Resumo pós –globalização, administração e racionalidade economica: a síndrome do avestruz / omar aktouf

1466 palavras 6 páginas
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO –

Pós –globalização, administração e racionalidade economica: A Síndrome do Avestruz / Omar Aktouf

Luciana G M Duarte Niemeyer

São Paulo, Novembro de 2010

Para iniciar as consideraçoes sobre a mudança do paradigma de gestao no sentido de um processo de desenvolvimento mais humano, justo e sustentável, quero lembrar da reconstrução feita por Aktouf sobre a passagem do economico à crematística tendo como base a conceitualização feita por Aristóteles desses dois tipos de logica econômica. Para ilustrar o resultado contemporâneo desta evolução, Aktouf, ressalta o pensamento e Michael Porter, autor guru em administração, que por intermedio da generalização do modelo de
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E o nosso organismo fizesse o contrário (se ele expelisse mais energia utilizável do que importasse), ele aceleraria sua própria entropia, ou seja, ele apressaria sua morte ao invés de retardá-la.

O sistema de empresas descrito por Aktouf mostra que o trabalho é para a empresa o que o metabolismo é para nosso organismo vivo, ou seja, ele transforma matéria de certa qualidade energética em matéria de outra qualidade energética, do ponto de vista da energia utilizável, reutilizável ou não reutilizável que estas matérias representam. Sob o principio da maximização dos lucros, o que acontece sempre é que se deve, na verdade, manter saídas superiores às entradas. Desse ponto de vista, o lucro representa, em última análise uma quantidade de energia suplementar que vem juntar-se às entrada, sendo esta adição expressa em termos de “valor agregado”, de quantidade monetária. Então, no sistema empresa, a inequação definida para o vivo natural seria, a quantidade de energia utilizável exportada para o ambiente pela empresa será sempre maior à que ele importa. Diante deste quadro, observamos uma impossibilidade termodinâmica, o que torna insustentável a geração de lucro excessivo e, falhos os modelos de gestão que não priorizam a utilização dos recursos de forma sustentável. Em outras palavras, quando o economista fala de “criação” de riquezas, o físico retorquirá: não somente não há criação de

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