Transgeracionalidade na psicanalise
O presente trabalho, com o tema Transgeracionalidade: Transmissão Psíquica Transgeracional na Psicanálise, tem como objetivo principal o estudo da transmissão psíquica, da transgeracionalidade, suas formas de transmissão e em seu aspecto negativo, os seus efeitos no receptor. Através de uma análise bibliográfica selecionada entre autores da psicanálise e mais especificamente entre autores que tratassem da mesma, foi feita uma literatura acerca do tema. Em Freud encontrou-se maior parte dos conceitos essenciais a feitura do trabalho baseado na Psicanálise. Sendo que a utilização de outros autores se deu para que fosse possível um trabalho mais representativo, aumentando a possibilidade conceitual e explanatória da …exibir mais conteúdo…
Para ele (1914) existe uma continuidade da vida psíquica entre gerações e os diversos tipos de mecanismos de identificação em princípio ligados ao sintoma.(GRENDENE, 2008)
Para Correa(2001, p. 62):
A palavra transmissão evoca uma representação de um começo e fim irreversíveis, espaço de passagem, da repetição, da transformação, de um devir que nos escapa. Nossa filiação a teoria psicanalítica nos remete a Freud ancestral genital que nomeia o inconsciente como ferramenta intangível de nosso trabalho de escuta e interpretação.
Freud (1933/1934), relata que a base do processo é o que se denomina “identificação”, isto é, a ação de assemelhar um ego a outro ego. Em conseqüência disso, o primeiro ego assimila-o dentro de si, e se comporta como o segundo em determinados aspectos, ou seja, imita-o.
Nossos atos conscientes são os produtos de um substrato inconsciente criado na mente, principalmente por influências hereditárias. Esse substrato consiste nas inumeráveis características comuns, transmitidas de geração a geração, que constituem o gênio de uma raça. Por detrás das causas confessadas de nossos atos jazem indubitavelmente causas secretas que não confessamos, mas por detrás dessas causas secretas existem muitas outras mais secretas ainda, ignoradas por nós próprios. A maior parte de nossas ações cotidianas são resultados de motivos ocultos que fogem à nossa observação (Freud,