Resenha do livro serviço social e a organização da cultura: perfis pedagógicos da prática profissional

1584 palavras 7 páginas
Serviço social e a organização da cultura: perfis pedagógicos da prática profissional.
Marina Maciel Abreu

Serviço Social e os desafios da construção de uma pedagogia emancipatória: entre o horizonte da cultura do “bem-estar” e o da superação da ordem capitalista
(p.205-220)

O redimensionamento da função pedagógica dos assistentes sociais na perspectivas emancipatória das classes subalternas, que se delineiam desde os anos 80, nos marcos da ofensiva do projeto neoliberal, e se intensificam nos anos 90, com a expansão hegemônica desse projeto, embora em crise em todo mundo. Uma tendência circunscreve os compromissos profissionais com as lutas das classes subalternas no âmbito da defesa dos direitos civis, sociais e políticos, da
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O que se questiona, pois, não é o crescimento nem a intervenção das ONGs na questão social, mas o deslocamento desta intervenção da condição de complementaridade para centralidade no processo de prestação de serviços em resposta à referida questão. É o caso por exemplo, da proposta de empowerment do sujeito, individual e coletivamente (Faleiros, 1999), para mudar suas relações – apontada, na literatura profissional, como a base da estratégia de intervenção do Serviço Social para enfrentar a crescente degradação das condições de vida e trabalho que atinge o conjunto das classes subalternas. O empowerment do sujeito coloca-se em contraposição ao “novo contrato social”, imposto pelo processo de “globalização”, que consiste em tornar o individuo menos seguro, menos protegido, mais competitivo no mercado, com menos ou nenhuma garantia de direitos (Faleiros, 1999). Frente a tudo isso, a referida proposta apresenta-se como articulação de forças no sentido da mobilização do poder dos usuários face a ação de desresponsabilização do estado. A proposta do empowerment do sujeito sugere esgotar-se nos limites históricos da chamada cidadania burguesa como uma pratica que busca restaurar direitos, reinventando relações no contexto de forças em presença, cuja centralidade parece colocar-se em termos da articulação de propostas, recursos e sujeitos no enfrentamento da desresponsabilização do Estado com os atendimentos sociais, sem evidenciar

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