Sociedade civil depois do dilúvio neoliberal
Rômulo Silva Damasceno
Gustavo Maier
SOCIEDADE CIVIL DEPOIS DO DILÚVIO NEOLIBERAL
Atilio Borón
NOVO HAMBURGO
2014
Resenha crítica sobre o texto: A SOCIEDADE CIVIL DEPOIS DO DILÚVIO NEOLIBERAL – Atilio Borón
No primeiro momento o autor aborda o significado da democracia afirmando que as revoluções burguesas não geravam uma democracia estável pelo fato de que seu objetivo verdadeiro não era a introdução da democracia, e sim a implantação do sistema capitalista o que de fato aconteceu, pois o capitalismo é favorável à burguesia, destacando assim que a democracia erguida sobre a égide do capitalismo é minimalista, limitada a sua arquitetura jurídico-politica, lhe faltando substancia democrática, pois a democracia, segundo o autor, repousa tanto em um conjunto de regras certas que permitem institucionalizar - e, sempre provisoriamente, resolver - os antagonismos sociais e chegar a resultados incertos, ou seja, nem sempre favoráveis as classes dominantes, quanto na ideia de boa sociedade, que dialeticamente desemboca no socialismo. O autor argumenta ainda que mesmo a esquerda precisa aprender a incluir em sua luta a democracia real como objetivo político, para tanto recuperar o pensamento de Rosa Luxemburgo para fundamentar que é possível unir socialismo e democracia. Há um ponto bem colocado por Borón quando ele diz que a democracia deixa de existir quando os pobres viram indigentes e os ricos viram magnatas, pois