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Em Escherichia coli, o fator de elongação EF-Ts participa da síntese de proteínas associado a outro fator de elongação, EF-Tu, que atua na ligação do aminoacil-RNAt ao complexo RNAm-ribossomo. EF-Tu apresenta-se na forma ativa quando complexado com GTP, que fornece a energia necessária para a ligação do aminoacil-RNAt no sitio A ribossomal, no momento do reconhecimento códon-anticódon, ao ser hidrolisado em GDP. Após a hidrólise, o complexo EF-Tu•GDP é liberado do ribossomo. A reciclagem do GDP em GTP é feita graças ao fator EF-Ts, o qual forma um complexo intermediário EF-Tu•GDP•••EF-Ts (Miller and Weissbach, 1977).
Outros fatores de elongação do tipo Ts foram identificados e caracterizados em procariotos. Esses EFs procarióticos apresentam fortes homologias de seqüência com fatores de elongação eucarióticos mitocondriais e cloroplásticos de animais e vegetais. Alguns EFs do tipo Tu e Ts mitocondriais já foram isolados e caracterizados em Bos taurus e em Homo sapiens, assim como no nematóide Caenorhabditis elegans. Em Arabidopsis thaliana, caracterizou-se apenas um EF-Tu mitocondrial e isolou-se um potencial EF-Ts. Identificaram-se, ainda, alguns EF-Ts cloroplásticos em vegetais inferiores, como Porphyra purpurea, Cyanidium caldarium e Euglena gracilis. Esses genes apresentam equivalentes funcionais citoplasmáticos, denominados EF-1a (equivalente de EF-Tu) e EF-1b (equivalente de EF-Ts). Em vegetais, nenhum EF-Ts mitocondrial foi isolado, o que faz de ER49 o primeiro gene do tipo relatado até o momento. Esse grupo de proteínas, por sua implicação na tradução mitocondrial, pode servir a estudos moleculares, bioquímicos e fisiológicos, na busca do estabelecimento de um elo entre etileno e regulação pós-transcricional, e também no entendimento dos processos envolvidos na crise climatérica, ao relacionar etileno e metabolismo respiratório (Chaves, 2001).
O objetivo deste trabalho foi caracterizar o clone ER49, mediante (a) análise da seqüência protéica, predita a partir da seqüência nucleotídica do cDNA após o isolamento da extremidade 5' (etapa posterior ao isolamento por Differential Display); (b) verificação da sua expressão durante a maturação do fruto de tomate, por RT-PCR; e (c) determinação do número de cópias presentes no genoma de tomate.
Obtenção da extremidade 5' do clone isolado por Differential Display:
A extremidade 5' do clone ER49 foi obtida por amplificação com PCR, utilizando-se como DNA molde um banco de cDNA de frutos de tomate, clonado no vetor lZAP pBluescript. Para isso, utilizou-se o oligonucleotídeo específico ER49-3' (5'CAAGCAGCATTAGCCAAAGGTTC3') combinado com o oligonucleotídeo universal KS New (5'CCTCGAGGTCGACGGTATCG3') ou SK+ (5'cgctctAGAACTAGTGGATCCC3'). Realizaram-se as amplificações utilizando-se a enzima Taq DNA Polimerase em termociclador Robocycler Gradient 40 (Stratagene), estabelecendo-se as condições de temperatura das reações de acordo com a Tm teórica dos oligonucleotídeos. Após amplificação, clonou-se o fragmento de DNA de tamanho superior ao fragmento inicial no vetor pGEMT-easy (Promega), de acordo com as recomendações do fornecedor. A construção foi utilizada para a transformaçao de E. coli DH5a (Life Technologies). Selecionaram-se as bactérias recombinantes em meio LB sólido, contendo ampicilina a 50 µg.µL-1, IPTG e X-gal, realizando-se duas PCRs sobre cada colônia, utilizando-se o oligonucleotídeo ER49-3', combinado com o oligonucleotídeo M13 forward (5'GTTTTCCCAGTCACGACGTTGTA3') ou M13 reverse (5'AATTGTGAGCGGATAACAATTTC3'). Efetuaram-se as reações de PCR conforme citado. A partir das colônias identificadas como portadoras do fragmento de tamanho superior ao inicial, realizaram-se minipreparações de DNA plasmidial utilizando-se colunas Spin column, do kit Wizard Plus SV Minipreps (Promega), de acordo com as recomendações do fabricante. Os clones foram seqüenciados pelo método de Sanger (Sanger and Coulson, 1975), empregando-se a enzima Thermosequenase (Amersham Pharmacia Biotech), conforme as recomendações do fabricante. As reações foram realizadas em presença de [a-33P]dATP, obtendo-se, dessa forma, clones parciais. Repetiu-se o procedimento com a escolha de outros oligonucleotídeos na região 5' da ultima seqüência isolada, para outras amplificações a partir do banco de cDNA de frutos de tomate, até a obtenção de um fragmento que apresentasse uma fase aberta de leitura. Obtida a seqüência correspondente à extremidade 5', novo oligonucleotídeo foi escolhido sobre essa região, denominado ER49-Full5' (5'CCTCCTGATTAGCATCACAGATC3'), com o objetivo de amplificar, juntamente com o oligonucleotídeo inicial ER49-3', o fragmento correspondente ao clone completo ER49. Os alinhamentos com seqüências conhecidas já publicadas foram realizados através do programa Basic Local Alignement Search Tool - BLAST (Altschul et al., 1997).Material vegetal: Utilizaram-se plantas de tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) cv. Micro-Tom como material vegetal. O cultivo foi realizado em salas (fitotrons) sob condições controladas de fotoperíodo (16 h dia/8 h noite), temperatura (25 °C), umidade (80 %) e intensidade luminosa (250 µE.s-1.m-2). A intensidade luminosa foi obtida pelo uso de lâmpadas fluorescentes do tipo branca fria e growlux na proporção de 5:1, efetuando-se todos os tratos culturais recomendados por Filgueira (1982)
para a cultura do tomateiro.Identificação dos estádios de maturação dos frutos de tomate: Realizou-se tal identificação mediante a comparação com uma escala colorimétrica, baseando-se nos níveis de desenvolvimento de pigmentos no fruto, a qual é amplamente adotada em estudos sobre a maturação do tomate (Hamilton, 1990; Gray et al., 1994; Zegzouti et al., 1999). A correlação entre a coloração observada visualmente (avaliação subjetiva) e os valores de coloração do sistema L*a*b* (avaliação objetiva) foi possível pelo emprego de um colorímetro Minolta (modelo CR-200). Frutos nos estádios verde-maduro (VM), breaker (Br), turning (Tu), e vermelho (V), foram colhidos e imediatamente congelados em N2 líquido, e armazenados a -80 °C até a extração de RNAs.
RT-PCR: Realizou-se a extração de RNA total dos frutos de tomate nos estádios VM, Br, Tu e V, de acordo com o protocolo descrito por Boss et al. (1996). Os RNAs extraídos foram tratados com DNase I (Roche). A quantificação dos RNAs totais extraídos foi em 260 nm e a análise qualitativa, pela verificação da pureza (relação DO260/DO280), da integridade e da presença de DNA residual (por separação em gel de agarose). As reações de transcrição reversa foram feitas a partir de 10 µg de RNA total, em presença da enzima RT-MMuLV (Stratagene) e de inibidor de RNases RNasin (Promega). PCRs semiquantitativas foram realizadas conforme citado para a obtenção da extremidade 5', sobre 1 µL de cDNAs correspondentes aos estádios de maturação VM, Br, Tu e V. Utilizaram-se os oligonucleotídeos ER49-RT5' (5'CCTCAGAATGCTGTAGAAAAAATG3') e ER49 3', os quais amplificam um fragmento de 241 pb. O gene ubi3 (Hoffman et al., 1991) foi utilizado como controle interno da reação. O número de ciclos foi definido de forma a permanecer em condições não saturantes (fase exponencial). Os oligonucleotídeos para amplificação de ubi3, LEubi5' (5'CTAACGGGGAAGACGATCACCC3') e LEubi3' (5'TCCCAAGGGTTGTCACATACATC3'), os quais amplificam um fragmento de 640 pb, foram adicionados 24 ciclos antes do final da reação; já os oligonucleotídeos ER49 estiveram presentes durante os 30 ciclos. Submeteu-se o produto da amplificação à migração em gel de agarose 2 % e, posteriormente, transferido para membrana de náilon (Gene Screen Plus NEN Life Science Technology). Para a hibridação, empregaram-se sondas específicas de ER49 e ubi3, obtidas por PCR, com os oligonucleotídeos específicos (ER49 RT-5'/ ER49-3' e LEubi5'/ LEubi3'), purificadas e marcadas com a enzima fosfatase alcalina pela utilização do sistema Gene Images AlkPhos-Direct (Amersham Life Science). A detecção foi feita por quimioluminescência e a membrana foi exposta a filme de auto-radiografia Hyperfilm (Amersham).
Southern blot: Foi realizado de acordo com o protocolo descrito por Sambrook et al. (1989). A extração de DNA genômico foi feita conforme o protocolo de Doyle and Doyle (1987), a partir de 1 g de folhas de plantas de tomateiro. Após a extração, o DNA foi quantificado em 260 nm e 10 µg foram submetidos à digestão com as enzimas Eco RV e Hind III (Promega). O produto de digestão foi submetido à eletroforese em gel de agarose 0,7 % e transferido para membranas de náilon. Para a obtenção da sonda, um fragmento de 640 pb foi amplificado por PCR a partir de 1 µL de cDNAs de frutos de tomate e os oligonucleotídeos ER49-South5' (5'ATCTTCTCGAACTGCTGCTGAAG3') e ER49-South3' (5'CCACTTCCTCAAAATACTTGCGC3'), e marcado com [
a-32P]dCTP, mediante o uso do sistema Ready-to-Go DNA Labelling beads (Amersham Pharmacia Biotech). Efetuou-se a hibridação em condições de baixa estringência a 42 °C, expondo-se, em seguida, as membranas a filmes de autoradiografia para a detecção do sinal.Isolamento da extremidade 5' e analise da seqüência protéica:
O tamanho do fragmento (seqüência codificante) de cDNA de ER49 originado pelo Differential Display era de 199 pb, e a estratégia utilizada permitiu a obtenção da extremidade 5' do clone. O clone ER49 completo (NA AF096247) perfaz um total de 1,7 Kb e contém uma fase aberta de leitura de 1,2 Kb, codificando um peptídio de 391 aminoácidos, cujo peso molecular predito é 42,7 KDa e o ponto isoelétrico (pI) teórico, de 8,75.A partir dessa seqüência aminoacídica, realizou-se a pesquisa de homologias entre ER49 e outros genes já publicados, por meio do programa BLAST (Altschul et al., 1997), sendo reveladas homologias com, aproximadamente, 50 fatores de elongação da síntese de proteínas do tipo Ts (EF-Ts), confirmando os resultados obtidos para o fragmento oriundo do Differential Display e evidenciando novas homologias com EF-Ts mitocondriais de Homo sapiens e de Bos taurus.
De tais seqüências, as que apresentaram maior homologia com ER49, foram comparadas a ela pelo programa Alin (Person et al., 1997). A proteína apresentou a mais forte homologia com um potencial EF-Ts de Arabidospis thaliana (64 %), e homologias menores com EF-Ts de organismos procariotos (E. coli, Thermus thermophilus e Spirulina platensis), bem como com os EF-Ts mitocondriais animais (tabela 1). Como nenhum EF-Ts mitocondrial foi isolado até hoje no reino vegetal, somente a comparação com essas proteínas do reino animal foi possível, o que explicaria as baixas homologias obtidas (24,3 % com Homo sapiens e 22,6 % com B. taurus). As homologias de ER49 com EF-Ts cloroplásticos, caracterizados unicamente em vegetais inferiores, são ainda menores que as encontradas para os organismos procariotos (20,5 % com EF-Ts cloroplástico de Porphyra purpurea) ilustrando a diferente origem endossimbiótica de mitocôndrias (provenientes de proteobactérias) e de cloroplastos (oriundas de cianobactérias) (Watley et al., 1979).
A partir desses resultados, efetuou-se um alinhamento múltiplo, entre as seqüências mais homólogas e/ou correspondentes a EF-Ts, cuja função bioquímica foi demonstrada (figura 1) com o auxilio do programa Multalin (Corpet, 1988). O alinhamento múltiplo mostra a existência de várias seqüências consenso entre ER49 e os diversos EF-Ts. Tais seqüências consenso estão localizadas nas regiões identificadas como domínios TS-N e EF-Ts, os quais também foram identificados nas proteínas homólogas à ER49 (figura 2). O domínio TS-N, também chamado N-terminal, está envolvido na interação com EF-Tu e é composto de 3 alfa hélices. Em ER49, está situado entre a metionina 72 e a arginina 108. O domínio EF-Ts está envolvido na associação com o complexo EF-Tu•GDP, induzindo a reciclagem deste último em GTP. Em ER49, está situado entre a alanina 123 e a glutamina 373. Identificou-se, ainda, um motivo denominado EF-TS 2, de seqüência consenso E-[LIVM]-[NV]-[SCV]-[QE]-T-D-F-V-[SA]-[KRN], em N-terminal.
Também se detectou a presença de um peptídio sinal de endereçamento para a mitocôndria, em N-terminal (Claros and Vincens, 1996). Este peptídio, constituído de 62 aminoácidos (mais longo que a média de 40 resíduos), tem um peso molecular predito de 6,9 KDa e um pI teórico de 10,11. Os peptídios sinal de endereçamento para a mitocôndria presentes em vegetais (Sjoling and Glasser, 1998) apresentam duas regiões distintas. Em N-terminal encontra-se o domínio de importação, que comporta estruturas carregadas positivamente expostas na superfície da proteína, o que permite guiá-la em direção à organela alvo. Em C-terminal, situa-se o domínio de clivagem, a qual é efetuada pela peptidase de processamento mitocondrial. Este sítio deve ser suficientemente conservado para ser reconhecido pela enzima. No caso da proteína ER49, o sítio de clivagem RRY*SAE é altamente conservado (Sjoling and Glasser, 1998), apresentando uma arginina em posição ¾3 (como em 44 % dos peptídios sinal analisados), uma arginina em posição ¾2 (36 %), uma tirosina em posição ¾1 (16 %), uma serina em +1 (36 %) e uma alanina em +2 (8 %). Além destas, o peptídio sinal apresenta outras características importantes para o endereçamento mitocondrial (Tanudji et al., 1999), a seqüência é rica em aminoácidos carregados positivamente (K + R + H = 19,3 %) e hidroxilados (S + T + Y = 27,4 %), e empobrecida em aminoácidos carregados negativamente (D + E + 1,6 %)
A estrutura terciária de ER49, predita com o auxílio do programa SwissModel, descrito por Guex e Peitsch (1999), mostra uma conformação espacial característica dos fatores de elongação do tipo Ts (Zhang et al.,1997), indicando que a proteína teria condições de interagir com EF-Tu•GDP, para promover a reciclagem de GDP em GTP (figura 3).
Expressão de ER49 durante a maturação de frutos de tomate var. Micro-Tom: O resultado da RT-PCR, realizada sobre RNAs que são expressos nos estádios de maturação VM, Br, Tu e V, mostra que ER49 tem sua expressão induzida pela maturação do fruto (figura 4A), principalmente a partir do estádio Br. Esse resultado está de acordo com o encontrado por Zegzouti et al. (1999), em estudo sobre frutos da var. Evita (tomate cereja). Entretanto, na var. Micro-Tom a indução da expressão de ER49 mostrou-se gradativa de um estádio a outro, com acentuada diferença de expressão entre os estádios VM e V. Para a var. Evita, no entanto, a indução ocorreu de forma abrupta a partir do estádio Tu. Esta pequena variação entre os perfis de expressão poderia ser atribuída a características inerentes às variedades de tomate, visto que os frutos da var. Evita, produzidos na maioria dos casos com fins comerciais, podem ter sofrido um processo de seleção para a obtenção de frutos com maturação ligeiramente retardada (Jimenez et al., 1996), justificando, assim, uma possível diferença na indução da expressão de genes durante o processo de maturação.
Apesar de o processo de maturação de frutos ser caracterizado por um aumento da atividade respiratória (Abeles et al., 1992), implicando, desta forma, o metabolismo mitocondrial, poucos genes mitocondriais foram descritos como regulados pelo etileno durante a maturação. Pode-se citar, entretanto, o caso do gene pKIWI505, que codifica uma subunidade b da ATP sintase mitocondrial de quivi, segundo Ledger e Gardner (1994), o qual é induzido durante a maturação e também nos primeiros estádios de desenvolvimento do fruto, durante a divisão celular no pericarpo. De acordo esses autores, este gene é induzido nos estádios de desenvolvimento caracterizados por uma forte atividade metabólica, necessitando uma grande síntese de ATP.
Sabe-se que a crise climatérica é caracterizada por um incremento na taxa respiratória, mas não existem, todavia, dados moleculares que permitam explicar a estimulação da atividade mitocondrial durante o processo de maturação. Através de ER49, um gene nuclear com endereçamento mitocondrial, regulado pelo etileno e induzido nos últimos estádios de maturação do fruto de tomate, poder-se-ia cogitar o estudo do papel do etileno na ativação do metabolismo mitocondrial.
Determinação do número de cópias de ER49: A determinação do número de cópias de ER49 no genoma de tomate var. Micro-Tom foi analisada por meio Southern blot. Sob as condições de baixa estringência, aparecem distintos sinais de hibridação (figura 4B). Para a digestão com Eco RV, obtiveram-se dois sinais intensos e um terceiro sinal de hibridação de menor intensidade e, com Hind III, foram obtidos dois sinais não muito intensos. Estes são, possivelmente, devidos à presença de introns no gene. Tais resultados sugerem a presença de duas a três cópias do gene que codifica ER49 no genoma de tomate var. Micro-Tom. Como não se dispõe de informações acerca da organização gênica de homólogos, as comparações com outras espécies vegetais tornam-se difíceis.
A caracterização da seqüência peptídica e as fortes homologias verificadas com proteínas já caracterizadas, permitem classificar ER49 como um fator de elongação do tipo Ts da síntese de proteínas mitocondrial. Este gene, que parece pertencer a uma pequena família multigênica de dois a três elementos, tem sua expressão acentuada nos últimos estádios de maturação do fruto de tomate var. Micro-Tom. Entretanto, mesmo que se possa atribuir uma função bioquímica para esta proteína, as conclusões acerca de sua função no processo de maturação do fruto de tomate ainda seriam prematuras. Por esta razão, outros experimentos já estão em andamento para complementar a caracterização de ER49 ao nível bioquímico, fisiológico e celular.
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