Xintoismo e Direito
Xintoísmo é o nome dado à espiritualidade tradicional dos japoneses, considerada também uma religião genuinamente japonesa pelos estudiosos ocidentais, não tem um fundador, nem textos sagrados que ditem seu dogma ou código moral. A sua origem está perdida no passado e a sua compreensão é difícil para o ocidental porque tem uma mistura de elementos religiosos e outros elementos culturais.
Para compreender o xintoísmo é essencial abordar o conceito de kami. Os kami simbolizam e individualizam as forças vitais que animam o universo. Kami se refere a algo superior, a uma potência sobre humana, a uma entidade sagrada. A principal prática do xintoísmo consiste em adorá-los, aplacar sua ira ou simplesmente estabelecer uma certa relação com eles. Residem em objetos naturais ou em outros feitos pelo homem: montanha, árvore, animal, relâmpago, espada. O número dos kami é infinito. Tudo o que tem um caráter estranho, eminente, perigoso ou mágico é kami: os homens ilustres, os gênios humanos, os grandes guerreiros, uma montanha, arvore, animal ou furacão todos chegam a ser kami.
O xintoísmo está impregnado a cultura japonesa influindo toda população em sua visão da existência, nos valores, ritos, estética e comportamento. A característica mais distintiva da religião é o convencimento de que os deuses (kami), o homem e a totalidade da natureza têm a mesma origem divina, portanto pertencem à mesma família. Este convencimento tem moldado a experiência e a visão japonesa,