What happens to alcohol and drug users who disappear from the first clinical appointments?
O elevado índice de abandono de tratamento de dependentes químicos motivou a realização deste trabalho. O estudo foi feito num centro de atendimento universitário em São Paulo. Foram entrevistados 69 pacientes ou familiares após pelo menos três meses da interrupção do tratamento. As informações obtidas foram: dados sociodemográficos, criminalidade, procura de outros tratamentos, consumo de álcool, drogas a tabaco, morte a razões para a não-aderência ao tratamento. A amostra era constituída em sua maioria de homens jovens, solteiros, fumantes, de baixo grau de escolaridade. A maioria dos pacientes não procurou tratamento a continuou usando álcool a drogas após a consulta perdida. Dos 69 pacientes, três haviam morrido no período analisado, envolvidos com tráfico de drogas. As principais razões apontadas para a não-aderência ao tratamento foram motivos práticos, excesso de otimismo em si mesmo a atitude negativa em relação ao tratamento.
Unitermos: abandono; tratamento; álcool; cocaína; crack; maconha; aderência; seguimento
High level of dropout from alcohol and drug treatment in an addiction unit of a medical school motivated this research. Sixty-nine patients or their relatives were interviewed at least three months after dropout from treatment. We collected information related to: socio demographics, criminality, help seeking behaviour. alcohol, drugs and tobacco consumption, deaths and reasons for dropping out. The main characteristics of the sample were: young male, single, low educated and smokers. The majority of the patients did not try to find other treatment options after the dropout. From the 69 patients contacted, 3 had died during the period from involvement with the drug traffic. The main reasons for dropping out from treatment were: practical reasons, excessive optimism in oneself and negative attitute related to the treatment.
Uniterms: dropout; alcohol; cocaine; crack; cannabis; retention; follow-up A não-aderência ao tratamento é um problema geral na prática médica, mas especificamente na área de tratamento de abuso de álcool e drogas atinge proporções ainda mais preocupantes. Revisando a literatura, Stark(11) concluiu que a média de abandono de tratamento entre dependentes químicos é de aproximadamente 50%. Essa baixa aderência é um dado importante, pois a permanência no tratamento associa-se a um melhor prognóstico dos pacientes. Baekland et al.(1) relataram correlações positivas entre o tempo em tratamento a uma boa evolução do quadro em usuários de álcool. Por sua vez, Simpson(9) considerou a permanência no tratamento como o principal fator preditivo da evolução dos pacientes usuários de drogas.
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