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Comportamento do feijoeiro em cultivo consorciado com milho em sistema de plantio direto (página 2)

Carlos Alexandre Costa Crusciol; José Ricardo Machado; Orivaldo Arf; Ricard

 

Material e métodos

O trabalho foi desenvolvido durante os anos agrícolas de 2001 e 2002 no município de Selvíria- MS, que apresenta coordenadas geográficas de 51º22’ de longitude Oeste de Greenwich e 20º22’ de latitude Sul, com altitude de 335m. O solo do local é do tipo Latossolo Vermelho distrófico, típico, argiloso, A moderado, hipodistrófico, álico, caulinítico, férrico, compactado, muito profundo, moderadamente ácido (Embrapa, 1999). A precipitação média anual é de 1.370mm, a temperatura média anual é de 23,5° C e a umidade relativa do ar está entre 70% e 80% (média anual).

Antes da instalação do experimento, foram coletadas amostras de solo da área experimental e realizada a análise química, que revelou os seguintes valores: pH (CaCl2)=4,7; M.O.=23g dm-3; K+=2,1 mmolc dm-3; Ca+2=8,0 mmolc dm-3; Mg+2=14,0 mmolc dm-3; H+Al=34 mmolc dm-3 ; V=41%, para a camada de 0 - 0,20m.

A semeadura foi realizada em área com cultivo anterior de arroz. Após a colheita, foi realizada a dessecação da vegetação da área experimental com a utilização do herbicida gliphosate (1.560g ha-1do i. a.) e posteriormente passado roçadeira para rebaixar a vegetação.

O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com 4 repetições e 14 tratamentos constituídos pela combinação de populações de plantas de milho e de feijão de acordo com a Tabela 1. Os desdobramentos foram realizados utilizando-se contrastes ortogonais e os dados obtidos analisados a partir do teste "F". As parcelas foram constituídas por 5 linhas de milho espaçadas de 0,90m entre si e com 9,0m de comprimento. O feijão foi semeado nas entrelinhas do milho com espaçamento de 0,45m. Dentro da parcela, foi considerada como área útil 2 linhas de plantas desprezando-se 1,5m das extremidades. A área útil colhida de milho e de feijão foi de 10,8m2 e 5,4m2 por parcela, respectivamente.

Tabela 1.
Tratamentos utilizados no estudo de consórcio milhofeijão
na região de Selvíria, Estado do Mato Grosso do Sul.

Tratamentos

1. Milho BR 201 - 50.000 plantas ha-1 + feijão - 250.000 plantas ha-1

2. Milho BR 201 - 50.000 plantas ha-1 + feijão - 125.000 plantas ha-1

3. Milho BR 201 - 30.000 plantas ha-1 + feijão - 250.000 plantas ha-1

4. Milho BR 201 - 30.000 plantas ha-1 + feijão - 125.000 plantas ha-1

5. Milho Tractor - 50.000 plantas ha-1 + feijão - 250.000 plantas ha-1

6. Milho Tractor - 50.000 plantas ha-1 + feijão - 125.000 plantas ha-1

7. Milho Tractor - 30.000 plantas ha-1 + feijão - 250.000 plantas ha-1

8. Milho Tractor - 30.000 plantas ha-1 + feijão - 125.000 plantas ha-1

9. Feijão - 250.000 plantas ha-1

10. Feijão - 125.000 plantas ha-1

O feijão foi semeado mecanicamente (Semeadora Suprema 08 - Tatu Marchesan) nos dias 21/03/2001 e 02/04/2002, utilizando o cultivar IAC Carioca Eté, no espaçamento de 0,45m em monocultivo. O milho foi adubado mecanicamente e semeado manualmente no mesmo dia da semeadura do feijão, utilizando os cultivares BR 201 e Tractor, no espaçamento de 0,90m com densidade suficiente para a obtenção de 30.000 e 50.000 plantas ha-1. A semeadura do feijão foi realizada objetivando-se obter 250 mil plantas ha-1, havendo desbaste de plantas apenas nos tratamentos em que a população desejada era de 125 mil plantas ha-1, aos 10 dias após a emergência das plantas.

A adubação química básica foi realizada nos sulcos de semeadura considerando a análise de solo e as recomendações de Ambrosano et al. (1996), para a cultura do feijão, e de Raij e Cantarella (1996) para a cultura do milho. Utilizaram-se 200kg ha-1 da formulação 08-28-16 nos sulcos de semeadura do milho e do feijão. Em cobertura, foi aplicado 45kg ha- 1 de N utilizando-se como fonte o nitrato de amônio, para ambas as culturas, aplicado aos 28 dias após a emergência das plantas.

As irrigações foram realizadas por um sistema de irrigação convencional por aspersão com precipitação média de 3,3mm hora-1 nos aspersores. O manejo de água durante o desenvolvimento da cultura foi realizado utilizando-se Kc recomendados, distribuídos em períodos compreendidos entre a emergência e a colheita tomando como base a cultura do feijão (Tabela 2).

Foram realizadas as avaliações de florescimento pleno, onde foi determinado o número de dias transcorridos entre a emergência e o florescimento de 50% das plantas da parcela, massa seca das plantas, componentes de produção (número de vagens planta-1, número de grãos planta-1, número médio de grãos vagem-1, massa de 100 grãos) e rendimento de grãos.

Tabela 2.
Valores de Kc (coeficiente da cultura) utilizados nos diferentes estádios
de desenvolvimento da cultura do feijão, envolvendo o manejo de água.

Fases de desenvolvimento *

0

V3 - V4

R5 - R7

R8

R9

0,30

0,70

1,05

0,75

0,25

Resultados e discussão

Nas Tabelas 3 e 4 estão as médias da massa seca de plantas, número de vagens planta-1 e de grãos planta-1. Observa-se que essas características foram influenciadas pelo consórcio das culturas. No monocultivo, as médias foram maiores, principalmente do número de vagens planta-1, concordando com os dados de Ramalho et al. (1990).

Segundo estes autores, o número de vagens planta-1 é o componente mais afetado no feijão consorciado, fato que pode ser explicado pelo fato de o número de flores produzidas por planta ser em média 27,4% inferior ao do monocultivo. É provável que ocorra nas plantas consorciadas maior estímulo ao desenvolvimento vegetativo para poder suportar a competição com o milho, em detrimento das partes reprodutivas.

Nas Tabelas 5 e 6 estão as médias do número de grãos vagem-1, massa de 100 grãos e rendimento de grãos ha-1. O número de grãos vagem-1 e a massa de 100 grãos sofreram pouca interferência do consórcio. Isto pode ser explicado pelo fato dessas características serem intrínsecas ao cultivar, sofrendo menos interferência do ambiente. O rendimento de grãos apresentou, nos dois anos, diferenças bastante acentuadas entre os tratamentos em monocultivo. O rendimento no monocultivo atingiu 1.782kg ha-1 (250.000 plantas ha-1 em 2001), enquanto no consórcio não ultrapassou 589kg ha-1 (Milho Tractor - 30.000 plantas ha-1 + Feijão - 250.000 plantas ha-1 em 2002). Esses dados concordam com os obtidos por Ramalho et al. (1990), que obtiveram menor rendimento com o feijão consorciado, cuja redução em relação ao monocultivo foi superior a 50%. Uma pequena parte dessa redução pode, em alguns casos, ser atribuída à menor população de plantas utilizadas no consórcio, porém, quase sempre, essa redução é devida à competição entre a gramínea e a leguminosa.

Tabela 3.
Médias de massa seca, número de vagens e de grãos planta-1,
do feijoeiro cultivado em consórcio com o milho e em monocultivo, em 2001.

Tratamentos

Massa seca
(g planta-1)

Número de
vagens planta-1

Número de grãos planta-1

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

6,1

6,6

30,6

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

10,1

5,3

22,9

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

8,0

5,6

24,3

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

8,2

7,3

35,2

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

7,1

4,7

21,6

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

7,9

6,5

30,3

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

8,6

8,3

36,7

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

11,7

8,2

36,4

Feijão-250.000 plantas ha-1

15,9

11,3

48,3

Feijão-125.000 plantas ha-1

17,2

14,9

62,0

Tabela 4.
Médias de massa seca, número de vagens e de grãos planta-1,
do feijoeiro cultivado em consórcio com o milho e em monocultivo, em 2002.

Tratamentos

Massa seca
(g planta-1)

Número de
vagens
planta-1

Número de grãos planta-

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

7,1

2,4

9,9

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

9,2

4,5

21,2

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

8,6

3,6

15,4

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

10,4

5,2

25,4

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

10,1

2,9

12,5

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

7,8

4,8

21,3

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

10,3

4,2

18,3

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

10,0

4,5

20,8

Feijão-250.000 plantas ha-1

17,8

13,2

61,1

Feijão-125.000 plantas ha-1

19,2

13,4

65,5

Tabela 5.
Médias do número de grãos vagem-1, massa de 100 grãos e rendimento de grãos,
do feijoeiro cultivado em consórcio e em monocultivo, em 2001.

Tratamentos

Número de grãos vagem-1

Massa de100 grãos (g)

Rendimento de Grãos (kg ha-1)

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,7

22,8

318

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,4

23,2

260

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,4

22,3

483

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,8

22,4

568

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,6

24,0

384

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,7

23,7

357

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,4

23,6

588

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,4

24,1

585

Feijão-250.000 plantas ha-1

4,2

25,2

1782

Feijão-125.000 plantas ha-1

4,2

25,3

1391

 Tabela 6.
Médias do número de grãos vagem-1, massa de 100 grãos e rendimento de grãos,
do feijoeiro cultivado em consórcio e em monocultivo, em 2002.

Tratamentos

Númerode grãos vagem-1

Massa de100 grãos (g)

Rendimento de grãos (kg ha-1)

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,0

21,2

278

Milho BR 201-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,5

22,7

321

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,5

22,0

379

Milho BR 201-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,8

23,0

461

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,0

23,5

569

Milho Tractor-50.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,5

24,1

350

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-250.000 plantas ha-1

4,5

24,0

589

Milho Tractor-30.000 plantas ha-1 + feijão-125.000 plantas ha-1

4,8

23,3

545

Feijão-250.000 plantas ha-1

5,0

23,9

1367

Feijão-125.000 plantas ha-1

5,3

23,7

1255

Na Tabela 7 estão apresentados os quadrados médios obtidos nos diferentes contrastes. Verifica-se que para o contraste Y1 (feijão 250.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1) todas as características não apresentaram significância. Para o contraste Y2 (feijão em consórcio vs. feijão em monocultivo), no segundo ano, somente as características número de vagens e de grãos por planta apresentaram diferença significativa. Para Y3 (feijão 250.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1 vs. Feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1), a massa seca de plantas e o número de grãos vagem-1 não diferiram em 2001, enquanto em 2002 o número de grãos vagem-1 e a massa de 100 grãos é que não apresentaram diferenças, já os demais componentes diferiram nos dois anos. Para Y4 (feijão 250.000 plantas ha-1 consorciado com milho 50.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 50.000 plantas ha-1), nos dois anos o número de grãos vagem-1 foi não significativo o rendimento de grãos e a massa de 100 grãos foram diferentes. Já a massa seca de plantas, o número de vagens e de grãos planta-1 apresentaram diferença significativa nos dois anos de experimentação.

Na Tabela 8 estão apresentados os valores médios dos diferentes contrastes. Apesar das diferenças não serem significativas, o contraste Y1 apresentou o mesmo comportamento para os dois anos, onde a população de 125.000 plantas ha-1 de feijão apresentou maior eficiência para todas as características, exceto para rendimento de grãos. Esta observação pode ser feita pelo sinal negativo diante dos números. Esse sinal indica que dentro do contraste o tratamento à direita é superior ao tratamento da esquerda. O valor indicado mostra o quanto um tratamento foi superior em relação ao outro, respeitando as devidas unidades (g, kg e m).

Por exemplo, em 2002, no contraste Y2 à esquerda, está o tratamento feijão em consórcio e à direita o feijão em monocultivo; para a característica rendimento de grãos, o valor obtido foi - 874,2, indicando que no monocultivo o rendimento de grãos foi, em média, 874,2kg ha-1 superior ao feijão em consórcio. Para o contraste Y2, o feijão em monocultivo se mostrou melhor em todos os componentes, exceto para o número de grãos vagem-1 no primeiro ano.

A opção para melhorar a eficiência do sistema de consórcio, segundo Ramalho et al. (1990) seria via redução da competição da gramínea com a leguminosa e, para se ter sucesso nesse empreendimento, é necessário saber qual a natureza da competição, ou seja, é necessário identificar como o milho compete com o feijão. De acordo com aqueles autores, a luz seria o principal fator limitante para o feijão, imaginando-se com isso que o uso de cultivares de milho com menor porte diminuiria a competição e o desempenho do feijão seria melhor.

Segundo Chagas et al. (1984), as culturas consorciadas teoricamente seriam beneficiadas se as linhas de milho fossem mais espaçadas, porém, mantendo a população de plantas, ou seja, aumentando-se a densidade de plantio. Contudo, estudos a este respeito têm sido desanimadores, o que indicam que, além da luz, outros fatores devem estar atuando na competição. De acordo com Aidar et al. (1979), a competição por nutrientes é outro fator que pode ser responsável pela redução do rendimento do feijoeiro consorciado. Neste estudo, acredita-se que não ocorreu competição por nutrientes, pois tanto o milho como o feijão receberam adubação. No contraste Y3, o tratamento feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1 foi o melhor nos dois anos para todas as características, discordando dos dados obtidos por Candal Neto et al. (1993), que verificaram que o rendimento de feijão aumentou à medida que decresceu a população de milho e aumentou a densidade de plantas da leguminosa. O milho não foi prejudicado pela presença do feijão e produziu mais nas maiores populações. Cruz et al. (1987) também observaram que o rendimento do feijão respondeu linearmente à redução na população de plantas do milho.

Tabela 7.
Quadrados médios dos contrastes obtidos na avaliação das características agronômicas
do feijoeiro cultivado em consórcio e em monocultivo. Selvíria (MS), 2001 e 2002.

Contrastes

Massa seca(g planta-1)

Número de vagens planta-1

Número de grãos planta-1

Número de grãos vagem-1

Massa de100 grãos (g)

Rendimento de grãos (kg ha-1)

2001

Contraste Y1

18,988

0,900

1,722

0,025

0,196

60132,270

Contraste Y2

0,053

1,560

29,412

0,033

0,324

72386,064

Contraste Y3

40,037

60,451**

921,123**

0,090

5,523*

1340327,175**

Contraste Y4

116,468*

26,250*

532,984*

0,002

6,202*

1592277,135**

C.V (%)

35,44

24,45

10,86

29,30

3,85

20,98

2002

Contraste Y1

0,017

14,042

321,489

0,625

2,668

25089,580

Contraste Y2

8,304

22,952*

574,185*

0,025

2,259

19774,474

Contraste Y3

152,646**

47,956**

1253,160**

0,625

0,148

1600699,410**

Contraste Y4

155,563**

155,626**

3748,501**

1,563NS

13,414*

1121306,271**

C.V (%)

34,74

32,13

35,46

23,71

6,75

42,27

* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F, ** - Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; Y1 - Feijão 250.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1; Y2 - Feijão em consórcio vs. feijão em monocultivo; Y3 - Feijão 250.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1; Y4 - Feijão 250.000 plantas ha-1 consorciado com milho 50.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 50.000 plantas ha-1.

Tabela 8.
Médias dos contrastes obtidos na avaliação das características agronômicas
do feijoeiro cultivado em consórcio e em monocultivo.

Contrastes

Massa seca (g planta-1)

Nº de vagens planta-1

Nº de grãos planta-1

Nº de grãos vagem-1

Massa de100 grãos (g)

Rendimento de grãos (kg ha-1)

2001

Contraste Y1

-1,87

-1,17

-5,06

-0,02

-0,15

78,91

Contraste Y2

-8,10

-6,54

-25,37

0,32

-1,97

-1144,05

Contraste Y3

-1,68

-0,80

-5,31

-0,12

-0,28

-40,41

Contraste Y4

-1,59

-0,19

-0,33

0,06

-0,05

28,09

2002

Contraste Y1

-0,54

-1,26

-7,40

-0,45

-0,45

5,31

Contraste Y2

-9,33

-9,26

-45,18

-0,52

-0,84

-874,28

Contraste Y3

-0,74

-1,01

-6,25

-0,38

-0,15

-18,97

Contraste Y4

0,11

-2,04

-10,09

-0,40

-1,06

88,22

Y1 - Feijão 250.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1; Y2 - Feijão em consórcio vs. feijão em monocultivo; Y3 - Feijão 250.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 30.000 plantas ha-1; Y4 - Feijão 250.000 plantas ha-1 consorciado com milho 50.000 plantas ha-1 vs. feijão 125.000 plantas ha-1 consorciado com milho 50.000 plantas ha-1.

Conclusão

O consórcio interferiu em todas as características agronômicas do feijoeiro, e o componente mais afetado foi o número de vagens planta-1 e os menos afetados o número de grãos vagem-1 e a massa de 100 grãos.

A população de 30.000 plantas de milho teve menor influência sobre o desenvolvimento do feijão do que a população de 50.000 plantas.

A população de 125.000 plantas de feijão produziu mais na menor população de milho, já a população de 250.000 plantas de feijão resistiu mais ao consórcio e se desenvolveu bem nas duas populações de milho utilizadas.

Referências

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Received on November 21, 2003.
Accepted on September 09, 2004.

Alessandra Demarchi Maciel1, Orivaldo Arf1*, Matheus Gustavo da Silva1, Marco Eustáquio de Sá1, Ricardo Antônio Ferreira Rodrigues2, Salatiér Buzetti2 e Evaristo Bianchini Sobrinho3
arf[arroba]agr.feis.unesp.br

1. Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Socio-economia, Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Ilha Solteira, C.P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil.
2. Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos, Faculdade de Engenharia, Unesp, Campus de Ilha Solteira, C.P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil.
3. Departamento de Biologia e Zootecnia, Faculdade de Engenharia, Unesp, Câmpus de Ilha Solteira, C.P. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil.
4. Departamento de Matemática, Faculdade de Engenharia, Unesp, Câmpus de Ilha Solteira, CP. 31, 15385-000, Ilha Solteira, São Paulo, Brasil. *Autor para correspondência. e-mail:
arf[arroba]agr.feis.unesp.br



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