo FENNER (1965).

A análise das variáveis de produção de leite, produção de leite corrigida a 4,0% de gordura e porcentagem de gordura e proteína do leite, bem como do consumo dos nutrientes, foi realizada por intermédio da análise de variância, segundo LUCAS (1956), de acordo com o modelo:

Yij = m + Ti + Bj + eij

em que: Yij = observação relativa à vaca que recebeu o tratamento i; m = média geral; Ti = efeito do tratamento i (i = 1 a 5); Bj = efeito do bloco j (j = 1 e 2), e; eij = erro experimental.

Para a análise das variáveis da digestibilidade de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN) e carboidratos totais (CT), utilizando-se os dados dos três períodos experimentais, adotou-se o modelo relativo ao delineamento inteiramente casualizado:

Yij = m + Ti + eij

em que: Yij = observação relativa à vaca que recebeu o tratamento i; m = média geral; Ti = efeito do tratamento i (i = 1 a 5), e; eij = erro experimental.

Os dados de concentração de amônia e pH do líquido ruminal foram analisados por meio de delineamento inteiramente casualizado, em esquema de parcelas subdivididas, em que as rações constituíram as parcelas e os tempos de amostragem, as subparcelas. Os resultados foram interpretados, estatisticamente, por meio de análises de variância e regressão, usando o Sistema de Análise Estatística e Genética - SAEG 8.0 (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, 1998). A comparação de médias para as variáveis qualitativas foram feitas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

5. Resultados e discussão

O consumo de matéria seca, expresso nas diferentes formas, não diferiu (P>0,05) entre as dietas (Tabela 4).

As vacas que receberam dietas contendo FA+SM e FCC+SM ingeriram 1,81 e 2,11 kg de matéria seca a mais em relação às que receberam os respectivos fenos, como fonte única de volumoso, nas dietas. Segundo NELSON e SATTER (1992), rações à base de feno aparentemente estão sujeitas a limitações do consumo pelo enchimento ruminal, sob demandas semelhantes de energia, que dietas à base de silagem, em decorrência da maior solubilidade dos nutrientes verificados na silagem.

DHIMAN e SATTER (1997) relataram que a associação de feno e silagem proporcionou maior uniformização no consumo de nutrientes, diminuindo, assim, a possibilidade de algum nutriente ser limitante para os animais, além de influir no consumo de feno.

As diferentes dietas apresentaram semelhantes, o que pode estar em função da presença do concentrado utilizado para atender os requerimentos de energia, proteína e minerais.

O consumo de matéria orgânica, expresso em kg/dia, não foi influenciado (P>0,05) pelas rações experimentais.

O consumo de proteína bruta não diferiu (P>0,05) entre as dietas (Tabela 4). Observou-se que todas as rações supriram os requerimentos diários de proteína bruta para a produção média de leite dos animais, que, segundo o NRC (1989), seria de 2,234 kg de PB/vaca. A tendência de maior ingestão de proteína bruta pelos animais que receberam a dieta contendo silagem de milho pode estar associada à maior participação do farelo de soja no concentrado.

Para o consumo de extrato etéreo e carboidratos totais, expressos em kg/dia, os mesmos não foram influenciados (P>0,05) entre as dietas experimentais.

O consumo de fibra em detergente neutro, que variou de 1,25 (feno de alfafa) a 1,59% do peso vivo (feno de capim-coastcross), não foi influenciado (P>0,05) pelas dietas (Tabela 4). Segundo MERTENS (1996), ótima produção de leite corrigida a 4% de gordura é obtida quando o consumo situa-se na faixa de 1,1 a 1,2% do peso vivo. Observando a Tabela 4, constata-se que somente aqueles animais que receberam ração contendo feno de alfafa, como fonte única de volumoso, apresentaram consumo próximo a esta faixa.

O consumo de nutrientes digestíveis totais, que variou de 11,30 a 14,04 kg/dia, para o feno de alfafa e a silagem de milho + feno de capim-coastcross, respectivamente, também não foi afetado (P>0,05) pelas dietas experimentais (Tabela 4). Como observado para a proteína bruta, todas as dietas atenderam às exigências médias diárias dos nutrientes digestíveis totais para mantença e produção de leite, que, segundo o NRC (1989), seria de 10,6 kg NDT/vaca.

O excesso no consumo de PB (0,386 a 1,266 kg/dia) e NDT (0,70 a 3,44 kg/dia) pode ter ocorrido em virtude dos animais estarem utilizando esses nutrientes para o ganho de peso, no decorrer do período experimental, onde foram registrados ganhos de 0,285; 0,325; 0,698; 0,269; e 0,579 kg/dia para os animais consumindo feno de alfafa (FA), feno de capim-coastcross (FCC), silagem de milho (SM), FA+SM e FCC+SM, respectivamente, considerando-se as pesagens dos animais no início e no final de cada período experimental.

A digestibilidade aparente da matéria seca, que variou de 64,10 (feno de alfafa) a 73,73% (silagem de milho), foi maior (P<0,05) para a dieta contendo silagem de milho em relação às contendo os fenos de alfafa e capim-coastcross (Tabela 5). Estes valores se encontram dentro da faixa registrada por outros autores, em estudos conduzidos com os volumosos citados, em associação, ou como fonte única de forragem nas rações (NELSON e SATTER, 1990; WEST et al., 1995).

A digestibilidade da matéria orgânica não foi influenciada (P>0,05) pelas dietas.

Quanto à proteína bruta, observou-se maior (P<0,05) digestibilidade aparente para a dieta contendo silagem de milho (71,69%), que, por sua vez, não diferiu daquela contendo silagem associada com feno de capim-coastcross (61,76%).

Os resultados do presente estudo para a digestibilidade aparente da matéria seca, e proteína bruta, para a dieta contendo silagem de milho, foram, respectivamente, 73,73 e 71,69%, mostrando-se superiores aos encontrados por MORA et al. (1996), em ensaio de digestibilidade aparente, 69,5 e 69,0%, respectivamente. A digestibilidade aparente do extrato etéreo apresentou variação de 32,38 a 58,61%, para o feno de capim-coastcross e este associado à silagem de milho, respectivamente.

A digestibilidade aparente para os carboidratos totais não foi influenciada (P>0,05) pelas dietas, que variou de 50,09 (feno de alfafa) a 65,54% (silagem de milho).

Para a fibra em detergente neutro, a digestibilidade aparente apresentou maior (P<0,05) valor para a ração contendo silagem de milho como única fonte de volumoso. Conforme BEAUCHEMIN e BUCHANAN-SMITH (1990), maior digestibilidade para rações contendo silagem seria esperada, pois, no decorrer da digestão, a silagem promove maior desintegração das partículas em menor tempo e, ao ser comparada com rações contendo feno, durante a mastigação e ruminação, resultando em maior passagem de partículas pelo rúmen.

A concentração de amônia ruminal não foi influenciada (P>0,05) pelas dietas, mas foi afetada pelo tempo de amostragem, registrando-se efeito (P<0,05) quadrático, com a equação: Y = 11,9525+3,27024T-0,613844T2 R2=0,865. Estimou-se a concentração máxima de amônia ruminal de 16,3 mg/100 mL, para o tempo de 2,66 horas após a alimentação. Segundo autores (SATTER e SLYTER, 1974, e COLLINS e PRITCHARD, 1992) a concentração mínima de amônia ruminal necessária é de 5 mg N-NH3/100 mL de fluido ruminal para crescimento dos microrganismos sendo os valores médios determinados de amônia ruminal para as diferentes dietas, neste estudo, atendem essa exigência.

Para os valores de pH do líquido ruminal encontrados nos diferentes tempos de amostragem, verificou-se que os valores médios altos, em decorrência de possível contaminação com a saliva, devido ao método de coleta utilizado, via sonda esofagiana. O valor médio de 7,28 de pH, registrado para o tempo zero, pode estar associado ao fato de que, no jejum, o pH ruminal se encontra próximo à neutralidade, segundo KOLB (1984). Observou-se que, duas horas após o fornecimento de alimento, houve decréscimo do pH (média de 6,91) e, em seguida, elevou-se, registrando o valor médio de 7,19, às seis horas após alimentação. O pH ruminal não foi afetado (P>0,05) pelas dietas, mas foi influenciado pelo tempo de amostragem, detectando-se efeito quadrático (P<0,05) com equação: Y = 7,2384-0,150925T+0,0249375T2 R2 = 0,54. Estimou-se o valor mínimo de 7,01 para o tempo de 3,02 horas. WEST et al. (1998), em estudos sobre parâmetros ruminais, em vacas leiteiras, obtiveram valores médios de pH de 7,16 e 7,19 para dietas contendo feno de capim-coastcross associado à silagem de milho e silagem de capim-coastcross associada à silagem de milho, respectivamente, os quais foram próximos aos deste estudo.

Os animais que receberam dietas contendo silagem de milho e está associada ao feno de alfafa revelaram maiores produções de leite (kg/dia), registrando-se, respectivamente, 24,17 e 21,16 kg de leite por dia (Tabela 6). Contudo a dieta contendo silagem de milho associada ao feno de alfafa, por sua vez, foi semelhante (P>0,05) às demais dietas testadas. Este comportamento parece não ter explicação lógica, uma vez que não ocorreram diferenças entre os consumos de matéria seca das dietas.

Para a produção de leite corrigida para 4% de gordura, registrou-se comportamento semelhante ao de produção de leite em kg/dia (Tabela 6) em que maior (P>0,05) produção leiteira foi verificada para os animais que receberam a dieta contendo silagem de milho e esta associada ao feno de alfafa, sendo que a última (SM+FA) não diferiu das demais dietas.

Segundo MERTENS (1996), produções máximas de leite (corrigida para 4% de gordura) podem ser obtidas quando o consumo diário de FDN encontra-se em torno de 1,1 a 1,2% do peso vivo animal. Os consumos de FDN observados no presente estudo variaram de 1,25 a 1,59% do peso vivo, sendo superiores aos preconizados por esse autor.

Os teores médios estimados para gordura e proteína do leite do presente estudo não diferiram (P>0,05) entre as dietas (Tabela 6). Os teores médios de 3,95 e 3,45%, registrados, respectivamente, para gordura e proteína, situam-se dentro da faixa encontrada por NELSON e SATTER (1992), que variou de 3,96 a 3,45%, para as respectivas variáveis.

O custo diário com alimentação e margem bruta em função da produção por animal, relativos às cinco dietas, foram calculados considerando somente os custos com alimentação. O custo diário (R$/dia) foi de 3,99; 3,12; 3,67; 4,15; e 3,48 para as rações contendo feno de alfafa (FA), feno de capim-coastcross (FCC), silagem de milho (SM), FA+SM, e FCC+SM, respectivamente. A margem bruta (R$/vaca/dia) calculadas para as mesmas rações foram de 1,45; 2,20; 2,61; 1,35; e 1,73, respectivamente.

6. Conclusões

Os consumos dos nutrientes não foram influenciados pelas dietas experimentais, contudo registrou-se maiores produções de leite naquelas rações contendo silagem de milho.

Os teores de gordura e proteína bruta do leite não foram afetados pelas rações experimentais.

O uso de determinados volumosos, para vacas lactantes, estaria na dependência do custo dos alimentos concentrados disponíveis na região e do preço do leite pago ao produtor, bem como do potencial genético dos animais.

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Andréia Luciane Moreira2, Odilon Gomes Pereira3, 5, Rasmo Garcia3, 5, Sebastião de Campos Valadares Filho3,5, José Maurício de Souza Campos3, Viviane Glaucia de Souza4, Joanis Tilemahos Zervoudakis4 rgarcia[arroba]ufv.br

1 Parte da tese de Mestrado do primeiro autor, parcialmente financiada pela FAPEMIG/CNPq.

2 Estudante de Doutorado - FCAV/UNESP - 14870-000 Jaboticabal, SP.

3 Professor do DZO/UFV - 36570-000 - Viçosa, MG.

4 Estudante de Doutorado - UFV/DZO - 36570-000 Viçosa, MG.

5 Bolsista do CNPq.



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