O registo Tanto os contextos imediatos da situação como o contexto mais abrangente da cultura servem o texto enquanto configuração particular de significados. O primeiro surge fundamentalmente como motivador das escolhas que se operam ao nível do registo do texto: • quer por meio do conhecimento que nele é assumido ou, dito de outra forma, da configuração da experiência que nele é veiculada (quem faz o quê a quem, em que circunstâncias, e a sua codificação em estruturas dependenciais de subordinação e de coordenação, denotadoras de relações lógico-semânticas entre as orações); • quer pela expressão da atitude do locutor que o mesmo comporta (relações interpessoais manifestadas textualmente, por exemplo, em formas de tratamento, em termos de avaliatividade ou em diferentes tipos de modalidade); • quer ainda pelas formas de configuração semântico-discursiva escolhidas para a sua organização (mecanismos de coesão, modalidades ou modos retóricos de descrição, argumentação, etc., organização temática e estrutura informacional, por exemplo). Estas três variáveis de registo do texto, referidas respectivamente como campo (conhecimento assumido, configuração de experiência: o assunto do texto), relações (relações sociais e expressão de atitude veiculadas no texto: a manifestação de interpessoalidade) e modo (organização e formalidade textual: a codificação de significados do desenvolvimento textual) são determinantes para o processo social que vai do contexto ao