resenha de a vida fora da fábricas DECCA, M.A.G
1502 palavras
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DECCA, M. A. G; A vida fora das fábricas. Cotidiano operário em São Paulo 1920-1934. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1987. 135p.Fruto de sua tese de mestrado, na Universidade de Campinas, em 1983, o livro de Maria Auxiliadora Guzzo Decca tem como objeto de estudo a vida dos operários da cidade de São Paulo fora do campo de produção, tendo como recorte temporal a década de 1920 e meados da de 1930. Seu objetivo é compreender o modo que se constituiu a vida operária em um dos centros industriais mais importantes do país, “a partir da prática de diferentes agentes históricos e grupos sociais” (p.11). Para tal estudo, dividiu-se o trabalho em três capítulos. É no capítulo primeiro, Condições de vida da classe operária em São Paulo, que Decca busca reconstruir as condições de vida do proletariado paulistano e também, entender como estes agentes sociais eram percebidos. As principais fontes utilizadas são pesquisas, estatísticas e materiais de impressa. É interessante a consulta feita ao Recenseamento Operário da Capital, realizado pelo DOPS e publicado pelo Boletim do Departamento Estadual do Trabalho em 1927. A partir desta fonte, a historiadora constata que os trabalhadores urbanos e industriais, assalariados ou autônomos são homogeneizados por sua “condição operária” (p. 16), além de serem altamente controlados por órgãos do governo. A partir das fontes, Decca faz uma construção da classe trabalhadora, que por sinal é extremamente heterogênea e em sua maioria