Resenha do livro justiça o que é fazer a coisa certa

3407 palavras 14 páginas
JUSTIÇA - O QUE É FAZER A COISA CERTA

IDENTIFICAÇÃO DA OBRA E AUTOR:

SANDEL, Michael J. Justiça: O que é fazer a coisa certa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. Michael J. Sandel nasceu em Minneapolis em 1953 e é um dos mais importantes filósofos de sua geração. É professor de Harvard e leciona o curso “Justice” e é desse curso que deriva várias obras do autor. Além disso, o “Justice” é um dos cursos mais procurados e influentes da Universidade e fez de Sandel famoso em várias partes do mundo. É professor convidado na Sorbonne, em Paris, e deu as Tanner Lectures em Oxford. Também é membro da Academia das Artes e Ciências. Ele sempre se dedicou a trabalhos sobre política, ética e justiça e é o autor de Liberalism and the
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Sem saber o desdobramento fático da história, seria justo matar para salvar a missão?

O certo e o errado, o justo e o injusto são relativos e divergentes em uma vida em sociedade. Acima da razão, estão a nossa crença e o modo como fomos educados. Expostos a uma tensão, revemos e o que está em jogo e repensamos nossos princípios. Assim sendo, a reflexão moral depende do coletivo, não é uma busca individual. Para Platão, é necessário se posicionar acima dos preconceitos e das rotinas para entendermos o que é justiça.

Partindo do pressuposto utilitarista, a moral pesa custos e benefícios e o tratamento entre seres humanos. Uma abordagem de justiça apoia que a moral depende das consequências que uma ação acarreta e outra abordagem diz que o justo depende de direitos e deveres que não dependem somente das consequências sociais dos atos.

Jeremy Bentham fundou a doutrina utilitarista maximizando a felicidade, ou seja, como utilidade ele defende qualquer coisa que produza prazer e evite a dor. Mas o utilitarismo apresenta objeções. A primeira delas argumenta que ele não consegue respeitar direitos individuais. Como considera a soma das satisfações, pode acabar sendo cruel com o indivíduo isolado. A segunda objeção iguala todos os valores morais, como se tivessem a mesma natureza.

Nascido uma geração após Bentham, John Stuart Mill tentou reformular o utilitarismo para salva-lo de forma mais humana e menos calculista. Ele tentou

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