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A função da liquidez é pagar em dia os compromissos com terceiros. Sempre que se paga nos prazos se exerce a economicidade. Cria-se, assim, a confiabilidade perante os fornecedores. Este ambiente de confiança que se cria pela eficácia da liquidez é um fator invisível que atua positivamente na dinâmica do meio patrimonial.
A confiabilidade é um valor necessário para que se exerça a economicidade.
Para a sanidade patrimonial é necessário que tenha lucro por pequeno que seja. Quando há resultabilidade se exerce a economicidade. Quando há rédito negativo não se exerce a economicidade. Há casos em que se vende o meio patrimonial com prejuízo para atrair o cliente, para derrotar um concorrente ou atrair outras vendas.
É paradoxal admitir que a perda, às vezes, é uma necessidade. Em determinadas circunstâncias o empresário pratica-a voluntariamente para atrair clientes ou para fazer concorrência a outros empresários.
Sobre o paradoxo da perda eficaz o Prof. Lopes de Sá (2000) nos ensina: "a perda só se comprovará eficaz se e somente se resultar em elemento futuro que venha a representar um acréscimo de valor na empresa e que possa, não só anular a redução momentânea, mas superá-la".
A perda em um determinado período pode ser fator de economicidade.
O lucro é um dos objetivos básicos do empresário. Leitner da Escola reditualista alemã ensinava, como base de estudos, a maximização do lucro.
Defendia ele a compra ao mais baixo preço e a venda ao mais alto preço possível. Rieger ensinava que a empresa é um instrumento de lucro e assim o rédito a coisa de maior significação.
Desprezou, portanto, a concepção social da azienda. Também Hoffmann ensinava, como objeto de estudos, a obtenção dos lucros.
O Prof. Lopes de Sá (1998) leciona: "O rédito é um fenômeno que provém da ação humana, da natureza, do capital, pois muitos são os fatos endógenos e exógenos que influem sobre o capital é inequívoco, mas para o patrimonialismo ele é um fenômeno do capital".
Ainda diz: "O fenômeno do rédito acontece quando o capital (aqui entendido como todo o patrimônio da empresa), volvido à obtenção da finalidade lucrativa, varia, por efeito de sua movimentação, em decorrência da atividade desenvolvida para a utilização do mesmo".
Na concepção moderna o cliente é tido como o patrão. É como uma força que faz girar o meio patrimonial. Giro é uma sucessão contínua de circulação. Circulação ensina o Prof. Lopes de Sá: (Obra citada na bibliografia) "é a simples transformação ou passagem de um estado a outro, de um componente da riqueza ou meio patrimonial".
O cliente é um agente propulsor da dinâmica patrimonial. Ele é o agente fundamental para que se tenha economicidade do pequeno patrimônio. Com o cliente há função do meio patrimonial. Sem o cliente não há função plena do meio patrimonial.
A clientela é uma riqueza imaterial que não se menciona e nem se registra na contabilidade tradicional, mas é um ativo intangível cuja mensuração e registro preocupa os estudiosos. Vogel (2000) cita como a 2a. perspectiva estratégica del Balanced Scorecard (BSC) - El Tablero de Comando.
A demonstração de honestidade por parte do empresário e do pessoal gera um clima de confiança no cliente.
Esta honestidade é uma força magnética que atrai o cliente e a desonestidade é uma força que repele o cliente. Assim, também, na física existe uma força magnética que atrai o corpo e outra que repele o corpo.
O aumento da clientela é importante para a dinâmica da riqueza. Aumentando-se o número de clientes aumenta-se o giro do meio patrimonial.
A redução da clientela diminui o giro da mercadoria. Repito, o cliente é um elemento fundamental para que a empresa tenha economicidade e prosperidade.
Citemos alguns fatores de qualidade na atração do cliente:
O carisma e a criatividade intelectiva do empresário.
A honestidade do empresário e do pessoal (Ética nos negócios)
O preço e qualidade dos produtos.
As promoções de mercadorias.
O atendimento ao cliente.
A espacialidade (localização)
O conhecimento é fundamental para que se tenha economicidade na pequena riqueza. O cerne da sobrevivência e prosperidade do pequeno patrimônio está na capacidade intelectiva e criativa de seu proprietário. A influência ambiental endógena exercida sobre a dinâmica do capital é que vai determinar sua eficácia ou ineficácia.
A corrente doutrinária Lopesista, com competência vem analisando esses fatores e se firmando como a mais avançada doutrina da contabilidade do 3o. milênio e segundo a mesma a Prosperidade é a grande meta, mas, esta dependerá sempre da eficácia na gestão dos capitais.
HERCKERT, Werno. A contabilidade em face do futuro e o neopatrimonialismo. IPAT Boletim, Belo Horizonte, novembro de 2000.
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HERCKERT, Werno. Patrimônio e as influências ambientais. Horizontina: Megas, 1999.
HERCKERT, Werno. Sistema da economicidade sob a ótica do neopatrimonialismo. Disponível em: <www.contadorperito.com>. Acesso em: outubro de 2000
HERCKERT, Werno. Sistema da liquidez sob a ótica do neopatrimonialismo. Disponível em: <www.monografias.com/trabajos10/sili/sili.shtm1>. Acesso em: setembro de 2000
HERCKERT, Werno. Repensar a pequena empresa. Três de Maio (RS): Vilani, 1997.
SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1998.
SÁ, Antônio Lopes de. História geral e das doutrinas da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997.
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SÁ, Antônio Lopes de. Futuro das empresas e informação. Disponível em: <www.lopesdesa.com.br>. Acesso em: dezembro de 2000
SÊMOLA, Marcos. Sete dicas para proteger o seu negócio. Disponível em: <www.modulo.com.br>. Acesso em: novembro de 2000
VOGEL, Mario Hector. Gerenciar sólo por indicadores financeiros es un suicidio. Disponível em: <www.tablerodecomando.com> . Acesso em: diciembre de 2000
Revista Pequenas Empresas – Grandes Negócios. N. 25, 31, 53, 58, 59, 62. Rio de Janeiro: Editora Globo
Werno Herckert
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Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis
Membro da ACIN - Associação Científica Internacional Neopatrimonialista
Membro da Corrente Científica Brasileira do Neopatrimonialismo
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