Página anterior | Volver al principio del trabajo | Página siguiente |
2.1 - Noções Preliminares
Atualmente a Internet alterou a comunicação no mundo. Está cada vez mais ao nosso redor, influenciando em nossa vida nos aspectos: político, econômico, lazer, investigação, comércio e serviços on line, educação, enfim, nas mais diversas áreas de nossa sociedade.
Existem vários serviços de busca de informações, a mais importante é a World Wide Web (WWW) e a Internet é a mais utilizada. A WWW é um sistema de gestão de informação baseado em hipertexto, numa linguagem chamada (HTML) e utilizando um protocolo especifico (HTTP), oferecendo informações sobre diversos temas para busca e compartilhamento nele contido.
Na educação, a internet abriu um grande filão didático, possibilitando buscar as informações contidas em bibliotecas, universidades, livrarias, pesquisadores de renomadas instituições dos mais variados cantos do mundo.
Diversos autores têm chamado à atenção para a importância da Internet na educação. Gokhale (1995, apud Moura, 1998 p.129-177) considera que a aprendizagem colaborativa dá aos alunos a oportunidade de entrar em discussão com os outros, tomar a responsabilidade pela própria aprendizagem, e assim torná-los capazes de pensamento crítico.
Ellsworth (1997, in Moura, op.cit. ) observa que vivemos numa sociedade baseada na informação, exigindo-se a capacidade de aquisição e análise dessa mesma informação. Desta forma, o mundo contemporâneo exige que o indivíduo seja capaz de pensamento crítico e capaz de solucionar problemas.
Moura, (1998) destaca além de ser uma excelente fonte de informação, a Internet possibilita a interação com os outros, ou seja, a partilha de opiniões, sugestões, críticas, e visões alternativas. Na escola, a Internet não poderá deixar de ter grande importância pedagógica de acordo com este autor:
"A Internet faz hoje parte do nosso mundo, incluindo o espaço escolar, e a educação não pode passar ao lado desta realidade. Este novo recurso põe à disposição um novo mar de possibilidades para novas aprendizagens, permite a interação com outras pessoas das mais variadas culturas, possibilita o intercâmbio de diferentes visões e realidades, e auxilia a procura de respostas para os problemas. Ela é um excelente recurso para qualquer tipo de aprendizagem, em particular nas aprendizagens em que o aprendente assume o controle".(MOURA, 1998 op.cit.).
De acordo com Valzacchi, (2003) o uso da Internet nas aulas pode chegar a ser proveitoso, para ele:
"Aprender a aprender e a desenvolver a criatividade são habilidades críticas na sociedade onde o conhecimento se renova com velocidades inesperadas".
"Através de diálogos entre os pares, entre alunos e professores ou em comunidades de aprendizes".
"Este repensar da perspectiva educativa incide largamente na relação entre a Internet a aprendizagem, toda vez que se faz uso desse meio, se use predominantemente para fazer a diferença (novo paradigma, atuar sobre objetos de conhecimento e interagir entre grupos de pessoas), tomando como marco o global, mas sem perder de vista o local. Os currículos globais começam a ser cada vez mais uma crescente preocupação dos educadores das organizações".(VALZACCHI, 2003 p.129-177).
Encontra-se em Valzacchi, (2003, p.226), os padrões sugeridos pela Sociedade Internacional para Tecnologia na Educação necessários para desenvolver-se na escola no século XXI, fundamentando os objetivos que se pretende com a nossa pesquisa:
- Manejar com desenvoltura o emprego da tecnologia.
- Comunicar informações e idéias usando uma grande variedade de meios e formatos.
- Acessar, trocar, copiar, organizar, analisar e sintetizar as informações.
- Esquematizar conclusões e realizar generalizações baseadas na informação obtida.
- Saber encontrar informação adicional.
- Saber avaliar a informação e suas fontes.
- Construir, produzir e publicar modelos, conteúdos e outros trabalhos criativos.
- Ter habilidades para transformar-se em autodidatas.
- Colaborar e cooperar em seus grupos de trabalhos.
- Ter a disposição para a resolução de problemas.
- Interagir com outros de forma apropriada e com ética.
Concordando com Garcia, (1997 p.5), quando aponta que as escolas hoje estão muito afastadas do contexto do uso das tecnologias da informação em relação aos outros segmentos da sociedade. Pretende-se, dessa maneira, aproximar a escola com os recursos oferecidos pelo computador conectado à internet contribuindo na qualidade do ensino e da aprendizagem
Por que empregar o uso da Internet como instrumento de aprendizagem apoiado na pedagogia de projetos?
A internet como instrumento de aprendizagem na pesquisa, possibilita aproximação e interação entre alunos e professor, concordando com Moran, (2001) quando afirma que podemos modificar a forma de ensinar:
"Com flexibilidade procuramos adaptar-nos às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. [...] Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação". (MORAN, 2001 p.29).
De acordo com Moura, (1998) " a Internet, e em especial a World Wide Web (WWW), torna-se um "recurso valioso que é necessário aproveitar, tendo especial importância nos projetos de aprendizagem" [...]. (MOURA, 1998 p.129-177)
Um referencial teórico a respeito de como inserir a pedagogia de projetos de iniciação cientifica no ensino fundamental foi encontrado Martins, (2001). O autor apresenta uma proposta pedagógica baseada no principio de que é fundamental mobilizar e envolver o aluno para que seu aprendizado seja significativo. Concordando com os dizeres deste autor em relação aos alunos e o professor no contexto da pesquisa:
"[...] os alunos participem e se envolvem em seu próprio processo de aprendizagem e o compartilhem com outros colegas, como também exijam que o professor enfrente desafios de mudanças, diversificando e reestruturando, de forma mais aberta e flexível, os conteúdos e escolares".(MARTINS, 2001 p.18).
Aliar então, a fonte riquíssima de informações que temos na internet à pedagogia de projetos de iniciação cientifica, buscamos com a nossa pesquisa, afirmar o que Gardner, citado por Smole, (1999 p.19) que o "propósito da escola deveria ser educar para a compreensão e para ajudar os alunos a encontrar o seu próprio equilíbrio"
Perini (2001) revela a falta de um melhor preparo dos alunos e a ausência de iniciação científica no ensino básico como promotora de criatividade e de abertura de novos caminhos na busca do saber e como formadora de consciência perante os fatos. (PERINI, 1996 in MARTINS, 2001 p.44).
A afirmação de Perini (2001) mostra o estágio atual que se encontra a escola, pois encontramos ainda um ensino tradicional baseado na transmissão dos conhecimentos pelo professor e exigindo aos alunos a memorização desses conhecimentos. Desta forma, a pesquisa poderá contribuir para a formação de uma escola moderna com uso de novas tecnologias de informação e comunicação correspondendo o que a sociedade atual espera da escola: uma escola moderna, organizada, dinâmica, que envolvam alunos e professores na construção coletiva do conhecimento.
Isabel Borrás, (1996 apud Valzacchi, 2003 p. 228-230) fundamenta o uso de Internet como ferramenta para a aprendizagem, de acordo com os princípios de três teorias: Construtivismo, Teoria da Conversação, e a Teoria do Conhecimento Situado.
1) Construtivismo
Ultimamente a teoria do construtivismo e o desenho em torno da aprendizagem construtivista têm despertado considerável interesse. Segundo Bodner, (sd, apud Valzacchi, 2003 p.223-245) o modelo construtivista de conhecimento pode ser expresso com a seguinte frase: "O conhecimento é construído na mente do aprendiz"
Do ponto de vista construtivista, as informações que percebemos com nossos sentidos e os esquemas cognitivos que utilizamos para explorar essas informações existem em nossa mente.
De acordo com Kahn y Friedman, (1993, in Valzacchi, 2003 op.cit.) a aprendizagem construtivista se caracteriza pelos seguintes princípios:
a) Da instrução a construção: Aprender não significa simplesmente trocar um ponto de vista (o incorreto) por outro (o correto), e nem simplesmente acumular novo conhecimento sobre o velho, e sim transformar o conhecimento. Esta transformação, por sua vez, ocorre através do pensamento ativo e original do aprendiz.
Assim, a educação construtivista implica a experimentação e a resolução de problemas e considera que os erros fazem parte base da mesma.
b) Do reforço ao interesse: Os estudantes compreendem melhor quando estão envolvidos nas tarefas e temas que provocam sua atenção. Portanto, desde uma perspectiva construtivista, os professores investigam o que interessa a seus estudantes, elaboram um currículo para apoiar e expandir esses interesses, e aplica ao estudante no projeto de aprendizagem.
c) Da obediência a autonomia: O professor deveria deixar de exigir submissão e fomentar, a troca, a liberdade responsável. Dentro do marco construtivista, a autonomia se desenvolve através das interações recíprocas a nível micro-genético e se manifesta por meio da integração de considerações sobre ele mesmo, os demais e a sociedade.
d) Da coerção a cooperação: As relações entre alunos são vitais. Através delas, se desenvolvem os conceitos de igualdade, justiça e democracia (Piaget, 1932 apud Valzacchi, 2003 p.223- 245) e progride a aprendizagem acadêmica.
Entende-se então, que a Internet atua no sentido de uma aprendizagem construtiva. É um sistema aberto guiado pelo interesse, iniciada pelo aprendiz e conceitualmente provocadora dentro da concepção construtivista do aprendizado.
2) Teoria da Conversação
A segunda teoria freqüentemente invocada para fundamentar a validade pedagógica da Internet é a teoria da conversação (Pask, 1964 citado por Valzacchi, 2003 p. 223- 245). A teoria segue o ponto de vista de Vygotsky, (1978 in Valzacchi, 2003 op. Cit.) sobre o eixo de que aprender é por natureza um fenômeno social; que a aquisição de novo conhecimento é o resultado da interação de gente que participa de um diálogo; e que aprender é um processo dialético em que um indivíduo contrasta seu ponto de vista pessoal com o de outro até chegar a um acordo.
Neste contexto defende-se o uso da internet promovendo avanços no aprendizado do aluno.
A Internet está ligada a noção Vygotskiana de interação entre gente que traz diferentes níveis de experiência a uma cultura tecnológica. Internet pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual os aprendizes criam uma zona virtual de "desenvolvimento próximo" (VYGOTSKY, 1978 in VALZACCHI, 2003 op. cit.).
3) Teoria do Conhecimento Situado
A parte das teorias construtivistas e da teoria da conversação, outra teoria que defende a confiabilidade do uso da Internet como meio de aprendizagem é a Teoria do Conhecimento Situado. De acordo com esta teoria, o conhecimento é uma relação ativa entre um ‘agente’ e o ‘ambiente’, e a aprendizagem ocorre quando o aprendiz está ativamente envolvido num contexto instrucional complexo e realístico (YONG, 1993 apud VALZACCHI, 2003 p. 223-245)
A posição mais extrema da aprendizagem situada sustenta que não é só ‘aprender’, mas sim também o ‘pensar’ é situado e que, portanto, deveria ser considerado desde uma perspectiva ecológica. Tal posição está baseada no trabalho de Gibson (1986 apud Valzacchi, 2003 op. cit.) que enfatiza que se aprende através da ‘percepção’ e não da ‘memória’. A Internet responde as premissas do conhecimento situado em suas características: realismo e complexidade.
A Internet possibilita intercâmbios autênticos entre usuários provenientes de contextos culturais diferentes e com interesses similares (BROWN, COLLINS e DUGUID, 1989 apud VALZACCHI, 2003 op.cit.)
Destas teorias que enfatizam o uso da Internet no contexto educacional, destacamos o ‘construtivismo’ que transforma os conhecimentos pesquisados em conhecimentos novos e significativos através do pensamento ativo do aluno e possam subsidiar o professor com o referencial necessário para mudar a sua prática e fazer com que alunos e professor possam ser sujeitos do processo de aprendizado.
Neste contexto então, a teoria do construtivismo permeia a nossa pesquisa. A interação aluno-aluno e aluno-professor é fundamental na qual a instrução do professor possa ajudar nas aprendizagens dos alunos, toma-se como base pedagógica no que pretende-se com a pesquisa.
2. 2 - Base Pedagógica
As mudanças para um sistema mais atrativo dentro da escola devem acontecer em função das novas tecnologias de informação e comunicação para contribuir na formação de um novo paradigma em educação.
Nesta forma entende-se que a relação pedagógica deve mudar. Uma relação em que professor-aluno e aluno-aluno possa moldar estratégias de aprendizagens. Assim parafraseando Silva (1998, p.2) o eixo dessas modificações se desenvolve em torno do professor como o mensageiro, o organizador das atividades escolares. Os alunos e o professor compartilhando idéias, tomando novas atitudes possam ser o centro do trabalho escolar dando ênfase ao ensino e a aprendizagem.
A escola então pode ser atrativa, e [...] "formativa para os jovens de hoje, com necessidades e interesses adequados à época em que vivem e que é uma época altamente tecnológica." (SILVA, op. cit).
Barbosa (et all. 2004 p.01) cita que antes do surgimento do computador, em 1945 Vannevar Bush idealizou com bastante exatidão o uso de hipertexto, multimídia, sistemas de informação, bibliotecas virtuais, publicações eletrônicas, aprendizagem assistidas por computadores, etc. Afirma o autor que já existiam a expectativa de utilizar as tecnologias facilitando a vida humana, inclusive no campo educacional.
Nos anos 50 e 60 surgem os recursos audiovisuais que estavam mais para ser usado no aspecto unidirecional, ou seja, privilegia ou facilita apresentação dos conhecimentos aos alunos.
Nos anos 70 e 80 surgem os computadores com potencial no contexto educativo ao serem usados como auxilio ao professor.
De acordo com Abranches (2000) os estudos de Papert (1985 e 1994) enfatizam os ganhos com a informática aplicada ao ensino-aprendizagem como meio auxiliar na construção e descoberta de novos conhecimentos.
No final dos anos 80 e inicio dos anos 90 o computador emergiu no mundo e seu uso como meio auxiliar de ensino tomou evidência na educação. Vários autores procuram examinar a questão do uso de computadores sa serviço de um projeto pedagógico, dentre eles, Drucker (1993), Dowbor, (1993), Foresti, (1996), Menezes (1993), Moreira e Silva, (1999), Silva, (1988), Almeida (1988), Candau, (1991) e Andrade e Lima, (1993), todos citados por ALMEIDA. (2000 p.15).
As contribuições dos trabalhos de Barbosa, (2004), Chaves (2000), Hernandez, (2000), Nogueira, (2005), Martins, (2001), Prado, (in Moran e Almeida, 2005), serviram de referenciais no desenvolvimento da pesquisa. Estes autores defendem um processo ensino- aprendizagem centralizado na pedagogia de projetos para introduzir a iniciação cientifica no ensino fundamental, um objeto de observação que se pretende com a pesquisa.
Nesta pedagogia, a questão conceitual, procedimental e atitudinal são importantes na busca de fontes de informações contidas na internet ao passar por processos de análise, depuração e criação de conceitos na construção coletiva de conhecimentos.
Outros autores como Valente, (1993, 1994, 1995), Chaves, (1998) e Moran et. all. (2001) apresentam trabalhos sobre a introdução de novas tecnologias com perspectivas de construir novas propostas de melhoria da qualidade educacional baseado na metodologia de projetos.
Dentro do contexto de mudanças paradigmáticas do ensino-aprendizagem que se espera para a escola moderna, destacamos alguns referenciais teóricos na pesquisa neste sentido.
Assim sendo, Costa Neto, (2002 p. 32) e Behrens, (in Moran, 2001 p.85), Reis e Castro, (2006 p.88-96) apresentam em síntese, um referencial sobre mudanças nos paradigmas atuais na educação, propondo um paradigma inovador que atenda as necessidades da sociedade do conhecimento, assim chamado de paradigma emergente, defendido por alguns educadores citado por Behrens (in Moran, 2001 p. 85), como Boaventura Santos (1989), Moraes, (1970), Pimentel, (1993), Gutiérrez, (1999) e Behrens, (1999).
Mercado (1998) propõe um novo perfil para o educador frente às novas mudanças que estão ocorrendo na sociedade com a valorização da informação. Deve assumir uma nova postura diante dos novos conhecimentos que estão surgindo. Destaca Mercado (1998) um profissional que possa oferecer [...] "estímulo à pesquisa como base de construção do conteúdo a ser veiculado através do computador, saber pesquisar e transmitir o gosto pela investigação a alunos de todos os níveis [...] e colocar-se a caminho com o aluno e estar aberto à riqueza da exploração, da descoberta de que o professor, também pode aprender com o aluno. Na formação do professor, este, durante e ao final do processo, [...] (MERCADO, 1998 p. 1-2)
Neste contexto a pesquisa reforça que é pertinente incorporar na sua prática com o uso de computadores conectados a internet utilizando uma metodologia capaz de buscar:
"Conhecimento das novas tecnologias e de maneira de aplica-las; estímulo à pesquisa como base de construção do conteúdo a ser veiculado através do computador, saber pesquisar e transmitir o gosto pela investigação a alunos de todos os níveis; capacidade de provocar hipóteses e deduções que possam servir de bases à construção e compreensão de conceitos; habilidade de permitir que aluno justifique as hipóteses que construiu e as discuta; especialidade de conduzir a análise grupal a níveis satisfatórios de conclusão do grupo a partir de posições diferentes ou encaminhamentos diferentes do problema; a capacidade de divulgar os resultados da análise individual e grupal de tal forma que cada situação suscite novos problemas interessantes à pesquisa"; (MERCADO, 1998 p.3).
De acordo com Mercado, (1998), a sociedade do conhecimento exige um novo perfil de educador, ou seja, alguém:
Comprometido - com as transformações sociais e políticas; com o projeto político-pedagógico assumido com e pela escola;
Competente - evidenciando uma sólida cultura geral que lhe possibilite uma prática interdisciplinar e contextualizada, dominando novas tecnologias educacionais. Um profissional reflexivo, crítico, competente no âmbito da sua própria disciplina, capacitado para exercer a docência e realizar atividades de investigação;
Crítico - que revele, através da sua postura suas convicções, os seus valores, a sua epistemologia e a sua utopia, fruto de uma formação permanente; seja um intelectual que desenvolve uma atividade docente crítica, comprometida com a idéia do potencial do papel dos estudantes na transformação e melhoria da sociedade em que se encontram inseridos;
Aberto à mudanças - ao novo, ao diálogo, à ação cooperativa; que contribua para que o conhecimento das aulas seja relevante para à vida teórica e prática dos estudantes;
Exigente - que promova um ensino exigente, realizando intervenções pertinentes, desestabilizando, e desafiando os alunos para que desencadeie a sua ação reequilibradora; que ajude os alunos a avançarem de forma autônoma em seus processos de estudos, e interpretarem criticamente o conhecimento e a sociedade de seu tempo;
Interativo - que concorra para a autonomia intelectual e moral dos seus alunos trocando conhecimentos com profissionais da própria área e com os alunos, no ambiente escolar, construindo e produzindo conhecimento em equipe, promovendo a educação integral, de qualidade, possibilitando ao aluno desenvolver-se em todas as dimensões: cognitiva, afetiva, social, moral, física, estética. (MERCADO, 1998 p. 4)
Mercado, (1998) então demonstra um novo perfil de educador nesta nova sociedade que se forma, mais crítico, orientador do educando, pesquisando junto com os alunos desenvolvem habilidades para construírem juntos conhecimentos significativos.
Desta forma, esperamos que a pesquisa possa contribuir para formação deste novo paradigma na educação, no qual o professor atua mediando ações pedagógicas que faz da educação um papel ativo de aprendizado coletivo numa relação mais humana. Justifica-se o emprego do uso da Internet como fonte promotora de aprendizado significativo e melhorar a prática pedagógica dentro deste novo contexto educacional que se espera da escola atual.
Durante a realização da pesquisa foi possível criar um ambiente digital de aprendizagem? Primeiramente devemos esclarecer o que são ambientes digitais de aprendizagem.
De Acordo com Almeida, (2003 p. 332) "Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação".
A pesquisa oferece um caminho à iniciação cientifica no ensino fundamental, possibilitando um aprendizado significativo. O uso do termo aprendizado no contexto da pesquisa será entendido num sentindo mais amplo de acordo com Rego (2004 p. 72). Segundo esta autora, "quando Vygostsky fala em aprendizado ele se refere tanto ao processo de ensino quanto ao de aprendizagem, pois ele não acha possível tratar destes dois aspectos de forma independente".
O uso a internet no meio educacional é pertinente e pode contribuir com as mudanças dentro da escola. Articular e promover metodologias novas utilizando os computadores ligados à internet auxiliando na aprendizagem, parte do princípio de que "escola já não é a primeira "fonte de informação para os alunos e que o professor também não é mais a única fonte de informações e conhecimentos para os alunos construírem conhecimentos significativos" (POZO, 2004, p.10).
A pesquisa oferece ao professor uma contribuição para ajudar a promover iniciação a nova cultura da aprendizagem: da informação ao conhecimento.
Os relatos de Pozo e Postigo, (2000) citado por Pozo, (2004) indicam que a escola:
[...] já não pode proporcionar toda a informação relevante, porque esta é mais volátil e flexível que a própria escola, o que se pode fazer é formar os alunos para terem acesso e darem sentido à informação, proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem que lhes permitam uma assimilação crítica da informação". (POZO e POSTIGO, 2000 in POZO, 2004 p.10).
Concordamos com os autores acima porque mostram um caminho para fortalecer um novo processo de aprendizagem dentro da escola no qual buscar, processar e compartilhar informações para construir conhecimentos, requer uma visão mais crítica dessas informações neste ambiente digital de aprendizagem.
Estudos de Moura (1998) mostram com o uso da internet [...] "é possível trocar informações instantaneamente, e aceder rapidamente a novas soluções. Assim, é pertinente considerar esta nova ferramenta como um auxílio na aprendizagem [...]" e possibilita a "interação com os outros, ou seja, a partilha de opiniões, sugestões, críticas, e visões alternativas". (MOURA, 1998 p.129-177).
Assim sendo, encontramos várias formas de interação dentro do contexto geral no qual a internet pode propiciar, o saber, de acordo com Moura, (1998, op. cit):
a) WWW (World Wide Web) – Busca de informação. Face mais visível da Internet
b) Gopher: busca de informação
c) Archie: busca de informação
d) Wais: busca de informação
e) e-mail: contato entre pessoas.
f) Fóruns de discussão (Newsgroups): grupos de discussão sobre diferentes temas que podem ter participação compartilhada ou apenas lido de acordo com o interesse. É usado na modalidade de ensino á distância (EAD).
g) Transferência de arquivos (FTP): sistema de transferência de arquivos
h) Conversação direta (IRC): bate-papo entre pessoas.
i) Televisão Interativa: TV digital a ser implantada no Brasil daqui a alguns anos.
j) Outras possibilidades na transmissão de dados: rede elétrica, a utilização das fibras ópticas da televisão a cabo, ou a utilização das redes telefônicas digitais (RDIS) possibilitando uma velocidade de acesso mais rápido.
Neste contexto, o volume de informações que a internet oferece dará suporte ao professor que pensa em colaborar para ajudar seus alunos a aprender a construir seu conhecimento.
Ao criar espaços de aprendizagem na sala de informática, encontramos na pesquisa, a melhor forma de compreender o que significa esta nova cultura de aprendizagem no mundo contemporâneo o que Perrenoud (2000) relata sobre as novas tecnologias aplicadas à educação podem:
[...] "reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio de uma divisão de trabalho" [...] (PERRENOUD, 2000 p.139)
[...] "aumentar a eficácia do ensino e familiarizar os alunos com novas ferramentas informática do trabalho intelectual". (PERRENOUD, 2000, p.129).
No contexto de mudanças que a escola pode promover incluindo os computadores ligados á internet auxiliando na aprendizagem parte do principio: A escola já não é a primeira "fonte de informação para os alunos" Pozo, (2004). A pesquisa oferece aos professores uma contribuição para ajudar a promover mudanças na escola e neste sentido, dar iniciação a nova cultura da aprendizagem: da informação ao conhecimento.
Desta forma o volume de informações disponíveis na internet oferecem suporte ao professor que pensa em colaborar para ajudar seus alunos a aprender a construir seu conhecimento.
Ainda mais Pozo e Postigo, (2002) reforçam o sentido que buscamos com o uso da internet e a metodologia de projetos:
"Isto será possível com ação do professor orientando, mediando as tarefas propostas, buscar fazer um ensino de novas competências para a gestão do conhecimento, como uma das metas essências da educação atendendo às exigências da sociedade da aprendizagem". (POZO, 2002 p.10).
Para Reis e Castro, (2006), as tecnologias de informação e comunicação criadas e desenvolvidas possibilitam a disposição e troca de informação e as mudanças na sociedade:
"As mudanças acontecem dentro da escola. A conexão com o mundo das informações se fez presente nas pesquisas dos estudantes que acessaram à Internet como meio para alcançar os objetivos de cada tema desenvolvido e mediado pelo professor, e assim, confirmando que "[...] tendem a provocar mudanças nos hábitos, comportamentos, atitudes e oportunidades do indivíduo, com reflexo para a sociedade como um todo". (REIS e CASTRO, 2006 p 88)
Então, pode-se dizer que, no conjunto dos pressupostos da utilização da Internet como recurso de aprendizado, a pesquisa tenta contribuir para a consolidação da criação de ambientes digitais de aprendizagem.
A Internet usada no contexto da pesquisa demonstrou que foram criados os espaços de aprendizagem na sala de informática, para melhor compreender o que significa esta nova cultura de aprendizagem no mundo contemporâneo.
Isto será possível com ação do professor orientando, mediando as tarefas propostas, fazer um ensino de novas competências para a gestão do conhecimento, como uma das metas essenciais da educação atendendo às exigências da sociedade da aprendizagem.
A utilização das tecnologias na escola e sala de aula dá uma abertura ao mundo permitindo articular situações global e local, sem perder o universo dos conhecimentos acumulados ao longo da vida.
Encontram-se referenciais teóricos que justificaram incorporar a pedagogia de projetos em nossa pesquisa. O ensino e a aprendizagem por meio de projetos têm um pressuposto básico: trata-se de um projeto de ação, onde:
"O fundamental para a constituição de um projeto é a coragem de romper com as limitações, muitas delas auto-impostas, do cotidiano, convidando os alunos à reflexão sobre questões importantes da vida real, da sociedade em que vivem. Provoca os alunos a alçarem vôo rumo aos seus desejos e às suas apreensões verdadeiras". (ALMEIDA e FONSECA JUNIOR, 2000 p.14).
Neste contexto Martins, (2001) [...] oferece uma proposta pedagógica baseada no principio de que é fundamental mobilizar e envolver o aluno para que seu aprendizado seja significativo. [...] (MARTINS, 2001 p.44).
Na escola deparamos com uma prática educativa de acordo com o que afirma Perini, (1996) "O estudante brasileiro é tipicamente diferente, submisso à autoridade acadêmico, convencido de que a verdade se encontra pronta acabada, nos livros e na cabeça das autoridades".(PERINI, 2002 in MARTINS, 2001 p.44).
E ainda, nos dizeres de Martins, (2001) [...] a falta de um melhor preparo dos alunos e a ausência de iniciação científica no ensino básico, como promotora de criatividade e de abertura de novos caminhos na busca do saber e como formadora de consciência".(MARTINS, op.cit).
O trabalho com projeto é imprescindível na formação do estudante. "A pesquisa é a verdadeira fonte de conhecimento". (PERINI,1996, apud Martins, 2001 p.45).
Ainda mais a respeito da idéia de projetos de pesquisa de acordo com Hernandez (1998) e Hernandez e Ventura ( 1998).
[...] a função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação, a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio".
(HERNÁNDEZ e VENTURA, 1998, p. 61).
"A Pedagogia de Projetos valoriza a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem,tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada projeto de trabalho. Portanto,a Escola e as práticas educativas fazem parte de um sistema de concepções e valores culturais que fazem comque determinadas propostas tenham êxito quando se 'conectam' com alguma das necessidades sociais e educativas" (HERNANDEZ, 1998, p.66).
Demo (1999) destaca o "perfil do professor moderno [...], pois precisa aprender a pesquisar, porque é a pesquisa que lhe define o exercício profissional"l e que devemos "educar pela pesquisa", criando […] alternativas para aprendizagem mais reconstrutiva e caminhos mais seguros de caráter emancipatório. (DEMO, 1999, p.182-184).
Para Nogueira, (2005 p.161) novas tendências da informática educacional incluem trabalhos de autoria em que o aluno é autor de projetos. Assim ele planeja, executa, depura, apresenta, expõe e avalia conjuntamente com os colegas e com o professor.
A essência do projeto, no sentido que a pesquisa busca, é, parafraseando Demo (2006), centralizar um compromisso político com aprendizagens adequadas aos alunos e também como conseqüência à aprendizagem do professor.
"o compromisso político com o aprimoramento da aprendizagem dos alunos permanece, enquanto que [...] a fundamentação teórica é essencial, mas sempre instrumental apenas. "Para que o aluno aprenda bem, é imprescindível que o professor continue aprendendo bem, na posição de "eterno aprendiz". (DEMO, 2006 p. 8 e 9).
De acordo com Chaves, (2000) quando afirma a respeito do uso de projeto de aprendizagem:
"A aprendizagem é mais importante para os alunos e se dá quando eles próprios definem e elaboram projetos do que desejam aprender. Esse sentido da expressão aponta para uma nova metodologia de aprendizagem chamada de "Pedagogia de Projetos de Aprendizagem". (CHAVES, 2000 p.12).
Abriu-se uma discussão no inicio do trabalho para escolha do tema central do projeto a ser desenvolvido pelos alunos, o professor encontra em Chaves (2000) um respaldo teórico justificando utilizar esta metodologia: "A aprendizagem é mais importante para os alunos e se dá quando eles próprios definem e elaboram projetos do que desejam aprender".[...] (CHAVES, 2000 p.12).
Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento (PRADO, 2005 p.13).
Assim sendo o aluno busca informações que sejam pertinentes para a suas pesquisas ao acessar documentos disponíveis nos sites da WEB.
De acordo com Chaves, (2000 op. cit) quando defende a idéia que na pedagogia de projetos de aprendizagem, o ser humano constrói a sua própria vida, ao explorar e investigar seus interesses, o papel do professor é ter a responsabilidade de articular maneiras de desenvolver esses interesses, tornando útil na formação de competências e habilidades para tornar capaz de transformar o mundo que cerca o aprendiz.
A aprendizagem por projetos então, deve instigar professor e aluno a se envolverem na investigação onde "o aprender seja um procedimento que deve ser um processo natural, agradável e continuo" [...] abrindo os espaços para uma aprendizagem ativa da criança". (CHAVES, 2000 op cit.).
Quando se desenvolve projeto em sala de aula cria-se uma nova cultura educacional, mas para tanto é preciso que haja mudanças na escola, mudanças estas em suas estruturas e essência, ou seja, do tempo e do espaço de aprender e ensinar. Por isso,
"Implementar projetos significa oferecer a possibilidade de os alunos desenvolverem conhecimentos significativos para eles, que acabam aprendendo com o corpo todo porque entram por inteiro na grande aventura de descobrir, de inventar, tratando o conhecimento de modo integral e por inteiro. Aprender por projetos é transformar o processo da aprendizagem em algo meritório, que merece ser compartilhado, tornado público porque diz respeito ao público. (ALMEIDA e FONSECA JUNIOR 2000, p.26)".
Nesse novo papel, a escola se constitui como um espaço no qual alunos e professores podem conquistar maior autonomia para desenvolver o ensino e a aprendizagem em colaboração mútua. Neste sentido, concordamos com Gardner, (1995), citado Smole, (1999) quando argumenta que […] "o propósito da escola deveria ser educar para a compreensão e para ajudar os alunos a encontrar o seu próprio equilíbrio".(GARDNER, 1995 in SMOLE ,1999 p.19).
Ao aplicar a metodologia de projetos de aprendizagem espera-se que o educador seja, de acordo com Almeida, (1998) […]"aquele que é capaz de instigar a resolução de problemas, vislumbrar significados para a vida, digno de envolver os jovens em tarefas radicais, pelas quais sejam capazes de dedicar suas vidas". (ALMEIDA, 1998 p.79)
O projeto é desenvolvido "pelas pessoas que pensam sobre ele e atuam sobre sua realização. […] é uma construção própria do ser humano, que se caracteriza partir de uma intencionalidade" […] (MORAN e ALMEIDA 2005 p.39).
O aluno aprende nesta metodologia o "processo de levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento" (PRADO, 2005 p. 13).
Desta forma, nos dizeres de Santos, (2002) "[...] os computadores poderão introduzir formas de atuação e de interação entre pessoas, especialmente nas escolas [...] novas práticas são inventadas, conquistadas e construídas coletivamente e não no isolamento individual".(SANTOS, 2002 p.48).
Ao trabalhar com grupo de alunos percebe-se a importância da interatividade dentro da metodologia de projetos nos dizeres de Nogueira (2001), [...] " os projetos são verdadeiras fontes de investigação e criação, que passam sem dúvida por processos de pesquisas, aprofundamento, análise, depuração, e criação de novas hipóteses, colocando em prova a todo momento as diferentes potencialidades dos elementos do grupo" [...](NOGUEIRA, 2001 p.80) .
Estudos de Reis e Castro (2004) apontam que "as novas tecnologias de informação e comunicação tendem a provocar mudanças nos hábitos, comportamentos, atitudes e oportunidades do individuo, com reflexo para a sociedade com um todo". (REIS e CASTRO, 2004 p. 88-96).
Ainda mais, para Hernandez e outros (2000, p.134-135) os projetos de trabalhos:
"São respostas às necessidades de realizar uma organização globalizada e atualizada dos conhecimentos e das informações trabalhadas na escola. O sentido da globalização consiste em um somatório de informações disciplinares, mas em encontrar o nexo, a estrutura cognoscitiva, o problema central, que vincula os conhecimentos e possibilita a aprendizagem".(HERNANDEZ e OUTROS 2000 p.134 e 135).
Parafraseando Behrens e José (2004), a importância de tanto o educador quanto o educando agirem conjuntamente para que se aproximando possam realizar suas funções dentro do contexto pedagógico esperado, ou seja, a experiência do professor possa ter o desencadeamento das tarefas nas pesquisas dos alunos e fornecer as primeiras pistas sobre os conhecimentos disponíveis. (BEHRENS e JOSÉ, 2004 p. 81)
Então, as mudanças nas relações pedagógicas foram observadas ao longo da pesquisa, confirmando os dizeres de Kensky, (2003):
"As tecnologias existentes em cada época, disponíveis para utilização por determinado grupo social, transformaram-se radicalmente as suas formas de organização social, a comunicação, a cultura e a própria aprendizagem. Novos valores foram definidos e novos comportamentos precisaram ser aprendidos para que as pessoas se adequassem à nova realidade social vivenciada a partir do uso intenso de determinado tipo de tecnologia".(KENSKY, 2003 p. 47-56)
Dentro do contexto sócio-interacionista os projetos pedagógicos mediatizados pelo professor com o uso da Internet, reforçam os conceitos a respeito das relações pedagógicas sustentadas pelos pressupostos da Teoria de Vygotsky, encontrados nos estudos de Oliveira, (1993), Suanno (2003) e Freitas (2003),
[...] é na relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas uma relação mediada, sendo os sistemas simbólicos os elementos intermediados entre o sujeito e o mundo". (OLIVEIRA, 1993,p.24).
E também que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação precisam ser utilizadas de forma que permitam a mediação e a interação do sujeito com o outro social [...] (SUANNO, 2003, p.13).
"Segundo a abordagem sócio-interacionista, de Vygotsky, a aprendizagem significativa ocorre quando o professor utiliza o conhecimento do aluno, relaciona-o a outros conceitos e, por meio de sua mediação, o educando adquire novos conceitos. Nesse caso, sua aprendizagem não foi construída de forma mecânica, mas a partir daquilo que tem significado para ele e que está próximo à sua realidade".(FREITAS, 2003 p.22).
Esse despertar dá-se por rupturas e desequilíbrios provocados por novas situações, "a partir das constantes interações com o meio social em que vive" (REGO, 1995, p. 60-61). Para tal, busca-se a fusão do trabalho sistemático, dos conceitos científicos pré-estabelecidos, com o trabalho construído segundo a observação e manipulação direta dos dados.
A escola que privilegia a transmissão de conhecimentos não cabe mais no mundo atual. Necessita rever seus conceitos de comunicação dos conhecimentos novos que são produzidos, passando a ser mais ativa neste sentido. Neste sentido, concorda-se com Libâneo, (1998) quando afirma que:
"Cabe à escola não ser uma simples transmissora de informação, mas ser um agente transformador, que viabilize análises críticas da realidade, produza informações e possibilite a atribuição de significado às informações, que chegam, velozmente e/ou simultaneamente, aos acontecimentos, através da TV, rádio, jornal, vídeos, informática; etc. A escola tida como espaço de síntese, "precisa articular sua capacidade de receber e interpretar informação com a de produzi-la, a partir do aluno como sujeito do seu próprio conhecimento". (LIBÂNEO 1998, p.27)
De acordo com Lüdke (2003), citado por Fleck, (SD, p. 4-5), dentre outras características da pedagogia de projetos justifica-se a aplicação desta metodologia na pesquisa, pois favorece a:
"Combinação entre o trabalho escolar e o de várias outras instituições e agências: trabalhando com projetos, [...] multiplica as fontes de informação e de interação, seja na própria instituição como fora dela" [...].
"Possibilidade de reunir o que já foi aprendido pelo aluno e o que pode vir a sê-lo nos vários campos do conhecimento: os projetos envolvem os saberes já acumulados pelos alunos e todo o potencial possível de novos conhecimentos a serem adquiridos. As possibilidades de abertura são ilimitadas, [...]além de suas fronteiras, multiplicando os alvos de sua ação".
"Construção de conhecimento pela investigação própria dos alunos: se o professor se preocupar em desenvolver nos alunos uma atitude permanente de indagação, com perguntas a respeito de problemas significativos e se eles forem estimulados a buscarem respostas, já teremos uma boa iniciação aos passos introdutórios de uma verdadeira pesquisa".
"Articulação entre trabalho individual e coletivo e valorização de atitudes e comportamentos sociais: diferentemente da ótica individualista, que supõe o sucesso de cada um, isoladamente, a partir do domínio dos conhecimentos previstos e avaliados de forma tradicional, o trabalho por projetos privilegia a evolução de todo grupo, sem desconsiderar também o crescimento de cada um dos participantes. Todos aproveitam do alcance dos objetivos e do processo de atingi-los, em busca de aprendizagens significativas". (LUCKE, 2003 in FLECK SD, p.4-5).
Numa aula sobre iniciação cientifica foi destacada as características das etapas do método cientifico e então, oferecer aos alunos as noções e preocupações básicas que devem ser consideradas na construção de seus projetos, de acordo com (ALMEIDA e FONSECA JUNIOR, 2000, p. 26).
• Identificação de um problema
• Levantamento de hipóteses e soluções
• Mapeamento do aporte científico necessário
• Seleção de parceiros
• Definição de um produto
• Documentação e registro
• Método de acompanhamento e avaliação
• Publicação e divulgação
O suporte teórico fez refletir sobre a responsabilidade de educadores, instituições e sociedade sobre as mudanças da educação, analisando as potencialidades do uso das tecnologias de informação e comunicação. Sem dúvida alguma buscar novas formas de trabalhar com projetos utilizando a fonte de informações contidas na Internet, fez da pesquisa um momento de repensar as atitudes dos alunos e deste pesquisador.
A pesquisa demonstra que os alunos, ainda que encontrem "coisas" prontas acabadas disponíveis na Internet, para apresentarem, descobriram que a ciência é dinâmica e devem aprender a utilizar as etapas da metodologia cientifica para levantar idéias, propor soluções, compartilhar informações, relacionar itens significativos, enfim, demonstrar como concluíram hipóteses levantadas.
Os alunos se envolveram mais na atividade educativa. Foi observado que os alunos se comprometem mais, motivados pelo buscar, interagir, relacionar, questionar, aproximar a o que vivenciam: A internet e o computador com seus recursos.
Então, ao professor coube a cumplicidade, a orientação, a mediação em momentos na sala de aula, nas discussões e apresentações na sala de informática.
Assim o espaço foi aberto para discussões de variados temas propostos, dentre os quais chegou-se ao consenso do tema central. Em cima do tema ‘Tecnologia’ escolhido pelos alunos, formaram-se grupos para desenvolver seus trabalhos. Desta forma os alunos estavam motivados a realizar algo significativo e dentro da realidade que vivenciam, pois partindo para uma ação concreta, deu-se um novo sentido ao processo de aprender e de ensinar com novas tecnologias de informação e comunicação.
Os dados coletados no questionário a alunos revelaram que dos 34 alunos participantes da pesquisa, 30 alunos (88,23%), conhecem os recursos básicos do computador, como o editor de texto e o navegador da internet. Os outros 4 alunos (11,76%) dominavam parcialmente estes recursos foram acompanhados pelo professor e auxiliados pelos componentes do grupo ao longo do processo da pesquisa.
Um aluno não conhecia estes recursos básicos nos relatou que na escola onde estudou tinha computadores, mas que eram utilizados para jogos, fazer caricaturas no paint, programa de desenhos. Este aluno foi acompanhado pelo professor, pela professora dinamizadora que é responsável pelo laboratório de informática da escola e auxiliado pelos colegas de grupo durante as pesquisas na internet.
Os alunos acessam a internet não só na escola, mas fora dela também. De acordo com os dados 22 alunos (64,70%) acessam o laboratório de informática da escola no contra-turno de estudo; 14 alunos (41,17%) visitam uma "Lan House". Estes dados mostram que não só hoje a escola é a principal fonte de pesquisa na escola com a internet, mas as ‘Lan House" espalhadas pela cidade também é uma alternativa de pesquisas. Estes índices encontrados nos leva a concluir que os alunos buscam estas duas fontes alternativas de realizarem trabalhos escolares.
Outros 6 alunos (17,64%) acessam a internet em casa, e 1 aluno (2,9% ) acessa do trabalho. Os alunos de alguma forma buscam aprender informática como um recurso importante para a sua vida. Os dados nos informam que 14 alunos (41,17%) buscam curso de informática são oferecidos na escola. 12 alunos (35,29%) aprenderam usar o computador no laboratório de informática da escola desde que seu uso foi utilizado para fins educacionais no ano de 2005. 7 alunos (20,58%) aprenderam sozinho interagindo com o computador. 1 aluno (2,9%) aprendeu a usar o computador na "Lan House".
Quanto á freqüência do uso da internet para fins escolares os dados apontam que 14 alunos (41,17%) acessam uma vez por semana o laboratório de informática da escola. 7 alunos (20,58%) acessam todo dia, 6 alunos (17,64%) realizam o acesso em cassa. 5 alunos (14,70%) utilizam o laboratório da escola no contra-turno de estudo e 1 aluno (2,95%) não acessa a internet de forma alguma.
Considerando então os dados obtidos os alunos estão acessando a internet para fins educacionais eles vivenciam o mundo digital que os cercam.
A escola pública estadual onde desenvolveu-se a pesquisa situa-se na cidade de Goiânia, já está estruturada com uma sala de computação, contando com 23 computadores ligados em rede. Após a efetivação da parceria com a empresa de telefonia do estado de Goiás para uso e apoio técnico necessário, o Núcleo de Tecnologia Educacional da Secretaria Estadual de Educação - NTE – homologou em abril de 2005 o uso do Laboratório de Informática Educativa (LIE) para os professores desenvolverem trabalhos pedagógicos usando os computadores ligados em rede na Internet.
Os computadores estão funcionando com o programa Windows XP, instalado o editor de texto Word, o programa Power Point de apresentação e uma linha telefônica conectada para acessos à internet.
A proposta da pesquisa é desenvolver a metodologia de projetos de aprendizagem como base para introdução da iniciação cientifica no ensino fundamental utilizando como meio auxiliar as informações contidas na internet.
Assim surgiu a pesquisa proposta na qual escolhemos fazer um trabalho de campo observando uma turma de 34 alunos da 8ª série do ensino fundamental matriculados no turno vespertino.
Elaboramos um questionário a alunos (Anexo 01) com objetivo de verificar qual o grau de conhecimento em informática de um modo geral, como o domínio do editor de texto, uso do programa de apresentação power point e os recursos que o ‘navegador’ tem para pesquisas na internet.
Convidamos uma turma da 8ª série do turno vespertino para participarem da pesquisa. No primeiro encontro com os alunos houve um processo de problematização e discussão para formação dos Grupos. Decidiu-se que seriam 6 grupos com 5 alunos e 1 grupo com 4.
Realizamos uma aula sobre o assunto "método cientifico" partindo, então, para uma pesquisa no laboratório de informática, em que todos os grupos pesquisavam sobre a importância da organização dos trabalhos que são produzidos pelo mundo cientifico.
Desta forma os alunos apresentaram um relatório sobre da pesquisa sobre o "método científico" no grupo de estudo preparado pelo professor. Na apresentação desta atividade uma orientação foi dada, destacando os pontos do processo investigativo a serem usados nos trabalhos escolares: o que será pesquisado? Por que pesquisar? (justificativas), para que pesquisar? (objetivos), como pesquisar (meios e estratégias) e que resultados esperar?
Discutimos numa outra aula a escolha de um tema gerador. Foram propostos alguns títulos pelos alunos e chegamos a um consenso geral de que os projetos dos alunos então seriam montados dentro tema "Tecnologia" .
Depois desta aula os alunos começaram a levantar temas para desenvolverem seus trabalhos. Entende-se, assim, que os alunos estavam preparados a realizar suas pesquisas dentro da realidade que vivenciam, partindo para a ação compartilhada entre o professor e os grupos de alunos.
Durante a consecução dos trabalhos os alunos não preocupavam em fazer cópia dos textos encontrados e muitas informações pesquisadas eram perdidas. O professor orientou aos alunos que as pesquisas fossem salvas numa pasta aberta no diretório "meus documentos" e também alertou aos grupos a importância de fazer cópia de segurança num disquete 3.5 – 1,44 Mb – para não perderem as informações.
Ao analisar os trabalhos verifica-se que os alunos ficam preocupados em colocar muito conteúdo com reprodução fiel do texto encontrado na internet. Solicitamos então, aos grupos que busquem a informação elaborando seus textos com a compreensão de que devem construir seu conhecimento baseado no que aprenderam sobre o método cientifico.
Ao final da pesquisa pedimos aos alunos que respondessem a duas perguntas que surgiram durante as observações feitas nos encontros na sala de aula e no laboratório de informática. A primeira pergunta: Será que nós alunos aprendemos a usar a internet utilizando o princípio da metodologia cientifica para buscar as informações necessárias à realização dos trabalhos?
As respostas foram muito variadas. Os relatos de alguns alunos nos mostraram que eles aprenderam usar a metodologia científica nos trabalhos escolares:
"Agora não faço mais cópias como fazia antes, pois aprendi que ao pesquisar algum tema, levanto hipóteses, depois procuro respostas" (Aluna V.M.).
"Sim de certa maneira eu tenho que seguir regras para conseguir completar ou concluir minha pesquisa, ou seja, eu tenho que utilizar o método cientifico" (Aluna A.L.).
"Acho que sim, pois pesquisei, não só na internet, mas principalmente nela, e o mais importante é que usei do que aprendi com a metodologia cientifica para concluir meu trabalho, analisando o assunto, desenvolvendo hipóteses. Posso falar que eu fiz o trabalho e não copiei o que estava pronto". (Aluno B. H.).
"Sim, porque através deste trabalho nós aprendemos qual é a importância da internet no dia-dia do aluno na sala de informática e como utilizar esta fonte de pesquisa para fazer buscas no laboratório e tenta encontrar dados para a nossa pesquisa seguindo determinadas regras, ou seja utilizando a metodologia cientifica" (relato de um grupo de alunos).
A segunda pergunta: O professor conseguiu transmitir a idéia do uso de laboratório de informática como meio auxiliar na minha aprendizagem utilizando os recursos que o computador oferece?
Para a aluna (A.L.) "foi atingido sim, o objetivo, pois ele nos ensinou que não é só chegar no laboratório e copiar tudo o que está escrito na página, mas ler, argumentar e realizar um texto com suas próprias palavras no seu trabalho".
O aluno (J.S.) resumiu a ação do professor salientando que aprendeu acessar a internet de modo correto. Ainda mais, aprendeu a salvar parte de pesquisas feita na internet num documento aberto no processador de texto Word para depois utilizar no seu trabalho.
Parafraseando os dizeres da aluna (J.L) o professor conseguiu transmitir a idéia de que o computador é um auxilio na realização do nosso trabalho.
Alguns alunos entenderam que o computador é um auxiliar de suas pesquisas e de acordo com a aluna (R. B.) "a internet não é um livro de tirar cópias".
O professor atuou mediando o aprendizado explicando o significado de trabalho escolar no sentido que se quer com a proposta da pesquisa, ou seja, a não reprodução ou cópia do que se encontra. Neste sentido os dizeres do aluno (B.H.):
"Antes eu copiava aquele texto que estava pronto e ainda chamava de trabalho. Agora eu sei verdadeiro significado da palavra trabalho. Pesquiso na internet e a partir do texto salvo no computador, realizo a pesquisa com as minhas palavras".
Para os alunos citados acima compreendemos que a pesquisa mostrou um caminho dentro da perspectiva da iniciação científica no ensino fundamental. Mas alguns alunos demonstraram dificuldades em desenvolver seus trabalhos de acordo com a nossa proposta, apesar de saberem usar, com certa desenvoltura, o computador conectado à internet.
A metodologia proposta com a pesquisa possibilita abrir espaços para os alunos avançar mais no processo de aprender e de ensinar com novas tecnologias de informação e comunicação aplicando a metodologia de projetos com a iniciação cientifica no ensino fundamental.
O presente trabalho está centralizado no uso dos computadores ligados a internet como meio auxiliar no aprendizado. Então buscamos verificar como os alunos faziam a passagem das informações contidas na internet para a realização dos trabalhos escolares.
Nesta forma a pesquisa apontou mudanças nas relações pedagógicas, onde o professor e os alunos se aproximaram, trocando idéias, compartilhando dúvidas e certezas, dentro do ambiente escolar. Confirma-se que a interação aluno-aluno e aluno-professor são fundamentais nas aprendizagens.
Quanto à informação feita pela internet tomamos todos os cuidados para que as fontes disponíveis não façam apenas uma busca em só aprender a usar a internet. A função mediadora do professor é fundamental para a busca da leitura crítica do que se pesquisa usando as diferentes fontes de informação disponíveis nos sites.
No que diz respeito à iniciação cientifica proposta para o ensino fundamental usando a metodologia de projetos, entende-se que houve mudanças de posturas dos alunos ao ver a ciência como um todo. Entenderam que a ciência é dinâmica, e que só desenvolveu-se nos últimos anos graças aos procedimentos sistemáticos apresentados pela metodologia cientifica, aprendendo na prática ao desenvolverem seus projetos.
O trabalho monográfico confirmou estudos sobre a inserção das novas tecnologias de informação e comunicação oferecendo uma contribuição para a melhoria do processo de aprendizado. Demonstrou que os alunos ao acessarem as informações contidas na internet devem fazer uma leitura, interpretação, elaboração de textos e assim adquirir a capacidade de produzir conhecimentos.
Os alunos perceberam a importância da internet como meio para atingirem um fim mediado pelo professor numa relação mais democrática de aprendizado. Coube ao professor a cumplicidade, a orientação e o desejo de mudar a forma de ensinar e aprender com o uso de tecnologias.
Diante desta nova visão as novas demandas de aprendizagem poderão ser úteis na escola, e dependem, entretanto, nas mudanças do perfil do professor e dos alunos.
A experiência adquirida ao final da pesquisa nos motivou a continuar os estudos sobre as novas ferramentas de aprendizagens para melhorar qualidade de ensino e aprendizagem. O professor e os alunos possam fazer do computador ligado à internet auxílio ao desenvolvimento de seus saberes e compreenderem as implicações pedagógicas desse uso para formar um ambiente digital de aprendizagem criativo e reflexivo.
Espera-se ter contribuído de alguma forma para que a busca de informações na internet como ferramenta de aprendizado aplicando a metodologia de projetos de aprendizagens para consolidar uma nova escola com um perfil de modernidade no aspecto de formação de uma nova geração, mais crítica, mais humana, e corresponda aquilo que a sociedade moderna espera.
ABRANCHES, Sérgio P.. Informática e Educação – O Paradigma pedagógico da Informática Educativa. Revista Conecta , nº 1, jul, 2000 Disponível em http://www.revistaconecta.com/conectados/abranches_paradigma.htm acesso 01 abr 2007
ALMEIDA, Fernando J..As aparências enganam. Salto pra o futuro: TV e Informática na Educação á Distância. Brasília: MEC, SEED 1998.
ALMEIDA, Fernando J. de; FONSECA JUNIOR, Fernando M. Aprendendo com Projetos: Coleção Informática para a Mudança na Educação. Brasília: MEC, SEED – Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO, 2000.
ALMEIDA, Maria E. B. de. Educação á Distância na Internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p. 327-340, jul./dez. 2003.
BARBOSA, Alexandre F.; MOURA, Dácio G.; BARBOSA, Eduardo F.. Inclusão das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Através de Projetos. Anais do Congresso Anual de Tecnologia de Informação – CATI – FGV- EAESP-2004 – Disponível em<http://www.fgvusp.br/cati2004/artigos/pdf0173> acesso em 02 nov. 2006
BEHERENS, Marilda A. e JOSÉ, Eliane M. A.. Aprendizagem por Projetos e os Contratos Didáticos. Revista Diálogo Educacional, Curitiba: v,2 n.1,p.96-77- jan/jun. 2001
BEHERENS, Marilda A. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In Moran, J.M. (Org) Novas tecnologias e mediação pedagógica Campinas, SP,
(Coleção Papirus Educação) 2000.
CHAVES, Eduardo O. C.. A Nova Escola: método de trabalho. 2000 Capítulo Sexto, parte 2. p. 12. Disponível em <http://www.chaves.com.br> acesso 9 jul. 2006.
CHAVES, Eduardo O. C. ; SETZER, Valdemar W.. O Uso de Comutadores em Escolas. São Paulo: Scipione, 1998.
COSTA NETO, Antonio da. Paradigmas em educação no novo milênio. Goiânia: Kelps, 2002.
DEMO, Pedro. Desafio do projeto pedagógico. Brasilia: UNB, 2006. Disponível em <http://pedrodemo.blog.uol.com.br> Acesso em 03 mar.2007.
DEMO, Pedro. Questões para a Teleducação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999, 2ª ed.
FLECK, Maria Luiza S..Pedagogia de Projetos. (sd). Disponível em <www.unilasalle.edu.br/cursos/graduacao/documentos/letras/pedagogiadeprojetosprofmarialuiza.pdf >acesso em 18 mar.2007.
FREITAS, Kátia S..Pedagogia de Projetos. GERIR, Salvador, v.9, n.29, p.17-37, jan./fev.2003.
GARCIA, Paulo S.. Redes Eletrônicas no Ensino de Ciências: Avaliação Pedagógica do Projeto Ecologia em São Caetano do Sul. Dissertação de Mestrado em Educação. Universidade Mackenzie-SP, 1997.
HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
HERNÁNDEZ, Fernando.Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.
_______. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
KENSKY, Vani M.. Aprendizagem Mediada Pela Tecnologia. Revista Diálogo Educacional, Curitiba: v.4, n.10,p.47-56, set/dez. 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
MARTINS, Jorge S.. O trabalho com Projetos de Pesquisa: Do ensino fundamental ao ensino médio. Campinas, SP: Papirus, 2001. – (Coleção Papirus Educação)
MERCADO, Luís Paulo L..Formação Docente e Novas Tecnologias. IV Congresso RIBIE, Brasília, 1998.
MOURA, Rui Manuel. A Internet na Educação: Um Contributo para a Aprendizagem Autodirigida. Inovação, 11, 129-177. Disponível em <http://members.tripod.com/RMoura/internetedu.htm > acesso em 7 Maio 2006
MORAN, José M.; ALMEIDA, Maria E. B.. Integração das Tecnologias na Educação. Salto para o futuro. Secretaria de Educação à Distancia. Brasília: MEC, SEED, 2005.
MORAN, José M, MASETTO, Marcos T. e BEHRENS, Marilda A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas, SP, Papirus. (Coleção) Papirus Educação). 2000
NOGUEIRA, Nilbo. R.. Pedagogia dos Projetos: uma jornada interdisciplinar ruma ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. São Paulo: Érica, 2001
OLIVEIRA, Marta K de. Vigotsky. Aprendizado e Desenvolvimento: Um processo Sócio-Histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para Ensinar.Porto Alegre, Artmed, 2000.
POZO, Juan Ignácio. A Sociedade da Aprendizagem e o Desafio de Converter Informação e Conhecimento. Pátio-Revista Pedagógica, n.31, p.8-11, 2004.
PRADO, Maria Elizabette B. B.. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e implicações. Secretaria da Educação a Distância. Brasília: MEC, SEED, 2005.
REIS, Margarida M. de O.; CASTRO, G. de.. Rupturas Tecnológicas na Sociedade da Informação. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina: v.9, n.1, p. 88-96, 2006.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky. Uma perspectiva histórico-cultural da educação. RJ: Vozes, 2004.
SANTOS, Selma F.. Processos de Desenvolvimento de Novas Práticas: apropriação e uso de novas tecnologias. In FILHO, Aldo V. e MONTEIRO, Solange C. F.. (orgs). Cultura e Conhecimento de Professor. RJ: DP&A, 2002.
SILVA, Leonardo C. Curso de Estudos Superiores Especializados em Educação Especial. Dissertação de Mestrado apresentada a Escola Superior de Educação: Instituto Politécnico do Porto, 1998. Disponível em <http://www.lerparaver.com/node/162> acesso 15 jul. 2006.
SMOLE, Kátia C. Stocco. Múltiplas inteligências na prática escolar. Brasília: MEC. Secretaria de Educação à distância, 1999.
SUANNO, Marilza.V. R. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação: reflexões a partir da Teoria Vygotskyana. Disponível em <http://www.abed.org.br/seminario2003/texto16.htm> Acesso em 08 jul. 2006
VALZACCHI, Jorge R.. Internet y Educacion: Aprendiendo y Ensensando em los espacios virtuales. 2ª edicion, Versão Digital, 2003. Extraído em <http://www.educoas.org/portal/bdigital/es/indice_valzacchi.aspx> 04 jun. 2006
Questionário a Alunos
01) Você conhece o computador e seus recursos básicos? ( ) Sim ( ) Não
02) Onde você usa o computador?
a) Lan House ( ) b) em casa ( ) c) na escola ( ) d) no trabalho ( )
03) Assinale nos parênteses os programas utilizados pelo computador que você sabe usar
a) Word ( ) b) power point ( ) c) excell ( ) d) nevegador da WEB ( ) não sei usar ( ).
04) Onde aprendeu utilizar o computador?
05) Qual é a freqüência do uso do computador ligado à internet?
06) Utiliza a internet como fonte de pesquisa em seus trabalhos escolares?
a) ( ) Sim b) ( ) Não
07) Descreva como você usa o computador em seus trabalhos escolares.
Autor:
Neivaldo Lúcio Rosa de Oliveira
Biólogo. Prfº Licenciado em Biologia pela UFJF- MG- Brasil. Pós-Graduado em Métodos e Técnicas de Ensino pela Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO – Goiânia – Goiás. Profº da Rede Municipal e Estadual de Ensino na cidade de Goiânia/Go.
Página anterior | Volver al principio del trabajo | Página siguiente |
|
|