O caso do Projeto de Combate a Pobreza Rural no Estado do Piauí



  1. Antecedentes
  2. Objetivos
  3. Produtos esperados
  4. Execução dos serviços
  5. Cronograma de execução
  6. Especificação mínima de categoria profissional
  7. Período de execução do trabalho
  8. Custos aproximados do projeto
  9. Coordenação e supervisão do trabalho
  10. Observações gerais
  11. Bibliografia
  12. Anexos

Proposta Técnico Metodológico para Implantação de um Sistema de Gestão de Projetos – SGP
em Programas de Desenvolvimento Rural

1. ANTECEDENTES

a. O Contexto

Iinúmeros fatores que na última década, tem caracterizado o quadro de mudanças em nível mundial a seguir: (i) a aplicação maciça das modernas tecnologias de processamento da informação; (ii) o vertiginoso avanço das descobertas científicas nos diversos campos do conhecimento humano; (iii) o processo de integração e verticalização de mercados, a globalização das economias; (iv) os inúmeros movimentos de resgate de valores básicos do comportamento humano e (v) a universal consciência para a importância da ecologia, do meio ambiente e de relações democráticas como base para governar o funcionamento das sociedades modernas, tornou irreversível a necessidade das organizações assumirem um amplo processo de trabalho para sua reconcepção e renovação.

Se por um lado as organizações privadas defrontam-se com esta questão como um problema relacionado à sua sobrevivência nos mercados, por outro, para as organizações públicas, a incorporação desta proposta de reconcepção e renovação apresenta-se como único caminho capaz de mantê-la em sintonia com o seu público usuário - a sociedade, ou seja, um problema relacionado à manutenção do seu processo existencial.

A Administração Pública, como integrante deste contexto institucional - social, não fica imune às pressões para a modernização dos seus processos sócio-técnicos internos decorrentes, de um lado do crescimento da demanda dos seus serviços, trazendo inclusive a agregação de uma complexidade cada vez maior e, de outro lado, das facilidades criadas pelo avanço da ciência e da tecnologia.

Se outrora o processo de absorção das novas alternativas de trabalho pelas organizações podia repousar em generosos períodos de amadurecimento para serem colocados em prática, hoje a modernização das organizações coloca-se como uma questão estratégica ligada a sua qualidade, produtividade e desenvolvimento, ou seja, é necessariamente parte integrante e indissociável do processo de gestão estratégica.

Ao iniciar a reflexão sobre este processo de modernização, é de se imaginar e sugerir que estes processos de mudança se apóiem, na medida do possível , em quatro pilares básicos:

O desenvolvimento institucional, no sentido da readequação do modelo de estrutura organizacional e dos seus correspondentes atos formais, dos mecanismos e métodos de trabalho;

O desenvolvimento das pessoas, no sentido de capacitá-las para desempenhar suas atividades dentro do novo desenho de organização, e com a tecnologia a ser incorporada;

O desenvolvimento do sistema de informações, de modo a assegurar que o sistema organizacional, as rotinas operacionais e o sistema decisório sejam suportados por informações confiáveis, geradas em tempo oportuno e disponibilizadas de modo multi-partilhado;

O desenvolvimento tecnológico, no sentido de que o sistema organizacional aproprie e utilize amplamente e com eficiência as tecnologias de última geração disponíveis para área de gestão e tratamento de informações.

No Governo atual, os Programas de Modernização estão introduzindo um conjunto de modificações no estilo de administração, no perfil dos gerentes e no modo de avaliação dos resultados dos serviços definidos como de responsabilidade do Estado. Como conseqüência natural, começa a existir um movimento de redefinição das estruturas organizacionais, com um decorrente esforço de redesenho e automação de processos, capacitação e desenvolvimento de recursos humanos e mecanismos que viabilizem o novo paradigma proposto.

A área de tecnologia da informação (TI) apresenta-se como uma das principais indutoras desse processo de transformação, seja atuando como condutor automatizado de processos operacionais e gerenciais, como suporte às novas ações, ou na consecução de novos serviços ou campos de atuação possibilitados pela tecnologia digital. Nesse contexto, a modernização da estrutura de Governo e de seu modus operandi subentende um esforço, no mesmo sentido, de adequação do aparato tecnológico e sistêmico que lhe dá suporte, melhora resultados e garante sustentabilidade.

Ciente dessa necessidade o Governo Estadual está desenvolvendo Programas/Projetos, co-financiados pelos organismos internacionais, voltados para a Reforma e Modernização da Administração Pública. O Projeto de Combate à Pobreza Rural - PCPR II, vinculada à Secretaria de Planejamento, tem como finalidade a integração das ações de desenvolvimento de combate à pobreza rural no Estado do Piauí. A Unidade Técnica do PCPR II vincula-se a estrutura funcional da Secretaria de Planejamento é responsável pelo planejamento, coordenação, supervisão e avaliação técnica do referido projeto.

b. Situação atual e Justificativa

O Projeto de Combate a Pobreza Rural - PCPR II – FASE I, que cobre o Período de junho de 2002 a junho 2005, cuja vigência foi ampliada até junho de 2006, vem operando o Sistema de Informação de Dados - SID com o objetivo de: (i) fornecer informação útil, eficiente, suficiente e oportuna sobre o desenvolvimento do Projeto, com o propósito de apoiar sua evolução nas direções previstas; (ii) auxiliar no cumprimento dos critérios e normas de elegibilidade; e (iii) fornecer elementos que permitam retro alimentar os conteúdos e enfoques do Projeto.

P PCPR II – FASE II, se encontra atualmente em processo e negociação junto a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, Secretaria de Assuntos Internacionais – SEAIN e outros órgãos Federais com previsão de funcionamento a partir de 1º de julho de 2006. Para estes efeitos já se conta com Minuta de Convênio de Empréstimo e os documentos operacionais respectivos. No tocante ao SID, estes documentos tem previsto como Condição de Efetividade do Projeto a necessidade de contar com um novo sistema de monitoramento, que atenda satisfatoriamente as necessidades do novo Projeto, melhorando, aprimorando e superando o sistema existente para contar com um sistema realmente eficiente de gestão e tomada de decisões em tempo real, que envolva no somente as atividades de implantação dos subprojetos, mas também, as funções de desenvolvimento institucional, supervisão e administração do Projeto, pondo neste ultimo caso ênfase nas funções contáveis, financeiras, fluxos de caixa a questão de pessoal e almoxarifado entre outras.

Relatórios de Avaliação interna e do Banco Mundial, bem como relatórios de auditoria independente do SID, tem identificado que o referido sistema não atende integralmente as necessidades requeridas para a gestão financeira e de monitoria na perspectiva de novo Projeto. As rotinas dos fluxos e procedimentos administrativos na aprovação de subprojetos e a liberação dos recursos se encontram pesadas e inconvenientes. Dificultada pelo grande volume de dados e transações que devem ser realizadas, o qual compromete um performance mais estável, principalmente, quando considerada a possibilidade de uma elevada quantidade de acessos simultâneos de usuários da Unidade Técnica e da disponibilização de informações do Projeto às parcerias, Banco Mundial e sociedade em geral via web, por meio de acesso remoto ao referido sistema.

Considerando as características inerentes à implementação de acordos de empréstimo em geral, a execução do Projeto possui ainda particularidades que aumentam sua complexidade, entre elas:

  • Execução do Projeto e ações por diversas instituições, associações e outras conveniadas e Municípios;
  • Necessidade de integração entre diversas atividades de instituições distintas;
  • Um razoável volume de recursos, gerando pressão na velocidade de implementação do Projeto ao longo do tempo;
  • Regras específicas para sua execução, auditoria e prestação de contas, originadas de procedimentos particulares e distintos, de organismos internacionais e das várias esferas de governo;
  • Períodos relativamente curtos para realização das ações previstas no Projeto, devendo ser acompanhadas e monitoradas por instâncias governamentais próprias;
  • A complexidade inerente à administração de recursos humanos, físicos e financeiros relacionados à execução das ações do Projeto;
  • Necessidade de fornecimento de informações atualizadas e íntegras, de natureza operacional e gerencial, para o corpo técnico da Unidade Técnica e dos beneficiários, gerentes e instituições relacionadas, incluindo auditorias de diversos organismos e do Governo Estadual e Federal;
  • A abrangência estadual de novos Programas/Projetos, através dos quais mais de 200 usuários com necessidades distintas deverão ser atendidas pelo SGP;
  • A necessidade da implantação do SGP em curto espaço de tempo e para um grande número de novos usuários de forma a atender o cronograma da Unidade Técnica;

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