A expansão da viticultura e sua difusão em regiões que apresentam diversidade de condições, bem como a possível utilização de cultivares que apresentem diferentes níveis de afinidade, torna indispensável a viabilização de novos porta-enxertos que possam atender a essas finalidades. O objetivo deste trabalho foi avaliar genótipos resultantes de hibridações efetuadas no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), quanto à possibilidade de se tornarem novos porta-enxertos para videira. O trabalho foi conduzido na Seção de Viticultura do IAC, localizada no Centro Experimental de Campinas, SP. Foram utilizados 29 genótipos resultantes de cruzamentos realizados entre 1983 e 1985, escolhidos pelo seu vigor e exuberância vegetativa. Estes genótipos foram comparados com quatro porta-enxertos comumente utilizados nas regiões vitícolas do Estado de São Paulo: IAC 766, IAC 572, Ripária do Traviú e Kober 5BB. As estacas foram plantadas, ao ar livre, em sacos de polietileno contendo substrato composto de solo, superfosfato simples e torta de mamona. Foram implantados cinco experimentos e observados os seguintes parâmetros: velocidade de brotação, enraizamento (percentagem de estacas enraizadas, comprimento e peso da matéria seca de raízes) e desenvolvimento vegetativo (peso da matéria seca da parte aérea). Os resultados obtidos permitiram destacar os seguintes grupos de genótipos: a) os que apresentaram maior velocidade de brotação e melhor enraizamento: 183-16 (Black July X IAC 21-14), 204-5 (Niagara Rosada X IAC 544-14) e 202-2 (Niagara Rosada X Vitis rupestris S. George); b) os que apresentaram melhor enraizamento e melhor desenvolvimento vegetativo: 202-21, 202-12 (Niagara Rosada X Vitis rupestris S. George) e 224-10 (Niagara Rosada X IAC 584-53); c) aqueles que demonstraram melhor desempenho nas três características, consideradas conjuntamente: 237-24 (Niagara Rosada X Seibel 1077), 202-6, 202-18, 202-1, 202-10, 202-7 e 202-9 (Niagara Rosada X Vitis rupestris S. George).
Descritores: videira, porta-enxerto, seleção, híbridos, cultivares
Rooting ability evaluation and vegetative development of grapevine genotypes for rootstocks
Abstract:
Since the identification of phylloxera in Brazil, the search for adequate rootstocks became important in viticultural research activities in the State of São Paulo. Increased actions on breeding and selection, led to a reasonable number of grape rootstocks combining a number of advantageous characteristics. From these, however, only a few are used in the major areas of grape production. The expansion of viticulture to different regions has increased the need of new rootstocks to attend diversification. The aim of this research was to evaluate grapevine hybrids growing at the Centro Experimental de Campinas (Instituto Agronômico - IAC, 23o08'S and 46o55'W), with respect to their potential as new rootstocks. Twenty nine hybrids were selected for vigor and vegetative exuberance. These were compared with four rootstocks commonly used in vineyards of São Paulo: IAC 766, IAC 572, Ripária do Traviú and Kober 5BB. Cuttings were planted in outdoor conditions, in plastic bags with a mixture of soil, superphosphate and castor bean meal. Five trials were carried out to study the initial budding velocity, rooting (percentage of rooted cuttings, root length and dry weight), and vegetative development (shoot dry weight). The following groups of hybrids were selected: a) quick-budding and best rooting: 183-16 (Black July X IAC 21-14), 204-5 (Niagara Rosada X IAC 544-14) and 202-2 (Niagara Rosada X Vitis rupestris S. George); b) best rooting and best vegetative development: 202-21, 202-12 (Niagara Rosada X Vitis rupestris S. George), and 224-10 (Niagara Rosada X IAC 584-53); c) best performance in the three characteristics: 237-24 (Niagara Rosada X Seibel 1077), 202-6, 202-18, 202-1, 202-10, 202-7 e 202-9, (Niagara Rosada X Vitis rupestris S. George).
Key Words: breeding, selection, cultivars, grapevine, hybrids
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