Resenha do documentário corumbiara
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CORUMBIARAA questão indigenista no Brasil é Massacrada. A reserva Corumbiara, no sul de Rondônia, foi leiloada e adquirida por fazendeiros paulistas na época da ditadura militar. De 1985 até o ano de 2006, um genocídio acontece contra os índios que viviam isolados na região, por que o estado precisava alavancar a produção de soja e a pecuária da região. Como dizia a letra da música do poeta Renato Russo, ...”o Brasil vai ficar rico, Vamos faturar um milhão... Quando vendermos todas as almas dos nosso índios num leilão”... E nós achamos que o pior tinha ficado no passado. O documentarista Vicent Carelli investiga os visíveis vestígios desse massacre, ignorado até hoje pelo governo e pela própria FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
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Com isso todo o crime descrito, foi tido como montagem, armação e o caso encerrado. Uma piada com a cara do Brasil e com a cara dos indígenas. Assim Ficamos com tom de tristeza, pela decepção com a própria sociedade, incapaz de ver os fatos bem diante de seus olhos, e sentindo-se culpada pela morte de inocentes. Quem diria que depois de quinhentos anos, continuamos a escravizar índios e mata-los por causa de suas terras. E quando falamos em Genocídio, lembramo-nos da Alemanha, e dos Nazistas, mas fazemos questão de esquecer que matamos, estupramos e mandamos os nossos índios para o nosso próprio campo de extermínio.
É revoltante ver as alegações dos latifundiários para justificar o que é injustificável. E é emocionante o encontro da equipe do filme com as duas índias, a dificuldade de comunicação, feitas por sinais, leva a imaginar como deveria ter sido o encontro dos portugueses com os índios ou ainda, leva a sensação de que exploradores encontraram um novo mundo, mas com os mesmos problemas de sempre. Aquele ímpeto dos filmadores e dos indianistas em filmar aquele índio hostil, para provar perante a lei a existência de um ser que merecia ter sossego, paz e direito a vida Que tinha o direito de não ser perturbado em sua casa, mas ainda assim