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Consumo, digestibilidade e desempenho de novilhos (página 2)

Daniele Rebouças Santana Loures; Rasmo Garcia; Odilon Gomes Pereira; Paulo

 

4. Material e métodos

O experimento foi conduzido no Parque de Exposição Agropecuária do Município de Tupaciguara, Minas Gerais. A cidade de Tupaciguara está localizada no Triângulo Mineiro, a 890 m de altitude, 18o35'34" de latitude sul e 48o42'16" de longitude oeste (INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS APLICADAS/FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS - IGA/CETEC, 1993).

Os fenos de capim-tifton 85 foram produzidos na Fazendas Prado, no Município de Tupaciguara, no período de janeiro a março de 1997, após receberem adubação com 75 kg/ha de N, na forma de sulfato de amônio, e 60 kg/ha de K2O, como cloreto de potássio.

Utilizaram-se 18 bovinos Nelore, não-castrados, com peso vivo médio inicial de 345 kg, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados, com três tratamentos e seis repetições, usando o critério de peso para a distribuição dos animais.

Os animais foram pesados, vermifugados e distribuídos em baias individuais de 12 m2, com cocho coberto e bebedouro automático. As pesagens foram efetuadas no início e final do experimento, sem jejum prévio, realizando-se pesagens intermediárias a cada 28 dias, num total de 84 dias experimentais, após 16 dias de adaptação às dietas.

As dietas foram compostas por feno de capim-tifton 85, produzido com 35, 42 e 56 dias de rebrota e concentrado, adotando-se relação volumoso:concentrado de 60:40%, na base da matéria seca (MS). O concentrado foi constituído por fubá de milho e mistura mineral. As dietas foram calculadas segundo o NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC (1996), de modo a atenderem as exigências para obtenção de 1 kg de ganho médio diário. Na Tabela 1, são apresentadas as composições bromatológicas do concentrado e dos fenos de capim-tifton 85, com 35, 42 e 56 dias de rebrota. Consta da Tabela 2 a composição bromatológica das rações experimentais.

A alimentação foi fornecida diariamente, às 7 e 15 h, permitindo-se sobras em torno de 10% do oferecido. Durante o experimento, coletaram-se amostras dos alimentos fornecidos e das respectivas sobras, as quais foram identificadas e acondicionadas em freezer, para posteriores análises laboratoriais.

Entre o 42o e 49o dia experimental, realizaram-se coletas de fezes, de aproximadamente 150 g, diretamente no piso, antes da primeira alimentação dos animais, para a estimativa da produção fecal, utilizando-se a fibra em detergente ácido indigestível (FDAI) como indicador. Neste período, também foram coletadas amostras dos alimentos fornecidos e das sobras. As amostras de fezes, alimentos e sobras, referentes à estimativa da digestibilidade, foram incubadas in vitro, por um período de 144 horas, à temperatura de 39oC, segundo metodologia descrita por COCHRAN et al. (1986). O material oriundo de cada incubação foi submetido à digestão com detergente ácido, para estimativa da FDAI.

Todas as amostras foram pré-secas em estufa ventilada a 65oC e, posteriormente, moídas em moinho tipo "Willey" com peneira de 30 mesh. A seguir, foram acondicionadas em frascos identificados, para determinação de MS, FDN, PB e EE, segundo SILVA (1990).

Os carboidratos totais (CT) dos alimentos fornecidos, das sobras e das fezes e o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT) foram calculados segundo SNIFFEN et al. (1992), em que CT (%)= 100 - (%PB + %EE + %Cinzas) e NDT (kg) = (PB ing. - PB fecal) + 2,25 (EE ing. - EE fecal) + (CT ing. - CT fecal).

Os resultados foram interpretados estatisticamente por meio de análises de variância e regressão, utilizando-se o Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas - SAEG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV, 1995). A escolha do modelo baseou-se na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste "t" de Student, em nível de 10% de probabilidade, e no coeficiente de determinação.

5. Resultados e discussão

Na Tabela 3, são apresentados os consumos de MS, PB, EE CT, FDN e NDT, o ganho de peso médio diário e a conversão alimentar. Observa-se que apenas os consumos de MS, PB e EE, quando expressos em kg/dia, foram influenciados pela idade de rebrota dos fenos nas rações. Reduções de 0,03704; 0,01434; e 0,00139 kg/dia foram estimadas para os respectivos nutrientes, para cada dia de avanço na idade do feno.

Diminuição no consumo de matéria seca, em função da idade dos fenos nas dietas, pode está relacionada ao aumento da parede celular indigerível dos mesmos, com o avanço da maturidade da planta. HENRIQUES et al. (1998), avaliando a degradabilidade dos fenos usados neste estudo, observaram, após 144 horas de incubação ruminal, valores de FDN indigestível de 18,4; 21,1; e 28,9%, respectivamente, para fenos com 35, 42 e 56 dias de rebrota.

RIBEIRO et al. (1998), avaliando as mesmas dietas usadas neste estudo, inclusive uma quarta dieta, contendo feno de capim-tifton 85, com 28 dias de rebrota, em ensaio com animais zebuínos fistulados no rúmen e no abomaso, registraram resposta quadrática da idade do feno para o consumo de MS, estimando consumo máximo em dietas contendo feno com 41 dias de idade. Resultados semelhantes foram observados por ATAÍDE JR. et. al.(1998), que, ao fornecerem estes fenos a ovinos, como fonte única de alimentos, encontraram resposta quadrática para o consumo de matéria seca em função da idade, estimando máximo consumo aos 39 dias de rebrota.

Por outro lado, HILL et al. (1998), avaliando fenos dos capins coastal, tifton-78 e tifton 85, colhidos aos 28 e 42 dias de crescimento, em ensaio de digestibilidade com bovinos, não verificaram efeito da idade de crescimento para consumo de matéria orgânica.

Influência da idade do feno também foi observada para os consumos de PB e EE, que pode ser explicada pela diminuição destes nutrientes nas dietas, com o avanço da idade dos fenos, ou pela redução no consumo de matéria seca.

Os consumos de CT e NDT não foram afetados pela idade de rebrota dos fenos, apresentando valores médios de 6,1 e 5,75 kg/dia.

O consumo de FDN, expresso em % do PV, não foi afetado pela idade de rebrota dos fenos incluídos nas dietas, estimando-se valor médio de 0,97. Este resultado se assemelha ao obtido por RIBEIRO et al. (1998), que registraram consumo médio de FDN de 0,98% do PV; valores próximos ao estabelecido por Mertens, 1988, citado por SNIFFEN (1988), que encontrou valor de 1,2 % do PV para ingestão de FDN na ração, chegando ao valor de 1%, para animais em crescimento. O referido autor relatou que valores acima dos citados anteriormente implicariam em restrição da ingestão, pelo efeito do enchimento do rúmen-retículo.

Quanto ao ganho de peso médio diário, não foi detectado efeito da idade de rebrota dos fenos de capim- tifton 85 nas rações, registrando-se valores médios diários de 1,37; 1,10; e 1,20 kg/animal, para as dietas contendo fenos com 35, 42 e 56 dias, respectivamente. Comportamento similar foi observado para a conversão alimentar, cujo valor médio obtido foi de 6,35.

Os consumos de MS, PB e NDT preditos pelo NRC (1984), para um bovino não-castrado com peso vivo de 408 kg e ganho de peso vivo diário de 1,13 kg, foram 9,2; 0,89 e 6,45 kg/dia, respectivamente. Os valores observados variaram de 7,26 a 8,13 kg/dia para o consumo de MS; 0,82 a 1,14 para o consumo de PB; e 5,07 a 6,28 para o consumo de NDT, encontrando-se próximos aos valores preditos pelo referido sistema.

Na Tabela 4, são apresentados os coeficientes de digestibilidade de MS, PB, EE, CT e FDN, observando-se que as digestibilidades não foram afetadas pela idade dos fenos incluídos nas rações. RIBEIRO et al. (1998) também não detectaram efeito da idade dos fenos de capim-tifton 85, com de 28, 35, 42 e 56 dias de rebrota, sobre os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes das rações. Todavia, os valores registrados por esses autores foram superiores aos observados neste trabalho.

Uma possível explicação para os menores coeficientes de digestibilidades dos nutrientes das rações, neste estudo, seria a baixa recuperação do indicador interno FDA indigestível, nas fezes, conforme sugerem COCHRAM et al. (1986). De fato, esses autores, ao avaliarem a relação entre a digestibilidade in vivo (coleta total de fezes) da matéria seca e aquelas estimadas pelos indicadores FDA e FDN indigestíveis, verificaram alta variabilidade entre as digestibilidades dos alimentos testados. Contudo, BERCHIELLI et al. (1996), avaliando diferentes indicadores, em estudos com novilhos H*Z, em confinamento, observaram que tanto a FDA como a FDN indigestível forneceram valores semelhantes aos obtidos pelo método de coleta total de fezes.

Por outro lado, OLIVEIRA et al. (2000), avaliando o capim-tifton 85 nas idades de 28 a 70 dias de rebrota, observaram resposta quadrática para a digestibilidade in vitro da MS, estimando valor mínimo de 45,4% aos 65 dias de idade.

Os dados obtidos permitem inferir que as dietas utilizadas foram nutricionalmente similares. Contudo, recomenda-se a produção de feno com este capim até aos 42 dias de rebrota, devido ao maior acúmulo de fibra em detergente neutro indigestível a partir desta idade. Além disso, destaca-se, ainda, que durante o processo de fenação foi observado que as plantas com idade superior a 42 dias de rebrota apresentaram intenso acamamento, dificultando a operacionalidade das máquinas.

6. Conclusões

Conclui-se que as dietas utilizadas se eqüivalem nutricionalmente, mas recomenda-se a produção de feno de capim-tifton 85 até os 42 dias de rebrota.

Agradecimento

A Cézar Prado e Marcos Prado, proprietários da Fazendas Prado, pelo fornecimento do feno e pelo apoio concedido durante a realização desta pesquisa, na cidade de Tupaciguara.

Ao Prefeito de Tupaciguara, Francisco Menezes, por viabilizar a condução do ensaio com bovinos e pelo apoio aos estudantes durante a permanência dos mesmos em Tupaciguara.

Aos Zootecnistas Edvaldo Prudente e Cícero Costa, respectivamente, pelo fornecimento da mistura mineral e produção da ração concentrada.

Ao Sindicato Rural de Tupaciguara, pela gentileza em ceder as instalações do Parque de Exposições (CAPITU).

Ao pecuarista João Divino e família, pela gentileza em ceder os bovinos para realização deste experimento.

À BRASCORDA, pela gentileza em ceder o fio de sisal para o enfardamento.

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Josvaldo Rodrigues Ataíde Júnior2, Odilon Gomes Pereira3, Sebastião de Campos Valadares Filho3, Rasmo Garcia3, Paulo Roberto Cecon4, Marcos José Alves2, Andréa Luciane Moreira5 - rgarcia[arroba]ufv.br

1 Parte da Tese de Mestrado do primeiro autor apresentada à UFV. Pesquisa parcialmente financiada pela FAPEMIG.

2 Zootecnista, MSc.

3 Professor DZO/UFV. Bolsista do CNPq.

4 Professor DPI/UFV. Bolsista do CNPq.

5 Zootecnista, Estudante de Doutorado/UNESP.



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