Senso comum x senso crítico, pensamento mítico x pensamento filosófico-científico, pré-socráticos e heráclito e éfeso.

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O Senso comum e o Senso Crítico

Num discurso corrente, a filosofia é designada como concepção da realidade ao nosso redor. Porém, é equivocado dizer que filosofia é apenas “olhar” a realidade. A filosofia possui um senso crítico e não um senso comum. O senso comum é acrítico. Ao exercer o senso comum, a consciência do homem cotidiano se contenta em tomar como realidade o que é aparente. Ou seja, a sua consciência acha que o mundo é exatamente o que percebemos através dos sentidos. Esse tipo de senso é frágil e circunstancial, ele não busca a reflexão: o que nos faz crer que o mundo é o que aparenta ser? O que torna possível o conhecimento do mundo? A filosofia nasce no senso crítico. O que é, portanto, ter um senso crítico?
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O mundo mítico era uma sociedade organizada no poder aristocrata. É uma sociedade hierarquizada, onde uma pequena parte da população comanda a maior parte, que era composta por escravos. Há sempre a figura do soberano e ele exercia o poder na base da força física.
A economia é baseada na agricultura e esta é muito rudimentar, de produção pequena e de baixa qualidade. Há a atividade de comércio, sobretudo na região da Jônia. Com o comércio, os gregos começam a receber outros povos, trazendo novas mercadorias. Obviamente, não eram somente mercadorias que eram trazidas, novas culturas vinham com eles. Esse fato traz uma mudança na visão do homem grego com suas crenças. Nascia, a partir daí, um questionamento de sua cultura, de suas crenças. Uma inclinação na forma de compreender as outras culturas.
Com o comércio, há uma intensificação da expansão marítima. Essa sociedade agrícola foi abalada pelo comércio, uma vez que este obteve maior valor na economia. Uma parcela dos escravos, então, aprendem a produzir produtos para a área comercial. Aos poucos, esses escravos artesãos percebem o valor do produto comercial e, com isso, eles se organizam e requerem junto à aristocracia uma espécie de ascensão social. Certamente, a aristocracia a negou. Houve, então, revoltas dos escravos. Dois fatores importantes para a filosofia ocorreram a partir daí:
Uma parte da aristocracia migrou para o campo fugindo dessas revoltas. Ao viver uma vida

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