Comparação de métodos de laboratório e de campo para a estimativa da área foliar em fruteiras silvestres

Enviado por L. Endres


 

RESUMO

Foi realizado um trabalho com o objetivo de estudar diferentes métodos de laboratório e de campo para a estimativa da área foliar de fruteiras silvestres, pertencentes à família Myrtaceae, a saber: uvalheira (Eugenia uvalha Camb.), aracazeiro (Psidium cattleyanum Sabine), goiabeira serrana (Feijoa sellowiana Berg.) e pitangueira (Eugenia uniflora DC). Entre os métodos de laboratório, também utilizados como "padrão", bons resultados foram obtidos utilizando-se um medidor automático de área foliar, planímetro ou através do método gravimétrico (fotocópia ou papel filtro). Dentre os métodos de campo, os melhores resultados foram obtidos por regressão linear. As estimativas das áreas foliares (y) para as quatro espécies estudadas podem ser tomadas a partir das equações: y = 2,658 + 0,554X, para o araçazeiro; y = 0.75X ou y = 0,856X - 2,115, para a goiabeira serrana; y = 0.68X, para a uvalheira e y = 0,69X ou y = 0,503 + 0,643X, para a pitangueira, sendo X = comprimento x largura da folha.

Descritores: análise de crescimento, Eugenia uvalha, Psidium cattleyanum, Feijoa sellowiana, Eugenia uniflora

 

ABSTRACT

This work was carried out in order to study different laboratory and field methods for estimating leaf area of wild fruit species, belonging to the Myrtaceae: "uvalha" plant (Eugenia uvalha Camb.), cattley guava plant (Psidium cattleyanum Sabine), feijoa plant (Feijoa sellowiana Berg) and Surinam cherry plant (Eugenia uniflora DC). Among the laboratory' methods utilized as "standard methods", good results were obtained with the use of an automatic leaf area meter, planimeter or by the gravimetric method (photocopy or Whatman paper). Among field methods, best results were obtained with linear regression. The estimation of leaf area y for all studied species could be obtained through the equations: y = 2,658 + 0,554 x for cattley guava plant; y = 0,75 x or y = 0,856 x - 2,115 for feijoa plant; y = 0,68 x for "uvalha" plant and y = 0,69 x or y = 0,503 + 0,643 x for Surinam cherry plant, where x = leaf length x leaf width.

Key words: growth análisis, Eugenia uvalha, Psidium cattleyanum, Feijoa sellowiana, Eugenia uniflora

INTRODUÇÃO

Diversas espécies frutíferas silvestres do Rio Grande do Sul apresentam um bom potencial para exploração comercial e, neste sentido, a Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel/FAEM/ UFPEL, vem realizando trabalhos com o objetivo de viabilizar o seu cultivo econômico. Estes trabalhos incluem a propagação vegetativa e a adaptação das plantas multiplicadas em diferentes ambientes (DUARTE, 1991; MIELKE, 1992; MIELKE et al., 1992). Dentre estas espécies, destacam-se a uvalheira, o araçazeiro, a goiabeira serrana e a pitangueira, devido ao seu potencial frutífero (para consumo "in natura" ou industrialização), ornamental ou florestal (SANCHOTENE, 1989; MIELKE et al., 1990; RASEIRA & RASEIRA, 1989).

O conhecimento de métodos para a determinação direta ou estimativa da área foliar é de grande importância em estudos que envolvem análise do crescimento de plantas, fotossíntese, propagação vegetativa, ataque de pragas e doenças, entre outros (REIS & MÜLLER, 1979; LUCCHESI, 1984; BENINCASA, 1988).

São vários os métodos utilizados atualmente para a determinação da área foliar em plantas anuais ou perenes, os quais podem ser destrutivos ou de laboratório e não-destrutivos ou de campo. Segundo NORMAN & CAMPBELL (1989), o uso de medidores automáticos e a medida a partir das dimensões da folha ou a partir das relações de peso da mesma constituem-se em métodos que podem ser utilizados para a determinação da área foliar.

Entre os métodos não-destrutivos estão aqueles que estimam a área foliar verdadeira através de medidas lineares tomadas nas folhas (comprimento x maior largura); através da equação de regressão linear entre as medidas lineares tomadas na folha e um método padrão, realizado em laboratório (BARROS et al., 1973; PINTO et al., 1979) ou através de um fator de correção (K), calculado através do quociente entre o somatório das áreas calculadas pelo método padrão e o somatório das áreas calculadas pelas medidas lineares das folhas (BARROS et al. 1973).

Entre os métodos destrutivos ou de laboratório estão o método dos discos foliares, onde a área foliar real é estimada através de vazadores com área conhecida e do peso do restante da folha; o método da pesagem das silhuetas, onde é feita a comparação entre o peso de uma área conhecida de papel com densidade definida e os pesos das silhuetas das folhas sobre os mesmos e o método da medição direta, realizada com uso de medidores automáticos de área foliar (automatic area meter) ou planímetro (HUERTA, 1962; PINTO et al., 1979; REIS & MÜLLER, 1979; LUCCHESI, 1984; BENINCASA, 1988).

O presente trabalho teve por objetivo comparar diferentes métodos de laboratório e de campo para a estimativa da área foliar em 4 fruteiras silvestres do Rio Grande do Sul.

 


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