Resenha do livro Cristianismo e Liberalismo de J. Gresham Machen

5207 palavras 21 páginas
AUTOR: Miguel Carlos dos Santos Junior RESENHA DO LIVRO: Machen, J. Gresham. Cristianismo e Liberalismo. São Paulo – SP: Editora Os Puritanos, 2001, 175p.

O autor, John Gresham Machen, grande defensor da ortodoxia reformada, escreve essa obra a partir de uma série de palestras ministradas em 3 de novembro de 1921 à Associação de Presbíteros da cidade de Chester, nos Estados Unidos. Seu objetivo principal é mostrar que, não só há diferenças entre o liberalismo e o Cristianismo, mas que essas diferenças são tão fundamentais que o liberalismo não pode, ao menos, ser chamado de Cristianismo. Seu propósito, como ele mesmo declara, não é resolver a questão religiosa de seus dias, mas deixar o mais claro possível, através de uma
…exibir mais conteúdo…

Algo que é visível em todos os cantos, até mesmo na arte, que quando não é imitativa é, normalmente, bizarra. As tendências socialistas, a limitação da liberdade individual, a imposição de ensino público, a proibição de aprendizagem de língua estrangeira em algumas regiões dos Estados Unidos, enfim, a retirada do que Machen chama de “liberdade anglo-saxônica” tem levado o homem à uma grande escuridão. Numa percepção aguda da realidade, Machen diz que “a melhoria material tem andado de mãos dadas com o declínio espiritual” (p.24). E finalmente questiona; “Há algum segredo perdido que, se redescoberto, pode restaurar à humanidade algo das glórias do passado?” (p.25). Para nosso alívio, Machen diz que sim, e isso é a religião cristã. Ele explica: “A religião cristã que falamos não é a religião da igreja moderna liberal, e sim a mensagem da graça divina, quase esquecida agora assim como na Idade Média, mas destinada a brotar mais uma vez no bom tempo de Deus, em uma nova Reforma, e trazer luz e liberdade à humanidade” (p.25). Então encerra o primeiro capítulo dizendo que na demonstração do que o cristianismo não é, pretende que os leitores possam entender o que o cristianismo é. Esta é a base pela qual ele seguirá na demonstração da diferença entre o liberalismo e o Cristianismo. No segundo capítulo, Machen argumenta que tem tomado força a

Relacionados