SCHULZ, Sônia H. Estéticas Urbanas: Da Pólis Grega à Metrópole Contemporânea.

937 palavras 4 páginas
ENCANTAMENTOS E DESENCANTAMENTOS NA CIDADE MODERNA
Alunas: xxxxxxx
Professor: xxxxxxxxx

SCHULZ, Sônia H. Estéticas Urbanas: Da Pólis Grega à Metrópole Contemporânea. Rio de Janeiro, 2008. p. 119-158.

No final do século XVIII, foi constituído na Alemanha, uma ideologia liberal segundo conceitos estéticos, que buscavam inserir a sensibilidade em um sistema de poder sustentado na razão iluminista. Para Baumgarten, a estética incluía a totalidade do mundo das percepções e sensações humanas. Para elevar a sensibilidade à condição de conhecimento, Baumgarten pesquisou correspondências entre as leis da ciência do belo e as leis do domínio da lógica. A estética como disciplina filosófica, passou a vincular o belo com o gosto, desta
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Mas sua análise crítica a violava, pois reduzia ou anulava suas singularidades. Esses debates concederam a essas sociedades maior controle sobre a criação artística, puderam atuar como objeto e como instrumento da verdade.
A necessidade de elaborar novos paradigmas estéticos foi preconizada por Quatremère de Quincy e Durand. O primeiro defendia os ideais clássicos e considerava a cabana primitiva o tipo eterno da arquitetura, enquanto Jean Durand desenvolveu um sistema classificatório não baseado na descrição superficial, mas na análise de identidades e diferenças funcionais.
Os antigos traçados medievais e barrocos tornaram-se inadequados devido aos avanços tecnológicos e socioeconômicos derivados da Revolução Industrial. As epidemias causadas pela iluminação, ventilação e condições sanitárias insuficientes deram origens aos chamados projetos progressistas, que rasgavam o espaço para inserir áreas verdes, ou mesmo vazio, e dissipar os focos epidêmicos ou endêmicos. Como já pode-se concluir, nenhuma dessas utopias tiveram aplicação prática.
Os modelos mais emblemáticos de tais utopias urbanas – que muitos anos depois serviram de influência para o surgimento das cidades-jardins - foram elaborados por Charles Fourier, que fez a reinterpretação do Palácio de Versalhes, e Robert Owen. A partir da metade do século XIX, Paris se tornou modelo reconhecido por todas as cidades do mundo. As grandes quadras urbanas abriram espaço para novos edifícios que apresentavam as

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