o realismo em portugal
O Realismo em Portugal teve seu início em 1865, uma época em que liberais e representantes da velha monarquia deposta em 1820 travavam várias lutas. Foi um movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade, trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas que estava em alta na Europa na época.
Realismo em Portugal
A primeira manifestação do Realismo literário em Portugal deu-se inicialmente após 1865, devido à polêmica Questão Coimbrã e às Conferências do Casino, como resposta à artificialidade, formalidade e aos exageros do Romantismo de uma sentimentalidade mórbida. Nas palavras de Teófilo Braga “a dissolução do Romantismo”. Nela se manifestaram pela primeira vez as novas ideias e o novo gosto de uma geração que reagia contra o marasmo em que tinha caído o Romantismo. Eça de Queirós é apontado, junto a Antero de Quental, como o autor que introduz este movimento no país junto ao Naturalismo, sendo o romance social, psicológico e de tese a principal forma de expressão. Antero de Quental era o líder dos jovens poetas coimbrenses, ele respondeu o texto de António Feliciano de Castilho, que com seu livro Poema da Mocidade (1865) fazia um posfácio com duras alusões à geração de jovens da Universidade de Coimbra, com o texto da polêmica do Bom Senso e Bom Gosto. Já o realismo literário de Eça de Queirós no romance O Crime do padre Amaro faz uma crítica violenta a vida social portuguesa, denuncia a