Síndrome Femoro-Patelar – Factores de Risco

Introdução
O síndrome femoro-patelar (SFP) é uma das lesões crónicas do joelho mais comuns. A definição do SFP não é consensual na literatura, pois as dificuldades prendem-se com a multiplicidade de sintomas referidos à articulação femoro-patelar, com diferentes níveis de dor e incapacidade associadas, e às incertezas quanto à etiologia do SFP. (Heintjes et al.,2008). A biomecânica articular femoro-patelar é complexa e dependente da função do quadricípite e do conjunto de estabilizadores articulares estáticos e dinâmicos. A etiologia da dor femoro-patelar é multifactorial, englobando uma combinação de variáveis como (I) alterações biomecânicas do membro inferior e/ou anomalias ósseas; (II) disfunção muscular e de tecidos moles; e (III) sobre-solicitação. (Thomée, Augustsson & Karlsson,1999). O SFP é definido como uma dor difusa anterior ou retropatelar, na ausência de outras patologias, tipicamente agravada pela subida e descida de escadas, agachamentos ou períodos prolongados na posição sentado. O SFP é muito comum em adultos jovens, atingindo aproximadamente 25% das pessoas em alguma fase da vida (Wilk & Reinold, 2001), sendo que numa população de jovens activos e militares ocorre em 7 a 15% dos indivíduos (Crossley et al., 2004), atingindo principalmente mulheres jovens, adolescentes e atletas de ambos os sexos.(Cerny, 1995; Powers, Landel, & Perry, 1996).

Etiologia
O consenso geral sobre a etiologia do SFP mantém-se