Tribos urbanas: skatistas
Quando pensamos em adolescência, pensamos no modo naturalista como definição, ou seja, uma fase que é necessária à passagem de todo o individuo que sai da fase infantil, sem ser um adulto, com suas mudanças tanto biológicas quanto psicológicas que lhe são de obrigatoriedade.
Em contrapartida a essa visão naturalista, temos a visão sócio-histórica da Adolescência, ou seja, de como se constituiu historicamente esta fase.
Ana Maria Bahia Bock em seu periódico “A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão” (2004) traz criticamente o modo naturalista como o foco do estudo em adolescentes, sendo que ela é, na teoria sócio-histórica, uma construção …exibir mais conteúdo…
Bock (2004) conclui dizendo que na adolescência não há nenhum fator natural nem patológico, ela fruto da sociedade, e assim como ela surgiu ela pode sumir tendo em vista uma nova formação social.
Não há uma adolescência, como possibilidade do ser, há uma adolescência como significado social, mas suas possibilidades de expressão são muitas. (Bock, 2004)
Tribos Urbanas
No processo de desenvolvimento dos adolescentes, é comum a integração dos mesmos a determinados grupos, comumente denominados de tribos urbanas.
As tribos urbanas tem sido alvo de estudos de várias ciências como antropologia, sociologia, e psicologia, devido ao seu crescimento da adesão a eles na contemporaneidade, e o seu papel no desenvolvimento do adolescente.
O termo “tribos urbanas” passou a ser utilizado primeiramente pelo sociólogo francês Michel Maffesoli desde 1985, como uma maneira de categorizar os mini grupos, utilizando-se também do termo neotribalismo, onde o que predomina a indiferenciação, e o perder-se em um “sujeito coletivo” (COUTINHO 2003). Para Maffesoli a definição de tribos urbanas se dá por agrupamentos constituídos por pessoas que se aproximam por interesses em comum, tais como elementos culturais, músicas, roupas, estilo de vida e lazer, havendo assim um compartilhamento de códigos, elementos estéticos e práticas sociais que definem cada tribo (OLIVEIRA, CAMILO E