Resenha do livro apologia da história ou o ofício de historiador, de marc bloch
Resenha do livro Apologia da História ou O Ofício de Historiador, de Marc Bloch
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.
Marc Leopold Benjamin Bloch nasceu na França em 1886 e morreu durante a Segunda Grande Guerra, em 1944, nas mãos do regime nazista. Juntamente com Lucien Febvre, Bloch deu início ao estudo da chamada História das Mentalidades ao fundar a Revista dos Annales. Ao estender a compreensão da História para além dos fatos, Marc Bloch preocupa-se, sobretudo, em problematizar os acontecimentos históricos. Apologia da História ou O Ofício de Historiador foi escrito em cativeiro e disposto em cinco capítulos, sendo o último …exibir mais conteúdo…
Bloch, porém, chama a atenção para a impossibilidade de o historiador reconstruir integralmente o fato real ocorrido e de que sempre haverá diferentes visões acerca do mesmo fato. Além disso, o autor afirma que o próprio historiador não é neutro, havendo sempre um direcionamento e intencionalidade em suas perguntas. Apesar de ser, por definição, imutável, o passado estará sempre em transformação, pois, segundo Bloch, o modo de compreendê-lo varia de acordo com a visão de cada estudioso e historiador que o relê. Ao dar nova luz ao passado, o historiador acaba por modificar a percepção que os indivíduos têm acerca do mesmo.
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Em "A Crítica", terceiro capítulo de seu livro, Bloch desenvolve uma “tentativa de uma lógica do método critico”, para que a História pudesse compor o rol das ciências, deixando transparecer que a História para Bloch realmente é uma ciência e que precisava ser reconhecida como ciência igualmente como as outras – como ciências naturais, por exemplo, mesmo que seus antecessores tenham tentado fazer isso, mas ainda considerando a História como inferior –, Marc Bloch tenta justificar a História repassando um método próprio. Com isso o historiador mostrará ao homem um novo caminho “rumo à verdade e, por conseguinte, à justiça”.
Em um terceiro momento, no capítulo III, nomeado como A