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O estudo foi realizado na Fazenda Riacho - pertencente à Companhia Mineira de Metais (CMM), empresa do grupo Votorantim - localizada no município de Paracatu, Minas Gerais. A região está contida no grande bioma Cerrado, e situada à latitude 17º13'S, longitude 46º52'W e altitude de 650 m. As principais características climáticas do local são apresentadas na
Figura 1.O experimento foi conduzido em um sistema silvipastoril, implantado em novembro de 1996, constituído de um clone de Eucalyptus sp. plantado no espaçamento de 10 x 4 m, com as linhas de plantio orientadas no sentido leste-oeste. No ano de implantação, cultivou-se arroz de sequeiro nas entrelinhas do eucalipto, no ano seguinte foi cultivada soja e, no terceiro ano, foram estabelecidas as espécies forrageiras.
O solo da área experimental, classificado como Latossolo Vermelho-Escuro distrófico, com textura muito argilosa, apresentava por ocasião da implantação das espécies forrageiras as seguintes características químicas, respectivamente, nas profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm: pH em H2O = 5,5 e 4,5; P (Mehlich-1) = 3,1 e 1,6 mg/dm3; K (Mehlich-1) = 75 e 30 mg/dm3; Ca2+ = 2,4 e 0,4 cmolc/dm3; Mg2+ = 1,5 e 0,2 cmolc/dm3; Al3+ = 0,0 e 0,8 cmolc/dm3; H + Al3+ = 6,0 e 6,7 cmolc/dm3; SB = 4,15 e 0,71 cmolc/dm3; CTC efetiva = 4,19 e 1,51 cmolc/dm3; CTC pH 7,0 = 10,22 e 7,41 cmolc/dm3; V = 40,7 e 9,6%; m = 0,7 e 52,9%.
As espécies forrageiras foram implantadas em novembro de 1998, em uma área de 0,8 ha localizada a 40 metros da borda do sistema silvipastoril, em um delineamento experimental de blocos casualizados, com três repetições. Os 12 tratamentos foram constituídos por seis gramíneas (Brachiaria brizantha cv. Marandu, B. brizantha cv. MG-4, B. decumbens cv. Basilisk, Panicum maximum cv. Mombaça, Melinis minutiflora e Hyparrhenia rufa) consorciadas ou não com o Stylosanthes guianensis var. vulgaris cv. Mineirão. As parcelas experimentais, com 12 x 10 m, foram estabelecidas entre as fileiras de eucalipto.
O preparo da área para plantio consistiu da aplicação de 18 kg/ha de P2O5, na forma de superfosfato simples, mais 96 kg/ha de P2O5, na forma de fosfato natural de Araxá, seguida da passagem de grade niveladora. O plantio das espécies forrageiras foi feito a lanço, seguido da passagem de grade leve fechada para enterrar as sementes. As taxas de semeadura utilizadas para as gramíneas foram as seguintes: espécies de Brachiaria, 4,0 e 3,0 kg/ha de sementes puras viáveis (SPV); capim-mombaça, 2,0 e 1,5 kg/ha de SPV; capim-jaraguá e capim-gordura, 3,0 e 2,2 kg/ha de SPV, respectivamente, para os tratamentos em monocultivo e em consórcio. A leguminosa foi semeada à taxa de 2,5 kg/ha de SPV, juntamente com as gramíneas.
Em março de 1999, 120 dias após o plantio das forrageiras, realizou-se um corte de uniformização das parcelas experimentais (15 a 20 cm de altura), visando o pleno estabelecimento das espécies, ao incentivar o perfilhamento das gramíneas e diminuir o sombreamento exercido por estas sobre a leguminosa, que teve estabelecimento mais lento.
A participação da leguminosa no sub-bosque do sistema foi avaliada em dezembro de 1999, um ano após a implantação do experimento, ocasião em que as árvores de eucalipto estavam com três anos de idade, altura total de 16,4 ± 0,7 m e diâmetro à altura do peito (DAP) de 16,2 ± 0,7 cm. Para isso, a área de cada parcela (12 x 10 m) foi subdividida em três sub-áreas (4 x 10 m), as quais foram avaliadas visualmente, por dois observadores, quanto à porcentagem de leguminosa no consórcio, com base na cobertura do solo. Após esta avaliação, toda a área experimental foi cercada e submetida ao pastejo por novilhos, durante 24 horas, com oferta de forragem estimada em 10% do peso vivo dos animais. Este procedimento foi repetido em fevereiro de 2000, com o objetivo de simular a utilização do sistema com pastejo rotacionado.
Em abril de 2000, 60 dias após o último pastejo, avaliou-se a disponibilidade de matéria seca (MS), a cobertura do solo e, novamente, a participação da leguminosa no sub-bosque. Para avaliação da disponibilidade de MS, fez-se uma amostragem sistematizada casualizada, que consistiu na tomada de três amostras por parcela, uma em cada subárea de 4 x 10 m, utilizando-se quadrado de madeira medindo 100 x 100 cm. A altura de corte foi de 20 cm acima do solo para o Panicum maximum cv. Mombaça e 15 cm para as demais gramíneas. As amostras foram pesadas e subamostradas para determinação do teor e disponibilidade de matéria seca. A avaliação da cobertura do solo foi feita de maneira semelhante à da porcentagem de leguminosa.
Uma inspeção visual da nodulação das plantas de estilosantes foi realizada, a campo, em março de 1999 e repetida em abril de 2000. Em ambas as ocasiões, foi constatada a presença de nódulos efetivos, em número razoável, em todas as plantas inspecionadas.
Os dados referentes à disponibilidade de MS e à % de leguminosa foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Duncan, a 5% de probabilidade. Os dados de % de leguminosa, referentes à avaliação de abril de 2000, por não atenderem ao pressuposto de normalidade, foram submetidos à transformação angular antes de serem analisados. Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o procedimento GLM do pacote estatístico SAS (Littell et al., 1991).
Grau de cobertura do solo
Em sistemas silvipastoris, a existência de um sub-bosque proporcionando boa cobertura do solo é importante para garantir a eficiente interceptação da radiação incidente, bem como para reduzir a possibilidade de erosão e do aparecimento de plantas indesejáveis. Neste estudo, os sub-bosques constituídos por gramíneas do gênero Brachiaria, independentemente de estarem ou não consorciados com o estilosantes Mineirão, foram aqueles que proporcionaram os mais elevados níveis de cobertura do solo (86 a 95%; Figura 2), fato esperado devido à maior agressividade destas gramíneas em relação às demais. Já os capins jaraguá (H. rufa) e gordura (M. minutiflora) foram os que proporcionaram menor cobertura do solo (64 a 70%), com o capim-mombaça (P. maximum), ocupando posição intermediária (77 a 80%).
Desempenho da leguminosa
Em dezembro de 1999, um ano após o plantio das forrageiras, a participação do estilosantes Mineirão no sub-bosque foi maior quando consorciado com os capins gordura e jaraguá, intermediária quando consorciada com o capim-mombaça e com a B. brizantha cv. MG-4, obtendo-se os piores resultados quando em consórcio com a B. decumbens e a B. brizantha cv. Marandu, embora com diferenças nem sempre significativas estatisticamente (Tabela 1). Na avaliação feita em abril de 2000, após a realização de dois ciclos de pastejo na área, verificou-se que houve redução da participação da leguminosa em todos os tratamentos, principalmente naqueles com as gramíneas mais agressivas, onde o estilosantes Mineirão praticamente desapareceu.
Os resultados evidenciaram estreita relação entre a agressividade da gramínea associada, demonstrada pela capacidade de cobertura do solo, e a participação da leguminosa no sub-bosque do sistema. Os coeficientes de correlação entre porcentagem de cobertura do solo dos tratamentos não-consorciados e porcentagem de leguminosa no consórcio foram de -0,93 e -0,95, respectivamente, para a primeira e segunda avaliações. Portanto, quanto maior a agressividade da gramínea associada, menor a participação do estilosantes Mineirão no sub-bosque.
Alguns autores (Ludlow et al., 1974; Nelson, 1995) sugerem que, sob sombreamento, gramíneas e leguminosas forrageiras tropicais teriam igual capacidade competitiva, já que o nível ótimo de luz para as espécies C3 é inferior ao das C4. Os resultados do presente trabalho não confirmaram esta hipótese, já que após os dois ciclos de pastejo, houve redução da proporção da leguminosa em todos os tratamentos, estando de acordo com os resultados obtidos por Wong & Wilson (1980), na Austrália, os quais constataram aumento da capacidade competitiva do P. maximum em relação à leguminosa Macroptilium atropurpureum cv. Siratro, sob sombreamento artificial. A proporção do siratro no consórcio, que era inicialmente de 40%, foi reduzida para níveis tão baixos quanto 4 a 6%, após 16 semanas, semelhante ao verificado para alguns consórcios no presente trabalho. Os autores também verificaram que a redução do intervalo de desfolhas de oito para quatro semanas favoreceu a gramínea no consórcio.
O manejo utilizado no presente trabalho - pastejos de curta duração (24 hs), com oferta de forragem de 10% do peso vivo, seguidos de período de descanso de 60 dias - favoreceu as gramíneas na competição com a leguminosa, apesar do longo período de descanso utilizado. Na realidade, a melhor forma de utilização do sub-bosque de sistemas silvipastoris ainda é um tema pouco estudado, seja ele composto apenas por gramíneas ou pelo consórcio de gramíneas com leguminosas. É necessário que sejam feitos mais estudos, utilizando leguminosas com diferentes hábitos de crescimento e graus de tolerância ao sombreamento, para maior entendimento do comportamento da associação de gramíneas e leguminosas forrageiras em sistemas silvipastoris.
Em abril de 2000, durante o levantamento da nodulação do Mineirão, foi constatado que algumas plantas apresentavam-se com coloração marrom, tombadas e com o coleto necrosado. Na ocasião não foi dada maior atenção à constatação, já que a ocorrência era relativamente baixa e os sintomas diferiam daqueles apresentados por plantas atacadas por antracnose, principal doença do gênero Stylosanthes, acreditando-se que o fato deveria ter sido causado por patógenos oportunistas que teriam infectado lesões provocadas pelo pisoteio dos bovinos. Entretanto, durante inspeção à área experimental, em junho de 2001, não foi possível encontrar nenhuma planta do estilosantes Mineirão, mesmo nas parcelas dos consórcios com os capins gordura e jaraguá, onde havia boa população de plantas por ocasião da última avaliação (Tabela 1). Cabe lembrar que no período compreendido entre abril de 2000 e a data desta inspeção, a área experimental foi mantida cercada e sem utilização. Esses fatos sugerem que alguma enfermidade teria sido responsável pelo desaparecimento do estilosantes Mineirão do sistema, provavelmente aquela constatada durante a última avaliação.
Kelemu et al. (1997) descreveram uma nova doença, causada pelo fungo Lasiodiplodia theobromae, que vem alcançando proporções epidêmicas em campos de multiplicação de sementes, plantados com cultivares de S. guianensis resistentes à antracnose, no Brasil e na Colômbia. Os sintomas descritos são muito parecidos com os observados neste experimento. Além disso, os autores constataram que, dentre os oito genótipos de S. guianensis testados quanto à reação ao patógeno, a cultivar Mineirão foi a que apresentou maior susceptibilidade.
Produção de forragem
A B. brizantha cv. Marandu, a B. decumbens e o capim-mombaça, esse último especialmente quando consorciado com o estilosantes Mineirão, foram as gramíneas que apresentaram maior capacidade de produção de forragem nas condições impostas (Figura 3). Estes resultados estão de acordo com outros estudos realizados no Brasil (Carvalho et al., 1997; Castro et al., 1999; Andrade et al., 2002), os quais têm destacado o bom desempenho destas duas braquiárias e de várias cultivares de P. maximum, sob sombreamento.
A Brachiaria brizantha cv. MG4 apresentou menor desempenho produtivo que as outras duas gramíneas do gênero. Já os capins-jaraguá e gordura foram as gramíneas que apresentaram mais baixa capacidade produtiva sob eucalipto, embora o capim-jaraguá não tenha diferido estatisticamente (P>0,05) da B. brizantha cv. MG4 (Figura 3).
Com exceção dos consórcios com a B. brizantha cv. Marandu e a B. decumbens, em que a participação da leguminosa foi muito reduzida (Tabela 1), os demais consórcios apresentaram tendência de maior produção de forragem do que as respectivas gramíneas em monocultura (Figura 3). Esse resultado é importante, pois demonstra que a presença da leguminosa contribuiu para a produtividade do sub-bosque do sistema, apesar do curto período de tempo do consórcio.
Os resultados deste estudo permitem recomendar as gramíneas B. brizantha cv. Marandu, B. decumbens cv. Basilisk e P. maximum cv. Mombaça para compor o sub-bosque de sistemas silvipastoris na região dos Cerrados. Entretanto, algumas ressalvas devem ser feitas com relação às duas últimas gramíneas. Embora durante a condução do experimento não tenha ocorrido ataque de cigarrinha-das-pastagens na B. decumbens, provavelmente devido ao tamanho pequeno das parcelas e à diversidade de forrageiras na área experimental, não é recomendável a utilização em monocultivo desta espécie em larga escala, devido à possibilidade de ataques severos desta praga. A utilização de mais de uma espécie forrageira, mesmo que em áreas separadas, é sempre uma opção inteligente para reduzir os riscos de problemas bióticos. No caso do P. maximum cv. Mombaça, sua utilização deve se restringir a áreas com solos de maior fertilidade, natural ou corrigida, de preferência sob lotação rotacionada.
As gramíneas B. brizantha cv. Marandu, B. decumbens cv. Basilisk e P. maximum cv. Mombaça apresentam boa capacidade produtiva, constituindo boas opções para compor sistemas silvipastoris na região dos Cerrados.
A consorciação com o Stylosanthes guianensis cv. Mineirão mostra-se inviável com as gramíneas do gênero Brachiaria e promissora com o P. maximum cv. Mombaça.
Agradecimento
À Companhia Mineira de Metais (CMM), pela disponibilização da área experimental e pelo apoio financeiro, em especial ao Chefe Geral da Unidade Agroflorestal, Dr. Luciano Lage de Magalhães, e ao Gerente de Processos Pecuários, Dr. Arnaldo Geraldo Cardoso.
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Carlos Mauricio Soares de AndradeI; Rasmo GarciaII; Laércio CoutoIII; Odilon Gomes PereiraIV; Alexandre Lima de SouzaV -
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