Resenha do texto de Marshal Berman – “Modernidade: Ontem, hoje e amanhã”
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Resenha do texto de Marshal Berman – “Modernidade: Ontem, hoje e amanhã” (Capítulo de introdução da obra “Tudo que é sólido desmancha no ar”).Berman define a modernidade como um paradoxo, uma contradição. Ele afirma que ser moderno é ter, ao mesmo tempo, a possibilidade constante de experimentar coisas incríveis como poder, aventura, alegria, crescimento e transformação e o oposto como destruição, angústia, desespero. É uma “unidade de desunidade”.
O autor divide a história da modernidade em 3 fases. A primeira começa no início do século XVI e vai até o fim do século XVIII. Nesta fase, as pessoas estão começando a experimentar a modernidade, porém ainda não tem consciência disso. A principal voz deste período é a de Jean Jacques Rousseau, que afirmava à época que a sociedade européia se encontrava à beira do abismo e prestes a vivenciar “explosivas conturbações revolucionárias”. Ele definiu o cotidiano deste primórdio de modernidade como um “turbilhão social”, um contínuo fluxo e refluxo de opiniões conflitivas, onde tudo é absurdo, mas nada é chocante, pois todos se acostumam com tudo. Essa atmosfera de contradições, agitada e turbulenta que dá origem à sensibilidade moderna.
Na segunda fase, um século mais tarde, já existe uma grande onda revolucionária devido a revolução francesa e suas reverberações. Já existe um público moderno que partilha o sentimento de viver uma era revolucionária, de explosivas convulsões em todos os níveis de vida social,