Resumo Freud e Ética

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Freud não concebeu o dever como um ato de vontade sem causa. Ele é motivado pela ansiedade, por ser executado em oposição a algum desejo. Ele segue os ditames do princípio do prazer, mas ultrapassa o desejo quando o medo das conseqüência de agir, segundo um desejo, é maior que o prazer antecipado de fazê-lo. A busca do prazer pode causar a dor. Prazer e dor são indicadores de valor.
A dimensão do inconsciente é central na ética da psicanálise e ausente na ética filosófica. Considerando-se o inconsciente e o fato de que a psicanálise não está centrada numa ética do bem, o sujeito freudiano não está impedido de ser ético. O que a teoria do inconsciente nos indica é que a ação humana possui um sentido oculto, onde entra em jogo, na
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A civilização é obra de Eros, que promove a aproximação entre os homens em grupos cada vez maiores.
- Com o complexo de Édipo, a capacidade de autonomia moral adquire fundamentos psíquicos estáveis através das identificações parentais envolvidas nesta questões. Este desenvolvimento tem seu início no estágio pré-edípico em fantasias de punição e recompensa. Estas identificações são mecanismos poderosos de herança cultural e vão formar o núcleo do nosso caráter moral. Aqui encontramos o “fator coerção” advindo de outra fonte: a castração.
- Crença no egoísmo humano e na inexistência do sujeito genuinamente ético. A agressão constitui uma disposição pulsional original, sendo o maior impedimento à civilização. A natureza profundamente moral da humanidade está relacionada com esta inclinação para o mal. Ele dá ênfase a esta face visível da pulsão de morte, que é a agressividade humana, entendida como disposição inata, inclinação original do homem para a crueldade e para o mal.
O sujeito ético freudiano se constitui entre as forças pulsionais e o Outro, sem o qual não teria possibilidade de existir enquanto sujeito. Pensamos que para Freud o sujeito está polarizado entre as pulsões sexuais e as de auto-conservação, entre Eros e Thanatos. Está fadado então ao conflito entre as exigências do id, do ego e do superego, entre o amor de si e o amor do outro.
A civilização é um mal

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