Resenha do filme indiano black

999 palavras 4 páginas
A questão da afetividade no filme Black
RICARDO MELO
ESPECIALISTA EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO PELA PUC MINAS

Esta resenha tem por objetivo abordar a questão da afetividade no filme indiano Black, produzido em 2005 sob a direção de Amitabh Bachchan . O filme narra a história de uma jovem cega e surda. Por sua deficiência, é uma garota confusa, triste e violenta. Vive, assim, a escuridão. Até que conhece um professor que irá guiá-la a um outro universo. A jovem então encontrará o caminho da luz. A análise será feita com base na mudança de comportamento da família de Michelle (Rani Mukherjee ) no início da trama, na seqüência de seu tratamento e por toda sua vida, no envolvimento do professor Debraj Sahai (Amitabh Bachchan) e
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É justamente o afeto da mãe que salva Michelle de tal condenação e põe em sua vida o professor Debraj Sahai. Este, no início, encontra grande aversão do pai, tanto no referente a pessoa do professor quanto a eficácia do método inicialmente utilizado. Antes de dissertar sobre o comportamento do professor Debraj, é importante ressaltar que o profissional de educação, para conseguir desenvolver-se com eficácia no papel de educador, deve dispor de dois princípios fundamentais: primeiro precisa estar preparado científica e pragmaticamente para os desafios que o ato de educar proporciona. Por conseguinte, tende ser flexível e aberto às surpresas e às singularidades com que cada ação educativa se apresenta a cada nova dificuldade de aprendizagem que tentará sanar. Assim se apresenta a transformação do professor de Michelle. Inicialmente, Debraj tenta aplicar a sua pupila os mesmos métodos que utilizava com outros alunos deficientes os quais ensinou. Diante das singularidades de sua aluna e na resistência de sua família, percebeu que deveria experimentar algo novo. Então se isola com ela por vinte dias e procura condiciona - lá, em uma tarefa exaustiva, na qual muitas vezes passa de educador a educando. No entanto, nessa luta em “domesticar” Michelle que o extraordinário, no último momento, acontece: as trevas da menina se convertem em luz. O contato com a água faz intertextualidade com o conceito judaico-cristão do batismo. Ao relacionar a experiência

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