Este conta a história de AO (Ilian Ivanov), o último neandartal vivo antes do homo sapiens assumir a hegemonia. E o filme, apesar de poucos recursos, mostrou muito bem sua trajetória. Conta como AO perdeu toda sua família assassinada pelos novos homens e como sai em busca de encontrar seu irmão, do outro lado da Europa. No caminho, ele conhece Aki (Aruna Shields, linda demais), uma mulher do povo dos novos homens, que iria ser sacrificada. AO a salva e passa a acompanhar ela e a filha. O filme na verdade narra a história de amor entre o último neandertal com uma nova mulher homo sapiens, e isso é fascinante, pois não importando as espécies, o comportamento é bem contemporâneo. AO é carinhoso, cuidadoso, ligado diretamente a natureza. Tem compaixão, sofre, e tudo o mais. Já Aki, simboliza bem o homem moderno, só está ligando para seu bem estar e de sua filha, não se importa com os sentimentos alheios, etc… Enfim, o filme mostra um paralelo entre eles tentando nos trazer essa reflexão, de que hoje nós deixamos muita coisa de lado por conta da correria da modernidade.
Quase inexistem diálogos, já que AO, de uma espécie, se comunica de um jeito e Aki se expressa de outro, mas conseguem se entender bem apesar das dificuldades, e o amor lhes faz aprender como se comunicar e até faz um aprender um pouco da linguagem do outro.
Enfim, o filme, à primeira vista parece ser bobo, mas na verdade nos trás uma história maravilhosa e uma ótima lição de moral.